A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2017

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Transcrição:

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2017 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DA BIOELETRICIDADE Atualmente, a fonte biomassa representa 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na matriz elétrica do Brasil. Quando se estratifica a fonte fóssil, a bioeletricidade assume a segunda posição na matriz elétrica brasileira, pois a mais importante contribuição da fonte fóssil é o gás natural, que detém 13.704 MW, inferior à capacidade instalada pela fonte biomassa, conforme tabela na sequência. Fontes utilizadas no Brasil - Fase: Operação Origem Potência Outorgada (MW) % Fóssil 28.115 17,45 Biomassa 14.609 9,03 Nuclear 1.990 1,24 Hídrica 106.571 66,08 Eólica 10.169 6,19 Solar 27 0,02 Total 161.481 100 Fonte: ANEEL (2017). Elaboração: UNICA (2017). Com referência somente à bioeletricidade da cana, o setor sucroenergético detém hoje 7% da potência outorgada no Brasil e quase 76% da fonte biomassa, sendo a terceira fonte de geração mais importante da nossa matriz elétrica em termos de capacidade instalada, atrás somente da fonte hídrica e das termelétricas com gás natural. Fontes de biomassa utilizadas no Brasil - Fase: Operação Origem Potência Outorgada(kW) % Biomassa da Cana de Açúcar 11.078 75,83 Casca de Arroz 45 0,31 Biogás-AGR 2 0,01 Capim Elefante 66 0,45 Floresta 3.294 22,55 Resíduos sólidos urbanos 118 0,81 Resíduos animais 2 0,01 Biocombustíveis líquidos 5 0,03 Total 14.609 100 Fonte: ANEEL (2017). Elaboração: UNICA (2017). Em termos de evolução anual de capacidade instalada, a fonte biomassa teve seu recorde no ano de 2010, com 1.750 MW (equivalente a 12,5% de uma Usina Itaipu), resultado de decisões de investimentos antes de 2008, quando o cenário era estimulante à expansão do setor sucroenergético. A fonte biomassa, que já chegou a representar 32% do crescimento anual da capacidade instalada no país, tem previsão de participar em 2017 com apenas 5% da expansão anual da capacidade instalada no Brasil, índice que poderá cair para apenas 1% em 2018, como se pode observar a seguir, por meio de dados da ANEEL. 1

Acréscimo anual de capacidade instalada pela biomassa, 2002-2019, Brasil (MW) Fonte: ANEEL (2017). *Previsão, incluindo projetos com restrição para entrada em operação. Elaboração: UNICA (2017). Representatividade do acréscimo anual de capacidade instalada pela biomassa em relação ao total de acréscimo na matriz de energia elétrica, 2002-2019, Brasil (%) Fonte: ANEEL (2017). *Previsão, incluindo projetos com restrição para entrada em operação. Elaboração: UNICA (2017). A GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PELA FONTE BIOMASSA Em 2016, o valor estimado de geração para o Sistema Interligado Nacional (SIN) pela biomassa é de aproximadamente 24 mil GWh, representando um crescimento pouco superior a 5% em relação ao ano de 2015. Em termos de comparação, essa energia gerada para o SIN foi capaz de abastecer 12 milhões de residências ao longo de um ano, evitando a emissão de 10 milhões de tco2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 71 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos. Ainda de acordo com a CCEE, em julho de 2016 a fonte biomassa bateu seu recorde histórico em termos de representatividade da geração mensal para a rede em relação ao consumo nacional, chegando a representar 8,1% do consumo nacional de eletricidade naquele mês. 2

Consumo de energia na rede e geração para a rede pela biomassa, Brasil, 2015 e 2016 (GWh) Mês Consumo eletricidade Brasil Geração pela biomassa % Biomassa jan/15 40.629 495 1,2% fev/15 40.537 391 1,0% mar/15 39.753 528 1,3% abr/15 39.533 1.528 3,9% mai/15 38.171 2.312 6,1% jun/15 37.083 2.698 7,3% jul/15 36.748 2.658 7,2% ago/15 37.652 3.022 8,0% set/15 37.668 2.623 7,0% out/15 39.115 2.764 7,1% nov/15 39.139 2.147 5,5% dez/15 38.696 1.408 3,6% Total 2015 464.724 22.572 4,9% jan/16 38.219 416 1,1% fev/16 38.497 365 0,9% mar/16 39.165 803 2,1% abr/16 40.077 2.095 5,2% mai/16 38.370 2.486 6,5% jun/16 37.174 2.378 6,4% jul/16 37.006 3.008 8,1% ago/16 37.573 2.929 7,8% set/16 38.263 2.914 7,6% out/16 38.079 2.908 7,6% nov/16* 38.645 2.275 5,9% dez/16* 1.160 Total 2016* - 23.736 - Fonte: CCEE e EPE. Sistema Simples (2017). *Dados provisórios, sendo nov/16 contabilizado até 29/11/16 e dez/16 até 26/12/16. Elaboração: UNICA (2016). Especificamente o setor sucroenergético tem também apresentado um crescimento significativo na oferta de eletricidade para o Sistema Interligado. Entre 2013 e 2014, o crescimento na oferta de excedentes para a rede foi de 21% e, entre 2015 e 2014, a variação foi de 4%, conforme gráfico abaixo. Geração de bioeletricidade sucroenergética, 2005-2015, Brasil (TWh) Fonte: 2005 a 2014: MME (2015); 2015: CCEE (2016). Elaboração: UNICA (2015). 3

A oferta à rede pelo setor sucroenergético de 20 TWh em 2015 representou poupar 14% da água nos reservatórios do submercado elétrico Sudeste/Centro-Oeste, justamente porque essa geração ocorre na época critica do setor elétrico (período seco). Essa energia renovável ofertada à rede foi equivalente a ter provido o atendimento a 10,5 milhões de residências ao longo de 2015 e evitado a emissão de 8,3 milhões tco2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 58 milhões de árvores nativas por 20 anos. Desde 2013, o setor sucroenergético vem gerando mais energia elétrica para o Sistema Interligado do que para o consumo próprio das unidades fabris, ficando numa relação 60% de energia para a rede e 40% para consumo próprio em 2015. Entre 2010 e 2015, em termos de indicador de kwh exportado para a rede elétrica por tonelada de cana processada, a bioeletricidade teve um incremento superior a 100%, conforme se observa abaixo. Geração de bioeletricidade sucroenergética, 2010-2015, Brasil Bioeletricidade sucroenergética 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Autoconsumo (em TWh) 13,6 12,3 13,0 13,9 13,3 13,7 Ofertado para a rede (em TWh) 8,8 9,9 12,1 16,0 19,3 20,4 Total (em TWh) 22,4 22,2 25,1 29,9 32,6 34,1 Cana-de-açúcar (mil toneladas) 620.409 559.215 588.478 652.956 632.126 632.127 Bagaço de cana (mil toneladas)* 167.510 150.988 158.889 176.298 170.674 170.674 Indicador kwh por tonelada de cana 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Autoconsumo 21,90 22,02 22,04 21,29 21,04 21,67 Ofertado para a rede 14,15 17,75 20,56 24,50 30,53 32,27 Total 36,05 39,77 42,59 45,79 51,57 53,94 Fonte: MME, EPE e CCEE (2016). Elaboração: UNICA (2016). *Dados do volume de cana-de-açúcar com base em ano-safra e da geração de energia em ano civil. Admitiu-se que uma tonelada de cana-de-açúcar origina 270 kg de bagaço (EPE, 2016). A BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA NOS LEILÕES REGULADOS De 2004 a 2016, a bioeletricidade sucroenergética já comercializou um total de 125 projetos nos leilões regulados somando 1.662 MW médios (ou 14.559 GWh para entrega anual). Bioeletricidade sucroenergética comercializada em leilões regulados Ano de venda no leilão MW médios Projetos 2004 135 19 2005 64 5 2006 119 9 2007 115 11 2008 541 31 2009 10 1 2010 191 12 2011 102 12 2012 - - 2013 203 11 2014 90 6 2015 52 3 2016 40 5 Total 1.662 125 Fonte: CCEE (2015). Envolve Leilões de Energia Nova, Fontes Alternativas e de Reserva. Somente UTEs com Custo Variável Nulo e 2004 refere-se ao PROINFA. Elaboração: UNICA (2015). Com relação a 2016, em 29 de abril ocorreu o Leilão A-5/2016, que contratou energia de novos projetos para entrega a partir de 2021, em contratos de 25 anos. A biomassa concorreu diretamente com térmicas a 4

carvão e o preço-teto para a bioeletricidade foi de R$ 251/MWh, representando uma queda de 11% no preço-teto em relação ao A-5/2015. A fonte biomassa havia cadastrado um total de 64 projetos para o Leilão A-5/2016, quase três vezes o volume de projetos em comparação ao Leilão A-5/2015. Contudo, a fonte biomassa conseguiu comercializar apenas sete projetos no Leilão A-5/2016, sendo cinco originários do setor sucroenergético (4 UTEs-bagaço e 1 UTE biogás-vinhaça), em contratos de 25 anos, conforme tabela abaixo. Energia contratada total pelos 25 anos Fonte Projetos contratados MWh total % do total Hidrelétrica 21 30.767.256 63% Gás natural 1 578.556 1% Biomassa 7 17.860.236 36% Biomassa-bagaço 4 6.355.176 Biomassa-cavaco 2 9.094.476 Biogás 1 2.410.584 Total geral 29 49.206.048 100% Fonte: CCEE (2016). Elaboração: UNICA (2016). O POTENCIAL DA BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA Até julho de 2016, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), existiam 175 unidades sucroenergéticas exportando excedentes de bioeletricidade para a rede de um universo de 370 unidades produtoras. Assim, há 195 usinas sucroenergéticas que, com uma biomassa já existente nos canaviais, podem passar por um processo de reforma ( retrofit ), além de aproveitarem plenamente o bagaço, a palha e o biogás da vinhaça, e tornarem-se grandes geradoras de bioeletricidade para a rede. De acordo com o último Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), considerando o aproveitamento pleno da biomassa existente (bagaço e palha) nos canaviais em 2015, a geração de bioeletricidade sucroenergética para a rede tem potencial técnico para chegar a mais de seis vezes o volume de oferta à rede em 2015, conforme se observa abaixo. Potencial técnico de oferta da bioeletricidade sucroenergética para a rede elétrica (TWh) Fonte: MME, CCEE e EPE (2016). Elaboração: UNICA (2016). 5

Ainda de acordo com o PDE 2024, o potencial técnico de geração anual para a rede pela biomassa da cana pode ir além e alcançar quase duas usinas do porte de Itaipu, com geração de 165 TWh/ano até 2024. Em 2015, a geração de energia para a rede pela biomassa da cana respondeu por 4,4% do consumo nacional de energia elétrica no Brasil e representou aproveitarmos menos de 16% do potencial técnico da bioeletricidade sucroenergética. Se aproveitarmos plenamente o potencial técnico da bioeletricidade da cana, segundo a EPE, somente esta fonte tem capacidade de representar 24% do consumo nacional na rede até 2024. -------------------------------------------------------------------------------------------------------- O presente material tem objetivo meramente informativo e pode ser obtido gratuitamente no site www.unica.com.br A UNICA procura garantir a precisão e confiabilidade dos dados e informações divulgadas. A entidade não se responsabiliza, em qualquer tempo, sob qualquer condição e hipótese, por qualquer decisão baseada no conteúdo publicado neste boletim. A reprodução parcial ou integral é permitida desde que a UNICA seja citada como fonte. 6