MARTIFER SGPS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS REFERENTES AO 3º TRIMESTRE 2009 E NOVE MESES DE 2009 IFRS / NÃO AUDITADAS

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Transcrição:

MARTIFER SGPS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS REFERENTES AO 3º TRIMESTRE 2009 E NOVE MESES DE 2009 IFRS / NÃO AUDITADAS Martifer, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia e concelho de Oliveira de Frades Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de Identificação Fiscal 505 127 261 Capital Social: 50.000.000 Euros

RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO INTERCALAR PARA O PERÍODO FINDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Ao longo do 2009, ocorreu uma série de factos na envolvente do Grupo Martifer com impacto no seu desempenho operacional e financeiro, tal como tivemos oportunidade de referir no 1º semestre de 2009, tais como: O recebimento final, durante o 2º trimestre de 2009, do valor acordado com a Suzlon de 205 milhões de euros relativamente à venda da participação da Martifer na Repower Systems AG, o que gerou um ganho financeiro de 160,9 milhões de euros registado no primeiro semestre. A instabilidade macroeconómica em geral, e a turbulência nos mercados financeiros em particular, afectaram de forma significativa o desenvolvimento de projectos de capital intensivo, com relevo para o sector de energias renováveis. Nesse sentido, entendemos como prudente reavaliar o portfolio de projectos de geração eléctrica face às actuais condicionantes, principalmente no que diz respeito às maiores dificuldades de contratação de financiamento em alguns mercados bem como maior incerteza quanto aos preços de venda de electricidade. Assim, o Conselho de Administração decidiu reconhecer, no final do primeiro semestre, certas imparidades e provisões com impacto nos resultados e posição financeira do Grupo, em concreto 35,5 milhões de euros na área de Geração Eléctrica e 2,5 milhões de euros na área de Equipamentos para Energia. Sendo assim, os resultados líquidos consolidados do 3º trimestre de 2009 ascenderam a 111,5 milhões de euros, o que não é comparável com os períodos homólogos devido aos efeitos não recorrentes acima mencionados. Relativamente à redução do interesse económico na área de negócio da Agricultura & Biocombustíveis, composta pela PRIO SGPS, S.A. (Prio) e suas participadas, a Martifer espera ter este processo concluído até Junho de 2010. No Investor Day, no passado dia 23 de Outubro, a Martifer clarificou as suas linhas estratégicas para o período de 2010-2012, com os devidos ajustamentos perante a nova envolvente económica, nomeadamente focalizar nas áreas core business, consolidar a actual posição e fortalecer a actual estrutura financeira do Grupo, permitindo a criação de valor a longo prazo para o accionista. Os sectores de infra-estruturas e de energias renováveis são sectores chave para a recuperação da Economia, e a estratégia da Martifer assenta numa forte aposta nesta duas áreas, ou seja, através da consolidação da posição de liderança nas construções metálicas e tornar-se um player de referência no sector das energias renováveis como developer/construtor. O Conselho de Administração da Martifer SGPS, SA MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 2

RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO INTERCALAR PARA O PERÍODO FINDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 DESTAQUES Decréscimo de 15.0% dos Proveitos Operacionais Consolidados (em base comparável) para os 405,7 milhões de euros face ao período homólogo. EBITDA de 39.7 milhões de euros, representando um decréscimo de 9,6% (em base comparável) e uma margem de 9,8%, que representa uma melhoria da margem em 60bp face ao período homólogo. Resultado líquido de 111,5 milhões de euros. Excluindo factores não recorrentes e a contribuição da unidade operacional detida para venda, o resultado líquido foi de 1,5 milhões de euros. Investimento total até Setembro de 2009 de 85,4 milhões de euros. Dívida líquida de 459,7 milhões de euros em Setembro de 2009, o que representa uma redução de 25,7 milhões de euros face a Dezembro de 2008, numa base comparável excluindo a Prio. Recebimento do valor remanescente de 205 milhões de euros relativo à venda da participação na Repower Systems, AG, gerando um proveito financeiro de 160,9 milhões de euros. Registo de imparidades e provisões não recorrentes no valor de 38 milhões de euros, como resultado da reavaliação de activos. Decisão de redução do interesse económico da Martifer na área de negócio de Agricultura & Biocombustíveis, tendo como resultado a classificação contabilística deste segmento como Unidade operacional detida para venda. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 3

INDICADORES SELECCIONADOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTERCALARES PARA OS PRIMEIROS NOVE MESES E TRIMESTRES FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 E 2008 IFRS / NÃO AUDITADOS Em milhões de Euro 9M 09 9M 08 Variação (%) 3º Trimestre 2009 3º Trimestre 2008 Variação (%) Operações continuadas Proveitos operacionais 405.7 477.4-15.0% 127.5 205.3-37.9% EBITDA 39.7 43.9-9.6% 13.0 18.5-30.0% Amortizações 17.2 11.5 48.9% 6.5 4.0 62.5% Provisões e perdas de imparidade 38.9 2.2 >100% -0.3 0.8 - EBIT -16.4 30.1-6.8 13.7-50.6% Resultados financeiros 144.0-36.3 - -6.4-35.4 >100% Impostos 3.3 7.2-54.6% 0.2 2.0-90.6% Resultado depois de impostos 124.4-13.4-0.2-23.7 - Resultado da unidade operacional classificada como detida para venda -12.9-3.0 >100% -1.3-2.3-45,0% Resultado consolidado líquido consolidado do período 111.5-16.3 - -1.1-26.0-95.9% Atribuível a accionistas do Grupo 114.3-19.4 - -1.8-27.4-93.5% Atribuível a minoritários -2.8 3.1-0.7 1.4-49.4% Margem EBITDA 9.8% 9.2% +0.6 p.p. 10.2% 9.0% +1.2 p.p. Margem EBIT -4.0% 6.3% - 5.3% 6.7% -1.4 p.p. Margem EBIT ajustada por provisões e imparidades não recorrentes 5.3% 6.3% -1.0 p.p. 5.3% 6.7% -1.4 p.p. Nota: Proveitos Operacionais = Vendas e Prestações de Serviços, Variação da Produção e Trabalhos para a Própria Empresa EBITDA = Resultados operacionais antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade EBIT = Resultados operacionais INDICADORES SELECCIONADOS DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 E 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DA POSIÇÃO FINANCEIRA A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 PRO FORMA (VER NOTA) IFRS / NÃO AUDITADOS 31 Dezembro 31 Dezembro 30 Setembro 2009 Variação Variação 2008 2008 Em milhões de Euro (reportado) (%) (%) (reportado) Pro-forma (1) Activo total líquido 1,405.2 1.348.5 4.2% 1.348.5 4.2% Dos quais activos classificados como detidos para venda (2) 352.3 43.3 >100% 293.3 20.1% Capitais próprios (antes de interesses minoritários) 388.7 273.3 42.2% 273.3 42.2% Dívida líquida (3) 459.7 609.3-24.5% 485.4-5.2% Dívida líquida ajustada (4) 404.3 356.6 13.4% 232.7 73.7% Investimento (em imob. corpóreo e incorpóreo) no período (5) 85.4 Nota: (1) Rubricas da posição financeira a 31 de Dezembro de 2008 excluindo contributo da unidade operacional classificada como detida para venda. (2) Esta rubrica a 30 de Setembro de 2009 é composta pelos activos do segmento de negócio de Agricultura & Biocombustíveis e a 31 de Dezembro de 2008 pela posição no capital social da Repower Systems AG. (3) Dívida líquida = Dívida financeira corrente e não corrente, leasings correntes e não correntes, deduzido de caixa, equivalentes de caixa e derivados. (4) Dívida líquida ajustada = Dívida líquida deduzida da participação financeira detida pela Martifer em acções da EDP a preços de mercado (3,13 euros por acção a 30 de Setembro de 2009 e 2,695 euros por acção a 31 de Dezembro de 2008) e pela participação no capital social da Repower Systems AG a preço de venda (205 milhões de euros a 31 de Dezembro de 2008). (5) Actividades continuadas. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 4

NOTA INICIAL O Grupo alterou o método de consolidação das subsidiárias Repower Portugal e Ventipower, detidas pelo Grupo a 50% e 56,6% respectivamente, de integral para proporcional. Esta alteração foi efectiva desde o dia 1 de Janeiro de 2009. O impacto desta alteração de método de consolidação, na posição financeira consolidada da Martifer SGPS, S.A. foi de uma diminuição de 9,2 milhões de euros no activo total líquido, uma diminuição de 3,7 milhões de euros no passivo total, uma diminuição de 5,4 milhões de euros nos interesses minoritários e negligenciável a nível do capital próprio antes de interesses minoritários. Na demonstração dos resultados, o impacto foi uma redução nos proveitos consolidados de 17,8 milhões de euros, de 1,5 milhões de euros no EBITDA e de 1,2 milhões de euros no resultado líquido do período. Adicionalmente, em Junho de 2009, a participada Martifer Renewables SGPS, S.A. adquiriu 100% do capital social da sociedade Parque Eólico Penha da Gardunha, SA. Esta sociedade detém uma participação de 25% na participada Ventinveste, S.A., que por sua vez detém 100% da sociedade Ventipower. Como resultado desta aquisição, a participada Ventipower passou a ser detida pelo Grupo a 56,6%. Em Junho de 2009, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Agricultura & Biocombustíveis (composto pelo Prio SGPS, SA e suas participadas) como uma unidade operacional detida para venda. Como foi referido no relatório de resultados do 1º semestre de 2009 esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de redução do interesse económico do Grupo Martifer na Prio, actualmente de 60%, para uma posição que determine a perda de controlo. Consequentemente, pela aplicação da IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer proveniente deste segmento é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados e na demonstração do rendimento integral consolidado, para os períodos de nove meses e trimestres findos a 30 de Setembro de 2009. Os contributos dos activos e dos passivos da unidade operacional classificada como detida para venda para a posição financeira consolidada da Martifer estão também apresentados em linhas separadas dos restantes activos e passivos consolidados do Grupo a 30 de Setembro de 2009. Conforme disposto na IFRS 5 as amortizações destes activos cessaram a partir da data em que foram classificados como detidos para venda. A discriminação destes contributos está apresentada na Nota 3) do Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas que fazem parte deste Relatório. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 5

ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA INTRODUÇÃO Na sequência da materialidade dos eventos não recorrentes no resultado líquido consolidado do Grupo Martifer e de forma a permitir a sua análise comparativa, de seguida apresenta-se uma tabela que resume os principais indicadores financeiros das actividades continuadas para o período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009 e para o período homólogo, expurgando eventos não recorrentes, nomeadamente 160,9 milhões de euros de proveitos financeiros correspondentes ao ganho na alienação da participação financeira detida pelo Grupo na Repower Systems AG e 38,0 milhões de euros de imparidades de activos e provisões registados nas áreas de negócio de Geração Eléctrica e Equipamentos para a Energia. Nota: Actividades continuadas excluindo eventos não recorrentes Variação 9M 09 9M 08 Em milhões de Euro (%) Proveitos operacionais 405,7 477,4-15,0% EBITDA 39,7 43,9-9,6% Margem EBITDA 9,8% 9,2% +0,6 p.p. Amortizações 17,2 11,5 48,9% Provisões e perdas de imparidade 0,9 2,2-59,1% EBIT 21,6 30,1-28,2% Margem EBIT 5,3% 6,3% -1,0 p.p. Resultados financeiros -16,9-8,2 >100% Impostos 3,3 7,2-54,6% Resultado consolidado líquido do período 1,5 14,7-90,0% Atribuível a interesses minoritários -1,1 11,2 - Atribuível a accionistas do Grupo 2,6 3,5-25,7% Eventos não recorrentes: mais-valia de 160,9 milhões de euros relativa à venda da Repower Systems, AG e provisões e perdas por imparidade de 38,0 milhões de euros nas áreas de Equipamentos para Energia e Geração Eléctrica. PROVEITOS E EBITDA Os proveitos operacionais do Grupo Martifer no período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009 totalizaram 405,7 milhões de euros, representando um decréscimo de 15% face ao período homólogo, resultando do decréscimo de actividade na área de negócio de Construção Metálica (-19,3%) e Equipamentos para Energia (-15,9%). A Geração de Energia apresentou um aumento de 32,2%, porém, não foi suficiente para compensar a queda dos proveitos nas outras duas áreas de negócio dado o reduzido contributo desta actividade para os proveitos consolidados. A Construção Metálica representou 47,0% dos proveitos consolidados, a área de Equipamentos para Energia 52,2% e a Geração Eléctrica 3.4%. Proveitos Operacionais 9M 09 9M 08 Variação Mn Peso Mn Peso (%) Consolidado 405.7 477.4-15.0% Construção Metálica 190.6 47.0% 236.1 49.5% -19.3% Equipamentos para Energia 211.7 52.2% 243.1 50.9% -15.9% Geração Eléctrica 14.0 3.4% 10.6 2.2% +32.0% Holding, eliminações e ajustamentos -10.5-2.6% -12.4-2.6% -15.1% A repartição dos proveitos por geografia foi a seguinte: Portugal 46,3%, Espanha 6,6%, Europa Central 19,0% e Resto do Mundo 28,1%. De salientar o contributo crescente do Resto do Mundo, nomeadamente Angola, Itália e Bélgica. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 6

Os resultados operacionais antes de amortizações e provisões e perdas de imparidade EBITDA atingiram os 39,7 milhões de euros, representando uma margem EBITDA de 9,8%. A margem EBITDA aumentou 0,6 p.p. face ao verificado no trimestre homólogo devido, principalmente, à melhor contribuição da área de negócio de Construção Metálica e a obtenção de margens positivas na área de Geração de Energia. EBITDA 9M 09 9M 08 Variação Mn Margem Mn Margem (%) Consolidado 39,7 9,8% 43,9 9,2% -9,6% Construção Metálica 23,3 12,3% 24,1 10,2% -3,3% Equipamentos para Energia 14,1 6,7% 20,3 8,4% -30,5% Geração Eléctrica 1,1 8,0% 0,2 2,3% >100% Holding, eliminações e ajustamentos 1,2 - -0,7 - - RESULTADOS No período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009, as amortizações do Grupo aumentaram face ao período homólogo devido ao aumento do activo imobilizado, como resultado do investimento realizado nos últimos meses. Salientamos o facto de o Grupo ter registado provisões e perdas de imparidade no valor de 38,9 milhões de euros, dos quais 38,0 milhões de euros resultam da avaliação de vários activos, particularmente no portfolio de projectos de geração eléctrica, fazendo reflectir nos activos as novas condições de mercado. Assim, os resultados operacionais EBIT foram negativos no valor de 16,4 milhões de euros. Excluindo os eventos não recorrentes seriam de 21,6 milhões de euros, representando uma margem EBIT de 5,3%. Os encargos financeiros líquidos no 3º trimestre de 2009, excluindo a mais-valia de 160,9 milhões de euros realizada com a venda da participação financeira detida pela Martifer na Repower Systems, AG, ascenderam a 16,9 milhões de euros, dos quais 14,1 milhões de euros de custos financeiros líquidos com o financiamento. A unidade operacional detida para venda contribuiu neste 3º trimestre com um resultado negativo no valor de 12,9 milhões de euros versus uma contribuição negativa de 11,6 milhões de euros no 1º semestre de 2009. Deste modo, o Grupo gerou 111,5 milhões de euros de resultado líquido consolidado no período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009, dos quais 114,3 milhões de euros atribuíveis a accionistas do Grupo. Excluindo eventos não recorrentes, o resultado líquido consolidado ascendeu a 1,5 milhões de euros. INVESTIMENTO No período, o Grupo realizou investimentos em imobilizado corpóreo e incorpóreo, nas actividades continuadas, no valor de 85,4 milhões de euros, principalmente na construção de activos de geração eléctrica, nomeadamente na Roménia e na Polónia, e também com a construção das novas unidades fabris da área de Construção Metálica em Angola. A 30 de Setembro de 2009, o Grupo detinha 17.700.000 acções da EDP Energias de Portugal, S.A.. À cotação dessa data, esta posição valia 55,4 milhões de euros, representando uma mais-valia potencial (face à cotação de 31 de Dezembro de 2008) no valor de 7,699,500 euros, que foi registada directamente na conta Reservas de justo valor Investimentos financeiros disponíveis para venda nos capitais próprios. ENDIVIDAMENTO No final de Setembro de 2009, a dívida líquida do Grupo dívida financeira e leasings correntes e não correntes, deduzidos de caixa e equivalentes de caixa ascendia a 459,7 milhões de euros, representando um decréscimo de 25,7 milhões de euros face a Dezembro de 2008, excluindo a dívida do segmento Agricultura & Biocombustíveis. Comparando o 3º trimestre com o 2º MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 7

trimestre a dívida líquida do Grupo aumentou 41,5 milhões de euros, o que é justificado pelo aumento do investimento em fundo de maneio do Grupo, principalmente nas áreas de Equipamentos para Energia e Geração Eléctrica. A dívida líquida ajustada pela participação financeira na EDP, valorizada à cotação de fecho de 30 de Setembro de 2009 (55,4 milhões de euros), ascendia nessa data a 404,3 milhões de euros. 30 de Setembro de 2009 Unidades Construção Equipamentos Geração Actividades Em milhões de Euro Holding operacionais Metálica para Energia Eléctrica continuadas detidas para venda Investimento em imobilizado corpóreo e incorpóreo 10,4 9,0 63,6 2,4 85,4 45,6 Dívida líquida no final do período 176,8 100,3 181,1 1,5 459,7 170,7 ANÁLISE POR SEGMENTO CONSTRUÇÃO METÁLICA Em milhões de Euro 9M 09 9M 08 Variação (%) Proveitos operacionais 190,6 236,1-19,3% EBITDA 23,3 24,1-3,3% Margem EBITDA 12,3% 10,2% +2,1 p.p. EBIT 17,7 18,6-4,8% Margem EBIT 9,3% 7,9% +1,4 p.p. Encargos financeiros líquidos 8,3 3,6 >100% Impostos 1,9 4,6-58,7% Resultado líquido do período 7,6 10,4-27,2% Atribuível a minoritários 2,5 1,3 92,3% Atribuível ao Grupo 5,0 9,1-45,1% 30 Setembro Em milhões de Euro 2009 Dívida líquida 176,8 Investimento (em imobilizado corp. e incorp.) 10,4 No período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009, os proveitos da Construção Metálica decresceram 19,3% face ao período homólogo e atingiram 190,6 milhões de euros. A justificação para a queda dos proveitos reside na redução do preço das matérias-primas, especialmente o aço e o alumínio, com impacto no valor das obras realizadas, tal como aconteceu nos períodos passados. No entanto, comparando os proveitos realizados no 3º trimestre com o 2º trimestre de 2009 é possível verificar um crescimento de 15%. Os mercados externos representaram 43% dos proveitos nos 9 meses de 2009, em linha com o período homólogo. O EBITDA ascendeu a 23,3 milhões de euros, representando uma margem EBITDA de 12,3%, 2,1p.p. acima da margem do período homólogo. A entrada em operação do centro comercial Tavira Gran Plaza, detido pela Martifer, e consequente registo deste activo como propriedade de investimento, teve um impacto a nível dos resultados operacionais no valor de 2,7 milhões de euros. A fracção correspondente à loja âncora deste centro comercial não se encontra registada a Setembro como propriedade de investimento e espera-se que seja alienada no último trimestre de 2009. Os resultados líquidos atingiram os 7,6 milhões de euros, registando uma queda de 27% face ao período homólogo. Os resultados foram afectados negativamente pelos encargos financeiros líquidos (8,3 milhões de euros), tendo esta área de negócio continuado a ser afectada por perdas cambiais (3,8 milhões de euros) na actividade da Roménia e de Angola. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 8

O investimento no trimestre ascendeu a 10,4 milhões de euros, principalmente na construção das unidades industriais em Angola. Duas das unidades já entraram em operação, sendo que a terceira unidade (alumínios) deverá entrar em funcionamento no 1º trimestre de 2010. Face ao final de 2008, a dívida líquida aumentou 20,6 milhões de euros para 176,8 milhões de euros, essencialmente devido ao aumento das responsabilidades com leasings relacionadas com a construção do Tavira Gran Plaza, no valor de cerca de 23,5 milhões de euros. O valor das propriedades de investimento no final de Setembro de 2009 ascendia a 57 milhões de euros (9,5 milhões de euros no Centro Empresarial de Benavente e 47,5 milhões de euros no Tavira Gran Plaza). A carteira de obras da Construção Metálica, no final do 3º trimestre apresentava um valor de 307 milhões de euros. Face ao final de 2008, a carteira aumentou 43 milhões de euros e face ao final do semestre de 2009 aumentou 25 milhões de euros. Será de salientar que neste período a Martifer ganhou várias obras importantes, nomeadamente a fábrica da Renault em Marrocos (25 milhões de euros), o Viaduto de los Tramposos (7,4 milhões de euros) e a torre X em Luanda (20,6 milhões de euros), todos com conclusão em 2010. Algumas obras emblemáticas em curso (Projecto, País, Valor total, Ano de conclusão) Carteira de Encomendas: 307 Mn Fábrica Artenius PTA Sines, Portugal 22 Mn 2009 Central do Pego Abrantes, Portugal - 7 Mn 2010 Refinaria da Galp Sines, Portugal 6 Mn 2009 Torre Zerozero Barcelona, Espanha 4,7 Mn 2009 Sede da Empresa Luanda, Angola US$8 Mn 2009 Dublin Airport, Terminal 2 Dublin, Irlanda 61Mn 2009 Ponte Ulla Corunha, Espanha 20,8 Mn 2010 Sede da Repsol Madrid, Espanha 17,5 Mn 2010 Fábrica de Cimento Kamianets-Podilskyi, Ucrânia 6.2 Mn 2009 Torre X Luanda, Angola US$20,6 2010 Fábrica da Renault Tanger, Marrocos 25,3 2011 Ponte Basarab Bucareste, Roménia 5,1 Mn - 2010 Viaduto de los Tramposos Valladolid, Espanha 7,4 Mn 2010 Aeroporto Luanda Luanda, Angola US$ 14 Mn 2011 Resto do Mundo 31% Europa Central 14% Espanha 17% Portugal 38% MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 9

EQUIPAMENTOS PARA ENERGIA Em milhões de Euro 9M 09 9M 08 Variação (%) Proveitos operacionais 211,7 240,6-12,0% EBITDA 14,1 20,3-30,2% Margem EBITDA 6,7% 8,4% -1,7 p.p. EBIT 7,1 17,4-59,0% Margem EBIT 3,4% 7,2% -3,8 p.p. Encargos financeiros líquidos 4,1 1,0 >100% Impostos 1,9 4,0-52,5% Resultado líquido do período 1,1 12,3-90,9% Atribuível a minoritários 0,2 2,9-92,4% Atribuível ao Grupo 0,9 9,4-90,5% 30 Setembro Em milhões de Euro 2009 Dívida líquida 100,3 Investimento (em imobilizado corp. e incorp.) 9,0 Proveitos Operacionais Em milhões de Euro 9M 09 9M 08 Eólico turnkey * 79,1 64,7 Eólico componentes * 32,1 34,2 Solar turnkey + módulos 86,4 103,5 Engenharia + outros 37,4 47,4 Resultado líquido do período ajustado por eventos não recorrentes 3,6 12,3-70,7% * Considerando 100% da Repower Portugal e Gebox (ambas detidas a 50% e consolidadas proporcionalmente) e antes de eliminações Nos primeiros nove meses do período findo em 30 de Setembro de 2009, os proveitos da área de negócio de Equipamentos para Energia atingiram os 211,7 milhões de euros, representando um decréscimo de 12% face ao período homólogo. Em 2009, foi alterado o método de consolidação da Repower Portugal, detida pelo Grupo a 50%, que anteriormente era consolidada integralmente e que passou a ser consolidada proporcionalmente. A alteração de método de consolidação da Repower Portugal teve um impacto negativo de 17,8 milhões de euros nos proveitos operacionais do período. Os proveitos consolidados do segmento eólico (após eliminações) ascenderam a 91,6 milhões de euros, dos quais 63,5 milhões de euros respeitantes à actividade de construção de parques eólicos e 28,1 milhões de euros respeitantes à produção de equipamentos (torres, caixas multiplicadores e outros componentes) e assemblagem de aerogeradores. Os proveitos consolidados da actividade solar ascenderam a 86,4 milhões de euros, menos 16,5% do que no mesmo período do ano passado. A queda de actividade face ao período homólogo resulta dos preços mais baixos dos painéis solares e devido ao efeito extraordinário da actividade em Espanha durante 2008. A margem EBITDA no período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009 foi de 6,7%, uma margem inferior ao nível de margens verificada no período homólogo de 2008, em resultado da entrada em operação das novas unidades industriais que ainda não estão a operar em velocidade cruzeiro e devido à pressão sobre as margens dado o abrandamento do mercado. No final do primeiro semestre foram registadas perdas por imparidade na participada Gebox, que se dedica ao desenho e fabrico de caixas multiplicadoras para turbinas eólicas. Estas imparidades tiveram um impacto de 2,5 milhões de euros nos resultados deste segmento e referem-se ao efeito da reavaliação de alguns equipamentos que se encontram registados por um valor contabilístico acima do seu valor económico e a imparidades em existências. O crescimento dos encargos financeiros resultou do maior nível de endividamento no período, que no final do período totalizava 100,3 milhões de euros. Refira-se que nos últimos meses foram realizados grandes investimentos neste segmento, nomeadamente nas fábricas do segmento eólico e na fábrica de módulos fotovoltaicos no segmento solar. Também contribuiu para o crescimento da dívida o maior nível de fundo de maneio, já que neste trimestre entraram em construção vários projectos no segmento solar, particularmente em Espanha, em Itália e na Bélgica. O resultado líquido no período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009, no negócio de Equipamentos para Energia, foi de 1,1 milhões de euros. O resultado líquido ajustado do efeito de eventos não recorrentes foi de 3,6 milhões de euros, um decréscimo de 70,7% comparando com o período homólogo. O investimento total no período foi de 9,0 milhões de euros e foi realizado principalmente no segmento eólico, principalmente na nova fábrica de torres nos EUA. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 10

GERAÇÃO ELÉCTRICA Em milhões de Euro 9M 09 9M 08 Variação (%) Proveitos operacionais 14,0 10,6 32,0% EBITDA 1,1 0,2 >100% Margem EBITDA 8,0% 2,3% +5,7p.p. EBIT -41,4-4,8 >100% Margem EBIT s.s. s.s. - Encargos financeiros líquidos 3,8 1,2 >100% Impostos -0,6-1,1-44,1% Resultado líquido do período -44,7-5,0 >100% Atribuível a minoritários -0,2-0,7 - Atribuível ao Grupo -44,5-4,2-30 Setembro Em milhões de Euro 2009 Dívida líquida 181,1 Investimento (em imobilizado corp. e incorp.) 63,6 Resultado líquido do período ajustado por eventos não recorrentes -9,2-5,0 - Os proveitos operacionais no período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009 atingiram 14,0 milhões de euros, resultantes principalmente das vendas registadas nos parques eólicos na Alemanha (5,3 milhões de euros), no Brasil (3,2 milhões de euros) e dos parques solares em Espanha (3,6 milhões de euros). Incorporam ainda os contributos dos parques eólicos detidos a 50% pelo Grupo em Portugal (Baião e Vila Franca de Xira) e do parque eólico de Leki na Polónia. Os parques em operação caminham para níveis de rentabilidade normais do sector. Contudo, os custos de estrutura e desenvolvimento não directamente imputáveis a projectos ainda têm um peso significativo, tendo um impacto negativo no EBITDA, justificando o facto de a margem EBITDA, neste 3º trimestre, ter atingido apenas os 8%. O investimento total nos primeiros nove meses de 2009 foi de 63,6 milhões de euros, principalmente referente à construção de parques eólicos na Roménia, Polónia e Portugal. A dívida líquida de 181,1 milhões de euros incorpora 49,0 milhões de euros de project finance relativo aos parques eólicos da Alemanha e do Brasil. Para o total da dívida líquida contribui ainda 13,8 milhões de euros relativos à proporção do leasing sobre equipamentos eólicos dos parques em Portugal e 49 milhões de euros relacionados com investimentos financeiros. Tal como foi referido no relatório dos resultados do 1º semestre, devido à instabilidade macroeconómica em geral e à turbulência nos mercados financeiros em particular, foi realizada uma avaliação do portfolio de projectos da qual resultou o reconhecimento de 35,5 milhões de euros em provisões e perdas por imparidade, com destaque para: Nas participadas na Alemanha foi reduzido o valor das licenças afectas aos parques eólicos de Bippen e Holleben em 9,7 milhões de euros, na sequência da incorporação de novos elementos relativos ao desempenho operacional recente; Em diversas participadas na Europa de Leste devido a (a) dificuldades no desenvolvimento e licenciamento de alguns projectos; (b) redução das taxas internas de rentabilidade resultantes das actuais condições de financiamento em project finance; e (c) indefinição e instabilidade regulatória por parte dos reguladores locais, foi tomada a decisão de reconhecer imparidades nos activos da Roménia (13,4 milhões de euros), Ucrânia (6,0 milhões de euros) e Eslováquia (1,9 milhões de euros). MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 11

Portfólio Pais Potencial Em Desenvolvimento Fase Inicial Fase Avançada Em Construção Em Operação Agregado MW MTR Total MTR Total MTR Total MTR Total MTR Total MTR Total Polónia - - 277 304 48 62 16 16 10 10 351 392 Roménia 71 71 180 210 1 1 42 42 - - 294 324 Alemanha - - - - - - - - 53 53 53 53 Europa de Leste e Central 71 71 457 514 49 63 58 58 63 63 698 769 Portugal - - 195 390 5 10 - - 9 19 209 419 Espanha - - - - - - - - 7 7 7 7 Ibéria - - 195 390 5 10 - - 16 26 217 426 Austrália 143 570 108 430 - - - - - - 250 1.000 Brasil - - - - 202 374 - - 8 15 210 388 USA 379 526 157 207 125 174 - - - - 661 907 Agregado 593 1.167 917 1.541 381 621 58 58 87 104 2.036 3.491 (1) Inclui Projectos Solares (Espanha - PV; EUA - CSP) MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 12

RISCOS E INCERTEZAS PARA PERÍODOS FUTUROS A Martifer procura continuamente detectar e monitorizar os riscos identificados e implementar medidas correctivas sempre que se entenda necessário, de forma a limitar eventuais impactos que estes possam vir a ter no desempenho do Grupo. No âmbito desse processo, foi efectuada uma avaliação dos activos do Grupo, particularmente na área de negócio de Geração Eléctrica, da qual resultou um conjunto de provisões e perdas de imparidade, descritas detalhadamente no relatório dos Resultados do 1º semestre de 2009. Relativamente à política de endividamento do Grupo, a Martifer teve a oportunidade de clarificar, no seu Investor Day, realizado no passado dia 23 de Outubro, que é sua preocupação a manutenção de uma posição financeira robusta e melhorar a sua estrutura financeira, diminuindo o nível de endividamento e melhorar os rácios de alavancagem do grupo, nomeadamente em duas áreas estratégicas: Construção Metálica, com a venda de activos considerados non core-assets, e na Geração de Energia, adoptando uma política de rotação de activos e recorrendo a mais endividamento em project finance, principalmente nos projectos de energia renovável. Será de referir que a crise dos mercados financeiros provocou maior pressão na gestão do fundo de maneio, com particular ênfase na necessidade de uma atribuição cuidada de plafonds a clientes. Em geral, a Martifer caminha no sentido de haver uma maior adequação das estruturas e maturidades dos financiamentos às características dos projectos: soluções de project finance têm sido procuradas para as operações de desenvolvimento de projectos de geração eléctrica, enquanto instrumentos de mais curto prazo têm sido privilegiados na gestão das necessidades de fundo de maneio. O Grupo tem uma participação financeira relevante na EDP Energias de Portugal, SA (EDP), representativa de cerca de 0,5% do capital dessa empresa. Variações desfavoráveis da cotação da EDP podem ter impacto nos resultados do Grupo, se essa variação justificar o reconhecimento de uma imparidade. O Grupo considera esta participação como estratégica, pelo que não é realizada qualquer operação de cobertura. No que respeita aos riscos inerentes às várias áreas de negócio, destacamos o seguinte: Na área de Construção Metálica a crise global condicionou a actividade em alguns mercados onde o Grupo actua, particularmente em Espanha e na Europa Central. Por outro lado, desde Setembro de 2008 que se tem assistido a uma queda generalizada do preço do aço nos mercados internacionais. Não se espera, contudo, que essa redução possa vir a ter impacto ao nível da rentabilidade da área. Na área de Equipamentos para Energia, perspectiva-se um maior nível de actividade no 4º trimestre do ano em virtude do crescimento esperado na actividade de construção de parques solares chave-na-mão. A natureza desta actividade acarreta o risco proveniente dos possíveis atrasos na obtenção de financiamento ou das licenças necessárias por parte dos clientes finais, com o consequente diferimento nos prazos de início de obra. Acresce que eventuais atrasos no arranque de obras contratadas poderão conduzir a dificuldades no escoamento da produção da actividade industrial de módulos. Estima-se que a descida de preços dos equipamentos neste segmento verificada até ao 3º trimestre de 2009 deverá estabilizar nos próximos meses. O segmento eólico deverá registar um abrandamento da actividade de construção de parques, com a conclusão de grande parte das obras em curso. Estando estes projectos em fase final de construção não se perspectivam riscos inerentes a atrasos na execução das mesmas, não devendo, como tal, existir penalizações a considerar. Já no que concerne à actividade de produção de equipamentos, esta deverá manter um nível de proveitos semelhante ao apresentado nos primeiros nove meses do ano, sendo os riscos a assinalar resultantes da actual conjuntura económica, nomeadamente o constrangimento do mercado de crédito que poderá conduzir a atrasos na execução dos projectos dos nossos clientes e, por consequência, ao prolongamento do prazo de entrega das actuais encomendas para o próximo ano. Adicionalmente, é expectável uma redução da margem neste segmento imposta pela diminuição da procura. Na área de Geração Eléctrica, a já referida contracção dos mercados financeiros exige que os projectos sejam cada vez mais robustos, do ponto de vista do recurso, do enquadramento regulatório e da própria estrutura financeira. A conjugação destes factores determina a implementação de procedimentos de avaliação periódica dos projectos em fase de operação e MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 13

desenvolvimento por parte das empresas do universo desta área de negócio. Como tivemos oportunidade de divulgar, no 2º trimestre deste exercício, a reavaliação dos activos resultou no registo de provisões e imparidades já descritos. Paralelamente, a incerteza quanto à obtenção de estruturas financeiras adequadas aos projectos pode condicionar o ritmo de desenvolvimento dos mesmos e consequentemente o início de construção dos parques. A Martifer entende que a melhor forma de mitigar esta complexidade adicional no negócio é a constituição de parcerias em cada uma das geografias. O recente acordo de parceria de cooperação com a Enersis deverá diminuir o risco de desenvolvimento desta área de negócio. Em suma, o Grupo tem em execução um plano de redução do interesse económico na área de negócio de Agricultura & Biocombustíveis, actualmente de 60%. A eventual conclusão das operações delineadas neste plano até ao final do primeiro semestre de 2010 poderão ter impacto ao nível dos resultados do Grupo, impacto este que não é possível quantificar neste momento. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 14

PERSPECTIVAS No Investor Day, a Martifer apresentou os seus guidances para o período de 2009E-2012E para cada uma das suas áreas, conforme apresentamos de seguida: Construções Metálicas: Crescimento dos proveitos no intervalo de [10%;13%] CAGR09-12, com a margem EBITDA a rondar entre os 10% e os 11%. Relativamente à performance do final do ano de 2009, reiteramos que a área de Construção Metálica deverá terminar o ano com proveitos ligeiramente acima do valor reportado no ano 2008 e que a margem EBITDA continua a ser de cerca de 10%, em linha com as expectativas anteriores, o mesmo se aplicando ao investimento. Energias Renováveis: Equipamentos para Energia - Eólica: crescimento dos proveitos no intervalo [14%;17%] CAGR09-12, com a margem EBITDA a rondar entre os 7% e os 8%. Equipamentos para Energia Solar: crescimento dos proveitos no intervalo [15%;18%] CAGR09-12, com a margem EBITDA a rondar entre os 7% e os 8%. Ou seja, para o ano de 2009, reiteramos que os proveitos operacionais totais deverão de estar em linha com o exercício anterior, com uma margem EBITDA prevista entre 7% e 8%. Relativamente ao investimento acumulado para o ano, estima-se uma redução para os 18 milhões de euros, em grande medida resultante da partilha do investimento na fábrica de torres nos EUA. Geração Eléctrica: expectativa de margens EBITDA entre 75% e 80% para os activos que se encontram em operação. Quanto à performance para o final do ano 2009, a área de Geração Eléctrica, apesar de se antecipar no cumprimento das perspectivas para a evolução dos proveitos operacionais (que deverão atingir cerca de 18 milhões de euros), já o EBITDA será praticamente residual, consequência de maiores custos incorridos com a estrutura do negócio e custos de operação superiores aos previstos associados à entrada em funcionamento dos novos parques. O investimento anual deverá rondar os 80 milhões de euros. Esta redução face à perspectiva anterior deve-se fundamentalmente a atrasos no licenciamento de alguns projectos. Actualmente, estimamos que o valor dos proveitos consolidados totais do ano de 2009 se situe entre 640 e 660 milhões de euros. Em conclusão, continuamos optimistas quanto à performance operacional do Grupo no final do ano 2009, uma vez que o 4º trimestre será forte em termos de actividade, principalmente nas actividades de Construção Metálica e Equipamento para Energia Solar. Relativamente à nossa intenção de diminuir os níveis de dívida, apesar de no 3º trimestre a dívida líquida apresentar um aumento, o Guidance proposto para o final do ano deverá ser atingido. MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 15

EVOLUÇÃO DA ACÇÃO MARTIFER As acções da Martifer encontram-se admitidas à negociação na Euronext Lisbon desde Junho de 2007. A cotação de fecho da acção da Martifer a 30 de Setembro de 2009 foi de 3,63 euros por acção, o que representa uma valorização da Martifer em 363.000.000 euros. Relativamente à performance da acção face ao início do ano até ao dia 30 de Setembro, a cotação da Martifer sofreu uma queda de 3.7%. No mesmo período, o índice principal do mercado português, o PSI20, valorizou 33,6%. O volume médio diário negociado no período ascendeu a 69.102 acções, um aumento de 12,3% face ao volume médio registado no 1º semestre de 2009. Performance da acção da Martifer vs. Índice PSI20 9 Meses de 2009 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Martifer PSI-20 MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 16

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS INTERCALARES REFERENTES AO 3º TRIMESTRE E NOVE MESES DE 2009 IFRS / NÃO AUDITADAS MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 17

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS SEPARADAS PARA OS PERÍODOS DE NOVE MESES E TRIMESTRES FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 E 2008 Notas 9M 09 9M 08 3º Trimestre 3º Trimestre IFRS IFRS 2009 - IFRS 2008 - IFRS (não auditado) (não auditado) (não auditado) (não auditado) Vendas e prestações de serviços 4 e 5 336.511.772 409.322.957 117.023.180 171.346.695 Outros proveitos 6 69.207.395 68.070.239 10.492.434 33.910.361 Custo das mercadorias e dos subcontratos (265.172.228) (341.550.556) (76.055.733) (153.441.968) Resultado bruto 140.546.940 135.842.639 51.459.881 51.815.088 Fornecimentos e serviços externos (59.986.271) (55.717.905) (25.399.808) (19.946.875) Custos com o pessoal (54.238.663) (36.380.948) (18.384.767) (14.060.823) Outros proveitos / (custos) operacionais 7 13.426.161 114.003 5.340.772 685.115 5 39.748.168 43.857.789 13.016.078 18.492.506 Amortizações 5, 12 e 13 (17.181.063) (11.547.953) (6.486.639) (4.001.314) Provisões e perdas de imparidade 8 (38.944.608) (2.239.473) 256.230 (782.803) Resultado operacional 5 (16.377.503) 30.070.362 6.785.668 13.708.388 Proveitos financeiros 9 172.840.779 15.011.837 414.401 6.033.394 Custos financeiros 9 (28.857.503) (51.227.520) (6.863.261) (41.422.716) Ganhos / (perdas) em empresas associadas 7.629 (53.150) 28.832 (52.684) Imposto sobre o rendimento (3.256.652) (7.184.427) (188.157) (1.993.490) Resultado depois de impostos 124.356.749 (13.382.897) 177.483 (23.727.107) Resultado da unidade operacional detida para venda 3 (12.870.327) (2.952.442) (1.251.215) (2.278.167) Atribuível: a interesses minoritários 3 (5.383.397) (383.483) (232.390) (532.303) ao Grupo 3 (7.486.930) (2.568.959) (1.018.825) (1.745.864) Resultado consolidado líquido do período 111.486.422 (16.335.339) (1.073.732) (26.005.275) Atribuível: a interesses minoritários (2.807.795) 3.106.280 703.018 1.390.585 ao Grupo 114.294.218 (19.441.619) (1.776.750) (27.395.860) Resultado consolidado líquido por acção básico 10 1,1429 (0,1944) (0,0178) (0,2740) das unidades operacionais em continuação 10 1,2178 (0,1687) (0,0076) (0,2565) da unidade operacional detida para venda 10 (0,0749) (0,0257) (0,0102) (0,0175) diluído 10 1,1429 (0,1944) (0,0178) (0,2740) das unidades operacionais em continuação 10 1,2178 (0,1687) (0,0076) (0,2565) da unidade operacional detida para venda 10 (0,0749) (0,0257) (0,0102) (0,0175) Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 18

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 30 Setembro 2009 31 Dezembro 2008 Notas IFRS (não auditado) IFRS (auditado) Activo Não corrente Diferenças de consolidação 11 50.901.705 67.995.855 Imobilizado incorpóreo 12 53.644.525 56.844.217 Imobilizado corpóreo 13 388.121.248 503.425.141 Propriedade de investimento 14 57.013.000 9.505.000 Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 23.152 30.243 Investimentos financeiros disponíveis para venda 15 55.436.145 48.400.490 Clientes e outros devedores 6.595.197 2.059.914 Activos por impostos diferidos 10.686.486 13.556.397 622.421.459 701.817.256 Activos classificados como detidos para venda - 43.272.091 Activos da unidade operacional detida para venda 3 352.096.092 - Corrente Existências 16 84.259.972 155.512.651 Activos biológicos 16-6.214.509 Clientes 147.728.894 180.200.925 Outros devedores 26.139.060 40.091.096 Estado e outros entes públicos 43.024.370 65.720.440 Outros activos correntes 17 89.372.247 75.524.379 Derivados (1.210.501) (4.128.504) Caixa e seus equivalentes 41.432.765 84.275.825 430.746.807 603.411.321 Total do Activo 5 1.405.264.357 1.348.500.668 Capital Próprio Capital 18 50.000.000 50.000.000 Reservas 224.516.041 215.874.718 Resultado consolidado líquido do período 114.294.218 7.439.955 Capital próprio atribuível ao Grupo 388.810.259 273.314.673 Interesses minoritários 22.402.527 60.375.467 Interesses minoritários associados a activos da unidade operacional detida para venda 3 32.980.229 - Total do Capital Próprio 444.193.015 333.690.141 Passivo Não corrente Empréstimos 19 162.609.865 168.617.782 Credores por locações financeiras 42.539.767 68.952.493 Credores diversos 7.758.837 2.353.647 Provisões 21 6.421.353 3.937.654 Passivos por impostos diferidos 7.870.822 9.844.754 227.200.643 253.706.329 Passivos associados a activos da unidade operacional detida para venda 3 240.306.590 - Corrente Empréstimos 19 286.765.701 439.881.095 Credores por locações financeiras 8.019.111 11.989.447 Fornecedores 86.993.823 135.236.807 Credores diversos 57.436.455 66.646.751 Estado e outros entes públicos 8.094.708 16.274.529 Outros passivos correntes 20 46.254.311 91.075.569 493.564.109 761.104.198 Total do Passivo 5 961.071.342 1.014.810.527 Total do Passivo e do Capital Próprio 1.405.264.357 1.348.500.668 Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 19

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PARA OS PERÍODOS DE NOVE MESES FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 E 2008 9M 09 9M 08 IFRS (não auditado) IFRS (não auditado) Resultado líquido consolidado do período 111.486.422 (16.335.339) Justo valor de instrumentos financeiros derivados (2.431.296) (350.673) Justo valor de investimentos financeiros disponíveis para venda 7.699.500 - Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; (ii) investimento líquido nas subsidiárias; e (iii) actualização de diferenças de consolidação (3.762.431) (5.301.854) Reserva de reavaliação de activos tangíveis - 1.428.954 Resultados consolidados reconhecidos directamente no capital próprio 1.505.774 (4.223.573) Rendimento integral consolidado do período 112.992.196 (20.558.912) Atribuível: a interesses minoritários (2.774.089) 1.129.600 ao Grupo 115.766.285 (21.688.512) Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 20

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS DE NOVE MESES FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 E 2008 Capital Prémio de Emissão Reavaliação de imobilizado Reservas de justo valor Investimentos disponíveis para venda Derivados Reservas de conversão cambiais Outras reservas Resultado líquido Capital próprio atribuível a accionistas maioritários Capital próprio atribuível a accionistas minoritários Saldo em 1 de Janeiro de 2008 50.000.000 186.500.000 12.139.606 252.250 362.931 (3.641.487) 9.747.990 26.423.647 281.784.936 3.690.499 Aplicação do resultado líquido consolidado de 2007 Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) investimento líquido nas subsidiárias - - - - - - 26.423.647 (26.423.647) - - - - - - - (3.381.641) - - (3.381.641) (1.920.213) Reavaliação de terrenos e edifícios - - 1.428.954 - - - - - 1.428.954 - Transferências - - - - - - - - - - Outras variações no capital próprio das empresas participadas - - - (252.250) 1.800.614 - (1.548.364) - - - Distribuição de dividendos - - - - (294.205) - 11.036.544-10.742.338 53.149.522 Alterações no perímetro de consolidação - - - - - - - - - 4.350.329 Resultado líquido consolidado - - - - - - - (19.441.620) (19.441.620) 3.106.280 Saldo em 30 de Setembro de 2008 50.000.000 186.500.000 13.568.560-1.869.340 (7.023.128) 45.659.816 (19.441.620) 271.132.968 62.376.418 Saldo em 1 de Janeiro de 2009 50.000.000 186.500.000 17.549.418 2.841.818 (1.705.601) (22.974.300) 33.663.383 7.439.955 273.314.673 60.375.467 Aplicação do resultado líquido consolidado de 2008 Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) investimento líquido nas subsidiárias Actualização das diferenças de consolidação expressas em moeda estrangeira Outras variações no capital próprio das empresas participadas - - - - - - 7.439.955 (7.439.955) - - - - - - - (7.086.367) - - (7.086.367) 341.125 - - - - - 2.656.923 - - 2.656.923 325.888 - - - 7.699.500 (1.797.989) - (270.699) - 5.630.811 (432.969) Distribuição de dividendos - - - - - - - - - (450.000) Alterações no perímetro de consolidação - - - - - - - - (1.968.959) Resultado líquido consolidado - - - - - - - 114.294.218 114.294.218 (2.807.795) Saldo em 30 de Setembro de 2009 50.000.000 186.500.000 17.549.418 10.541.318 (3.503.590) (27.403.744) 40.832.639 114.294.218 388.810.259 55.382.756 Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras 21

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS PERÍODOS DE NOVE MESES E TRIMESTRES FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2009 E 2008 ACTIVIDADES OPERACIONAIS 9M 09 9M 09 3º Trimestre 3º Trimestre IFRS IFRS 2009 - IFRS 2008 - IFRS (não auditado) (não auditado) (não auditado) (não auditado) Recebimentos de clientes 581.834.230 601.310.915 244.140.595 266.231.568 Pagamentos a fornecedores (541.144.886) (671.113.812) (232.148.577) (347.605.123) Pagamentos ao pessoal (57.473.099) (37.343.555) (17.411.833) (19.465.627) Fluxos gerados pelas operações (16.783.755) (107.146.452) (5.419.815) (100.839.182) Pagamento de imposto sobre o rendimento (12.232.586) (4.608.966) (7.869.723) (1.489.266) Outros recebimentos /(pagamentos) de actividades operacionais 2.409.211 (23.216.337) (1.766.142) 10.615.309 Outros fluxos gerados (9.823.375) (27.825.303) (9.635.865) 9.126.044 Fluxos das actividades operacionais (1) (26.607.129) (134.971.755) (15.055.679) (91.713.138) ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros 182.499.473 7.625.768-4.727.860 Imobilizações corpóreas 767.815 118.616 47.653 118.616 Imobilizações incorpóreas 24.133 - - - Subsídios ao investimento 139.479 - - - Juros e proveitos similares 3.988.341 4.118.331 1.281.685 1.500.854 Dividendos 2.478.146 2.213.388 - - Outros - 45.813 - - 189.897.387 14.121.916 1.329.338 6.347.330 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros (8.869.640) (32.901.408) (10.000) (11.463.512) Imobilizações corpóreas (110.199.449) (108.444.126) (14.085.949) (65.911.800) Imobilizações incorpóreas (12.092.844) (9.901.943) (1.217.317) (5.231.509) Outros - (859.208) - - (131.161.933) (152.106.685) (15.313.266) (82.606.821) Fluxos das actividades de investimento (2) 58.735.455 (137.984.769) (13.983.928) (76.259.490) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos 133.145.144 1.736.279.066 66.633.825 768.196.741 Aumentos de capital, prest. suplem., prémios de emissão - 19.131.611 - - Subsídios e doações 147.652 - - - 133.292.795 1.755.410.677 66.633.825 768.196.741 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos (137.999.501) (1.424.873.024) (3.204.935) (571.863.974) Amortizações de contratos de locação financeira (12.976.240) (5.137.775) (4.325.413) (2.274.826) Juros e custos similares (27.269.725) (28.325.656) (10.697.158) (16.178.904) Dividendos - (450.000) - (450.000) (178.245.466) (1.458.786.455) (18.227.506) (590.767.704) Fluxos das actividades de financiamento (3) (44.952.670) 296.624.222 48.406.318 177.429.037 Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (12.824.345) 23.667.699 19.506.191 9.456.408 Variação de perímetro e outras variações (43.756) 2.115.303-1.282.475 Efeito das diferenças de câmbio (3.634.099) 409.739 (667.887) 511.008 Caixa e seus equivalentes no início do período 84.275.825 32.312.299 48.935.321 47.255.148 Caixa e seus equivalentes no fim do período 67.773.625 58.505.040 67.773.625 58.505.040 Atribuível à unidade operacional detida para venda 26.340.860 Caixa e seus equivalentes no fim do período 41.432.765 Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras MARTIFER SGPS, SA RELATÓRIO INTERCALAR SETEMBRO 2009 22