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Transcrição:

Módulo 1 RCP no Adulto Introdução Mapa do Módulo Compressões Cardíacas Ventilações no SBV Avaliação Inicial Atendimento Completo Atendimento em Equipe Via Aérea Avançada Conclusão Tarefa 1

Introdução RCP no Adulto Neste módulo iremos abordar o a Ressuscitação Cardio Pulmonar (RCP) no adulto. Consideramos adultos para a RCP, todo indivíduo compreendido entre os primeiros sinais da puberdade até o fim da vida. Ou seja, adolescentes e idosos são tratados como adultos quando precisam de RCP. A principal causa de mortalidade no adulto, são as doenças cardiovasculares com destaque para os acidentes vasculares cerebrais (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). O IAM pode evoluir em casos mais graves com uma morte súbita, ou seja, o surgimento repentino de um ritmo cardíaco desorganizado não compatível com a vida. Os dois principais ritmos advindos de uma morte súbita são Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular (TV). Esses ritmos precisam ser rapidamente revertidos para fornecer chances de sobrevidas para os pacientes.

Mapa do Módulo 1. Introdução 11. Tarefa 1 10. Conclusão 9. Observação 2: Parada respiratória 8. Observação 1: Vias aéreas avançadas Módulo 1 : RCP no Adulto 2. Mapa do Módulo 3. Compressões Cardíacas 4. Ventilações 5. Avaliação 7. Atendimento em Equipe 6. Atendimento Completo

Compressões Cardíacas Compressões Cardíacas Para falar das compressões, vamos relembrar das Leis de Isaac Newton: Lei 1: Inércia Lei 2: Fr = m.a Lei 3: Ação e Reação Lei 1 Inércia Toda objeto que está em repouso tende a continuar em repouso, todo objeto que está em movimento tende a ficar em movimento. Para descolocar um objeto que está em repouso ou parar um objeto que está em movimento, devemos APLICAR UMA FORÇA EXTERNA Aplicabilidade da 1º Lei na RCP Um coração que se encontra em PCR, tende a ficar em PCR, a não ser que uma FORÇA EXTERNA seja aplicada (COMPRESSÕES + VENTILAÇÕES + DESFIBRILAÇÃO)

Compressões Cardíacas Lei 2: Fr = m.a A Força Resultante de um objeto em deslocamento é Diretamente Proporcional a Massa do Objeto e a Aceleração do Objeto. Quanto maior a Massa do Objeto e quanto maior a Aceleração MAIOR A FORÇA RESULTANTE. Aplicabilidade da 2ª Lei na RCP A Força Resultante equivale ao Débito Cardíaco durante a RCP. Para obter um Débito Cardíaco OTIMIZADO devemos comprimir FORTE e RÁPIDO. FORTE = PROFUNDIDADE (5 a 6 cm) RÁPIDO = FREQUENCIA (100 a 120 vezes/min) Atenção! A profundidade e a frequência são inversamente proporcionais.

Compressões Cardíacas Lei 3: Ação e Reação Toda ação terá uma reação proporcional. Aplicabilidade da 3º Lei na RCP Uma Compressão bem realizada, atendendo a todas as recomendações técnicas de execução terá uma reação BOA PROPORCIONALMENTE. Além de realizar compressões FORTES (5 a 6 cm) e RÁPIDAS (100 a 120 x/min) também é necessário posicionar corretamente 3 PARTES CRÍTICAS como veremos nas ilustrações a seguir...

Compressões Cardíacas Passo a passo para realização de Compressões Cardíacas 1. Localizar a linha Inter mamilar no corpo do Esterno 2. Posicionar a Região Hipotênar no tórax da vítima 3. Posicionar a outra mão por cima da primeira entrelaçando os dedos 4. Posição correta dos cotovelos e dos ombros Os cotovelos devem estar ESTENDIDOS Os ombros acima da vítima formando um ângulo de 90º 5. Aplicar Compressões FORTES e RAPIDO 4

Ventilações no SBV Ventilações no SBV Para ventilar um paciente em Parada Cardiorrespiratória no Suporte Básico de Vida, existem três formas: 1. Boca a Boca 2. Dispositivo Válvula Máscara (Pocket-Mask) 3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara (AMBU)

Boca a Boca Ventilações no SBV O Boca a boca fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente. Apesar de não existir relatos na literatura de contaminação de socorristas ao realizar essa manobra, é recomendado que profissionais de saúde usem os dispositivos de barreira para realização das ventilação (Veremos a seguir). Para realizar uma ventilação boca a boca eficaz, seguir o passo a passo: 1. Abria via aérea através da inclinação da cabeça com elevação do queixo 2. Vedar 100% a boca do paciente com a boca do socorrista (Boca de peixe). 3. Obstruir as narinas do paciente para evitar o refluxo de ar. 4. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.

Ventilações no SBV Válvula Máscara (Pocket-Mask) A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente a não ser que esteja acoplado a um cilindro de O2, neste caso podemos chegar a mais de 90% de O2. A Pocket-Mask permite tanto com proteção de contato graças a sua estrutura de silicone quanto uma proteção respiratória graças a sua Válvula UNIDIRECIONAL. Alguns modelos podem ser acoplados a uma fonte de O2 e outros não. Para realizar uma ventilação com Pocket-Mask eficaz, seguir o passo a passo: 1. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não permitir escape de ar pelas laterais. 2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo. 3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.

Ventilações no SBV Bolsa-Válvula-Máscara (A.M.B.U) A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 21% de oxigênio para o paciente a não ser que esteja acoplado a uma fonte de O2, neste caso podemos chegar a mais de 90% de O2. O A.M.B.U permite tanto com proteção de contato graças a sua estrutura de plástico quanto uma proteção respiratória já que a ventilação é feita pela reserva de ar contida na bolsa. Para realizar uma ventilação eficaz com o dispositivo bolsa-válvula-máscara, seguir o passo a passo: 1. O Socorrista deve se posicionar na cabeça da vítima. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não permitir escape de ar pelas laterais, utilizando a técnica do C e do E. 2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo. 3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.

Avaliação Inicial Avaliação Inicial A avaliação inicial deve envolver a avaliação da cena e a avaliação do paciente. Essa avaliação se aplica em pacientes a priori inconscientes dentro do Suporte Básico de Vida (SBV). O objetivo da avaliação inicial consiste em checar o nível de consciência qualitativamente, a respiração e a presença de pulso carotídeo. Quando necessário, o socorrista deverá pedir ajuda ainda dentro da avaliação inicial. Veremos nas próximas páginas os 4 passos de uma boa avaliação inicial no SBV para pacientes vítimas de morte súbita.

Avaliação Inicial Os 4 Passos da Avaliação Inicial Checar a Segurança do Local A segurança da cena é primordial para a equipe de saúde. Não cabe ao profissionais de saúde adentrar a zona quente, sendo esse papel reservado ao corpo de bombeiro e policia, autoridades absolutas nessas circunstâncias. A equipe da saúde deve aguardar a liberação do corpo de bombeiro e/ou policia, uma vez que a segurança da cena esteja garantida, para acessar o local. Em algumas situações, as vítimas são retiradas da zona quente e trazidas para a zona fria para que o atendimento seja efetuado. A segurança do socorrista vem sempre em primeiro lugar!

Avaliação Inicial Checar a Responsividade Esse segundo paciente possui diversas funções. Ao mesmo tempo checamos a consciência do paciente, e caso o paciente esteja consciente a perviedade das vias aéreas. Lembrando que neste momento não devemos quantificar o nível de consciência aplicando a escala de Glasgow ou outras e sim qualificar a consciência do paciente em PRESENTE ou AUSENTE. Para isso, devemos adotar a posição do socorrista com um joelho no chão, apoiar as duas mãos na região superior do tórax e aplicar estímulos vigorosos ao mesmo tempo que chamamos o paciente: SENHOR, SENHOR, PODE ME OUVIR?

Avaliação Inicial Checar a Respiração + Pulso Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e verbais do segundo passo da avaliação, devemos então proceder ao terceiro passo que consiste em checar a respiração e pulso central simultaneamente. + Esse passo deve levar entre 5 e 10 segundos. Para isso basta observar se existem movimentos respiratórios eficazes através da elevação torácica e ao mesmo tempo palpar o pulso carotídeo em busca da identificação de presença ou ausência do mesmo.

Avaliação Inicial Pedir Ajuda Uma vez identificada a Parada Respiratória, devemos imediatamente PEDIR AJUDA! Para isso devemos Designar alguém que deverá LIGAR PARA O 192 (SAMU) e BUSCAR um DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA). Você! Ligue para o 192 e Traga um DEA! Idealmente deveria ter um DEA por perto para que a desfibrilação não seja retardada (3º Elo da Cadeia da Sobrevivência). A tendência é que esse equipamento seja cada vez mais popularizado e disponível em locais públicos e privados pela importância que possui na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).

Atendimento Completo Avaliação Responsividade Respiração + Pulso Ajuda (192 + DEA) RCP 30 Compressões 2 Ventilações Troca de função entre socorristas após cada 2 min

Mais de 1 Socorrista na Cena Mais de 1 Socorrista na Cena Quando temos a oportunidade de ter mais de um socorrista na cena precisamos aproveitar da melhor forma. Cada um terá uma função durante o atendimento. Enquanto o 1º Socorrista está realizando as compressões cardíacas, o segundo Socorrista se posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aéreas aberta e aplica ventilações com o AMBU. Após 2min ou 5 ciclos de 30:2, deve ocorrer a troca de funções entre os socorristas, de forma organizada para que não ocorra perda de tempo. Caso tenha um terceiro socorrista na cena, o mesmo poderá segurar a máscara do A.M.B.U no rosto da vítima, realizando uma vedação otimizada, enquanto o segundo socorrista aplica as ventilações.

Vias Aéreas Avançadas Dentro de ambientes de saúde, é possível que pacientes que se encontram em ventilação mecânica através de um tudo endotraqueal, precisem de RCP caso evoluam para PCR. Caso não haja médico presente no momento da identificação na PCR, os profissionais de SBV presentes na cena deverão iniciar a RCP com manobras de SBV. Neste caso, deverão ser realizadas compressões contínuas e paralelamente, 1 ventilação a cada 6 segundos, ou seja, 10 ventilações por minuto. Não devemos interromper as compressões para aplicar as ventilações quando o paciente se encontra com um dispositivo de vias aéreas posicionado. Para isso, basta conectar o dispositivo de ventilação manual (AMBU) à cânula endotraqueal e realizar 1 ventilação a cada 6s enquanto o outro socorrista realizar compressões contínuas por 2 min antes de trocar as funções.

Parada Respiratória Ao realizar a avaliação inicial é possível encontrar um paciente que apresente uma ausência de movimentos respiratórios associados à presença de pulso central. Essa situação caracteriza uma parada respiratória, que se não tratada adequadamente, poderá evoluir para uma parada cardiorrespiratória (PCR). A parada exclusivamente respiratória deverá ser tratada com ventilações de resgate e com a frequência de 1 ventilação a cada 5 a 6 segundos no adulto. O que equivale a 10 a 12 ventilações por minuto. Neste caso não é necessário realizar compressões, já que existe um pulso central palpável. Após 2 min o socorrista deverá reavaliar o pulso central e a respiração do paciente.

Conclusão Esse foi o módulo 1 do treinamento Suporte Básico de Vida programa Multiplicadores do Bem nível. Nele abordamos os principais conceitos de RCP no Adulto. Lembrando que adultos para o Suporte Básico de Vida compreendem adolescentes, adultos e idosos. Neste módulo aprendemos como realizar compressões cardíacas no adulto e como realizar ventilações no Suporte Básico de Vida. Além disso vemos como realizar a avaliação inicial de um paciente inconsciente e como realizar atendimentos em equipe. No próximo módulo aprenderemos a utilizar o Desfibrilador Externo Automático (DEA).

Atividade Prática do Workshop Ao ler atentivamente esse e-book, você terá adquirido os conhecimentos (Pilar 1) referentes os conteúdos de SBV/RCP no adulto. No vídeo 2 desse workshop, você vai aprender como ensinar esses conteúdos de forma didática e envolvente (Pilar 2). Ainda durante esse workshop, ensine para as pessoas de sua família, ou amigos próximos ou até para colegas de trabalho, como atender um adulto vítima de parada cardiorrespiratória. Após realizar essa atividade prática, já pode se considerar que você terá dado início a sua jornada como multiplicador ou multiplicadora do bem. Um forte abraço, Dr. Leonardo Clement