TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES



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LEI Nº 3.736, DE 03 DE ABRIL DE 2.008 (Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos da administração direta, autárquica e fundacional do Município de Jaboticabal e dá providências correlatas.) JOSÉ CARLOS HORI, Prefeito Municipal de Jaboticabal, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais; Faz saber que a Câmara Municipal de Jaboticabal, em sua sessão de 02 de abril de 2.008, decretou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei: TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. Esta lei disciplina o regime jurídico estatutário aplicável aos servidores públicos investidos em cargo público de provimento efetivo ou de provimento em comissão da administração direta, autarquias e fundações públicas do Município de Jaboticabal. Parágrafo único. O disposto nesta lei não se aplica: I aos servidores da administração direta e indireta regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho; II aos servidores contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Art. 2º. Para os efeitos desta lei, entende-se como: I cargo público: o conjunto de atribuições e responsabilidades atribuído a determinado servidor, criado por lei, com denominação própria e vencimentos pagos pelos cofres públicos; II servidor público: toda pessoa legalmente investida em cargo público de provimento efetivo ou em comissão; III quadro de pessoal: o conjunto de cargos de provimento efetivo ou em comissão e funções gratificadas da administração municipal; IV carreira: a estruturação dos cargos em classes; V classes: os graus dos cargos hierarquizados em carreira, que representam as perspectivas de desenvolvimento funcional; VI cargo isolado: o cargo que não constitui carreira; VII nível: o símbolo próprio para determinar a faixa de vencimentos correspondente aos cargos públicos; VIII vaga excedente: a vaga criada além daquelas previstas no Quadro de Vagas da Unidade/Órgão para suprir uma necessidade momentânea, sendo extinta no momento da desocupação. Parágrafo único. É proibido o exercício gratuito de cargos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 1

TÍTULO II - DO PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 3º. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder e do dirigente superior de autarquia ou de fundação pública. Art. 4º. São formas de provimento no cargo público: I - nomeação; II - promoção; III - readaptação; IV - reversão; V - reintegração; Art. 5º. A investidura em cargo público ocorre com a posse, observados os seguintes requisitos básicos: I - nacionalidade brasileira; II - gozo dos direitos políticos; III - regularidade com as obrigações militares e eleitorais; IV - nível de escolaridade exigido para exercício do cargo; V - idade mínima de 18 (dezoito) anos; VI - condições de saúde física e mental compatíveis com o exercício do cargo ou função, de acordo com prévia inspeção médica oficial, na forma do art.231; VII - idoneidade moral. 1º. As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. 2º. Os requisitos exigidos para a investidura no cargo deverão ser comprovados pelo candidato no momento da posse. Art. 6º. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo, cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras. Parágrafo único. Para as pessoas referidas no caput deste artigo serão reservadas, no mínimo, 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas, nas condições a serem definidas no edital de concurso público. CAPÍTULO II - DO CONCURSO PÚBLICO Art. 7º. O concurso público para investidura em cargo público de provimento efetivo será de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo. Parágrafo único. A admissão dos profissionais da educação far-se-á, exclusivamente, por concurso público de provas e títulos. 2

Art. 8º. O concurso terá validade de até 2 (dois) anos, prorrogável, uma vez, por igual período. Art. 9º. As normas gerais para a realização do concurso serão fixadas em edital, que será publicado no órgão oficial municipal. Parágrafo único. Do edital do concurso deverão constar, entre outros, os seguintes requisitos: I - o prazo de validade do concurso; II - os requisitos de investidura, a serem comprovados pelos candidatos no momento da posse, observado o disposto no art. 5º; III - o número de vagas a serem preenchidas nos respectivos cargos públicos, distribuídas por especialização ou disciplina, quando for o caso, com o respectivo vencimento do cargo. Art. 10. A aprovação em concurso não gera o direito à nomeação, que será feita, a critério da Administração, obedecida a ordem de classificação dos candidatos. Parágrafo único. Não se abrirá novo concurso público enquanto a ocupação do cargo puder ser feita por servidor em disponibilidade ou por candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade ainda não expirado. Art. 11. Aos candidatos será assegurado direito de recurso nas fases de homologação das inscrições, publicação de resultados parciais ou globais, homologação do concurso e nomeação. CAPÍTULO III - DA NOMEAÇÃO Seção I - Disposições Gerais Art. 12. A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento efetivo, isolado ou de carreira; II - em comissão, para cargos de provimento em comissão de livre nomeação e exoneração. Seção II - Da Nomeação para Cargos Efetivos Art. 13. A nomeação para cargo efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Art. 14. Os cargos de provimento efetivo da Administração direta, autarquias e fundações públicas serão organizados em carreiras, admitindo-se, se necessária, a criação de cargos isolados. Parágrafo único. As carreiras serão organizadas em classes de cargos, observadas a escolaridade e a qualificação profissional exigidas, bem como a natureza e a 3

complexidade das atribuições a serem exercidas por seus ocupantes, na forma prevista na legislação específica. Art. 15. É vedado cometer ao servidor atribuições diversas daquelas de seu cargo, exceto as previstas em cargo de direção, chefia ou assessoramento, as funções de confiança e as funções de comissões ou funções legais. Seção III - Da Nomeação para Cargos em Comissão Art. 16. Os cargos em comissão destinam-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento e serão providos mediante livre escolha da autoridade competente de cada Poder, autarquia ou fundação pública. 1º. São reservados 30% (trinta por cento) do cômputo em geral dos cargos em comissão para a nomeação de servidores do quadro efetivo. 2º. O percentual do parágrafo anterior deverá ser implementado de forma gradativa, sendo aplicado integralmente a partir da administração subseqüente à data de vigência desta lei. Art. 17. É vedado o exercício cumulativo de mais de um cargo em comissão, ressalvada a nomeação em substituição, sem prejuízo das atribuições do cargo originário, observado o disposto no art. 51. Art. 18. O servidor efetivo, nomeado para cargo em comissão, fará jus à remuneração prevista em lei para o comissionamento. Parágrafo único. O servidor efetivo poderá optar por receber seus vencimentos acrescidos de 30% (trinta por cento) do valor da remuneração prevista para o cargo em comissão, observado o disposto no art. 55. Art. 19. Aos servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, alheios aos quadros de pessoal permanente do Município, aplicam-se os direitos e vantagens para eles expressamente previstos nesta lei e demais disposições que não sejam incompatíveis com a natureza transitória e precária do cargo, observado o disposto no parágrafo único do art. 97. Seção IV - Das Funções Gratificadas Art. 20. As funções gratificadas destinam-se ao desempenho das atribuições de direção, chefia e assessoramento para as quais não se tenha criado cargo em comissão, especificadas na lei que instituir o Plano de Cargos e Carreiras. 1º. Somente serão designados para o exercício de função gratificada servidores ocupantes de cargo efetivo do Município, vedado seu exercício por servidor ocupante de cargo em comissão. 2º. As funções gratificadas serão remuneradas nos moldes do disposto no art. 98. 4

3º. A destituição do servidor da função gratificada dar-se-á a juízo da autoridade competente. Art. 21. É vedado o exercício cumulativo de mais de uma função gratificada, ressalvada a designação em substituição, observado o disposto no art. 51. CAPÍTULO IV - DA POSSE E DO EXERCÍCIO Art. 22. A posse dar-se-á nos casos de provimento por nomeação, com a assinatura da autoridade competente e do empossado, do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que resultarão aceitos, com compromisso de bem servir. 1º. A apresentação para a posse ocorrerá em até 5 (cinco) dias, contados do primeiro dia útil subseqüente à notificação do ato de provimento, a ser feita, preferencialmente, aos sábados, com aviso de recebimento, ocorrendo a posse em até 30 (trinta) dias, a contar da data em que inicie o respectivo prazo para apresentação. 2º. Em se tratando de servidor em gozo de férias ou das licenças previstas nos incisos I, II, III, IV, V, VII, XI e XII do art.128, o prazo para posse será prorrogado por 30 (trinta) dias. 3º. A posse poderá ser concedida mediante apresentação de procuração específica, por instrumento público. 4º. No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente declaração: I - dos bens e valores que constituem seu patrimônio; II - de exercício de outro cargo, emprego ou função pública, especificando-o, quando for o caso. 5º. Será tornado automaticamente sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nos prazos previstos nos 1º e 2º deste artigo. Art. 23. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial, que conclua pelo atendimento à exigência contida no inciso VI do art. 5º. Art. 24. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. 1º. Será de até 10 (dez) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados: I - da posse; II - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração e reversão. 2º. O prazo a que se refere o 1º deste artigo será de 2 (dois) dias em caso de urgência no atendimento do serviço, a critério da Administração. 3º. Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício nos prazos previstos nos 1º e 2º deste artigo. 5

4º. Será de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício no caso de aproveitamento, observado o disposto no art. 60. 5º. Compete à autoridade titular do órgão ou entidade para onde for designado o servidor dar-lhe o exercício. Art. 25. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. 1º. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual. 2º. A promoção, readaptação e recondução não interrompem o exercício. CAPÍTULO V - DO ESTÁGIO PROBATÓRIO Art. 26. O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório pelo período de 3 (três) anos, durante o qual serão avaliadas sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo. 1º. Como condição para a aquisição de estabilidade é obrigatória a avaliação de desempenho, a ser procedida nos termos estabelecidos neste Capítulo. 2º. O órgão competente de cada Poder e das entidades da Administração indireta dará prévio conhecimento aos servidores dos critérios, normas e padrões a serem utilizados para a avaliação de desempenho de que trata este Capítulo. Art. 27. A avaliação de desempenho do servidor durante o período de estágio probatório ocorrerá nos moldes de regulamento municipal, com a observância dos seguintes critérios de julgamento: I - produtividade: capacidade de produzir resultados adequados às atribuições do respectivo cargo; II - qualidade e eficiência: capacidade de desenvolvimento normal das atividades de seu cargo com exatidão, ordem e esmero; III - iniciativa: ação independente na execução de suas atividades, comunicação de situações de interesse do serviço e apresentação de sugestões para a melhoria do serviço; IV - assiduidade: maneira como o servidor cumpre o expediente, exercendo o cargo sem faltas injustificadas; V - pontualidade: maneira como o servidor observa os horários de trabalho, evitando atrasos injustificados e saídas antecipadas; VI - relacionamento: habilidade para interagir com os usuários do serviço e demais servidores públicos, buscando a convivência harmoniosa necessária à obtenção de bons resultados; VII - interação com a equipe: cooperação e colaboração na execução dos trabalhos em grupo; VIII - interesse: ação do servidor no sentido de desenvolver-se profissionalmente, buscando meios para adquirir novos conhecimentos dentro de seu campo de atuação, e mostrando-se receptivo às críticas e orientações; IX - disciplina e idoneidade: atendimento das normas legais, regulamentares e sociais e procedimentos da unidade de serviço de sua lotação. 6

Art. 28. A avaliação de desempenho do servidor em estágio probatório será realizada por Comissão de Avaliação de Desempenho CAD, instituída em cada Secretaria Municipal, ou por setores destas, composta por 2 (dois) servidores efetivos da área, sendo: o superior imediato do servidor e um servidor de cargo efetivo da área indicado pelo Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais; o Secretário da pasta ou outro servidor efetivo da área, por ele indicado. 1º. Não poderão participar da CAD: cônjuge, convivente ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o segundo grau, em relação ao servidor em estágio probatório ou entre seus membros componentes. 2º. Havendo previsão de uma comissão de desenvolvimento funcional na lei que instituir o sistema de carreiras, poderá ficar a cargo desta a avaliação de desempenho do servidor em estágio probatório. 3º. Será instituída uma Comissão Coordenadora em cada Secretaria Municipal, composta por 5 (cinco) membros, sendo: o Secretário Municipal, um representante sindical e três servidores efetivos da respectiva Secretaria, incumbida de: I apreciar os recursos interpostos contra as decisões da CAD; II orientar e supervisionar o processo de avaliação de desempenho; III resolver eventuais discordâncias havidas entre os membros da CAD. Art. 29. O procedimento de avaliação do servidor em estágio probatório será composto de 6 (seis) avaliações parciais, efetuadas no último mês de cada semestre. 1º. O servidor em estágio probatório terá conhecimento do resultado das avaliações parciais de desempenho em 5 (cinco) dias úteis, a partir de sua emissão, com o registro de sua ciência nos autos do processo de avaliação. 2º. A última avaliação parcial deverá ocorrer no penúltimo mês do semestre, de modo a possibilitar que o procedimento do estágio probatório seja concluído no prazo de 3 (três) anos. 3º. O procedimento de avaliação do servidor em estágio probatório será arquivado em pasta ou base de dados individual, permitida a consulta pelo servidor, a qualquer tempo. Art. 30. Observados os critérios estabelecidos no art. 27, a CAD adotará os seguintes conceitos de avaliação: I excelente; II bom; III regular; IV insatisfatório. Art. 31. Será exonerado o servidor em estágio probatório que receber, ao final das avaliações parciais: I - três conceitos de desempenho insatisfatório; II - quatro conceitos de desempenho regular. 7

Parágrafo único. O servidor poderá ser exonerado, a critério da Administração, durante o período de estágio probatório, assegurado o direito de ampla defesa em procedimento administrativo. Art. 32. Ao final das avaliações parciais de desempenho, a CAD emitirá, no prazo de 10 (dez) dias úteis, parecer conclusivo, aprovando ou reprovando o servidor no estágio probatório, considerando e indicando, exclusivamente, os critérios e normas estabelecidas neste Capítulo e no regulamento. 1º. O servidor terá conhecimento do parecer conclusivo em 5 (cinco) dias úteis, a partir de sua emissão, sendo-lhe assegurado o direito de requerer à CAD sua reconsideração, no prazo de 10 (dez) dias úteis, com igual prazo para a decisão. 2º. O servidor terá conhecimento da decisão da CAD sobre o recurso interposto no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a partir de sua emissão, sendo-lhe assegurado o direito de requerer à Comissão Coordenadora, no prazo de 10 (dez) dias úteis, com igual prazo para a decisão. 3º. Em caso de recurso, a CAD encaminhará, à Comissão Coordenadora, o parecer conclusivo, as avaliações parciais de desempenho e os pedidos de reconsideração. Art. 33. Concluído o procedimento de avaliação no estágio probatório, a Comissão Coordenadora emitirá o resultado final de avaliação, que decidirá pela estabilização ou exoneração do servidor. 1º. O resultado final do procedimento de avaliação e o ato de estabilização ou de exoneração do servidor serão publicados no Diário Oficial do Município ou jornal local que publicar os Atos Oficiais do Município, de forma resumida, com menção ao cargo, número de matrícula e lotação do servidor, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a contar da emissão do resultado final. 2º. Em caso de exoneração, a Comissão Coordenadora encaminhará ao servidor o respectivo ato. Art. 34. A avaliação de desempenho será objeto de regulamentação própria, podendo ser diferenciada de acordo com as características do cargo e da unidade da respectiva lotação. Art. 35. Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças previstas nos incisos I, II, III, IV, V, VII e XII do art. 128. 1º. O servidor em estágio probatório poderá ser afastado de seu cargo para exercer cargo em comissão, cargo de Secretário Municipal, mandato eletivo, ou no caso de cessão. 2º. O servidor em estágio probatório não poderá ser designado para exercer função gratificada permanecendo no desempenho das funções do cargo efetivo. 3º. O período de estágio probatório ficará suspenso durante o prazo em que o servidor permanecer afastado do exercício das funções do seu cargo efetivo. CAPÍTULO VI - DA ESTABILIDADE 8

Art. 36. Os servidores nomeados em virtude de concurso público são estáveis, após 3 (três) anos de efetivo exercício. Parágrafo único. A aquisição da estabilidade está condicionada à aprovação em estágio probatório, mediante avaliação de desempenho, na forma prevista nos arts. 26 e seguintes. Art. 37. O servidor estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo disciplinar, assegurada a ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei federal, assegurada a ampla defesa; IV - quando houver necessidade de redução de pessoal, em cumprimento ao limite de despesa com pessoal estabelecido na Constituição Federal ou em lei complementar federal. 1º. A perda do cargo nos termos do inciso IV deste artigo dar-se-á na forma das normas gerais disposta na lei federal pertinente. 2º. O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV deste artigo fará jus à indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. CAPÍTULO VII - DA PROGRESSÃO Art. 38. Progressão é a passagem do servidor de seu padrão de vencimento para outro, imediatamente superior, dentro da faixa do cargo a que pertence, observadas as normas da lei que instituir o sistema de carreiras. CAPÍTULO VIII - DA PROMOÇÃO Art. 39. Promoção é a elevação do servidor à classe imediatamente superior àquela a que pertence, na mesma carreira, pelo critério do merecimento, observadas as normas da lei que instituir o sistema de carreiras. Art. 40. A promoção não interrompe nem suspende o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira. CAPÍTULO IX - DA READAPTAÇÃO Art. 41. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica, respeitada a habilitação e o nível de escolaridade exigidos. 9

1º. Se julgado incapaz para o serviço público, o servidor readaptado será aposentado por invalidez. 2º. Na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga, ou será colocado em disponibilidade, observados os arts. 59 e seguintes. 3º. É assegurada a irredutibilidade de vencimentos para o servidor readaptado. CAPÍTULO X - DA REVERSÃO Art. 42. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez quando declarados, por junta médica oficial, insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria. Art. 43. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. Parágrafo único. Encontrando-se provido ou extinto o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Art. 44. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Art. 45. Será considerada falta injustificada a ausência do servidor que não retornar ao serviço público no prazo do art. 24, 1º, II, salvo em caso de doença comprovada em inspeção médica oficial. Parágrafo único. A hipótese prevista no caput deste artigo configurará abandono de cargo, apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta lei. CAPÍTULO XI - DA REINTEGRAÇÃO Art. 46. Reintegração é a reinvestidura do servidor concursado no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens e reconhecimento dos direitos inerentes ao cargo. 1º. Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor será aproveitado em outro cargo, ou posto em disponibilidade, observado o disposto no art. 59 e seguintes. 2º. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo, ou posto em disponibilidade, observado o disposto no art. 59 e seguintes. Art. 47. Se o servidor não entrar em exercício no prazo previsto no art. 24, 1º, II, sua ausência será considerada falta injustificada, salvo em caso de doença comprovada em inspeção médica oficial, nos termos do art. 231. 10

Parágrafo único. A hipótese prevista no caput deste artigo configurará abandono de cargo, apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta lei. CAPÍTULO XII - DA MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL Seção I - Da Remoção Art. 48. Remoção é o ato pelo qual o servidor passa a ter exercício das mesmas funções em outro órgão da Administração Pública, inclusive, em outro Poder Municipal. 1º. Dar-se-á a remoção: I - de ofício, no interesse da Administração Municipal, devidamente comprovado; II - a pedido, a critério da Administração Municipal; III por permuta; IV do Poder Executivo para o Poder Legislativo ou do Poder Legislativo para o Poder Executivo, somente a pedido e desde que exista cargo vago e ocorra a concordância expressa de ambos os Chefes de Poder. 2º. A remoção de ofício ocorrerá para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades do serviço, inclusive nos casos de reorganização da estrutura interna da Administração Municipal, devidamente comprovada. 3º. A remoção por permuta de servidores será precedida de requerimento de ambos os interessados. Seção II - Da Redistribuição Art. 49. Redistribuição é o deslocamento do cargo de provimento efetivo, vago ou ocupado, para outro órgão ou entidade da Administração municipal, no âmbito do mesmo Poder, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administração; II - manutenção da essência das atribuições do cargo, do vencimento, nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; III - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. 1º. A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades do serviço, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade da Administração municipal. 2º. A redistribuição dar-se-á mediante decreto ou ato equivalente. Seção III - Da Cessão Art. 50. O servidor, mediante anuência, poderá ser cedido para ter exercício em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 11

1º. A cessão será formalizada em termo específico firmado pelas autoridades competentes do órgão ou entidade cedente e cessionário. 2º. O ônus da remuneração e encargos será do órgão ou entidade cessionário, salvo nos casos previstos em lei, convênio ou acordo. CAPÍTULO XIII - DA SUBSTITUIÇÃO Art. 51. Haverá substituição do ocupante de cargo em comissão ou função gratificada nos afastamentos, impedimentos, e na vacância do cargo ou destituição da função, mediante ato da autoridade competente, observados os requisitos para o exercício do cargo ou da função. Parágrafo único. A substituição não será remunerada, salvo quando for igual ou superior a 15 (quinze) dias consecutivos, caso em que o substituto perceberá o vencimento ou a gratificação correspondente à do substituído, a partir do primeiro dia do afastamento do titular do cargo, proporcionalmente ao tempo de substituição. Art. 52. Os efeitos da substituição cessam automaticamente com o retorno do titular ao cargo em comissão ou função gratificada. CAPÍTULO XIV - DA ACUMULAÇÃO Art. 53. Ressalvados os casos previstos no art. 37, XVI, da Constituição da República, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções em autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Município. Art. 54. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria no serviço público com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma do art. 53, os cargos eletivos e os cargos em comissão, observado o disposto na legislação pertinente. Art. 55. O servidor que acumular licitamente 2 (dois) cargos de carreira na administração pública municipal, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, podendo optar pela soma da remuneração destes acrescida do percentual previsto no parágrafo único do art. 18. Art. 56. Detectada a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade superior de cada Poder ou entidade notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção por um dos cargos, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data da notificação. Art. 57. Na hipótese de omissão do servidor em optar por um dos cargos públicos será instaurado procedimento administrativo sumário. 12

1º. Provada a má-fé, o servidor perderá o cargo ou função que exercia há mais tempo e será obrigado a restituir o que tiver percebido indevidamente, sem prejuízo do procedimento penal cabível. 2º. Na hipótese do 1º deste artigo, a demissão será comunicada ao órgão ou entidade em que o servidor exercer cargo, emprego ou função. Art. 58. As autoridades e os chefes de serviço que tiverem conhecimento de que qualquer de seus subordinados acumula, indevidamente, cargos ou funções públicas, comunicarão o fato ao órgão de pessoal, para os fins indicados no art. 56, sob pena de co-responsabilidade. CAPÍTULO XV - DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Art. 59. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 1º. O tempo de serviço público federal, estadual, distrital ou municipal será contado para efeito de disponibilidade. 2º. O cálculo da remuneração a que se refere o caput deste artigo far-se-á na razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de serviço, se homem, e de 1/30 (um trinta avos) por ano de serviço, se mulher. 3º. A proporcionalidade de que trata o 2º deste artigo será reduzida em 5 (cinco) anos para professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério. Art. 60. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento, obrigatório sempre que vagar cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, respeitada a irredutibilidade de vencimentos. Parágrafo único. No aproveitamento terá preferência o servidor que estiver a mais tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o que contar mais tempo de serviço público municipal. Art. 61. O aproveitamento de servidor que se encontre em disponibilidade dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, mediante inspeção por junta médica oficial. 1º. Verificando-se a redução da capacidade física ou mental do servidor que inviabilize o exercício das atribuições antes desempenhadas, observar-se-á o disposto no art. 41. 2º. Constatada a incapacidade definitiva para o exercício de qualquer atividade no serviço público, o servidor em disponibilidade será aposentado. Art. 62. Será tornado sem efeito o ato que determinar o aproveitamento, e cassada a disponibilidade, se o servidor não entrar em exercício no prazo estipulado no ato de convocação, observado o disposto no art. 22, salvo se por motivo de doença comprovada por junta médica oficial. 13

Parágrafo único. A falta de comparecimento do servidor convocado, dentro do prazo determinado, acarretará sua demissão, salvo em caso de doença comprovada em inspeção médica oficial, observado o procedimento administrativo sumário. CAPÍTULO XVI - DA DECLARAÇÃO DE DESNECESSIDADE DOS CARGOS PÚBLICOS Art. 63. Os cargos de provimento efetivo podem ser declarados desnecessários nos casos de processos de descentralização ou privatização, reorganização ou reestruturação, do respectivo setor da Administração. 1º. O ato que declarar desnecessário cargo público especificará a denominação, quantidade de vagas e lotação. 2º. Na hipótese de serem mantidas vagas nos cargos declarados desnecessários ou cargos similares, serão declarados desnecessários os cargos ocupados por servidores com menor tempo de serviço público e, no caso de empate, os ocupados por servidores com menores encargos familiares. Art. 64. No caso de declaração de desnecessidade do cargo público, o servidor em estágio probatório será desligado do serviço público e o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço. CAPÍTULO XVII - DA VACÂNCIA Art. 65. A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - promoção; IV - readaptação; V - aposentadoria; VI - falecimento. Art. 66. A exoneração de cargo efetivo ou em comissão dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício. 1º. A exoneração a pedido será requerida por ato formal do servidor e deferida pela autoridade. 2º. A exoneração de ofício nos cargos efetivos dar-se-á nos casos previstos nesta lei, por meio de processo administrativo que assegure ampla defesa ao servidor. 3º. A exoneração de ofício nos cargos em comissão dar-se-á com a destituição do servidor por ato da autoridade nomeante. CAPÍTULO XVIII - DO TEMPO DE SERVIÇO 14

Art. 67. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. Art. 68. Serão considerados como de efetivo exercício, para os efeitos desta Lei, os afastamentos em virtude de: I férias; II ausências justificadas ao serviço e faltas abonadas de acordo com o previsto nesta lei; III exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão ou entidade municipal; IV cessão para outro órgão ou entidade, na forma desta lei; V desempenho de mandato legislativo ou executivo e nomeação para o cargo de Secretário Municipal; VI participação autorizada em programas de treinamento ou capacitação; VII júri e outras obrigações legais; VIII missão ou estudo, quando o afastamento houver sido autorizado pela autoridade competente; IX participação em provas de competições esportivas, quando o afastamento houver sido autorizado pela autoridade competente; X deslocamento, nos casos de mudança de sede por força do exercício de cargo público; XI afastamento em processo administrativo, quando: a) for declarada inocência do servidor ou a pena imposta for de advertência; b) os dias que excederem o total da pena de suspensão; XII prisão civil do servidor; XIII participação em estágio obrigatório com a finalidade de obter a conclusão de curso de graduação superior, limitado ao período de 120 (cento e vinte) dias; XIV licenças: a) à gestante; b) à adotante; c) paternidade; d) por acidente em serviço; e) para o serviço militar; f) para tratamento de saúde, na forma desta Lei, até o limite de 12 (doze) meses; g) para o desempenho de mandato classista, nos termos do art. 127 da LOM; h) prêmio por assiduidade; i) compulsória; j) para concorrer a cargo eletivo. Art. 69. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: I o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal da Administração direta e indireta; II o período de serviço ativo prestado às Forças Armadas, contando-se em dobro o tempo de operação de guerra; III o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social; IV o tempo de licença para tratar da própria saúde que exceder o prazo de 12 (doze) meses; V desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal. Art. 70. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgãos ou entidades dos Poderes da União, do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios. 15

TÍTULO III - DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPÍTULO I - DA JORNADA DE TRABALHO Seção I - Disposições Gerais Art. 71. A jornada normal de trabalho dos servidores municipais será fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimos e máximos de 4 (quatro) horas e 8 (oito) horas diárias. 1º. Ao servidor estudante é assegurado o direito de ausentar-se do trabalho às 17:00 horas, sem prejuízo dos vencimentos, mediante comprovação de atestado escolar. 2º. O disposto no caput deste artigo e seu 1º não se aplicam: I - à jornada de trabalho diferenciada estabelecida em lei federal regulamentadora da profissão que o servidor exerce; II - à jornada de trabalho fixada em regime de escalonamento de trabalho, quando necessária para assegurar o funcionamento dos serviços públicos ininterruptos, respeitado o limite semanal; III - ao servidor ocupante de cargo em comissão e função gratificada, submetido ao regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado a critério da Administração; IV - aos profissionais do magistério, observado o disposto em legislação específica. Art. 72. Os servidores, efetivos ou em comissão, cumprirão jornada de trabalho fixada nas normas de organização do quadro de pessoal de cada Poder ou entidade, observados os limites dispostos no art. 71. Parágrafo único. O horário do expediente nas repartições e o controle da freqüência do servidor serão estabelecidos em ato expedido pela autoridade competente. Art. 73. O servidor tem direito ao repouso remunerado aos sábados e domingos, bem como nos dias de feriado civil e religioso e pontos facultativos. 1º. A remuneração dos dias de repouso corresponderá a um dia normal de trabalho. 2º. O servidor perderá a remuneração dos dias de repouso conforme o disposto no art. 87 desta lei. 3º. Os dias de repouso remunerado poderão ser alterados nos casos de regime especial de trabalho. Art. 74. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, concederse-á um intervalo, de 1 (uma) a 2 (duas) horas, para repouso ou alimentação. Seção II - Do Serviço Extraordinário 16

Art. 75. O período de serviço extraordinário não está compreendido nos limites previstos no art. 71, devendo ser remunerado com o adicional previsto no art. 106. 1º. Somente será permitido o serviço extraordinário quando requisitado justificadamente pela chefia imediata, para atender a situações excepcionais e temporárias, não podendo exceder o limite máximo de 2 (duas) horas diárias. 2º. O período de serviço extraordinário poderá exceder, excepcionalmente, o limite máximo previsto no 1º deste artigo, para atender à realização de serviços inadiáveis, ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto à Administração. 3º. Poderá ser adotado o sistema de compensação de horários, desde que atendida a conveniência da Administração e a necessidade de serviço. 4º. A compensação a que se refere o 3º deste artigo será com o acréscimo de 50% e, em dobro, em se tratando de serviço extraordinário executado aos domingos e feriados. Seção III - Das Concessões Art. 76. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - para amamentar seu filho nos termos do art.136; II - por 1 (um) dia, em cada 6 (seis) meses, para doação de sangue; III - por 1 (um) dia, para se alistar como eleitor; IV - por 8 (oito) dias consecutivos, em razão de: a) falecimento de cônjuge, convivente, pais, filhos, enteados, menor adotado, sob sua tutela ou guarda judicial e irmãos, contados da data do óbito; b) casamento, civil ou religioso, excludentemente, contados da realização do ato. V - por 2 (dois) dia útil, em razão do falecimento de avô, avó, padrasto, madrasta, genro e nora, sogro e sogra, contados da data do óbito. 1º. Serão abonadas as faltas por motivo médico, desde que apresentado atestado médico reconhecido pelo médico da rede municipal. 2º. O servidor terá direito a até 6 (seis) faltas abonadas durante o ano, não podendo ultrapassar 1 (uma) por mês. Art. 77. Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, mediante autorização do superior hierárquico. Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho e o que dispõe o art. 71 desta Lei. CAPÍTULO II - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO Art. 78. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei, vedada a sua vinculação ou equiparação. 17

Art. 79. Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas em lei. Parágrafo único. Não integram a remuneração as indenizações percebidas pelo servidor. Art. 80. Os vencimentos dos ocupantes de cargos públicos, acrescidos das vantagens de caráter permanente, são irredutíveis. Art. 81. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo serão fixados obedecendo-se a autonomia administrativa e os termos do art. 82. Art. 82. Nenhum servidor poderá receber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior ao subsídio do Prefeito Municipal, observado o disposto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal. Art. 83. A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos municipais far-seá sempre na mesma data e sem distinção de índices, respeitada a autonomia dos Poderes. Parágrafo único. Fica estabelecido o dia 1º (primeiro) de maio como data-base para a revisão geral anual dos servidores. Art. 84. Nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou os proventos, salvo por imposição legal ou ordem judicial. Parágrafo único. A remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto por decisão judicial. Art. 85. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, por meio de celebração de convênio, a critério da Administração, limitada a 40% (quarenta por cento) dos vencimentos deduzidos dos descontos legais, na forma definida em regulamento. Art. 86. As reposições e indenizações ao erário poderão ser descontadas em parcelas mensais não excedentes a 10% (dez por cento) da remuneração ou dos proventos do servidor, em valores atualizados, informado o servidor sobre o procedimento. 1º. O servidor que, em débito com o erário, for demitido, exonerado ou tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá retido das verbas a receber o valor de seu débito e, sendo o seu crédito insuficiente, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar a diferença. 2º. O débito que não tenha sido quitado no prazo previsto no 1º deste artigo será inscrito em dívida ativa, para cobrança judicial. Art. 87. O servidor perderá: I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, salvo nos casos admitidos por esta lei; II - a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos e saídas antecipadas, que ultrapassem o limite de 15 (quinze) minutos diários, salvo quando autorizado ou justificado pela autoridade competente; III - 40% (quarenta por cento) da remuneração do cargo que estiver ocupando para fins do pagamento da multa prevista na hipótese do art.170, 2º. 18

IV a remuneração correspondente ao domingo, feriados e ponto facultativo da semana em que faltar injustificadamente ao serviço. CAPÍTULO III - DAS FÉRIAS Art. 88. O servidor terá direito, após cada período de 12 (doze) meses de exercício, ao gozo de férias remuneradas, na seguinte proporção, ressalvados os casos específicos disciplinados em legislação federal. I - 30 (trinta) dias corridos quando não houver faltado injustificadamente ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver de 06 (seis) a 14 (quatorze) faltas injustificadas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas injustificadas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas injustificadas; V 07 (sete) dias corridos, quando houver mais de 32 (trinta e duas) faltas injustificadas. Art. 89. As férias serão concedidas de acordo com a escala organizada pela chefia imediata, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o servidor adquiriu o direito, sendo vedado interromper a sua fruição, salvo nos casos de calamidade pública, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. 1º. É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de 2 (dois) períodos, atestada a necessidade pelo Secretário Municipal, ou autoridade equivalente, a que estiver submetido o servidor. 2 o As férias poderão ser parceladas em duas etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. Art. 90. Durante as férias, o servidor terá direito ao vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens permanentes e do adicional previsto no art. 104. 1º. O acréscimo remuneratório proveniente do exercício de função gratificada ou cargo em comissão será considerado no cálculo da remuneração das férias, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço, em que o acréscimo foi percebido durante o período aquisitivo. 2º. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício será tomada como mês integral, para efeito deste artigo. 3º. O servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão terá, durante as férias, direito ao vencimento previsto para o cargo em comissão e ao adicional previsto no art. 104. Art. 91. O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias radioativas gozará, obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação ou a sua conversão em pecúnia. 19

Art. 92. No caso de o servidor deixar o serviço público, inclusive o ocupante de cargo em comissão, ser-lhe-á devida a remuneração correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Parágrafo único. O servidor que deixar o serviço público, antes de completar o período aquisitivo de 12 (doze) meses de serviço, perceberá indenização relativa ao período incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias, calculada na forma do art. 88. Art. 93. Os servidores casados ou conviventes poderão gozar férias no mesmo período, desde que não haja prejuízo para o serviço. CAPÍTULO IV - DAS VANTAGENS Seção I - Disposições Gerais Art. 94. Além do vencimento, são vantagens a serem pagas aos servidor: I gratificações e adicionais; II salário-família; III diárias; IV ajuda de custo; V auxílio alimentação. Art. 95. As vantagens previstas neste Capítulo somente se incorporarão aos vencimentos ou proventos nos casos expressamente indicados em lei. Art. 96. As vantagens previstas neste Capítulo não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de acréscimos pecuniários ulteriores. Seção II - Das Gratificações e dos Adicionais Subseção I - Disposições Gerais Art. 97. Serão deferidas ao servidor, nas condições previstas legalmente, as seguintes gratificações e adicionais: I gratificação de função; II gratificação natalina; III gratificação por produtividade; IV adicional de férias; V adicional por serviço extraordinário; VI adicional pelo exercício de atividade insalubre, perigosa ou penosa; VII adicional noturno; VIII adicional por tempo de serviço; IX adicional por atividade de ensino; X adicional por conclusão de curso. Parágrafo único. Os servidores ocupantes exclusivamente de cargos em comissão somente farão jus às vantagens previstas nos incisos II e IV. 20

Subseção II - Da Gratificação de Função Art. 98. Ao servidor investido na função a que se refere o art. 20, será devida uma gratificação na forma especificada na lei que instituir o Plano de Cargos e Carreiras. Parágrafo único. A gratificação de função é vantagem pecuniária de caráter transitório. Subseção III - Da Gratificação Natalina Art. 99. A gratificação natalina será paga, anualmente, a todo servidor municipal, inclusive aos ocupantes de cargo em comissão, independentemente da remuneração a que fizerem jus. 1º. A gratificação natalina corresponderá ao somatório de parcelas de 1/12 (um doze avos), por mês de efetivo exercício no respectivo ano, do valor do vencimento, acrescido das vantagens permanentes, percebidos no mês de dezembro. 2º. Integram a gratificação natalina, o acréscimo remuneratório proveniente do exercício de função gratificada ou cargo em comissão, os valores percebidos a título de aumento da jornada de trabalho e de horas extraordinárias, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço, em que o acréscimo foi percebido durante o respectivo ano. 3º. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício será tomada como mês integral, para efeito deste artigo. 4º. A gratificação natalina do servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão corresponderá ao somatório de parcelas de 1/12 (um doze avos), por mês de efetivo exercício no respectivo ano, do valor do vencimento previsto para o cargo em comissão. 5º. Para os efeitos deste artigo não integram a remuneração as indenizações e os valores percebidos à título de férias. Art. 100. A gratificação natalina poderá ser paga em duas parcelas, tendo por base, a primeira parcela, a remuneração devida no mês em que ocorrer o pagamento. Parágrafo único. O pagamento da gratificação natalina deve ser integralizado até o dia 20 (vinte) de dezembro de cada ano. Art. 101. Caso o servidor deixe o serviço público municipal, a gratificação natalina será paga proporcionalmente ao número de meses de exercício no ano, observada a regra do 1º do art. 99. Art. 102. A gratificação natalina será estendida aos inativos e pensionistas, com base nos proventos e na pensão que perceberem, na data do pagamento respectivo. Subseção IV Da Gratificação por Produtividade 21

Art. 103. Será devida, na forma da lei específica, a gratificação por produtividade na conformidade das características das funções desempenhadas por determinada categoria de servidores públicos. Subseção V - Do Adicional de Férias Art. 104. Será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, observado o art. 90. Art. 105. O servidor em regime de acumulação lícita perceberá o adicional de férias calculado sobre a remuneração do cargo cujo período aquisitivo lhe garanta o gozo das férias. Parágrafo único. O adicional de férias será devido em função de cada cargo exercido pelo servidor. Subseção VI - Do Adicional por Serviço Extraordinário Art. 106. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho e de 100% (cem por cento) quando executado aos domingos e feriados, exceto nos casos em que a escala de trabalho seja exigência do cargo que o servidor ocupa ou em que haja legislação específica. 1º. O cálculo da hora será efetuado sobre o vencimento acrescido das vantagens de caráter permanente. 2º. O serviço extraordinário realizado no horário previsto no art. 114 será acrescido do percentual relativo ao serviço noturno, em função de cada hora extra. Art. 107. Havendo a compensação de horários prevista no art. 75, 3º e 4º, não será concedido adicional de que trata esta Subseção. Art. 108. O exercício de cargo em comissão, bem como o de função gratificada, exclui a gratificação por serviço extraordinário. Art. 109. É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos. Subseção VII - Do Adicional pelo Exercício de Atividade Insalubre, Perigosa ou Penosa Art. 110. Os servidores que trabalham com habitualidade em atividades consideradas insalubres, perigosas ou penosas fazem jus a adicional a ser calculado em percentual incidente sobre o salário mínimo vigente. 1º. Aplicar-se-ão as regras definidas na Consolidação das Leis do Trabalho e a legislação federal correlata para definir as atividades insalubres, penosas ou perigosas, e os percentuais para fins do cálculo do adicional referido no caput deste artigo. 22