Excelentíssimos Convidados, Minhas Senhoras e meus Senhores, Camaradas de Armas, Pára-quedistas de Hoje e de Sempre!

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Transcrição:

Discurso do Comandante da Escola de Tropas Pára-quedistas, Coronel Pára-quedista Frederico Manuel Assoreira Almendra, no Dia da Unidade 23 de Maio de 2010 Excelentíssimo Sr. Tenente-General Vítor Manuel Amaral Vieira, Comandante das Forças Terrestres do Exército: A presença de Vossa Excelência nesta Escola neste dia especial em que se comemoram os 54 anos das Tropas Pára-quedistas, honra-nos particularmente e muito nos motiva, porque assinala de forma inequívoca a importância que o Comando Superior do Exército atribuí às suas Tropas Pára-quedistas; Excelentíssimo Sr. Presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Dr. Vítor Miguel Martins Arnault Pombeiro; Excelentíssimo Sr. Presidente da Assembleia Municipal da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Dr. Rui Monteiro Picciochi: É da mais elementar justiça que afirmemos aqui hoje o nosso sentido reconhecimento pela forma sempre deferente e amiga como o Vosso Município nos têm tratado, sublinhando a Vossa permanente disponibilidade para apoiar esta Escola de Pára-quedistas, sempre que tal vos é solicitado. Senhores Presidentes das Câmaras Municipais de Constância, Fronteira e Alter do Chão; Ilustre representante Senhora Governadora Civil do Distrito de Santarém: Saudamos reconhecidamente a presença estimulante e amiga de Vossas Excelências nesta cerimónia. Excelentíssimo Senhor Major-General Raul Luís Ferreira da Cunha, Cmdt da Brigada de Reacção Rápida, Meu Comandante: A sua presença nesta Casa que é sua, neste momento especial, permite-me que publicamente lhe agradeça, em meu nome pessoal bem como dos militares e civis aqui servem, a justeza das suas orientações bem como o firme e constante apoio que nos tem dispensado, sem os quais não teria sido possível a esta Escola haver assegurado, para além do 1

cumprimento das missão que lhe está superiormente atribuída, a realização de iniciativas e a submissão de projectos que no ano transacto projectaram esta escola a nível nacional e internacional, confirmando ulteriormente a sua credibilidade e estabelecendo os sólidos alicerces que, tendo recolhido a aprovação e o apoio de entidades civis e militares ao mais alto nível, permitem hoje à ETP encarar o seu futuro de forma renovadamente auspiciosa. Excelentíssimos Senhores Oficiais Generais aqui presentes: A Vossa presença constitui para nós uma demonstração pública de reconhecimento, apreço e solidariedade que muito nos sensibiliza e motiva. 2 Excelentíssimos Convidados, Minhas Senhoras e meus Senhores, Camaradas de Armas, Pára-quedistas de Hoje e de Sempre! No dia 23 de Maio do Ano de 1956 foi inaugurado neste local o Aquartelamento do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas. Desde esse dia foram formados nesta unidade 44458 militares que, ao longo dos últimos 54 anos da História de Portugal, fizeram o bom nome das Tropas Páraquedistas, servindo a Pátria nos Teatros de Operações Ultramarinos ou, mais recentemente, pelos Balcãs, em Timor, no Afeganistão ou no Iraque. Hoje, a Escola de Tropa Pára-quedistas, para além de assegurar ainda a primordial missão da formação de Tropas Pára-quedistas, tem ainda acometida a missão adicional de garantir o apoio técnico aeroterrestre às unidades do Exército em primeira instância e, sempre que solicitado, aos outros Ramos das FFAA e a entidades civis. Compete ainda à Escola, assegurar a gestão da totalidade dos meios e equipamentos aeroterrestres do Exército, o funcionamento dos órgãos técnicos que os operam e ainda - não menos importante participar na elaboração da doutrina aeroterrestre. No seu conjunto e considerada a sua importância e especificidade, estas

responsabilidades conferem a esta Escola um carácter único e diferenciado no contexto das unidades e das Escolas Práticas do Exército. Ex.mo Sr. General Comandante das Forças Terrestres, Distintos Convidados, Meus Generais, Camaradas, Cumpre ao Comandante, neste dia de festa anual para todos os Pára-quedistas, fazer um balanço sucinto do trabalho feito no último ano de actividade da Escola. No decurso do ano que transacto, a ETP ministrou 27 cursos, assegurando a formação de um total de 555 instruendos. Foram executados mais de 8800 saltos de pára-quedas e, em 49 missões de Abastecimento Aéreo realizadas com meios das Esquadras 501 e 502 da FAP, lançadas mais de 33 Toneladas de carga aérea. Digna de realce é também a participação da Escola no processo de Certificação da nova aeronave C-295 na execução de missões de Transporte Aéreo Táctico, actividade esta que envolveu a realização de 124 horas de voo e a execução de 62 missões de qualificação, das quais 16 a altitude não-fisiológica e que culminou com a certificação da aeronave e das respectivas tripulações, bem como a de um efectivo total de 90 Técnicos Aeroterrestres do Exército. Decorrente do facto de ser ETP única Escola do Exército na dependência hierárquica do CFT situação que decorre de juntar à sua missão de formação de PQ, o encargo operacional de gerar e manter pronto o BOAT competiu a esta unidade participar, durante o ano de 2009, nos Exercícios nacionais LUSÍADA e APOLO; nos exercícios conjuntos SWORDFISH, ORION, REAL THAW e AÇOR e nos exercícios combinados SILVER FLASH e FELINO. Participámos também na certificação nacional da NRF13 (a qual integrámos), bem como nos exercícios sectoriais da BRR contribuindo assim para os vários processos de aprontamento de forças (NRF e FND) atribuídas a esta grande unidade. Apoiámos ainda a constituição e aprontamento da Operational Mentor and Liaison Team Kabul Capital Division, força esta que integrou uma participação significativa de graduados desta escola e que nos deu a honra de escolher fazer a entrega do seu estandarte nacional nesta Escola, 3

hoje, nesta cerimónia, razão pela qual se encontra hoje perfilada ante vós, integrando as Forças em Parada. Realizou ainda a ETP em 2009 actividades de cooperação bilateral com a Alemanha e com a Bélgica, no âmbito das quais foram feitos por militares Portugueses um total de 762 saltos, dos quais 136 a altitudes nãofisiológicas. Já no início deste ano, reatámos a formação em Pára-quedismo de militares de Angola. Para além de toda a actividade de Formação, Certificação Técnica e Treino Operacional mencionada, assumiu ainda a ETP, em 2009, a organização da 30ª edição do Challenge Intèr-Ecolles Parachutistes. Esta importante responsabilidade foi assumida com curto pré-aviso, após se verificar renúncia, já nos primeiros meses do ano, da nação que se havia comprometido com a organização deste evento internacional. O Challenge inter-escolas é um evento anual que reúne as escolas de PQ europeias e que envolve a organização de um seminário aeroterrestre versando doutrina, técnicas, materiais e segurança aeroterrestres, e a realização simultânea de uma competição por equipas que compreende 5 provas. Este evento militar internacional único, decorreu nesta Escola em NOV09 e contou com a participação de 8 países, para além da presença de representantes da Armada, da FAP, GNR, do Serviço Nacional de Protecção Civil e da Federação Nacional de Pára-quedismo. O sucesso que consensualmente obteve, foi seguramente produto do empenho, dedicação e profissionalismo dos militares e civis desta escola, mas só foi possível porque contámos também com: a mobilização de militares pertencentes a outras unidades da BRR; o apoio de várias unidades de Apoio Geral do Exército; a participação decisiva de especialistas e dos meios aéreos da FAP; o apoio da Federação Nacional de Pára-quedismo e o trabalho de vários militares páraquedistas na reserva e reforma que de forma voluntária e desinteressada, reforçaram o nosso efectivo e capacidades. Não poderia deixar de mencionar ainda um factor adicional que foi absolutamente decisivo para o sucesso deste evento internacional, que foi o apoio proporcionado e a hospitalidade sincera dos Municípios e Autarquias 4

que prontamente nos acolheram e que tão favorável e acolhedora imagem deram do nosso Portugal. Durante todo o ano de 2009 perseguimos intransigentemente o objectivo de promover a qualificação e a valorização pessoal dos nossos militares e civis. Continuamos a trabalhar consistentemente para a acreditação da ETP, bem como para a Certificação dos seus Instrutores e Cursos, explorando no processo as oportunidades e sinergias oferecidas pelo programa PEFEX do Exército; Concorrentemente, desenvolvemos ulteriormente o estabelecimento de protocolos com entidades formadoras e empresas com quem mantemos parcerias úteis, a saber: Com a Escola Profissional Gustave Eiffel, na Validação e Certificação de Competências na Via ensino até aos 9º e 12º Anos e na Formação Complementar na área do Inglês; Com o Instituto Politécnico de Tomar, através da realização do Curso de Especialização Tecnológica em Gestão da Qualidade (no qual se engajaram 30 militares e civis desta unidade) e na Elaboração de Projectos de Orientação Técnica para Certificação e Ampliação do Museu das Tropas Pára-quedistas e para o Tratamento e Digitalização do seu Acervo Documental. Finalmente, no âmbito crucial da obtenção de recursos humanos, realizou esta Escola um total de 52 missões, tendo percorrido mais de 41 000 km. Em resultado desse esforço, aumentámos em 24% os candidatos convocados em relação ao ano de 2008, tendo atingido o número apreciável de 1404 convocados. Foi factor decisivo para a obtenção deste encorajador incremento a existência de uma estreita articulação com a DORH bem como o crucial contributo das associações de Pára-quedistas que a nós se quiseram juntar na prossecução deste vital objectivo. Feito que está o balanço das actividades da Escola permita-me meu General, que releve publicamente o trabalho dos militares e civis que me orgulho de comandar e a quem se deve toda a obra feita, gente que, indo além do mero cumprimento das funções atribuídas, soube responder com 5

entusiasmo e dedicação excepcionais aos muitos desafios que lhes foram colocados. Por último, cumpre-me agradecer publicamente, de forma sentida, o excepcional apoio que foi dado a esta unidade, aos nossos militares e suas famílias quando do acidente que feriu 17 dos nossos militares em DEZ09. Muito nos sensibilizaram os actos de extraordinária solidariedade e camaradagem que então se multiplicaram pelo Exército nessa ocasião e no difícil período que se seguiu: do oportuno e eficaz apoio dado pelo Gabinete do EME no próprio dia, aos cuidados médicos providenciados durante meses, de forma profissional e pressurosa pelo HMP; ao apoio psicológico, eficaz e dedicado dado pelos técnicos do CPAE, ao apoio dado pelo Regimento de Guarnição nº3, nos Açores, à família do Soldado Mendonça, que hoje se encontra aqui presente Somos devedores! Não posso terminar o balanço do trabalho feito sem chamar a atenção dos Pára-quedistas aqui presentes nesta cerimónia, para a evidência de que pouco do muito que esta Escola fez se teria materializado se os nossos objectivos, ensejos e projectos e não tivessem sido prontamente acolhidos pela estrutura Superior de Comando do Exército, que os assumiu, apoiou de forma decidida e lhes alocou os recursos necessários. Excelentíssimo Sr. General Comandante das Forças Terrestres, Meu General, Sabemos que em tempos de exiguidade de recursos, quem decide tem que se ser extremamente criterioso na alocação dos recursos de que dispõe e exigente na avaliação do retorno obtido. A aposta da ETP é simples: queremos continuar a justificar a confiança do Comando das Forças Terrestres, porque argumentamos - nesta Escola continuarão a ser geradas, com rigor e eficácia, capacidades operacionais críticas para o Exército e aqui se detêm capacidades técnicas aeroterrestres que, sendo já requestadas a nível nacional e internacional, antecipam o futuro. Materialização exemplar da vocação e potencial desta sua unidade, o projecto de criação de um Centro de Excelência Aeroterrestre que 6

o Exército recentemente estabeleceu como seu Objectivo prioritário para o Biénio 2010/2011 e que deverá permitir articular de forma pragmática e oportuna o manancial de capacidades que o Ramo detém com as invulgares condições que o país oferece, numa equação que é propiciadora de favoráveis consensos a nível militar e civil, pelo óbvio interesse transversal de que este projecto se reveste para as FFAA e para o País. Permita-me Sr. General Comandante das Forças Terrestres, que termine dirigindo as minhas palavras finais aos Pára-quedistas que hoje constituem a extraordinária moldura humana desta cerimónia militar: Pára-quedistas de Sempre: Trabalhamos arduamente para merecer o nobre legado que nos passaram; Sois vós a nossa inspiração! Agradecemos reconhecidos o apoio prestado e sabemos que podemos continuar a contar convosco! Que Nunca Por Vencidos se Conheçam! 7