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Transcrição:

Informativo Ano III nº 01 2016 Data-Base 2016: o que vem por aí Diante da conjuntura polí ca e econômica em que nos encontramos, 2016 tem tudo para ser um ano de muitas lutas para os trabalhadores, tanto do setor público quanto do privado. Na úl ma data-base, vemos grandes dificuldades de negociar com o governo do Estado, que inclusive veio com uma proposta de re rada de direitos. Com o setor privado também foi di cil, mas a crescente par cipação dos trabalhadores fez a diferença. A pauta de reivindicações do setor privado foi aprovada em assembleia pelos trabalhadores no dia 15 de abril, e encaminhada ao sindicato patronal, o SESCON-RS. A reunião de negociação está marcada para o dia 12 de julho, às 14h45. O pautão do setor público foi deba do e aprovado pelos servidores no dia 24 de maio, e no momento, estamos aguardando a marcação da data para a primeira reunião de negociação. A Serra Gaúcha teve sua primeira reunião no dia 24/06, em Caxias do Sul, onde foi apresentada a pauta à mesa negociadora. Contamos com o apoio e a presença de todos nas reuniões de negociação, porque é somente com a par cipação dos trabalhadores que mostramos a nossa força. Se a frente do SESCON es ver lotada, com bandeiras tremulando e apitos ecoando, certamente os negociadores terão mais cuidado ao apresentar suas propostas, porque não vamos aceitar retrocesso. Veste tua camisa e vem com a gente nessa luta!

2 Relação das 55 ameaças aos direitos tramitando no Parlamento O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) fez um levantamento das principais matérias tramitando no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) que veram movimentação nos úl mos anos e/ou foram iden ficadas pela en dade em razão da relevância e grau de polêmica dos temas envolvidos. O obje vo desse levantamento é chamar atenção da sociedade e do movimento sindical, em par cular, para a possibilidade iminente de re rada de direitos duramente conquistados. Conheça os 55 projetos: a) Você, trabalhador e trabalhadora 1. Regulamentação da terceirização sem limite permi ndo a precarização das relações de trabalho (PL 4302/1998 Câmara, PLC 30/2015 Senado, PLS 87/2010 Senado) 2. Redução da idade para início da a vidade laboral de 16 para 14 anos (PEC 18/2011 Câmara); 3. Ins tuição do Acordo extrajudicial de trabalho permi ndo a negociação direta entre empregado e empregador (PL 427/2015 Câmara); 4. Impedimento do empregado demi do de reclamar na Jus ça do Trabalho (PL 948/2011 Câmara e PL 7549/2014 Câmara); 5. Suspensão de contrato de trabalho (PL 1875/2015 Câmara); 6. Prevalência do negociado sobre o legislado nas relações trabalhistas (PL 4193/2012 Câmara); 7. Prevalência das Convenções Cole vas do Trabalho sobre as Instruções Norma vas do Ministério do Trabalho (PL 7341/2014 Câmara); 8. Livre es mulação das relações trabalhistas entre trabalhador e empregador sem a par cipação do sindicato (PL 8294/2014 Câmara); 9. Regulamentação do trabalho intermitente por dia ou hora (PL 3785/2012 Câmara); 10. Estabelecimento do Código de Trabalho (PL 1463/2011 Câmara); 11. Redução da jornada com redução de salários (PL 5019/2009 Câmara); 12. Vedação da ultra vidade das convenções ou acordos cole vos (PL 6411/2013 Câmara); 13. Criação de consórcio de empregadores urbanos para contratação de trabalhadores (PL 6906/2013 Câmara); 14. Regulamentação da emenda cons tucional 81/2014, do trabalho escravo, com supressão da jornada exaus va e trabalho degradante das penalidades previstas no Código Penal (PL 3842/2012 Câmara, PL 5016/2005 Câmara e PLS 432/2013 Senado); 15. Estabelecimento do Simples Trabalhista criando outra categoria de trabalhador com menos direitos (PL 450/2015 Câmara); 16. Ex nção da multa de 10% por demissão sem justa causa (PLP 51/2007 Câmara e PLS 550/2015 Senado); 17. Susta a Norma Regulamenta 12 sobre

3 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos (PDC 1408/2013 Câmara e PDS 43/2015 Senado); 18. Execução trabalhista e aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica (PL 5140/2005 Câmara); 19. Deslocamento do empregado até o local de trabalho e o seu retorno não integra a jornada de trabalho (PL 2409/2011 Câmara); 20. Susta Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho, que regula as a vidades de trabalhadores sob céu aberto (PDC 1358/2013 Câmara); 21. Susta as Instruções Norma vas 114/2014 e 18/2014, do Ministério do Trabalho, que disciplinam a fiscalização do trabalho temporário (PDC 1615/2014 Câmara); 22. Estabelecimento da jornada flexível de trabalho (PL 2820/2015 Câmara e PL 726/2015 Câmara); 23. Estabelecimento do trabalho de curta duração (PL 3342/2015 Câmara); 24. Transferência da competência para julgar acidente de trabalho nas autarquias e empresas públicas para a Jus ça Federal (PEC 127/2015 Senado); 25. Aplicação do Processo do Trabalho, de forma subsidiária, as regras do Código de Processo Civil (PL 3871/2015 Câmara); 26. Reforma da execução trabalhista (PL 3146/2015 Câmara). b) O petróleo é nosso? 27. Fim da exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal (PL 6726/2013 Câmara); 28. Estabelecimento de que a exploração do pré-sal seja feita sob o regime de concessão (PL 6726/2013); c) Gestão da coisa pública 29. Estabelecimento de independência do Banco Central (PEC 43/2015 Senado); 30. Priva zação de todas as empresas públicas (PLS 555/2015 Senado); 31. Proibição de indicar dirigente sindical para conselheiros dos fundos de pensão públicos (PLS 388/2015 Senado); d) Garan a do mínimo de dignidade 32. Estabelecimento do Código de Mineração (PL 37/2011 Câmara); 33. Demarcação de terras indígenas (PEC 215/2000); 3 4. C a n c e l a m e n t o d a p o l í c a d e Par cipação Social (PDS 147/2014 Senado); 35. Alteração do Código Penal sobre a questão do aborto, criminalizando ainda mais as mulheres e profissionais de saúde (PL 5069/2013 Câmara); 36. Re rada do texto das polí cas públicas do termo "gênero" e ins tuição do Tratado de San José como balizador das polí cas públicas para as mulheres. É um total retrocesso para todo ciclo das polí cas (MPV 696/2015 Senado); 37. Ins tuição do Estatuto do Nascituro provavelmente maior ameaça aos direitos sexuais e reprodu vos das mulheres. Seria concre zada a criminalização generalizada das mulheres, inviabilizando, inclusive, o aborto previsto no Código Penal (PL 478/2007 Câmara); 38. Ins tuição do Estatuto da Família

4 retrocesso para grupos LGTBs e mulheres: não reconhecimento como família ficam fora do alcance de polí cas do Estado (PL 6583/2013 Câmara); 39. Redução da maioridade penal (PEC 115/2015 Senado); 4 0. F l ex i b i l i za ção d o E statuto d o Desarmamento (PL 3722/2012 Câmara); 41. Estabelecimento de normas gerais para a contratação de parceria público-privada para a construção e administração de estabelecimentos penais (PLS 513/2011 Senado); 42. Aumento do tempo de internação de adolescentes no sistema socioeduca vo (PLS 2517/2015 Senado); 43. Atribuição à Comissão de Cons tuição e Jus ça e de Cidadania do exame do mérito das Propostas de Emenda à Cons tuição (PEC), acabando com as comissões especiais (PRC 191/2009 Câmara); 44. Alteração da Cons tuição para que en dades de cunho religioso possam propor Ações de Cons tucionalidade perante o STF (PEC 99/2001 Câmara). e) Concentração de terra e questões agrárias 45. Subs tu vo apresentado na CAPADR estabelece a inexigibilidade do cumprimento simultâneo dos requisitos de "u lização da terra" e de "eficiência na exploração" para comprovação da produ vidade da propriedade rural (PL 5288/2009 Câmara); 46. Alteração da Lei 5.889/1973, que estatui normas reguladoras do trabalho rural, e a Lei 10.101/2000, que dispõe sobre a par cipação dos trabalhadores no lucro ou resultados da empresa, visando a sua adequação e modernização (PLS 208/2012 Senado); 47. Alteração da Lei no 1.079/1950, para definir como crime de responsabilidade de governador de Estado a recusa ao cumprimento de decisão judicial de reintegração de posse (PLS 251/2010 Senado); 48. Alteração da Lei 8.629/1993, para dispor sobre a fixação e o ajuste dos parâmetros, índices e indicadores de produ vidade (PLS 107/2011 Senado); 49. Regulamentação da compra de terra por estrangeiros (PL 4059/2012 Câmara e PL 2269/2007 Câmara); 50. Alteração da Lei de Biossegurança para liberar os produtores de alimentos de informar ao consumidor sobre a presença de componentes transgênicos quando esta se der em porcentagem inferior a 1% da composição total do produto alimen cio (PLC 34/2015 Senado). 51. Dispensa do servidor público por insuficiência de desempenho (PLP 248/1998 Câmara); 52. Ins tuição de limite de despesa com pessoal (PLP 1/2007 Câmara); 53. Criação do Estatuto das Fundações Estatais (PLP 92/2007 Câmara); 54. Regulamentação e re rada do direito de greve dos servidores (PLS 710/2011 Senado; PLS 327/2014 Senado; e PL 4497/2001 Câmara); e 55. Ex nção do abono de permanência para o servidor público (PEC 139/2015 Câmara).

O PL 44 e a privatização disfarçada dos serviços públicos 5 Intenção sepultada em governos anteriores como Bri o, Rigo o e Yeda, a priva zação de funções que na verdade são atribuições do Estado volta à pauta no governo Sartori, através do Projeto de Lei nº 44/2016, em tramitação na Assembleia Legisla va. Entre as ins tuições ameaçadas pela proposta, que prevê a transformação de empresas em "organizações sociais" e, consequentemente, repasse de recursos até então direcionados a ins tuições públicas, estão UERGS, FASE, FPE, FADERS, FAPERGS, CIENTEC, FZB E FEPAM, que já vêm sofrendo com sucateamento e falta de estrutura e de recursos e agora poderão ser ex ntas de vez. "O Poder Execu vo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucra vos, cujas a vidades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa cien fica, ao desenvolvimento tecnológico, à gestão, proteção e preservação ambiental, à ação social, ao esporte, à saúde e à cultura, atendidos os requisitos previstos nesta lei", diz o 1º parágrafo do PL, atualmente em poder da Comissão de Cons tuição e Jus ça da Casa. SOMOS CONTRA Organizações Sociais (OS) são nada mais que uma forma de priva zação das funções do Estado, e passariam a dispor, oficialmente, das a vidades, dos recursos orçamentários e do PESSOAL do serviço público. Além disso, o PL não qualifica quais en dades podem assumir esse papel, ou seja, poderiam receber recursos e bene cios sem critérios prédefinidos. Acreditamos que o Governo Sartori quer é entregar o Estado para os "amigos" e para a corrupção, e lembramos que situações parecidas já aconteceram quando o PMDB entregou o programa Saúde da Família para uma Organização Social gerando prejuízo de cerca de R$ 12 milhões, e no escândalo da merenda em São Paulo, que teve relação direta com OSs. Por causa desses riscos e ameaças, desde o início da tramitação do Projeto, o SEMAPI, juntamente com diversos trabalhadores, vêm par cipando de audiências públicas e ações contra a proposta, por acreditar que se trata de um desserviço à comunidade. Ressaltamos que os gaúchos pagam muitos impostos e merecem serviços de qualidade, e não o sucateamento dos mesmos! O Governo Sartori, desde que assumiu, Não ao PL 44! elegeu os(as) trabalhadores(as) do setor público como inimigos. Parcelamento de salários, ameaças de ex nções, não pagamento de promoções são comuns, e ainda vemos que lutar para garan r nossos salários na integralidade graças a uma liminar ob da na Jus ça de Trabalho. Seguiremos pressionando contra a aprovação desta medida, mais um descaso com a população gaúcha! O PL 44 ameaça diretamente as Fundações, cujos(as) trabalhadores- (as) o SEMAPI representa. Confira: Ensino UERGS Pesquisa Cien fica FAPERGS e FZB Desenvolvimento Tecnológico CIENTEC Gestão, Proteção e Preservação Ambiental FZB e FEPAM Ação Social FASE, FPE E FADERS

6 ELEIÇÕES SEMAPI Entre os dias 15 e 17 de junho, foi realizada mais uma eleição da nova diretoria colegiada e do novo conselho fiscal do SEMAPI para o triênio 2016-2019. O pleito contou com par cipação significa va dos trabalhadores. Duas chapas estão concorrendo: a chapa 1 Avante! Semapi na luta!, e a chapa 2 Mudar para avançar! Puderam votar os sócios do Sindicato que nham se associado até 17/04/2016. As eleições foram tranquilas, sendo que o escru nio será realizado no dia 5 de julho, na sede do SEMAPI, para garan r a contagem de todos os votos por correspondência. Agradecemos todos que par ciparam do processo: trabalhadores votantes, comissão eleitoral, mesários e voluntários, que se dispuseram a ajudar a contar os votos no dia do escru nio. Elogiável também o fato de haver duas chapas concorrendo, o que só engrandece e reforça a importância da democracia. SEMAPI denuncia fechamento de abrigos e MP abre ação contra FPE O SEMAPI denunciou à Promotoria de Jus ça da Infância e da Juventude do Ministério Público (MP) o reordenamento que causou o fechamento dos abrigos da Fundação de Proteção Especial (FPE) neste ano. Com isso, o MP entrou com uma Ação Civil Pública com pedido de liminar contra o Estado e a FPE. A ação, que segue em segredo de jus ça com o seguinte número CNJ 0115562-39.2016.8.21.0001, determina que não sejam fechadas as unidades da FPE e que a Fundação con nue recebendo crianças e adolescentes até o limite de vinte acolhidos por cada um dos trinta abrigos existentes. Se isso não ocorrer, o MP prevê multa de 10 mil, caso abrigos sejam fechados, e 5 mil se forem proibidos novos ingressos na Fundação. O Sindicato vem denunciando fechamento de abrigos desde 2015, quando cinco unidades foram desa vadas, e essa é mais uma das inúmeras ações que o SEMAPI vem tomando frente às medidas de desmonte da máquina pública pra cada pelo governo Sartori. Seguiremos alertas, vigilantes e cobrando da direção da FPE e do Estado a manutenção e a melhoria dos abrigos. Campanha do Agasalho O SEMAPI está par cipando da campanha do agasalho da CUT Metropolitana, que está arrecadando roupas e cobertores para a população da Ilha dos Marinheiros, em Porto Alegre. A ação é uma parceria com a Pastoral da Criança e os Irmãos Maristas. O Sindicato terá uma caixa coletora na recepção de sua sede, na capital, e o que for arrecadado será recolhido para doação. Par cipe! Ajude a aquecer o inverno daqueles que mais precisam.

Audiência pública reúne centenas pelos direitos dos trabalhadores 7 Centenas de pessoas par ciparam, no dia 20 de junho, de audiência pública para debater os direitos dos trabalhadores, com foco em Previdência Social, terceirização, trabalho escravo, negociado acima do legislado, PLP257/2016 (que autoriza o refinanciamento da dívida dos Estados) e democracia. Realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Par cipa va do Senado, da qual o senador Paulo Paim é presidente, a inicia va aconteceu no centro de eventos da Casa do Gaúcho, em Porto Alegre, e resultou numa carta dos trabalhadores à sociedade gaúcha. O encontro é o início de uma série de a vidades que serão realizadas para debater os direitos dos trabalhadores. Paim, que abriu o debate, agradeceu os esforços de todas as centrais sindicais que são parceiras dessa audiência pública. O senador disse que se cobrássemos os que mais devem nesse país, arrecadaríamos R$1,5 trilhão em dívidas para a União, e só em 2014 o Brasil perdeu R$500 bilhões em tributos sonegados, afirmou. Para os par cipantes da audiência, é inaceitável fazer uma nova reforma da previdência, como pretende o presidente interino Michel Temer, com uma idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres (65) e a desvinculação entre o reajuste do salário mínimo e o aumento dos bene cios de aposentados e pensionistas. O deputado estadual Altemir Tortelli, que preside a Frente Pa r l a m e n ta r G a ú c h a e m D e fe s a d a Previdência Social, destacou que essa reforma não é para aperfeiçoar a previdência, mas para re rar direitos. Vilson Antonio Romero, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), alegou que os auditores estão ombreados com esse movimento que é apar dário e unificador, e salientou que os auditores não poderiam ficar de fora da defesa da previdência. Representando a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Mara Weber comentou que essas possíveis re radas de direitos são consequência de uma elite rancorosa que não suportou os avanços dos úl mos anos, avanços pequenos, frente a anos de exploração e injus ça. Precisamos unir setor público e privado nessa luta. Vamos resis r com unidade, finalizou. Sobre a questão da flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a

par r dos acordos cole vos, a desembargadora do TRT4, Carmen Izabel, afirmou que o legislado deve ter prevalência sobre o negociado e que a CLT possui os direitos mínimos do trabalhador, não devendo ser alterada. As negociações cole vas servem para trazer vantagens aos trabalhadores, enfa zou. Representando a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul do Brasil (Fetraf), Cleonice Back salientou que no campo as pessoas começam a trabalhar muito cedo, e que desconsiderar o tempo de trabalho para cálculo da aposentadoria é um erro. O vice-presidente da Associação dos Magistrados da Jus ça do Trabalho do RS (Amatra IV), Rodrigo Trindade de Souza lembrou que a grande mídia faz questão de mostrar que reduzir direitos é uma necessidade frente à crise, que isso é uma tendência mundial, mas a verdade, de acordo com o magistrado, é que a precarização de direitos não existe em todo o mundo. E falando especificamente sobre as terceirizações, Trindade comentou que 80% dos acidentes de trabalho acontecem com os trabalhadores terceirizados, sendo que apenas 17% dos trabalhadores no país contam com esse po de relação de trabalho, e o que se quer com o PL4330 é fazer com que o restante também seja. Trindade finalizou dizendo que os juízes do Rio Grande do Sul estão ao lado da democracia, dos direitos sociais e dos trabalhadores. Rogério Uzun Fleischmann, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) também falou que a terceirização é prejudicial para o trabalhador e comentou que a esmagadora maioria dos trabalhadores que são resgatados em situação análoga ao de escravo é terceirizada. Já para o ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rosse o, acabar com o Ministério da Previdência Social foi uma grande irresponsabilidade do governo interino. Sobre a possível desvinculação do reajuste do bene cio social ao salário mínimo, Rosse o projetou que, se hoje ele fosse desvinculado, o salário que agora é de R$880 seria de R$500, e que isso seria lamentável. Com relação à idade mínima para a aposentadoria (65 anos), Rosse o comentou que é uma grande injus ça, pois o Brasil é um país muito desigual, onde há pessoas que começam a trabalhar com 16 anos e outras com 30. Considerar o tempo de trabalho é fundamental para o cálculo da aposentadoria, e finalizou: nenhum direito a menos, nenhum passo atrás! Considerar o tempo de trabalho é fundamental para o cálculo da aposentadoria. Miguel Rosse o Par ciparam do evento as centrais CUT, CTB, UGT, Nova Central e o Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador (FSST). O SEMAPI também esteve presente, bem como diversos sindicatos da região sul. Novas audiências públicas serão realizadas em todo o Brasil para defender os direitos dos trabalhadores.