NUTRIÇÃO MINERAL DO CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.). II - DEFICIÊN CIAS DOS MICRONUTRIENTES* - NOTA PRÉVIA

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Transcrição:

NUTRIÇÃO MINERAL DO CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.). II - DEFICIÊN CIAS DOS MICRONUTRIENTES* - NOTA PRÉVIA J.R. SARRUGE** HP. HAAG** G.D.DE OLIVEIRA** A.R. DECHEN** RESUMO Na presente nota prévia, os autores relatam as observações iniciais acerca da sintomatologia de carência dos micro nutrientes, obtida em ca sa-de-vegetação. Observaram que as carências de Β e Fe são de fácil identificação ; sendo que as carências em Cu e Zn são complexas e de difícil obtenção. Não conseguiram obter o quadro sintomatológico para o Mo e Mn. Os autores apresentam, em primeira aproximação, os níveis adequados e de carência pela análise foliar. INTRODUÇÃO O cajueiro situa-se principalmente na região nordeste do Brasil, área de dominância dos latossolos. São solos normalmente pobres em matéria orgânica, baixa capacidade de troca, baixos teores de bases trocáveis e ácidos (QUEIROZ NETO, 1972). Nestas condições, o cajueiro apesar de ser planta de grande rusticidade, desenvolvendo-se em solos muitas vezes não aptos à exploração de outras culturas, mostra uma série de sintomas nas folhas que possivelmente, traduzem a falta de um nutriente mineral adequada. Na tentativa de se identificar os sintomas da carência dos micronutrientes, estão sendo conduzidos uma série de ensaios que têm por objetivos: 1 Identificar os sintomas de carência em B, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn. 2 Determinar os níveis em que se manifestam as carências, através da análise química das folhas. MATERIAL Ε MÉTODOS Castanhas de caju {Anacardium occidentale L.) de peso médio 9,5 g foram postas a germinar em vasos contendo silica. Teve-se o cuidado de seguir as recomendações de ASCENCO & MILHEIRO (1971), quanto à posição e profundidade de colocação das sementes. Vasos cilíndricos apresentando 60 cm de altura e 20 cm de diâmetro, imper- * Entregue para publicação em 22/7/1975. Suporte financeiro SAGRA Nordeste S/A, Santa Terezinha - BA. Apresentado no III Congresso Brasileiro de Fruticultura, 14 a 18/7/75, UFRRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. ** E.S.A. "Luiz de Queiroz", USP, Depto. de Química - Piracicaba, SP.

meabilizados internamente com resina Epoxy e externamente com tinta de alumínio, foram acoplados a um sistema automático de irrigação (SARRUGE et al., 1974). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições. Os tratamentos foram: completo, -B, -Cu, -Fe, -Mn, -Mo, -Zn. As soluções nutritivas obedeceram as recomendações de SARRUGE (1970) e foram purificadas de acordo com HEWITT (1966). As plantas foram coletadas, quando os sintomas de desnutrição tornaram-se evidentes. As amostras foram analisadas quimicamente segundo métodos descritos em SARRU GE & HAAG (1974). RESULTADOS Ε DISCUSSÃO Crescimento O crescimento das plantas, expresso em função da produção de matéria seca (g) e altura das plantas (cm), acha-se exposto no Quadro 1. Observa-se que nos tratamentos -Fe, -B e -Mo houve diferença significativa em relação ao tratamento completo. Os dados mostram que a carência de Fe, Β e/ou Mo afetou drasticamente o desenvolvimento do cajueiro. Possivelmente em condições de campo, em solos arenosos, baixos em matéria orgânica, possa surgir carência de B. Por outro lado, nenhum tratamento afetou significativamente o desenvolvimento das plantas em altura. Possivelmente, se a duração do experimento fosse prolongada, as diferenças apareceriam.

Sintomas de carência ΒΟΙΌ (Β) As plantas diminuíram o ritmo de crescimento após a omissão do elemento da solução nutritiva. Inicialmente surgiu um entumescimento do caule na região apical e axial das folhas. Concomitant emente, morriam as células da região apical, incluindo as folhas novas. Com o progredir da carência, as folhas adjacentes adquiriram aspecto coriáceo. A planta emitia novos brotos que em poucos dias apresentavam os fenômenos ora descritos. Ferro (Fe) As plantas sujeitas à carência deste micronutriente paralizaram por completo o seu crescimento. As folhas novas não tomaram a coloração verde normal. As folhas apresentaram-se de coloração amarelada e delicadas ao tato. Com o progredir da desnutrição, as folhas tornaram-se translúcidas. Em casos de extrema carência deste micronutriente, somente as folhas mais velhas apresentaram coloração verde-clara. Cobre (Cu) As folhas mais novas, mostraram-se alongadas e adquiriram o formato de concha. Não havia alteração na coloração das mesmas. Zinco (Zn) As plantas apresentavam-se com internódios curtos. As folhas mais novas eram pequenas alongadas e de coloração verde-clara. As folhas maduras, inferiores, se desenvolveram normalmente. Molibdênio (Mo) As folhas mais novas mostravam-se esmaecidas, de leve coloração verde-clara. Foram os únicos sintomas visuais, além do crescimento lento das plantas. Manganês (Mn) Não foram constatados sintomas visuais que permitissem identificar a falta deste micronutriente. Anélise química A análise química do material permite confirmar ou não os sintomas de carência; permitindo ainda estabelecer os teores dos nutrientes em plantas nutridas e/ou desnutridas.

No Quadro 2, acham-se expostos os dados analíticos. Observa-se, que os teores dos nutrientes estão mais elevados nas plantas sadias do que nas deficientes, especialmente nos tratamentos -B, -Fe e -Mn. CONCLUSÕES 1 - É de fácil caracterização a carência em Β e Fe. 2 Carência em Cu e/ou Zn é de identificação complexa. 3 Não foi possível obter um quadro sintomatológico para carência em Mo e/ou Mn. 4 Como uma primeira aproximação, os níveis adequados e de carência pela análise foliar são:

SUMMARY MINERAL NUTRITION OF CASHEWNUT TREE (Anacardium occidentale L.). II - MICRONUTRIENT DEFICIENCIES (PRELIMINARY NOTE) Young cashewnut trees were cultivated in purify nutrient solutions in order to identify symptoms of malnutrition. The treatments were: complete solution, -B, -Cu, -Fe, -Mn, -Zn, -Mo. The deficiencies were comproved by chemical analysis of the leaves. Chemical composition of the leaves, expressed in ppm, on dry matter basis is: LITERATURA CITADA ASCENSO, J.C. & MILHEIRO, A.V., 1971. Ensaios de sementeira da castanha de caju. Agronomia Moçambicana, 5:85-95. HEWITT, E.J., 1966. Sandaand Water methods used in the Study of Plant Nutrition. 2ª ed. Commw. Bur. Hort. Plant Crops. Techn. Londres Comm. n 22. QUEIROZ NETO, J.P., 1972. Os solos. IN: A. de Azevedo. Brasil a terra e o homem. São Paulo, Editora Nacional, cap. VIII, p. 463-508. SARRUGE, J.R., 1970. Apontamentos de Nutrição Mineral de Plantas. E.S.A. "Luiz de Queiroz", curso de Pós-Graduado em Solos e Nutrição de Plantas, 56 pp. (mimeografadas). SARRUGE, J.R. & Η A AG, H.P., 1974. Análise química em plantas. E.S.A. "Luiz de Queiroz", publicação especial. SARRUGE, J.R., HAAG, H.P. & MALAVOLTA, E., 1974. Estudos sobre a alimentação mineral do cafeeiro. XXX. Método de cultivo do cafeeiro em meio artificial por longo período de tempo. Anais do 2º Congresso Brasileiro sobre Pesquisas Cafeeiras, Poços de Caldas, MG.