Aula 05 Legislação específica

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Transcrição:

Aula 05 Legislação específica Prezados alunos, Estamos de volta para mais uma aula do nosso curso de Legislação Específica do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro. Vamos ver quais são os pontos a serem abordados: Parte Geral Dos Deveres Dos deveres dos responsáveis pelo gerenciamento das serventias Do horário de trabalho Da ausência do escrivão e Da vacância da função Da expedição de certidões Das custas judiciais Disposições gerais Do recolhimento das custas e a certificação pelas serventias judiciais. Superado o estudo do Código de Organização e Divisão Judiciária do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, passemos a estudar a Consolidação Normativa da Corregedoria-Geral da Justiça do estado do Rio de Janeiro. A consolidação é um ato normativo endereçado aos servidores do Poder Judiciário Fluminense. Dessa forma, não se trata de lei em seu sentido formal, aprovada pela Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro, como é o Código de Organização e Divisão Judiciária. Entretanto, possui força de lei, pois se trata de ato administrativo normativo, que visa a explicitar o funcionamento da máquina judiciária fluminense, emanando ordens de serviços e regramentos gerais para a primeira instância. Conforme nos ensinam autores de Direito Administrativo, os atos administrativos normativos visam a explicitar a lei, atuar no seu vazio. Isso significa que os atos estão subordinados à lei, não podem entrar em conflito com esta, devem apenas regulamentá-la. Passemos ao estudo da Consolidação Normativa da Corregedoria-Geral.

LIVRO I PARTE GERAL TÍTULO I DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA CAPÍTULO I DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO Seção I Dos Atos Normativos Art. 1º A Corregedoria Geral da Justiça, órgão de planejamento, supervisão, coordenação, orientação e fiscalização, das atividades administrativas e funcionais da primeira instância do Poder Judiciário, é exercida pelo Desembargador Corregedor-Geral da Justiça, nos termos dos artigos 44 a 48 do Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Rio de Janeiro. O desembargador corregedor-geral, eleito pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, compõe, junto ao presidente e aos três vice-presidentes, a administração da Justiça Fluminense, que constitui a autoridade competente para a edição desse ato administrativo normativo. Art. 2º No cumprimento de suas funções, o Corregedor-Geral da Justiça expedirá observada seqüência anual: I Provimento instrumento de caráter normativo interno e externo, por meio do qual, a Corregedoria Geral da Justiça organiza seus órgãos e atividades, visando regulamentar, esclarecer e viabilizar a aplicação de disposições legais, bem como para consolidar normas atinentes à matéria de sua competência ou modificar a Consolidação Normativa, com a finalidade de normatizar os atos concernentes às Serventias Judiciais e seus serviços; Como destacamos acima, esse é o objeto da Consolidação Normativa da Corregedoria- Geral da Justiça. Ela é um ato normativo da competência do corregedor-geral da Justiça, que visa a regulamentar o estatuto do servidor público do estado do Rio de Janeiro, normatizando os serviços das serventias judiciais. Em relação ao ponto objeto da presente aula, ele está elencado no artigo 150 e seguintes da Consolidação Normativa. Passemos a estudá-lo, comentando os principais aspectos da norma em foco. Vejamos:

CAPÍTULO VI DOS DEVERES Seção I Dos deveres dos Responsáveis pelo gerenciamento das Serventias Art. 150. Ao Escrivão ou Responsável pelo Expediente, hierárquica e funcionalmente subordinados ao Juiz, incumbe, dentre outras funções e deveres: Observe que a norma em estudo dispõe que o escrivão é a autoridade máxima dentro da serventia judicial, subordinado imediatamente ao magistrado, devendo gerenciar a serventia de forma eficaz, conferindo-lhe uma maior eficácia na tramitação dos feitos sob sua responsabilidade. Não há dúvidas de que o maior desafio do Poder Judiciário é a morosidade, tanto que o Conselho Nacional de Justiça, criado com a Reforma do Judiciário em 2004, buscou traçar uma série de metas para a nossa Justiça, inaceitavelmente cara, em uma estrutura gigantesca, extremamente morosa. Com efeito, não é necessário ser especialista para saber que toda a sociedade reputa absurdamente inaceitável a lentidão da tramitação dos feitos judiciais. Boa parte da demora, sem dúvida, é colocada na conta da tramitação dos processos nos cartórios. I exercer todas as atribuições de direção de serventia previstas na legislação em vigor; O escrivão, conforme destacamos acima, é o gerente da serventia, o responsável por todo o acervo de ações que tramitam em seu cartório e deverá manter o bom funcionamento deste. II exercer a chefia direta da serventia, organizando, comandando e supervisionando todos os seus serviços e atividades, segundo as diretrizes traçadas pelo respectivo Juiz, obedecidas as instruções gerais baixadas pela Corregedoria Geral da Justiça; Conforme reza a norma em foco, deverá cumprir as diretrizes traçadas pela autoridade judiciária, atento, ainda, às normas da Corregedoria. III cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais e os preceitos legais vigentes; Como subordinado imediato do juiz, deverá gerenciar o cartório atento às ordens deste, assim como às normas do Tribunal.

IV comparecer, diariamente, à serventia do juízo, cumprindo a carga horária de trabalho que lhe for estabelecida; O fato de ser o chefe da serventia não lhe retira a subordinação ao juiz e as suas obrigações enquanto servidor do Poder Judiciário. Todo servidor público deve cumprir as suas obrigações legais; entre outras, a de comparecer diariamente ao trabalho, atento à jornada diária. V controlar e organizar as férias e licenças dos seus subordinados e demais servidores vinculados à serventia, submetendo, quando necessário, as respectivas escalas e requerimentos à aprovação do Juiz; É natural a impossibilidade de que todos os servidores tirem férias nos mesmos meses, sob pena de o cartório se fechar. Em razão dessa lógica, o responsável pela organização das férias dos servidores lotados nele é o escrivão, assim como das licenças. Obviamente estamos nos referindo às licenças previsíveis, como a licença-prêmio. Não seria razoável exigir do servidor a organização de licenças como as relacionadas à sua saúde ou a de seus familiares, licença-gestante ou luto. VI controlar a frequência diária dos servidores vinculados à sua serventia, em livro ou outro meio apropriado; O responsável pelo controle do ponto também é o escrivão, chefe da serventia. Deve observar se os serventuários do Poder Judiciário estão efetivamente assinando o ponto diariamente; caso não o façam, deve chamar a atenção daqueles que se esquecem de fazê-lo. Infelizmente trata-se daquela tarefa de ser o chato do cartório: Fulano, ontem você não assinou o ponto. Me ajuda, amigo, senão o juiz manda eu te dar falta. Costuma ser assim na prática, pessoal. VII manter a serventia aberta e em regular funcionamento durante o horário de expediente; A norma é clara: deverá o escrivão manter o cartório diariamente em funcionamento. Sempre que houver cursos de atualização dos servidores, sendo boa parte deles obrigatórios para a promoção na carreira, não será possível que todos os servidores os façam ao mesmo tempo, devendo o escrivão fazer uma escala de forma a não fechar a

serventia. Logo, alguns não poderão fazê-lo, devendo se inscrever em outra oportunidade. VIII providenciar para que interessados e partes sejam atendidos nos prazos estabelecidos em lei e nesta Consolidação; Os cartórios judiciais, inclusive, possuem uma escala de balcão, na qual cada servidor terá um horário de atendimento às partes e a advogados. IX organizar e manter em ordem o arquivo da serventia, de modo a permitir a localização imediata dos autos, papéis e livros encerrados; Naturalmente, a localização imediata significa descobrir o paradeiro do processo. Caso esteja na serventia, deverá disponibilizá-lo às partes e a advogados. Entretanto, é possível que os autos estejam com o Ministério Público, na Defensoria Pública, na conclusão, que significa no gabinete do juiz para decisão. A localização imediata pressupõe a descoberta do paradeiro do processo, sem representar o acesso aos autos físicos. X exercer a administração do pessoal em exercício ou vinculado funcionalmente à sua serventia, zelando pela manutenção da disciplina, da ordem e da hierarquia; Eventualmente, existem prestadores de serviço à disposição do cartório, como funcionários das prefeituras cedidos, em regra, para ajudar na execução fiscal, que interessa ao município para receber seus impostos frutos de execução de tributos, como o IPTU. Estes servidores, concursados ou terceirizados, assim como os estagiários, todos estarão subordinados ao escrivão. XI observar e fazer observar a relação de subordinação hierárquica mantida com o Juiz e com os órgãos da Administração Superior do Poder Judiciário; Como já destacamos, o escrivão é um servidor subordinado hierárquico direto do juiz, assim como dos demais órgãos do Poder Judiciário. XII processar pessoalmente os feitos que lhe forem distribuídos em razão de lei ou por determinação expressa do Juiz ou da Corregedoria Geral da Justiça, especialmente os processos disciplinares instaurados;

Observe que os processos disciplinares dos servidores que lhes são subordinados deverão ser processados diretamente pelo escrivão, não podendo ele delegar esta incumbência a outro servidor. XIII distribuir os serviços da serventia, designando os servidores responsáveis por cada atribuição, inclusive as de processamento; Imagine que se trate de uma vara única, que é aquela na qual feitos de diversas competências são processados, tais como processos criminais, de família, infância e juventude etc. Caberá ao escrivão fazer a distribuição em conformidade com a demanda: quanto maior o número de processos, maior será o número de servidores que devem fazer o processamento dos feitos dessa natureza. Vamos exemplificar: a comarca X, vara única, possui 10 servidores no cartório, 400 feitos criminais, 600 feitos cíveis e 1.000 execuções fiscais. É natural que o juiz deva solicitar ao município a cessão de alguns servidores para ajudarem no processamento das execuções fiscais. Neste exemplo, seria razoável que 02 servidores fizessem o processamento dos feitos criminais; 03, os feitos cíveis; e 05, a execução fiscal. XIV zelar pela boa imagem da Justiça, prestigiando e estimulando a probidade, a produtividade, a celeridade e a qualidade dos serviços; Não pode o escrivão aceitar a presença de fumantes inertes nos cartórios, deverá fiscalizar durante o expediente a rotina do processamento dos feitos. A fiscalização do trabalho também pressupõe observar se há servidores que fumam o dia inteiro, sem trabalhar. XV responsabilizar-se pela preparação técnica e constante aperfeiçoamento dos seus subordinados, mediante supervisão e orientação pessoal, além de indicação para curso e treinamento oficiais; Como você já sabe, o Direito está em constante transformação, é uma ciência dinâmica na qual a atualização dos profissionais, dos operadores do Direito, deve ser feita frequentemente, devendo o escrivão diligenciar no sentido de promovê-la, instando o Tribunal a oferecer os cursos que reputar necessários aos seus funcionários.

XVI lavrar, ou fazer lavrar, os atos e termos dos processos a seu cargo, subscrevendo, quando for o caso, os redigidos pelos demais servidores; XVII lavrar certidões próprias do seu ofício, sobre as quais aporá a sua pública fé, observadas as disposições legais pertinentes, inclusive as relativas ao sigilo processual; As certidões são as afirmações feitas pelos servidores do Poder Judiciário que gozam de fé pública. Exemplo que pode ilustrar a afirmação acima seria uma certidão de que o juiz concedeu a guarda provisória de uma criança a fulano e ciclana. Veja que se trata de processo sob segredo de Justiça. XVIII elaborar os relatórios estatísticos do Juízo das serventias não informatizadas; Atualmente, o Poder Judiciário vem sendo muito cobrado pelo Conselho Nacional de Justiça, que estabelece uma série de metas. Dessa forma, apresenta-se com a maior relevância a elaboração de estatísticas sobre o processamento dos feitos. XIX exercer a guarda e o controle do material permanente e de consumo, solicitando o que for necessário ao setor próprio do Tribunal de Justiça, ou designar servidor para fazê-lo; XX zelar pela realização das audiências, pela regularidade dos livros e pelo fiel registro das petições iniciais, audiências, sentenças e demais atos sujeitos a tal procedimento; (Redação antiga) XX zelar pela realização das audiências, pela regularidade dos livros e pelo fiel cadastramento das petições inicias; (Inciso alterado pelo Provimento CGJ nº 58/2011, republicado no D.J.E.R.J. de 17/10/2011.) XXI prestar informações sobre o andamento dos processos ou designar servidor para fazê-lo, sendo vedada a prestação de informação por telefone ou por e-mail; XXII providenciar a extração de cartas, formais, guias, ofícios e demais expedientes, nos termos da legislação em vigor; XXIII fazer afixar em local visível na serventia tabela de custas e valores; XXIV zelar pelo perfeito recolhimento das custas e despesas devidas, fiscalizando e reprimindo as exigências descabidas e os valores indevidos; XXV sugerir ao Juiz, dentre os servidores da serventia, o seu substituto legal;

XXVI cumprir e fazer cumprir as rotinas de instruções administrativas baixadas pela Corregedoria Geral da Justiça, especialmente aquelas necessárias ao cumprimento dos atos que não dependem de despacho judicial, nos termos da legislação em vigor; XXVII tratar com urbanidade as autoridades constituídas, os advogados e o público em geral; XXVIII manter conduta irrepreensível na vida pública e privada; XXIX facilitar, por todos os meios e formas, as atividades de inspeção, fiscalização e correição (ordinária e extraordinária) por parte das autoridades judiciárias competentes; XXX fiscalizar o correto recolhimento dos tributos e demais valores devidos; XXXI levar ao conhecimento do Juiz as irregularidades que extrapolem sua alçada de resolução; XXXII praticar, às suas expensas, os atos que deva renovar por culpa sua; XXXIII exercer outras atribuições e tarefas que lhe sejam ordenadas pelo Juiz; XXXIV certificar, com antecedência de pelo menos 5 (cinco) dias da audiência, se todas as diligências necessárias para sua realização foram concretizadas, suprindo as irregularidades ou omissões e fazendo conclusões dos autos, se for o caso, podendo designar servidor para fazê-lo; Observe que deve o escrivão, ao fazer a certidão, já tomar as providências para evitar que apenas na hora da audiência seja constatada a irregularidade. O prazo costuma ser objeto de prova, fique atento! XXXV fornecer ao Juiz que tenha atuado durante o mês em referência, certidão de autos conclusos; XXXVI acompanhar os indicadores de desempenho, monitorando os dados estatísticos do cartório mensalmente, através dos relatórios expedidos pelo sistema; XXXVII abrir diariamente o correio eletrônico da serventia, ou designar servidor para fazê-lo; XXXVIII zelar pelo correto encaminhamento dos autos a outras unidades deste Tribunal, sendo vedada a utilização de grampos, de folhas dobradas ou grampeadas à contra capa, salvo determinação Judicial em contrário;

XXXIX verificar, nos pedidos de desarquivamento, a exatidão da informação do processo no sistema informatizado DCP, providenciando, se necessário, a alteração que garanta a fidedignidade da informação, ou designar servidor para fazê-lo; XL zelar pela exclusão da mensagem de petições a serem juntadas, que foram encaminhadas através dos serviços de Protocolo (PROGER S) informatizados no sistema DCP, nos casos em que comprovadamente seja impossível a juntada física das petições, na forma prevista nesta Consolidação. Parágrafo único. Por delegação do Magistrado, o Escrivão ou Responsável pelo Expediente, deverá: I anotar, diariamente, no livro de ponto a falta dos serventuários; (Redação antiga) I anotar, diariamente, no Livro de Ponto a falta dos Serventuários, verificando se todos o assinaram e se lançaram corretamente o horário de entrada e saída, mesmo que nele não contenha espaço próprio para anotação de horário; (Redação do Inciso alterada pelo Provimento CGJ nº 71/2012, publicado no DJERJ de 21/12/2012.) II anotar a licença médica ou para acompanhar pessoa da família, somente após a comprovação pelo servidor de solicitação da licença; III proceder à seguinte anotação: licença médica ou para acompanhar pessoa de família em processamento, enquanto o servidor não comprovar o deferimento da licença; IV - anotar, deferida a licença, no livro ponto. Indeferida, anotará a falta. Art. 151. A serventia consignará o respectivo endereço nos ofícios, certidões, traslados, mandados e outros atos que expedir. Art. 152. Ao Escrivão ou Responsável pelo Expediente, assim como ao dirigente da Unidade Organizacional, quando da instalação ou mudança de suas dependências caberá: I comunicar ao órgão responsável pelo cadastro das serventias judiciais da Corregedoria Geral da Justiça qualquer alteração ocorrida nos dados cadastrais; II encaminhar ao órgão responsável pelo cadastro das serventias judiciais da Corregedoria Geral da Justiça cópia da ata de instalação constando a denominação, o endereço e o número do telefone do órgão criado e instalado.

Seção II Do horário de trabalho Art. 153. As serventias judiciais funcionarão em todo o Estado, para atendimento ao público, das 11h às 18h, excetuando-se o regime especial dos Juizados Especiais e das Varas da Infância e da Juventude. 1º As Varas da Infância e da Juventude funcionarão, para atendimento ao público, no horário das 09h às 18h, com uma hora a mais de expediente interno, a critério do Juiz, atendidas as peculiaridades locais, com anuência da Corregedoria Geral da Justiça. 2º Os Juizados Especiais e Adjuntos funcionarão, para atendimento ao público, no horário das 10h às 18h. 3º Os Comissários de Justiça, psicólogos e assistentes sociais, poderão ter sua escala definida pela autoridade judiciária, em função de eventual necessidade de atuação em horário diferenciado. Observe que não cabe ao escrivão a elaboração de escala da equipe técnica, composta por profissionais, como os comissários de Justiça, as assistentes sociais e os psicólogos. Eventualmente o trabalho é feito fora do expediente, sendo a escala organizada pelo juiz. 4º Nos casos em que o Comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso, Psicólogos e Assistentes Sociais, por ordem expressa do Juiz, exercerem sua atividade em dias em que não haja expediente forense, deverá ser aberto espaço no livro de ponto, referente àquela data, para assinatura do servidor, que deverá colocar o horário de início e final da atividade, conforme constante no relatório apresentado ao Juízo. Conforme acima exposto, deverá ser feito o lançamento no livro-ponto, inclusive desta escala extraordinária, sempre baseado nos relatórios feitos pelos profissionais. 5º O Comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso, Psicólogos e Assistentes Sociais poderão compensar as horas extraordinariamente trabalhadas em dia a ser definido pelo o Juiz da serventia, que deverá fazer constar no ponto do dia em que o servidor estiver ausente, informando inclusive a data trabalhada pelo servidor que ensejou a compensação. Observe que não é atribuição do escrivão fazer a escala de compensação destes servidores, uma vez que estes são subordinados hierarquicamente ao juiz.

A chamada equipe técnica possui atribuições específicas, que podem ensejar um labor além da jornada regular. Podemos exemplificar com a fiscalização de bailes e eventos em que houver a determinação do juiz, sendo feita pelo comissário de Justiça; falamos isso à vontade, pois é o nosso cargo no Tribunal. Estas fiscalizações serão feitas nos finais de semana ou à noite, devendo, naturalmente, o juiz autorizar a compensação dessas saídas fora do expediente regular. Tal compensação deverá ser definida pelo juiz. Seção III Da ausência do Escrivão e da vacância da função Art. 154. O Escrivão não poderá ausentar-se do cartório sem que nele permaneça quem legalmente o substitua. 1º Equipara-se ao Escrivão, para os efeitos desta Consolidação, todo aquele que, de qualquer modo, responda pela serventia. 2º O substituto será designado, mediante indicação do Escrivão ou do Responsável pela serventia, com a anuência do Juiz. O projeto de Código de Organização e Divisão Judiciária do estado do Rio de Janeiro, em tramitação na Assembleia Legislativa Fluminense, altera essa sistemática, conferindo a designação diretamente ao juiz. 3º No impedimento ou falta ocasional do Escrivão e de seu Substituto, a substituição caberá ao Analista Judiciário com maior tempo de serviço no cartório, declarando-se essa circunstância, expressamente, nos atos que praticar. A prioridade deve ser endereçada ao analista judiciário para que seja feito o gerenciamento da serventia, apenas na ausência deste é que deverá ser feita por técnico de Atividade Judiciária, servidor de nível médio. 4º Na hipótese da serventia não contar com Analista Judiciário, a substituição caberá ao Técnico de Atividade Judiciária com maior tempo de serviço no cartório, declarando-se essa circunstância, expressamente, nos atos que praticar. Observe que a regra é que o analista judiciário deve substituir o escrivão apenas em caráter excepcional, e, caso não exista analista na serventia, os técnicos devem substituir.

5º Em caso de vacância da função de Escrivão, passa a responder desde logo pelo expediente da serventia o Substituto anteriormente designado, salvo ato dispondo de modo diverso. Seção IV Da utilização do sistema de processamento de dados Art. 155. Nas serventias em que haja processamento eletrônico, a responsabilidade pela fidedignidade dos dados é pessoal, bem como a utilização do sistema. Veja que a norma em foco revela a responsabilidade pessoal do servidor que estiver fazendo processamento, fato que é constatado pela utilização da senha pessoal do funcionário. Art. 156. Ao Escrivão caberá, ademais: I designar servidores para a operação dos serviços informatizados, segundo as necessidades cartorárias, de modo a prover: a) adequada utilização do equipamento, b) rotatividade na utilização de rotinas e procedimentos; II Indicar o pessoal a ser cadastrado no sistema, com o respectivo nível de acesso; III indicar o servidor que, no âmbito da serventia, gerenciará o sistema, o consumo de material e a comunicação de interrupções, defeitos ou outros impedimentos à sua plena utilização; IV providenciar o correto cadastramento no sistema de todos os feitos, inclusive os administrativos; V assegurar que os documentos salvo força maior, somente sejam emitidos pelo sistema, notadamente mandados, alvarás, traslados, certidões, ofícios, expediente de atos de comunicação processual por via postal; VI comunicar ao Juiz de Direito a que estiver vinculado, bem como ao órgão de informática e à Corregedoria-Geral da Justiça, os fatos que impeçam a plena utilização do sistema; VII assegurar o imediato lançamento, no terminal de computador, de toda e qualquer movimentação dos processos autuados nas respectivas serventias. Parágrafo único. Constitui falta grave manter na serventia processo desarquivado sem a devida atualização do andamento no sistema de informática DCP.

Seção V Da expedição de certidões Art. 157. As serventias judiciais fornecerão certidão escrita, relativa ao ajuizamento ou processamento de feito, observadas as disposições legais. Art. 158. Ressalvado o disposto em lei ou norma regulamentar, das certidões constarão: I denominação e endereço da serventia; II finalidade alegada no requerimento; III especificação do assunto certificado; IV data da expedição da certidão. Art. 159. A certidão será transcrição dos registros, peças dos autos, papéis, documentos e outros assentamentos, devendo o servidor Responsável acrescentar os elementos referidos no artigo anterior, ainda que não indicados pelo requerente. Parágrafo único. Fica autorizado o uso de cópia de peça conferida pela serventia, que será parte integrante da certidão. Parágrafo único. Fica autorizado o uso de cópia de peça conferida pela serventia, que será parte integrante da certidão. Art. 160. Recolhidas as custas, a certidão será fornecida, em até 08 (oito) dias, mediante requerimento escrito, declinando sua finalidade, contados do recebimento deste, e observada a ordem cronológica de sua apresentação, podendo o Juiz competente autorizar a expedição em caráter urgente. Como sempre, destacamos que os concursos para Tribunais adoram prazos, razão pela qual mais um para nossa coleção! Com efeito, observe que o prazo para que se certifique o recolhimento das custas será de 08 dias, cujo tempo se inicia do recebimento do requerimento, e não do recolhimento. Cuidado, questão boa para ser cobrada! Art. 161. É vedado ao Escrivão da serventia judicial ou a qualquer outro serventuário da Justiça expedir certidão sobre fatos estranhos ao seu ofício funcional. A questão parece meio óbvia, mas salienta a necessidade de que o servidor apenas poderá certificar os fatos inerentes ao seu ofício.

CAPÍTULO VII DAS CUSTAS JUDICIAIS Seção I Disposições Gerais Art. 162. As serventias judiciais afixarão, em local visível e que facilite o acesso e a leitura pelos interessados, quadro de no mínimo 1,00m x 0,50m, contendo: I as tabelas publicadas anualmente pela Corregedoria Geral da Justiça, com os valores de custas ou emolumentos correspondentes a cada ato, atualizados e expressos em moeda corrente; Observe que há uma padronização a respeito da tabela de custas ou emolumentos da Corregedoria-Geral da Justiça, inclusive visando a dar uma maior publicidade aos valores destas custas e emolumentos. É importante, ainda, destacarmos que estas informações também estão disponíveis no site do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, garantindo a publicidade e maior transparência para o jurisdicionado e o cidadão contribuinte. Em razão da importância do tema e visando a afastar o servidor do Poder Judiciário do contato direto com o recebimento das custas e emolumentos, a consolidação proíbe o recebimento desses tributos diretamente pelos servidores. Com efeito, a norma, inclusive, sinaliza que este constitui falta grave. Veja a norma que revela o afirmado acima: Art. 163. Constitui falta grave o servidor remunerado pelos cofres públicos receber diretamente importância destinada ao pagamento de custas, emolumentos e taxa judiciária, salvo expressa determinação legal. (...) Art. 165. Devem ser observados por todos os Serventuários os atos administrativos relativos a custas, editados pelo Tribunal de Justiça e pela Corregedoria Geral da Justiça. (Redação alterada pelo Provimento CGJ nº 54/2011, publicado no DJERJ de 12/08/2011). Conforme destacamos, constitui obrigação do servidor do Poder Judiciário o conhecimento e correta aplicação das normas pertinentes às custas e emolumentos, inclusive com o dever de ressarcir eventual recolhimento incorreto não observado pelo servidor.

1º Requerido o cumprimento da sentença, a certificação da taxa judiciária deverá atender ao disposto no artigo 135 do Decreto-Lei nº 05/1975, calculando-se o percentual de 2% (dois por cento) do valor executado (com o cômputo de honorários advocatícios e multas) e abatendo-se o valor pago na etapa cognitiva, devidamente atualizado (pelo site www.tjrj.jus.br / Serviços / Cálculo dos débitos judiciais). Eventual diferença deverá ser recolhida de imediato pelo Exeqüente. (Parágrafo incluído pelo Provimento CGJ nº 54/2011, publicado no DJERJ de 12/08/2011.) Observe que a norma dispõe ser a taxa judiciária de 2% sobre o valor executado, acrescido de honorários advocatícios e multa. Vamos ao exemplo: uma ação em que o valor executado é de mil reais, sendo fixado pelo juiz o percentual de 10% sobre o valor executado, e a multa do artigo 475, j, do CPC, que dispõe que, caso não haja o pagamento espontâneo da obrigação em 15 dias, será acrescido de uma multa de 10% sobre o valor da execução. Dessa forma, teremos o cálculo de 2% sobre os mil reais, acrescidos de cem reais de honorários e mais cem reais de multa, totalizando mil e duzentos reais. O valor que será então devido, a título de taxa judiciária, será de 2% sobre R$1.200,00, ou seja, R$24,00. 2º O disposto no parágrafo precedente não se aplica às execuções de honorários advocatícios ou periciais, de sentença penal condenatória transitada em julgado e de sentença arbitral, nas quais a taxa judiciária devida será calculada à razão de 2% (dois por cento) do valor total da execução. (Parágrafo incluído pelo Provimento CGJ nº 54/2011, publicado no DJERJ de 12/08/2011.) 3º Em qualquer hipótese, as custas devidas deverão ser pagas antecipadamente à prática do respectivo ato, ressalvada a gratuidade de justiça e os casos expressamente previstos em lei. (Parágrafo incluído pelo Provimento CGJ nº 54/2011, publicado no DJERJ de 12/08/2011.)

4º Decorrido o prazo de 05 (cinco) dias para que o devedor efetue o pagamento, após notificação prévia pela via postal, sem atendimento, a serventia certificará nos autos o não pagamento e expedirá certidão eletrônica ao DEGAR, a quem incumbirá a cobrança por meio administrativo. Em seguida, arquivará os autos em definitivo, sem baixa. (Parágrafo incluído pelo Provimento CGJ nº 41/2012, publicado no D.J.E.R.J., em 1/08/2012) Novamente deparamo-nos com prazo estabelecido pela consolidação normativa, que poderá ser cobrada em sua prova. Fique atento! Art. 166. O serventuário deverá certificar o correto recolhimento das custas e taxa judiciária, indicando de imediato eventuais valores faltantes. Incorrendo em dúvida deverá fundamentá-la e submetê-la à apreciação do Juiz em exercício, a quem incumbirá a análise da incidência e do recolhimento das verbas no caso concreto. Tarefa atribuída aos servidores do Poder Judiciário de grande responsabilidade é fazer a certidão a respeito do correto recolhimento das custas e emolumentos. Caso constate qualquer recolhimento feito a menor, deverá certificar e remeter à apreciação do Juízo. 1º Nos feitos ajuizados a partir de 1 de janeiro de 2004, em que sejam autores a União Federal, os demais Estados da Federação ou o Distrito Federal, deverá ser verificado se consta declaração idônea que comprove que tais entes praticam a reciprocidade de isenção de taxa judiciária em favor do Estado do Rio de Janeiro, nos termos da parte inicial do parágrafo único do artigo 115 do Código Tributário Estadual. (Parágrafo criado pelo Provimento CGJ nº 13/2011, publicado no DJERJ de 28/03/2011.) 2º Nos feitos ajuizados a partir de 1 de janeiro de 2004, em que sejam autores quaisquer Municípios do Brasil deverá o Município, para usufruir do benefício contido no art. 115 do Código Tributário Estadual comprovar, no momento da distribuição da cada ação judicial, a existência e eficácia de lei municipal que configure igual tratamento tributário por parte do Município requerente ao Estado do Rio de Janeiro, nos termos da parte inicial do parágrafo único do artigo 115 do Código Tributário Estadual. (Parágrafo criado pelo Provimento CGJ nº 13/2011, publicado no DJERJ de 28/03/2011.) (...)

Art. 167. As custas referentes aos feitos judiciais de competência originária do Primeiro Grau de Jurisdição serão pagas antecipadamente. 1º Excetuam-se os casos em que o interessado for beneficiário de assistência judiciária gratuita, houver autorização normativa em contrário ou deferimento pelo Juiz, quando se tratar de medida de natureza urgente e não houver ou encontrar-se encerrado o expediente bancário. É natural que se tratando de beneficiário de assistência judiciária gratuita não há que se falar em recolhimento de custas, assim como nos Juizados Especiais em primeiro grau. Caso recorra para as turmas recursais, já deverá recolher custas e taxa judiciária. Art. 170. É vedada a remessa de autos judiciais aos Contadores Judiciais para o exclusivo cálculo das custas judiciais e taxa judiciária, conforme o disposto no artigo 14 da Lei Estadual nº 3350/99, salvo na hipótese de cálculos complexos nos processos antigos e findos, aptos para serem arquivados, mediante certidão da serventia, atestando a ausência de conhecimentos específicos para fazê-los, e determinação judicial. Observe que a norma em estudo veda a remessa dos autos ao contador para a prática de atos rotineiros de cálculo de custas e emolumentos da taxa judiciária, apenas em caráter excepcional, em casos complexos, é que se admite a remessa. A norma visa a evitar a utilização rotineira do contador judicial.

Questões comentadas 01. (Comissário de Justiça/TJ-RJ/FCC/2012) Jair, juiz da 4ª Vara Cível do Foro Central da Comarca do Rio de Janeiro, determinou a remessa de autos judiciais antigos e findos, aptos a serem arquivados, ao contador judicial para o cálculo das custas judiciais, tendo em vista a complexidade de tais cálculos. Jair a) não agiu corretamente, pois é possível a remessa dos autos judiciais ao contador judicial na hipótese de cálculos complexos apenas quando se tratar de processos novos e em andamento. b) não agiu corretamente, pois é vedada a remessa dos autos judiciais ao contador judicial para o exclusivo cálculo das custas judiciais e taxa judiciária. c) agiu corretamente, pois é obrigatória a remessa dos autos judiciais ao contador judicial por determinação do Juiz, independente da complexidade dos cálculos. d) agiu corretamente, pois é possível a remessa dos autos judiciais ao contador judicial na hipótese de cálculos complexos nos processos antigos e findos, aptos para serem arquivados, independente de certidão da serventia, atestando a ausência de conhecimentos específicos para fazê-los. e) agiu corretamente, pois é possível a remessa dos autos judiciais ao contador judicial na hipótese de cálculos complexos nos processos antigos e findos, aptos para serem arquivados, mediante certidão da serventia, atestando a ausência de conhecimentos específicos para fazê-lo. Observe que a questão em foco aborda justamente a redação estampada no artigo 170 da Consolidação Normativa da Corregedoria, que autoriza a remessa na hipótese em que houver certidão da serventia revelando a ausência de conhecimento técnico do servidor associada à ordem judicial.

Art. 171. Sob pena de caracterização de falta funcional, os autos dos processos findos não poderão ser arquivados sem que o Escrivão ou Responsável pelo Expediente certifique estarem integralmente pagas as custas e a taxa judiciária devidas ou, em caso contrário, sem que faça expedir certidão de débito para fins de cobrança da dívida, observado o disposto nos artigos 229-A e 229-B. (Caput alterado pelo Provimento CGJ nº 20/2012, publicado no D.J.E.R.J. de 17/05/2012 e republicado no D.J.E.R.J. de 21/052012.) Novamente a regra estampada na consolidação ameaça o servidor de que constitui falta funcional o arquivamento sem a certidão a respeito do pagamento das custas. Gabarito: E Parágrafo único. É vedada a baixa de processos judiciais que contenham débitos referentes às custas e à taxa judiciária, salvo expressa autorização normativa. 02. (Analista Judiciário/Execução de Mandados/TJ-RJ/FCC/2012) Laerte propôs Ação de Cobrança em face de Margarida. A ação foi distribuída a uma das varas cíveis do Foro Central do Rio de Janeiro. Como Laerte não possui condições de arcar com as custas do processo, requereu ao Juiz a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, o qual foi deferido. Leonardo, irmão de Laerte, propos ação de de cobrança em face de Magda. A ação foi distribuída a uma das varas civeis do Foro Central do Rio de Janeiro. Diferentemente de Laerte o pedido de Leonardo não foi indeferido, tendo ele que arcar com as custas do processo. Lurdes propôs perante o Juizado Especial Cível do Estado do Rio de Janeiro, Ação de indenização por acidente de veículo em face de Paulo. As custas referentes aos feitos judiciais de competência originária de primeiro grau de jurisdição serão pagas antecipadamente por: a) Leonardo, apenas. b) Laerte, Leonardo e Lurdes. c) Leonardo e Lurdes, apenas. d) Laerte e Leonardo, apenas. e) Lurdes, apenas.

Veja que a questão não apresenta grande dificuldade, uma vez que, sendo deferida a gratuidade, naturalmente não devem ser antecipadas, assim como na hipótese em que tramita a ação em sede de Juizado Especial Cível. Gabarito: A