PRIMEIRO REINADO NO BRASIL (1822 1831) Professora : Daianne Luz.
PRIMEIROS MOMENTOS Algumas províncias (antigas Capitanias Hereditárias), que eram favoráveis às Cortes (Parlamento) de Lisboa, recusaram-se a aceitar as ordens que vinham do Rio de Janeiro, que era de onde governava D. Pedro. Mantiveram-se fiéis a Portugal: Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, parte da Bahia e Cisplatina. O reconhecimento diplomático da independência do Brasil, por parte de vários países, era importante para realizar negociações externas e manter a economia funcionando.
RECONHECIMENTO DO BRASIL No caso do Brasil, era necessário que a antiga metrópole (Portugal) reconhecesse sua independência, para que outros países, fizessem o mesmo. O governo dos Estados Unidos não via com bons olhos a forma monárquica de governo adotada no Brasil. Porém, a defesa do princípio de independência dos países da América falou mais alto. Ele foi o primeiro a reconhecer a independência do Brasil, em julho de 1824. D. Pedro buscou o apoio de diplomatas ingleses para conseguir o reconhecimento de Portugal. A antiga metrópole aceitou em troca do pagamento de 2 milhões de libras esterlinas. Grande parte desse dinheiro o Brasil conseguiu através de empréstimos com a Inglaterra, que exigiu do Brasil a renovação dos Tratados de 1810 (taxas de importação).
PROJETO CONSTITUCIONAL DE 1823 Ficava a cargo da Assembleia Nacional Constituinte, a qual foi convocada por D. Pedro I cem deputados eleitos pelas Províncias. Dois grupos foram formados: # o Partido Português defendia um governo centralizado nas mãos do Imperador; # o Partido Brasileiro - um governo descentralizado, com autonomia para as Províncias e uma Constituição que limitasse o poder do Imperador. Como a proposta liberal estava para ser aprovada, D. Pedro dissolveu a Assembleia e deportou alguns deputados.
A CONSTITUIÇÃO DE 1824 D. Pedro escolheu um grupo de pessoas para elaborar a nova Constituição e a outorgou em 25/03/1824. O Brasil se tornava um Estado com: a) Uma monarquia hereditária, constitucional e representativa; b) O catolicismo sendo a religião oficial; c) A divisão em quatro poderes: legislativo, judiciário, executivo e moderador (exercido exclusivamente pelo Imperador e se sobrepunha aos outros). d) As províncias sendo governadas por um Presidente nomeado pelo Imperador. e) O voto censitário (baseado na renda do indivíduo e não na escolaridade) para eleger o Legislativo.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR As elites provinciais estavam descontentes com o Imperador não tinham liberdade para escolher seus presidentes nem para votar leis específicas. Em Pernambuco, essa situação gerou a Confederação do Equador queria a separação do Império do Brasil para formar uma Confederação independente e republicana, ao lado das províncias do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O movimento foi reprimido pelas tropas do governo e seus líderes condenados à morte, entre eles, um Frei carmelita, chamado de Frei Caneca.
GUERRA DA CISPLATINA Ao sul do Brasil, a Província da Cisplatina foi anexada ao país durante o governo de D. João VI, em 1816. Em 1824, os habitantes da Cisplatina se organizaram para se separar do Brasil e se anexar às Províncias Unidas do Reino do Prata (atual Argentina). Em 1825, foi dada início a guerra, na qual o Brasil saiu derrotado consumiu quase todo dinheiro público e custou a vida de 8 mil homens. Tirando a superioridade do regime monárquico brasileiro. Em 1828, com a mediação inglesa, a Província da Cisplatina transformou-se num Estado independente: República do Uruguai.
A ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I D. Pedro I teve outro problema externo: a morte de seu pai! Ele precisava fazer uma escolha: Brasil ou Portugal? Escolheu o Brasil e abdicou o trono português em favor da filha mais velha, Maria da Glória, a qual estava prometida a seu tio D. Miguel. Em 1828, D. Miguel com a ajuda de sua mãe (Carlota Joaquina) deu um golpe e assumiu o trono português. Essa ligação com os problemas políticos de Portugal, prejudicou a imagem de D. Pedro I com a sociedade brasileira. O grupo ligado ao Imperador era dos portugueses e o grupo oponente era dos brasileiros Noite das garrafadas. Os portugueses organizaram uma festa para recepcionar o Imperador, que voltava de Minas Gerais, quando foram atacados com garrafas pelos brasileiros. D. Pedro I não resistiu e renunciou em favor do filho d. Pedro de Alcântara.
BIBLIOGRAFIA VAINFAS, Ronaldo; FERREIRA, Jorge; FARIA, Sheila de Castro; CALAINHO, Daniela Buono. História.doc. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.