Tolerância geométrica de orientação

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Tolerância geométrica de orientação A UU L AL A vimos a maneira de verificar a forma de apenas um elemento, como planeza, circularidade, retilineidade. O problema desta aula é verificar a posição de dois ou mais elementos na mesma peça. Um problema Tolerância de posição A tolerância de posição estuda a relação entre dois ou mais elementos. Essa tolerância estabelece o valor permissível de variação de um elemento da peça em relação à sua posição teórica, estabelecida no desenho do produto. No estudo das diferenças de posição será suposto que as diferenças de forma dos elementos associados são desprezíveis em relação à suas diferenças de posição. Se isso não acontecer, será necessária uma separação entre o tipo de medição, para que se faça a detecção de um ou outro desvio. As diferenças de posição, de acordo com a norma ISO R-1101, são classificadas em orientação para dois elementos associados e posição dos elementos associados. As tolerâncias de posição por orientação estão resumidas na tabela abaixo:

A U L A Orientação para dois elementos associados Paralelismo Símbolo: Paralelismo é a condição de uma linha ou superfície ser equidistante em todos os seus pontos de um eixo ou plano de referência. O eixo superior deve estar compreendido em uma zona cilíndrica de 0,03 mm de diâmetro, paralelo ao eixo inferior A, se o valor da tolerância for precedido pelo símbolo Æ. A superfície superior deve estar compreendida entre dois planos distantes 0,1 mm e paralelos ao eixo do furo de referência B. O eixo do furo deve estar compreendido entre dois planos distantes 0,2 mm e paralelos ao plano de referência C. O paralelismo é sempre relacionado a um comprimento de referência. Na figura abaixo, está esquematizada a forma correta para se medir o paralelismo das faces. Supõe-se, para rigor da medição, que a superfície tomada como referência seja suficientemente plana.

Perpendicularidade Símbolo: É a condição pela qual o elemento deve estar dentro do desvio angular, tomado como referência o ângulo reto entre uma superfície, ou uma reta, e tendo como elemento de referência uma superfície ou uma reta, respectivamente. Assim, podem-se considerar os seguintes casos de perpendicularidade: A U L A Tolerância de perpendicularidade entre duas retas - O campo de tolerância é limitado por dois planos paralelos, distantes no valor especificado t, e perpendiculares à reta de referência. O eixo do cilindro deve estar compreendido em um campo cilíndrico de 0,1 mm de diâmetro, perpendicular à superfície de referência A. O eixo do cilindro deve estar compreendido entre duas retas paralelas, distantes 0,2 mm e perpendiculares à superfície de referência B. A direção do plano das retas paralelas é a indicada abaixo.

A U L A Tolerância de perpendicularidade entre um plano e uma reta - O campo de tolerância é limitado por dois planos paralelos, distantes no valor especificado e perpendiculares à reta de referência. Tolerância de perpendicularidade entre uma superfície e uma reta. A face à direita da peça deve estar compreendida entre dois planos paralelos distantes 0,08 mm e perpendiculares ao eixo D. Tolerância de perpendicularidade entre dois planos - A tolerância de perpendicularidade entre uma superfície e um plano tomado como referência é determinada por dois planos paralelos, distanciados da tolerância especificada e respectivamente perpendiculares ao plano referencial.

A face à direita da peça deve estar compreendida entre dois planos paralelos e distantes 0,1 mm, perpendiculares à superfície de referência E. A U L A Inclinação Símbolo: Existem dois métodos para especificar tolerância angular: 1. Pela variação angular, especificando o ângulo máximo e o ângulo mínimo. A indicação 75º ± 1º significa que entre as duas superfícies, em nenhuma medição angular, deve-se achar um ângulo menor que 74º ou maior que 76º. 2. Pela indicação de tolerância de orientação, especificando o elemento que será medido e sua referência. Tolerância de inclinação de uma linha em relação a uma reta de referência - O campo de tolerância é limitado por duas retas paralelas, cuja distância é a tolerância, e inclinadas em relação à reta de referência do ângulo especificado. O eixo do furo deve estar compreendido entre duas retas paralelas com distância de 0,09 mm e inclinação de 60º em relação ao eixo de referência A.

A U L A Tolerância de inclinação de uma superfície em relação a uma reta de base - O campo de tolerância é limitado por dois planos paralelos, de distância igual ao valor da tolerância, e inclinados do ângulo especificado em relação à reta de referência. O plano inclinado deve estar compreendido entre dois planos distantes 0,1 mm e inclinados 75º em relação ao eixo de referência D. Tolerância de inclinação de uma superfície em relação a um plano de referência - O campo de tolerância é limitado por dois planos paralelos, cuja distância é o valor da tolerância, e inclinados em relação à superfície de referência do ângulo especificado. O plano inclinado deve estar entre dois planos paralelos, com distância de 0,08 mm e inclinados 40º em relação à superfície de referência E. Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir e confira suas respostas com as do gabarito.

Marque com X a resposta correta. Exercício 1 O estudo da relação entre dois ou mais elementos é feito por meio da tolerância de: a) ( ) tamanho; b) ( ) forma; c) ( ) posição; d) ( ) direção. Exercícios A U L A Exercício 2 Paralelismo, perpendicularidade e inclinação relacionam-se com tolerância de posição por: a) ( ) forma; b) ( ) tamanho; c) ( ) orientação; d) ( ) direção. Exercício 3 O símbolo de inclinação é: a) ( ) b) ( ) c) ( ) d) ( ) Exercício 4 O símbolo de paralelismo é: a) ( ) b) ( ) c) ( ) d) ( )