TÍTULO: BULIMIA: DESENVOLVIMENTO DA BULIMIA NA ADOLESCÊNCIA INFLUENCIADO POR FATORES SOCIAIS

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Transcrição:

16 TÍTULO: BULIMIA: DESENVOLVIMENTO DA BULIMIA NA ADOLESCÊNCIA INFLUENCIADO POR FATORES SOCIAIS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU AUTOR(ES): GIOVANA RAMIRES CARMIGNANI, JAQUELINE FREIRE DIAS, JESSICA HARKA DOS SANTOS VIEIRA, KELLY MEIRE RODRIGUES DA SILVA, MATHEUS VITOR RODRIGUES, RAQUEL WONG ORIENTADOR(ES): ANGÉLICA CASTILHO ALONSO

1 1. RESUMO Bulimia: desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais NOMES: Carmignani G.R., Dias J.F., Vieira J.H.S., Silva K.M.R., Rodrigues M.V., Wong R. Introdução: A bulimia é um transtorno alimentar, causada pela insatisfação do corpo e baixa autoestima, principalmente ocasionado pela pressão social. Objetivos: Objetivou-se avaliar as seguintes variáveis de artigos científicos sobre bulimia: número de vocábulos; autoria e gênero; estrutura discursiva dos resumos; tipo de pesquisa e tipo de análise de dados. Métodos: Os artigos foram pesquisados nas bases de dados LILACS e Scielo. Foram identificadas 69 publicações pelo título. Ao final, a partir da leitura do título, sobraram 21 artigos. Resultados: Os resultados mostram 38,09% dos títulos adequados, 98% dos autores femininos, 92,7% de autorias múltiplas, ausência total da frase inicial, 52,38% da análise mista dos dados, predominância do estudo transversal e questionários/testes clínicos. Conclusão: Predominou-se autoria múltipla e gênero feminino e estudos transversais. Quanto ao resumo, os itens participantes, métodos e resultados mostraram a mesma frequência de presença nos artigos, não apresentando diferença significante. Em relação aos tipos de técnicas de avaliação foram mais utilizados questionários e testes clínicos, e quanto ao número de vocábulos, percebeu-se que poucos artigos respeitaram as normas, sendo assim, há necessidade de um aprimoramento quanto à estrutura dos artigos em relação a esse tema. Descritores: transtornos alimentares, adolescentes, bulimia

2 2. INTRODUÇÃO De acordo com Fortes, Meireles, Neves, Almeida & Ferreira (2015) o período da adolescência, que vai dos 10 aos 19 anos, limita a passagem da infância para a idade adulta, onde ocorrem muitas transformações, tanto no corpo quanto nas particularidades psíquicas, sendo que a maioria dos adolescentes não estão satisfeitos com o seu corpo, pois o imaginam de outra maneira, avaliando-o negativamente. A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são caracterizadas como sintomas de transtorno alimentar que apresentam sintomas, tais como, longos períodos sem alimentação, indução do vômito, tomar laxantes e/ou diuréticos para emagrecer, praticar atividade física em excesso, usar anabolizantes para adquirir massa muscular. Pesquisas demonstram que, em torno de 30% dos adolescentes manifestam sintomas de transtorno alimentar, ou seja, 20% são do sexo masculino, embora ainda haja poucos estudos para delimitar esse gênero (Fortes, Cipriani, Almeida & Ferreira, 2014). Há algum tempo, com a crescente cultura da beleza, dos corpos magros e esguios, muitos adolescentes vêm sofrendo e subjugado seus corpos a medidas extremas e não saudáveis para terem o tão almejado corpo perfeito. Sendo que, a preocupação com a aparência e as medidas, em comparar-se com os outros, manter o corpo o mais estável possível, as pesagens, e mensurar medidas ritualísticas repetindo-se compulsivamente consomem tempo e energia, assumindo também, um papel mantenedor da imagem corporal negativa, na medida em que realimentam a insatisfação corporal com novas informações que reforçam a conclusão de que é necessário mais controle sobre a forma e o peso, mais dietas e mais exercícios (Campana & Tavares, 2012). Fortes, Amaral e Ferreira (2013) ressaltam que, a depreciação com o peso e com a aparência física pode predispor os jovens a desenvolverem hábitos deletérios a saúde na tentativa de modificarem suas morfologias corporais, gerando comportamentos alimentares inadequados e outras práticas prejudiciais ao equilíbrio do organismo. Portanto, pessoas com bulimia nervosa apresentariam pensamentos e emoções desadaptativas, autoestima flutuante, sendo comum encontrar aqueles que exibem atitudes caóticas, não somente no tocante aos hábitos alimentares, mas

3 também em outros aspectos da vida, tais como, os estudos, a vida profissional e as relações amorosas. Sendo assim, os principais aspectos emocionais dos pacientes com anorexia nervosa são a baixa autoestima, ansiedade alta, perfeccionismo, pensamento do tipo tudo ou nada, incapacidade de encontrar formas de satisfação, alta exigência e incapacidade de ser feliz (Oliveira& Santos, 2006). A pesquisa justificou-se pela preocupação maior com o bem-estar dos jovens demonstrando-se necessária, principalmente em relação ao ambiente que o cerca, pois tais comportamentos que podem desenvolver-se para uma bulimia são causados principalmente por fatores externos. Então, delimitar os fatores sociais que podem culminar em possíveis transtornos alimentares nos adolescentes com destaque para a bulimia é muito importante para que exista assim, uma possibilidade de mudar esse quadro. 3. OBJETIVO O objetivo geral foi realizar uma revisão de literatura das produções científicas publicadas nas bases de dados LILACS e Scielo, acessadas pela Biblioteca Virtual de Saúde, sobre a temática do desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais. Especificamente, objetivou-se avaliar as seguintes variáveis: tipo de publicação; número de vocábulos; autoria (única, coautoria, múltipla) e gênero (masculino, feminino, indefinido); estrutura discursiva dos resumos; tipo de pesquisa; estratégias e tipo de análise de dados. 4. MÉTODOS 4.1 Tipo de Estudo Trata-se de uma revisão de literatura de estratégia documental para a produção cientifica 4.2 Local do Estudo Este estudo foi realizado na Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil

4 4.3 Procedimentos A pesquisa foi realizada com artigos científicos sobre o desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais a partir das bases de dados Scielo e LILACS, onde não se utilizaram limitadores temporais. 4.4 Levantamento dos dados Para levantamento dos dados no presente estudo foram utilizados os descritores Transtornos alimentares; Adolescentes; Bulimia no período de 2002 a 2015, limitado aos idiomas português e inglês. Foram incluídos estudos realizados com seres humanos, contendo textos completos e tema compatível ao pesquisado. A partir desses critérios foram identificadas 69 publicações pelo título. A primeira seleção foi retirar a duplicidade nas bases de dados, das quais sobraram 30 artigos. Destes, a partir da leitura do título sobraram 21 artigos, em seguida foi realizada a leitura do resumo e na íntegra, e ao final do levantamento, permaneceram todos. (Figura 1) 4.5 Análise dos artigos Após a seleção dos artigos, foi utilizada uma ficha de avaliação de registro atendendo aos objetivos específicos propostos. Este questionário continha dados pertinentes ao tema, autoria, resumo, tipo de estudo, tipo de análise estatística e instrumentos de avaliação utilizados (Apêndice 1). 4.6 Análise estatística Os dados foram tabulados no programa Excel e apresentados em formato de tabelas e gráficos. Foram calculados a frequência e porcentagens bem como aplicado quando possível o teste qui-quadrado a fim de avaliar a associação ou não entre as variáveis qualitativas.

5 5. DESENVOLVIMENTO Descritores: Transtornos alimentares, Adolescentes, Bulimia LILACS: 16 Scielo: 13 Critérios de inclusão: - Estudos realizados sobre as influências de fatores sociais sobre a doença; - Diagnósticos de adolescentes com bulimia. Após a leitura do título permaneceram: 21 artigos Após identificar a duplicidade foram excluídos: 30 artigos Critérios de exclusão: - Artigos duplicados; - Artigos fora do tema principal da pesquisa; - Estudos realizados com adultos ou pessoas que não sofriam de bulimia. Figura 1. Fluxograma sobre os estudos selecionados sobre Bulimia: desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais

6 6. RESULTADOS Os resultados quanto à adequação do título à forma adequada de até 12 dígitos mostram que a prevalência foi de 13 (61,90%) dos artigos analisados que não se adequaram a essa recomendação, e apenas 8 (38,09%) se adequaram à recomendação. Aplicou-se o qui-quadrado (X²ₒ = 1,2 e X²c = 3,841, n.g.l.= 1 e p 0,05), mostrando que não houve uma diferença estatística significante (Tabela 1). Tabela 1 Frequência da adequação do tema dos artigos sobre o desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais acessados pelo Scielo e LILACS. Tema f % Adequado 8 38,09 Não adequado 13 61,90 Total 21 100 F = frequência Quanto à autoria dos artigos, os resultados foram divididos em categoria autoria única, coautoria e autoria múltipla, sendo que dessas três a predominância foi para a autoria múltipla 76 (92,7%), enquanto não foram observadas autorias únicas (0%) em todos os artigos analisados. Quanto ao gênero, apresentou-se a predominância do gênero feminino 49 (98%) em artigos de autoria múltipla. Sendo assim, não foi possível realizar o teste estatístico do qui-quadrado, pois o pressuposto para a variável de dois fatores de acordo com o nível de significância de 5% (p 5) não foi aceito (Tabela 2). Tabela 2 Autoria e gênero nos artigos sobre o desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais acessados pelo Scielo e LILACS. Gênero Autoria Feminino Masculino Indefinido Total f % f % f % f % Autoria única 0 0 0 0 0 0 0 0 Coautoria 1 2 5 17,2 0 0 6 7,32 Múltipla 49 98 24 82,8 3 100 76 92,7 Total 50 100 29 100 3 100 82 100 F = frequência

7 Os resultados obtidos quanto à observação das estruturas dos resumos dos artigos apontaram que a maioria apresentou uma unânime ausência da frase inicial, havendo uma predominância significativa 21 (100%), que segundo a análise estatística do qui-quadrado (X²ₒ= 21 e X²c= 3,841, n.g.l.= 1 e p 0,05) houve uma diferença significante. Os objetivos encontraram-se presentes na maioria dos artigos 16 (76,2%), com a análise estatística apontando diferença significante (X²ₒ= 5,76 e X²c= 3,841, n.g.l.= 1 e p 0,05). Quanto aos participantes, os métodos e os resultados, a porcentagem se apresentou a mesma para as três categorias no critério de estar presente nos artigos 13 (61,9%), sendo assim, apresentaram o mesmo resultado estatístico, não havendo diferença significante (X²ₒ= 1,2 e X²c= 3,841, n.g.l.= 1 e p>0,05). Quanto às conclusões, há uma diferença comparando com o resultado das outras categorias, porém também é predominante na maioria dos artigos 14 (66,7%), obtendo um qui-quadrado com resultados próximos (X²ₒ= 2,34 e X²c= 3,841, n.g.l.= 1 e p>0,05). Portanto, não houve diferença estatisticamente significante (Tabela 3). Tabela 3 Estrutura dos resumos dos artigos sobre o desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais acessados pelo Scielo e LILACS. Frase inicial Objetivo Participantes Método Resultados Conclusão Estrutura f % f % f % f % f % f % Presente 0 0 16 76,2 13 61,9 13 61,9 13 61,9 14 66,7 Ausente 21 100 5 23,8 8 38,1 8 38,1 8 38,1 7 33,3 Total 21 100 21 100 21 100 21 100 21 100 21 100 F = frequência Em relação a análise de dados dos artigos, os resultados mostraram predominância da análise mista dos dados 11 (52,38%), enquanto a análise quantitativa dos dados foi a de menor frequência 2 (9,52%). Aplicou-se o quiquadrado (X²ₒ = 5,99 e X²c = 5,991, n.g.l.= 2 e p>5), mostrando que houve uma diferença estatística significante (Tabela 4).

8 Tabela 4 Frequência da análise de dados dos artigos sobre o desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais acessados pelo Scielo e LILACS Análises de dados f % Quantitativa 2 9,52 Qualitativa 8 38,10 Mista 11 52,38 Total 21 100 F = frequência Quanto aos tipos de estudos que cada artigo apresenta tem-se a classificação dividida em estudo experimental, estudo transversal e revisão de literatura, os resultados apontam que há mais artigos com tipo de estudo transversal 10 (47,61%), enquanto o tipo de estudo experimental é o que aparece com menos frequência segundo a análise dos artigos 3 (14,28%). Foi aplicado o teste do qui-quadrado (X²ₒ = 3,7 e X²c = 5,991, n.g.l.= 2 e p 5), mostrando que não houve diferença estatística significante. (Figura 2). Figura 2. Número de tipos de estudos dos artigos sobre o desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais acessados pelo Scielo e LILACS. Em relação aos tipos de técnicas de avaliação divididos entre questionário, escala, testes clínicos, e outros, os resultados mostram que os tipos mais usados

9 entre os artigos foram o questionário e os testes clínicos, apontando a mesma frequência (12). Aplicando-se o qui-quadrado (X²ₒ = 43,25 e X²c = 7,815, n.g.l.= 3 e p>5), pode-se concluir que houve uma diferença estatística significante (Figura 3). Figura 3. Número de artigos com os tipos de técnicas de avaliação sobre o desenvolvimento da bulimia na adolescência influenciado por fatores sociais acessados pelo Scielo e LILACS. 7. CONCLUSÃO No presente trabalho observamos que não houve grande discrepância estatística significativa em relação à forma adequada de até 12 vocábulos. Referente a autoria dos artigos, prevaleceu autoria múltipla, sobrepondo artigos publicados por pessoas do gênero feminino. No quesito estrutura todos os artigos analisados não obtinham frase inicial, em relação ao objetivo, observou-se a presença na maioria dos artigos. Tendo em vista os métodos, participantes, resultados e conclusões, não apresentou-se diferença significante. Nos tipos de dados analisados predominou a análise mista. O tipo de estudo mais encontrado foi o transversal. Com base nos tipos de técnicas de avaliação sobre os artigos de bulimia na adolescência, foram mais utilizados questionários e testes clínicos.

10 Conclui-se que é necessário realizar mais pesquisas sobre o tema bulimia na adolescência, pois podemos observar que o número de artigos adequados foi pequeno visto que é crescente o número de casos de bulimia nessa faixa etária. Precisa-se que os fatores sociais sejam delimitados para que assim possamos obter uma melhoria no quadro atual, pois o ambiente externo na maioria das vezes influência nos transtornos alimentares. 8. REFERÊNCIAS Campana, A. N. N. B., & Tavares, M. C. G. C. F. (2012). Preocupação e insatisfação com o corpo, checagem e evitação corporal em pessoas com transtornosalimentares. Paidéia, 22(53), 375-81. Fortes, L. S., Amaral, A. S., & Ferreira, M. E. C. (2013). Comportamento alimentar inadequado em adolescentes de Juiz de Fora. Temas em Psicologia, 21(2), 403-10. Fortes, L. S., Cipriani, F. M., Almeida, S. S., & Ferreira, M. E. C. (2014). Sintomas de transtorno alimentar: associação com os traços perfeccionistas em adolescentes do sexo masculino. ArchClinPsychiatry, 41(5), 117-20. Fortes, L. S., Meireles, J. F. F., Neves, C. M., Almeida, S. S., & Ferreira, M. E. C. (2015). Autoestima, insatisfação corporal e internalização do ideal de magreza influenciam os comportamentos de risco para transtornos alimentares?. Revista de Nutrição, 28(3), 253-64. Oliveira, E. A., & Santos, M. A. (2006). Perfil psicológico de pacientes com anorexia e bulimia nervosa: a ótica do psicodiagnóstico. Simpósio: transtornos alimentares: anorexia e bulimia nervosa. Medicina, 39(3), 353-60.