Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Conforto Ambiental: Clima MÁSCARAS OBSTRUÇÕES EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Documentos relacionados
MÁSCARAS E OBSTRUÇÕES EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

TRAÇADO DE MÁSCARAS E DE OBSTRUÇÕES À INSOLAÇÃO DIRETA, COM BASE NA CARTA SOLAR DE PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA

Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Conforto Ambiental: Insolação e Iluminação MÓDULO 2: ILUMINAÇÃO NATURAL

SOMBRA: EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

DETERMINAÇÃO DE SOMBRAS COM BASE NA CARTA SOLAR DE PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE SOMBRAS

CARTA SOLAR LUZ E SOMBRA

CONSTRUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA CARTA SOLAR

PROJETO DE BRISE-SOLEIL

Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Conforto Ambiental: Insolação e Iluminação MÓDULO 2: ILUMINAÇÃO NATURAL

Desempenho Térmico de edificações Aula 5: Orientação e Diagrama Solar

UNIDADE III DIMENSIONAMENTO BRISES

Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Conforto Ambiental: Insolação e Iluminação MÓDULO 2: ILUMINAÇÃO NATURAL

Geometria da Insolação: movimento aparente do sol e uso da carta solar

Aula 5. Recomendações da NBR 15220: Desempenho térmico de edificações

ILUMINAÇÃO NATURAL INTERIORES - NORMAS

Este é um manual retirado do site do labee MANUAL EXPLICATIVO PARA USO DO PROGRAMA SOL-AR

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Aula 4 CONTROLE DA TEMPERATURA INTERIOR Paredes Coberturas - Aberturas

O PROJETO DE EDIFICAÇÕES COM AQUECIMENTO SOLAR PASSIVO EM OURO PRETO/MG

HELIODON MANUAL DE UTILIZAÇÃO. Orientadora: Profa. Dra. Karin Maria Soares Chvatal Aluna: Rosilene Regolão. Departamento de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Conforto Ambiental: Insolação e Iluminação MÓDULO 2: ILUMINAÇÃO NATURAL

Sistemas de Energia Solar e Eólica Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita

DIAGRAMA SOLAR CONFORTO TÉRMICO

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 15/08/2015

SISTEMAS DE REFERÊNCIA Coordenadas celestiais e terrestres

2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. Aula 3 Sistemas de. Ortogonais

Energia Solar. Samuel Luna de Abreu. Introdução à Energia Solar

CONFORTO AMBIENTAL: CLIMA ALGUNS TÓPICOS SOBRE CLIMA E EQUILÍBRIO TÉRMICO EM AMBIENTES INTERNOS

ILUMINAÇÃO NATURAL RECOMENDAÇÕES PARA PROJETO PAULO SERGIO SCARAZZATO

ESTUDO DA RETA COMO DETERMINAR UMA RETA COMO É A PROJEÇÃO DE UM SEGMENTO DE RETA. Por um ponto passam infinitas retas.

Desempenho Térmico de edificações Aula 5: Orientação e Diagrama Solar

As estações do ano. No outono, as folhas de muitas árvores ficam amarelas e acabam por cair.

FINALIZAÇÃO DO SIMULADOR SOLAR HELIODON RESUMO

GEOMETRIA DA INSOLAÇÃO AULA 3 MÁSCARAS

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 3: astronomia esférica 25/06/2011

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

Perspectiva Cônica. Vaz, Rossi PROCESSO DAS 3 ESCALAS. Tutorial - Prisma. Prismas Exercícios Propostos. Tutorial - Prisma

PARTE I TÉCNICAS DE ANÁLISE

Desenho Auxiliado por Computador

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Astrofísica moderna. Aula 4, dia 16/03/2017 Profa. Manuela Vecchi, Prof. Vitor de Souza

CONFORTO AMBIENTAL Aula 2

Sumário. Mudança de planos. Rebatimento. Rotação. Estudo do ponto. Estudo do ponto. Estudo da reta. Estudo da reta. Estudo do plano.

FAMEBLU Arquitetura e Urbanismo

Estudo Solar no Revit

Astronomia de posição (II)

CONFORTO AMBIENTAL Nosso papel na sustentabilidade

1. Projeções e Vistas Principais

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Arquitetura e Urbanismo. Ênfase

SISTEMAS CELESTES. GA116 Sistemas de Referência e Tempo

Astronomia de posição (II)

Expressão Gráfica. Projeção Ortográfica. Professor: Dr. João Paulo Bestete de Oliveira

Movimentos aparentes dos Astros. Prof. J. Meléndez, baseado no Prof. R. Boczko IAG - USP

Desenho Técnico e CAD Geometria Plana Desenho Geométrico. Geometria Plana Desenho Geométrico. Geometria Plana Desenho Geométrico

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA VENTILAÇÃO NATURAL E SOMBREAMANTO DE UM PROJETO DE POUSADA EM MACEIÓ/AL

ESTUDO DO PLANO. Quando o plano intersecta o PH tem traço horizontal. Quando o plano intersecta o PV tem traço vertical.

Prova Prática de Geometria Descritiva A

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA I. Profa. Adriana Goulart dos Santos

RECURSO SOLAR. Disciplina: Centrais Elétricas Professor: Clodomiro unsihuay-vila

07/10/2013. AULA 03 Sistemas de projeção. Sobre a Geometria Descritiva (GD):

Material de apoio para o aluno

Física Legal.NET - O seu site de Física na Internet

A perspectiva geométrica é uma projeção que resulta numa imagem semelhante aquela vista pelo nosso sentido da visão.

Redes de Comunicações Via Satélite. Prof. Gilson Alves de Alencar

Sistemas de coordenadas e tempo

Agradecimentos... I Resumo... III Abstract... IV Índice... V Índice de figuras... X Índice de gráficos... XXII Abreviaturas... XXIII Glossário...

O ESTUDO SOLAR E SUA INFLUÊNCIA NO PROJETO ARQUITETÔNICO: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ESTRATÉGIAS PROJETUAIS PARA CIDADES DAS ZONAS BIOCLIMÁTICAS 1 E 8

O CÉU NOTURNO: CONSTELAÇÕES E AFINS

APLICAÇÕES DA CARTA SOLAR:

Disciplinarum Scientia. Série: Artes, Letras e Comunicação, S. Maria, v. 14, n. 1, p , Recebido em: Aprovado em:

Introdução ao Desenho Técnico. Instalações elétricas I. Curso Técnico em eletrônica Ênfase em Eletrotécnica

Astronomia de posição (II)

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

Exame Final Nacional de Geometria Descritiva A Prova ª Fase Ensino Secundário º Ano de Escolaridade

A dança do Sol. Série Matemática na Escola

Exame Final Nacional de Geometria Descritiva A Prova ª Fase Ensino Secundário º Ano de Escolaridade

Orientação Geográfica e Relógio de Sol

Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Conforto Ambiental: Insolação e Iluminação MÓDULO 2: ILUMINAÇÃO NATURAL

Fonte: KAWAKAMI (2009)

Desenho Técnico. Desenho Mecânico. Eng. Agr. Prof. Dr. Cristiano Zerbato

COMPARAÇÃO DO GASTO ENÉRGICO EM (kwh) DO AR CONDICIONADO COM O POTENCIAL DE ECONOMIA DO BRISE SOLEIL RESUMO

Ajuste da Radiação Solar Incidente

AULA - 06 GEOMETRIA DO TELHADO

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

Geometria Descritiva Básica (Versão preliminar)

EXAME DE GEOMETRIA DESCRITIVA A - Código 708 / ª Fase EXERCÍCIO 1

GDC I AULA TEÓRICA 07

Esfera Celeste: estrelas fixas

Atividades e curiosidades relacionadas com o Cartaz da OBMEP 2015

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica

MELHORIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL EM EDIFICAÇÃO ESCOLAR: CONTROLE DA RADIAÇÃO DIRETA NO INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP-SPO)

Notas de Aula_08_2007

AULA 3 DESENHO ORTOGRÁFICO

Desenho Auxiliado por Computador

Estes adendos e notas explicativas tem a finalidade de facilitar o entendimento e aperfeiçoar os critérios a seguir.

SISTEMAS DE PROJEÇÃO. Prof. Janine Gomes da Silva, Arq. MSc Eng Civil. Desenho Técnico Técnico em Edificações

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Arquitetura Laboratório de Conforto Ambiental Programa de Apoio à Melhoria da Qualidade

Transcrição:

Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Conforto Ambiental: Clima MÁSCARAS OBSTRUÇÕES EXERCÍCIOS RESOLVIDOS Docente: Claudete Gebara J. Callegaro 1º semestre de 2014

A CARTA DE TRAJETÓRIA SOLAR É SEMPRE CONSTRUÍDA PARA DETERMINADA LATITUDE. ALTURAS SOLARES ALTURA SOLAR AZIMUTES

O TRAÇADO DE SOMBRAS DEPENDE DA LATITUDE E DA ORIENTAÇÃO EM RELAÇÃO AO NORTE SOLAR 1º passo: Alinhar N-S da planta com N-S da Carta Solar Considerar cada aresta do edifício como uma haste e aplicar o mesmo raciocínio de leitura da carta solar e determinação da sombra em cada aresta. ELEVAÇÃO PLANTA

2º passo: Transferir o azimute (ângulo verde) para PH. Sombra em PH (linha verde) = azimute + 180 3º passo: Transferir a altura solar (ângulo berilo) para PV, a partir do topo da aresta de referência.

4º passo: Rebater a altura solar em PV para a linha de sombra em PH. Ficam, assim, definidos, em épura: o comprimento da sombra em PH (linha verde) e a inclinação da projeção da sombra em PV (linha azul). O 4º passo é necessário no desenho técnico, para representação em épura.

A mesma técnica utilizada para determinação de sombras é aplicada na determinação da insolação de áreas internas. CARVALHO, 1970:41

FROTA, 2004, p.116-118

OBSTRUÇÕES À RADIAÇÃO DIRETA CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS Um mascaramento do céu é considerado EFICIENTE, quando impede a entrada de raios solares num determinado período desejado.

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

TRANSFERIDOR AUXILIAR PARA TRAÇADO DE MÁSCARAS VÁLIDO PARA TODAS AS LATITUDES O transferidor é construído por projeção estereográfica e acompanha a Normal à fachada. FROTA, 2004, p. 206

Dispositivos de sombreamento (brises) horizontais impedem a entrada dos raios solares através da abertura, a partir de determinado ângulo de altura do Sol. O ângulo α corresponde à menor altura solar daquela máscara. Ou seja, se seu comprimento for infinito, a partir desse ângulo até a altura máxima daquele dia, toda a radiação direta será impedida de atingir o ambiente interior por aquela janela. http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf Eficientes para fachadas voltadas para o Norte (hemisfério sul)

Brises verticais impedem a entrada dos raios solares através da abertura, a partir de determinado ângulo de azimute solar. O ângulo β à direita da abertura (de quem olha de dentro para fora da janela) corresponde ao menor azimute solar daquela máscara. Ou seja, se seu comprimento for infinito, a partir desse azimute até 270, toda a radiação direta será impedida de atingir o ambiente interior por aquela janela. Eficientes para fachadas voltadas para Leste ou Oeste O ângulo β à esquerda da abertura corresponde ao maior azimute solar daquela máscara. Ou seja, se seu comprimento for infinito, desde 270 até esse azimute, toda a radiação direta será impedida de atingir o ambiente interior por aquela janela. http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf

Em geral é necessário introduzir um terceiro ângulo γ (gama), para limitar o sombreamento produzido pelos ângulos α (alfa) e β (beta). http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf A máscara é sempre vista de dentro do ambiente para fora.

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf A máscara é sempre vista de dentro do ambiente para fora.

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf

FROTA, 2004, p. 106

CAIXA, 2010:70

PROGRAMA SOL-AR da Universidade Federal de Santa Catarina

ATENÇÃO PARA A CONFIGURAÇÃO!!!!!!!!!! Para as demonstrações de mascaramento a seguir, tomaremos por referência os ângulos internos, pois se referem às áreas sombreadas. Observar que o eixo de alturas se inverte.

Carta solar para latitude 0 e orientação 0 Transferidor para traçado de máscaras

TRAÇADO DE MÁSCARAS PARA QUALQUER LATITUDE Cortes verticais da janela I E linha do horizonte do observador (LH) α = 10 α = 30 α = 70

limite da abertura TRAÇADO DE MÁSCARAS PARA QUALQUER LATITUDE limite da abertura Cortes horizontais da janela E I β = 10 β = 30 esquerdo direito

TRAÇADO DE MÁSCARAS PARA QUALQUER LATITUDE

TEMPERATURA pelo programa SOL-AR

VENTOS pelo programa SOL-AR Os ventos dominantes de um modo geral são Alísios ou Contra-Alísios.

http://geografiabra.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html

EXEMPLOS DE TRAÇADOS DE MÁSCARAS E CONSTRUÇÃO DE BRISES

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Norte

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Norte

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Norte

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Noroeste Quando a abertura em análise NÃO é perpendicular ao eixo Norte-Sul, é necessário que se alinhe o Norte da planta com o Norte da Carta Solar daquela latitude, para então se determinar o mascaramento.

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Noroeste

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Noroeste

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Nordeste

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Nordeste

TRAÇADO DE MÁSCARA Latitude 30 S Orientação Nordeste

O traçado de máscaras indica a sombra que o brise deve promover, mas NÃO determina seu desenho. FROTA, 2004, p.97, 99

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf

http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf

FONTES CONSULTADAS CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Parte II Categoria 2: Projeto e Conforto. Boas práticas para habitação mais sustentável (Manual do Selo Casa Azul). Coordenadores Vanderley Moacyr John, Racine Tadeu Araújo Prado. São Paulo: Páginas & Letras - Editora e Gráfica, 2010. http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/desenvolvimento_urbano/gestao_ambiental/selo_cas A_AZUL_CAIXA_versaoweb.pdf CARVALHO, Benjamin de A. Técnica da Orientação dos Edifícios: Insolação, Iluminação, Ventilação. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1970. FROTA, Anésia Barros. Geometria da Insolação. São Paulo: Geros, 2004. http://geografiabra.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html http://www.labcon.ufsc.br/anexosg/148.pdf http://www.ufrgs.br/labcon/aulas_2009-1/aula8_protecaosolar.pdf https://www.youtube.com/watch?v=jdd3ykdsmc8