Avaliação de Cultivares de Milho na Safra 2009/2010, em Dourados, MS

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134 ISSN Sete Lagoas, MG Dezembro, 2006

Transcrição:

Avaliação de Cultivares de Milho na Safra 2009/2010, em Dourados, MS Gessi Ceccon 1, Leonardo M. P. Rocha 2, Islaine C. Fonseca 3, Antonio L. N. Neto 3 e Rodrigo C. Sereia 4 1 Embrapa Agropecuária Oeste, caixa postal 661, CEP 79.804-970, Dourados, MS. gessi@embrapa.cpao.br 2 Embrapa Milho e Sorgo, 3 Acadêmicos de Agronomia, UFGD, bolsistas PET/SESU/MEC, 4 Acadêmico de Agronomia, UFGD Bolsista CNPq/Pibic. Palavras-chaves: Zea mays, produtividade, genótipos. A cultura do milho (Zea mays L) apresenta grande importância econômica e social, por sua versatilidade na produção de forragem e/ou palha para cobertura do solo e alimentação animal, e grãos para alimentação humana e animal. Em Mato Grosso do Sul a produtividade do milho na safra verão 2009/10 aumentou 10,3%, em relação à safra de 2008/09 que passou para 6.535 kg ha -1. No entanto, nesse mesmo período houve redução de 32% da área cultivada, de 84,7 mil para 57,5 mil hectares, resultando assim em maior produção com menor área cultivada (CONAB, 2010). Segundo Cruz e Pereira Filho (2010) existem 429 cultivares disponíveis no mercado, sendo 325 convencionais e 104 transgênicas, com a alta variabilidade quanto as suas características agronômicas. Por isso, a necessidade de avaliar cultivares, em ambientes locais (RAMALHO et al., 1990). Contudo, em Mato Grosso do Sul são poucos híbridos utilizados pelos agricultores, predominando a semeadura de híbridos simples, tendo em vista que hídridos triplos e/ou duplos são preferidos para áreas e épocas não preferenciais (CECCON; ROCHA, 2009). O desenvolvimento da cultura depende de adaptações regionais e condições climáticas favoráveis. A temperatura do ar em torno de 25ºC favorece o maior desenvolvimento em suas diferentes fases, o que aliado comprimento do dia, interfere no menor ou maior ciclo de cada cultivar, indicando assim a diferença entre híbridos (BRUNINI et al., 2006). A diferença de ciclo entre genótipos pode auxiliar na escolha do cultivar com a finalidade de evitar para que períodos críticos, como a floração, coincidam com estiagem mais danosa, devido às altas temperaturas. Na região de Dourados as temperaturas máximas são observadas nos meses de dezembro e janeiro (FIETZ; FISCH, 2008). Assim, a data de semeadura e a escolha do cultivar podem evitar que a floração aconteça nesse período, podendo determinar maior rendimento da cultura, e tornando a na safra verão mais atrativa para cultivo de milho, inclusive como espécie para rotação com soja. O objetivo desse trabalho foi de avaliar o comportamento de cultivares de milho de ciclo precoce/normal, provenientes do Ensaio Nacional de Cultivares, na safra verão, em Dourados, MS. Material e Métodos O experimento foi desenvolvido na área experimental da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, MS, localizada nas coordenadas 22 16' S e 54 49' W a 408 m de altitude, em solo Latossolo Vermelho Distroférrico, textura argilosa. A semeadura foi realizada em 3 de novembro de 2009, sendo o experimento constituído por 49 cultivares (Tabela 1), oriundas do Ensaio Nacional de Cultivares, preparado pela Embrapa Milho e Sorgo. O delineamento 1072

experimental foi em blocos ao acaso com duas repetições, em duas linhas espaçadas de 0,80 m e com 5 m de comprimento. Tabela 1. Características de cultivares de milho avaliados em 2009/2010, em Dourados. Trat Cultivar Tipo Ciclo Tipo de grão Cor do grão 1 AS 1522 HS * Semiduro Alaranjada 2 AS 1596 HS P Semiduro Amarela 3 BG 9619 HS * * * 4 BH 9546 HS * * * 5 BH 9727 HS * * * 6 AS 3421 YG HT P Semiduro Amarela-alaranjada 7 30A86HX HS P Semiduro Alaranjada 8 30A91 HS P Semiduro Alaranjada 9 30A95 HS * Semiduro Alaranjada 10 AGN30A70 HS * Semiduro Alaranjada 11 20A55 HT P Semiduro Alaranjada 12 BMX 790 HT * Semiduro Vermelha-alaranjada 13 BM 502 HD P Duro Vermelha-alaranjada 14 CD 327 HS * Duro Alaranjada 15 CD 351 HS P Semiduro Alaranjada 16 CD 378 HS * Duro Alaranjada 17 CD 384 HT P Duro Alaranjada 18 CD 308 HD P Semiduro Alaranjada 19 CD 388 HD * Semiduro Amarela 20 Dx 809 HS * Semiduro Amarela-alaranjada 21 DSS 2002 HT * Semiduro Alaranjada 22 BRS 1040 (testemunha) HS SMP Semiduro Amarela-alaranjada 23 2B604HX HS P Semiduro Alaranjada 24 2B707 HS P Semiduro Alaranjada 25 2B655HX HT P Semiduro Alaranjada 26 AL Avaré V * Semiduro Alaranjada 27 AL Bandeirante V N Semiduro Alaranjada 28 EMBRAPA 1D2195 HS * Semiduro Amarela-alaranjada 29 EMBRAPA 1F6265 HS * Semiduro Amarela-alaranjada 30 EMBRAPA 3E482 HT * Semiduro Amarela-alaranjada 31 EMBRAPA Caimbé V * Semiduro Alaranjada 32 EMBRAPA Sintético 1X V * Semiduro Alaranjada 33 GNZX 9505 HS * Semiduro Alaranjada 34 GNZX 9623 HS * Semiduro Alaranjada 35 IAC 3021 V * Dentado/mole Alaranjada 36 IAC 8390 HI N Semiduro Alaranjada 37 P3646 HS P Semiduro Amarela-alaranjada 38 P3862 HS P Semiduro Amarela-alaranjada 39 PRE 32D10 HD * Semiduro Alaranjada 40 SHX-7222 HS * Duro Vermelha-alaranjada 42 SHX-5121 HT * Duro Vermelha-alaranjada 41 SHX-7323 HS * Duro Vermelha-alaranjada 43 IMPACTO HS P Duro Alaranjada 1073

44 SYN7316 HT * Semiduro Alaranjada Continua... Tabela 1...continuação. Trat Cultivar Tipo Ciclo Tipo de grão Cor do grão 45 P30F35 (testemunha) HS * Semiduro Alaranjada 46 BRS2022 (testemunha HD P Semidentado Alaranjada 47 AG7088 (testemunha) HS P Semiduro Alaranjada 48 DKB390 (testemunha) HS P Semiduro Aamarelada/alaranjada 49 AL-Piratininga (testemunha) V Semidentado Aamarelada/alaranjada Tipo = HS: híbrido simples, HD: híbrido duplo, HT: híbrido triplo; V: variedade. Ciclo = P: precoce, SMP: semiprecoce, N: normal *: sem informação A semeadura foi manual, com duas sementes por cova, distanciadas de 0,26 m entre si, nos sulcos abertos com semeadora marca Semeato modelo SHM1517, em área sob plantio direto. Dez dias após a emergência foi realizado desbaste, deixando-se apenas uma planta por cova. A adubação foi realizada utilizando 300 kg ha -1 da fórmula 05-25-25 na semeadura e uma aplicação de 20 kg ha -1 de N na forma de uréia, aos 30 dias após a emergência das plantas. O controle de plantas daninhas foi realizado com uma aplicação de atrazin3 na dose de 1,5 L ha -1, em pós emergência do milho e das plantas daninhas. O controle de pragas foi realizado mediante duas aplicações de inseticida deltamethrin aos 10 e 30 dias após a emergência do milho, na dose de 0,005 L ha -1. Foi determinado o período da emergência da floração masculina, a altura das plantas e inserção das espigas, o rendimento de grãos, nas duas linhas de cada parcela, corrigido para 13% de umidade, e a massa de cem grãos. Não foram observadas diferenças entre as cultivares quanto ao acamamento ou quebramento de plantas. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Resultados e Discussão Houve efeito significativo entre cultivares para altura de plantas, rendimento de grãos e massa de 100 grãos. Os cultivares não diferiram significativamente para dias da emergência à floração masculina, com média de 56 dias, mesmo tendo cultivares de ciclo precoce e normal, assim como para inserção de espigas não houve diferença e a média foi de 1,10 m. Para altura de plantas, foram identificados dois grupos de cultivares. No grupo de menor altura destacaram-se os cultivares DX 809, SHX 7222 e GNZX 9505, sem diferir de outros 28 cultivares, enquanto que no grupo de maior altura destacaram-se os cultivares P3862, IAC 3021, e a testemunha P30F35, sem diferir de outros 15 cultivares (Tabela 2). Mesmo havendo dois grupos de altura de plantas, não foi verificado acamamento ou quebramento de plantas, o que pode ser devido às pequenas diferenças de altura e às condições normais de clima durante a realização do experimento. Quanto ao rendimento de grãos, foram identificados três grupos, sendo dez cultivares presentes no grupo de maior rendimento, 30 no segundo grupo e nove no terceiro grupo. No primeiro grupo destacaram-se os cultivares P3862, BG 9619, P3646, BH 9546, Embrapa 1F6265, GNZX 9623, BM 502, 30A91, sem diferir das testemunhas AG7088 e P30F35 (Tabela 2). Observa-se que no grupo de maior rendimento, houve predomínio de híbridos simples, confirmando os relatos de Ceccon e Rocha (2009), que observaram a utilização 1074

desses híbridos em lavouras comerciais. Contudo, neste trabalho, verificou-se a presença de um híbrido duplo (BM 502) no grupo de maior rendimento, indicando a importância da escolha regionalizada de cultivares, conforme sugerido por Duarte (2004), tendo em vista que são híbridos com diferentes níveis de investimento. Os cultivares foram classificados em dois grupos também para massa de grãos, sendo que 26 estavam no grupo superior, destacando-se os cultivares P3862, BH 9546, CD 308 (Tabela 2), porém com pouca influência no rendimento de grãos, tendo em vista que quatro cultivares com menor massa de grãos estavam no grupo de maior rendimento, permitindo inferir que mesmo não tendo sido avaliados, o número de grãos por espiga pode influenciar no rendimento de grãos. Tabela 2. Desempenho de cultivares de milho na safra 2009/2010, em Dourados, MS. Trat. Cultivar Altura de plantas Rendimento de grãos Massa de 100 grãos...(m)......(kg ha -1 )......gramas... 1 AS 1522 2,03 b 5.464 b 31,1 a 2 AS 1596 2,05 b 4.763 c 26,0 b 3 BG 9619 2,05 b 7.086 a 26,9 b 4 BH 9546 2,00 b 6.920 a 33,3 a 5 BH 9727 2,03 b 5.464 b 31,1 a 6 AS 3421 YG 2,03 b 5.464 b 31,1 a 7 30A86HX 2,20 a 5.869 b 27,9 b 8 30A91 1,98 b 6.677 a 26,7 b 9 30A95 2,00 b 6.129 b 27,5 b 10 AGN30A70 2,18 a 6.276 b 30,2 a 11 20A55 1,98 b 5.821 b 28,0 b 12 BMX 790 1,98 b 6.409 b 29,7 a 13 BM 502 1,90 b 6.724 a 28,7 b 14 CD 327 2,15 a 6.360 b 29,6 a 15 CD 351 1,98 b 5.729 b 28,2 b 16 CD 378 2,10 a 4.303 c 26,6 b 17 CD 384 1,95 b 5.701 b 27,9 b 18 CD 308 1,93 b 4.079 c 32,1 a 19 CD 388 1,90 b 2.940 d 29,4 a 20 Dx 809 1,80 b 4.216 c 26,2 b 21 DSS 2002 2,08 a 5.824 b 31,2 a 22 BRS1040 (test.) 2,13 a 5.907 b 31,6 a 23 2B604HX 2,18 a 5.808 b 28,6 b 24 2B707 2,03 b 6.311 b 24,9 b 25 2B655HX 1,98 b 5.165 c 26,5 b 26 AL Avaré 2,05 b 3.421 d 28,4 b 27 AL Bandeirante 2,00 b 3.056 d 27,5 b 28 Embrapa 1D2195 1,90 b 5.999 b 30,2 a 29 Embrapa 1F6265 2,20 a 6.869 a 30,3 a 30 Embrapa 3E482 1,93 b 6.153 b 30,8 a 31 Embrapa Caimbé 2,20 a 4.470 c 30,7 a 32 Embrapa Sintetico1X 2,13 a 4.958 c 30,4 a 33 GNZX 9505 1,83 b 4.208 c 28,8 b 34 GNZX 9623 2,13 a 6.750 a 29,9 a 35 IAC 3021 2,23 a 4.259 c 30,3 a 36 IAC 8390 2,13 a 5.009 c 29,8 a 37 P3646 2,03 b 7.000 a 29,8 a 1075

38 P3862 2,28 a 8.123 a 36,6 a Continua... Tabela 2.... continuação. Trat. Cultivar Altura de plantas Rendimento de grãos Massa de 100 grãos...(m)......(kg ha -1 )......gramas... 39 PRE 32D10 2,18 a 6.181 b 30,7 a 40 SHX-7222 1,82 b 6.121 b 27,9 b 41 SHX-7323 1,93 b 6.136 b 25,0 b 42 SHX-5121 2,01 b 6.030 b 28,7 b 43 IMPACTO 2,03 b 6.074 b 26,8 b 44 SYN7316 2,05 b 6.104 b 27,8 b 45 P30F35 (test.) 2,23 a 6.848 a 31,6 a 46 BRS2022 (test.) 1,98 b 4.736 c 30,8 a 47 AG7088 (test.) 2,10 a 7.469 a 26,8 b 48 DKB390 (test.) 2,03 b 6.088 b 29,6 a 49 AL-Piratininga(t.) 2,17 a 4.455 c 29,4 a Média 2,04 5.672 29,2 C.V. (%) 5,5 10,3 7,2 Médias seguidas da mesma letra não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5%. Literatura citada BRUNINI, O.; ABRAMIDES, P. L. G.; BRUNINI, A. P. C.; CARVALHO, J. P. Caracterizações macroclimáticas, agrometeorológicas e restrições ambientais para o cultivo de milho em regiões tropicais baixas. InfoBibos, Campinas, v. 1, n. 3, 2006. Disponível em: <www.infobibos.com/artigos/2006_3/ambientemilho/index.htm>. Acesso em: 23 maio 2010. CECCON, G.; ROCHA, E. M. Sistemas de produção de milho safrinha em Mato Grosso do Sul. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE MILHO SAFRINHA, 10., 2009, Rio Verde. Anais... Rio Verde: FESURV, 2009. p. 25-31. CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: grãos: safra 2009/2010: oitavo levantamento: maio/2010. Brasília, DF: Conab, 2010. 13 p. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/conabweb/download/safra/8graos_6.5.10.pdf>. Acesso em: 23 maio 2010. CRUZ, J. C.; PEREIRA FILHO, I. A. Milho - cultivares para 2009/2010. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, [2009?]. Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/milho/cultivares/index.php>. Acesso em: 14 maio 2010. DUARTE, A. P. Milho safrinha: características e sistemas de produção. In: GALVÃO, J. C. C.; MIRANDA, G. V. (Ed.). Tecnologias de produção do milho. Viçosa, MG: UFV, 2004. p. 109-138. FIETZ, R. C.; FISCH, G. F. O clima da região de Dourados, MS. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2008. 32 p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Documentos, 92). RAMALHO, M. A. P.; SANTOS, J. B.; PINTO, C. A. Genética na agropecuária. São Paulo: Globo, 1990. 359 p. 1076