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Transcrição:

ATIVIDADES ONLINE 9.1,9.2,9.3- HISTÓRIA 1-Com relação à revolução de 1930, do ponto de vista econômico-social, é possível afirmar que ela: a) assinala o início da primazia política das classes médias sobre o Estado; b) representa a derrota da burguesia mercantil diante das pressões conjuntas do campesinato e operariado urbano; c) traduz a vitória do tenentismo, das camadas médias e dos segmentos industriais sobre os setores agroexportadores; d) identifica a passagem para a dominação burguesa no Brasil, com a vitória dos grupos industriais; e) significa o início do desenvolvimentismo e a decadência da agricultura de exportação. 2-Segundo Anita Prestes, "o tenentismo vinha preencher o vazio deixado pela falta de lideranças civis aptas a conduzirem o processo revolucionário brasileiro que começava a sacudir as já caducas instituições políticas da República Velha". PRESTES, Anita. "A Coluna Prestes". São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 73. De acordo com o texto, é correto afirmar que a) os "tenentes" queriam moralizar a vida política nacional, propondo uma ampla aliança de esquerda. b) os "tenentes" queriam deixar de ser meros "jagunços" nas mãos das oligarquias estaduais, amparados por um programa democrático. c) os "tenentes" queriam pôr fim à política democrática instaurada com a República Velha e promover um regime ditatorial, único capaz de finalizar o atraso econômico representado pelas antigas oligarquias cafeeiras. d) os "tenentes" apresentaram-se como substitutos dos frágeis partidos políticos de oposição aos regimes oligárquicos e à desorganização da sociedade. e) o tenentismo representou um movimento que buscava romper com a tradição de intervenção militar na política, presente desde a Proclamação da República. 3- Leia. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião (Trecho de Cordel)

Foi Virgulino Ferreira Pobre homem injustiçado E por isto vingativo Se tornou um acelerado, Se a justiça fosse reta Nem jornalista ou poeta, O teria decantado. (...) Embora seja criança Com meus 15 anos de idade Pude ver em Lampião Vítima da sociedade. Talvez ele em outro meio (Posso dizer sem receio) Era útil à humanidade! (...) CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr, Roberto. História: texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006. p. 499. Para o autor do Cordel Lampião é uma vítima da sociedade. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante a) das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro. b) das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem. c) dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos. d) das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome. e) das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região. 4- A Coluna Prestes, que percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do Brasil entre 1924 e 1927, associa-se a) ao florianismo, do qual se originou, e ao repúdio às fraudes eleitorais da Primeira República.

b) à tentativa de implantação de um poder popular, expressa na defesa de pressupostos marxistas. c) ao movimento tenentista, do qual foi oriunda, e à tentativa de derrubar o presidente Artur Bernardes. d) à crítica ao caráter oligárquico da Primeira República e ao apoio à candidatura presidencial de Getúlio Vargas. e) ao esforço de implantação de um regime militar e à primeira mobilização política de massas na história brasileira. 5- Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, mandamos esta honrada mensagem para que Vossa Excelência faça aos marinheiros brasileiros possuirmos os direitos sagrados que as leis da República nos facilitam. Tem Vossa Excelência 12 horas para mandar-nos a resposta satisfatória, sob pena de ver a Pátria aniquilada. Adaptado do memorial enviado pelos marinheiros ao presidente Hermes da Fonseca, em 1910. In: MARANHÃO, Ricardo e MENDES JUNIOR, Antônio. Brasil história: texto e consulta. São Paulo: Brasiliense, 1983. Os participantes da Revolta da Chibata (1910-1911) exigiam direitos de cidadania garantidos pela Constituição da época. As limitações ao pleno exercício desses direitos, na Primeira República, foram causadas pela permanência de: a) hierarquias sociais herdadas do escravismo. b) privilégios econômicos mantidos pelo Exército. c) dissidências políticas relacionadas ao federalismo. d) preconceitos étnicos justificados pelas teorias científicas. 6-"Não é por acaso que as autoridades brasileiras recebem o aplauso unânime das autoridades internacionais das grandes potências, pela energia implacável e eficaz de sua política saneadora das epidemias [...]. O mesmo se dá com a repressão dos movimentos populares de Canudos e do Contestado, que no contexto rural [...] significavam praticamente o mesmo que a Revolta da Vacina no contexto urbano". Nicolau Sevcenko. A revolta da vacina. De acordo com o texto, a Revolta da Vacina, o movimento de Canudos e o do Contestado foram vistos internacionalmente como MOVIMENTOS : a) provocados pelo êxodo maciço de populações saídas do campo rumo às cidades logo após a abolição.

b) retrógrados, pois as agitações provocadas por estes movimentos populares dificultavam a modernização do país. c) decorrentes da política sanitarista de Oswaldo Cruz. d) indícios de que a escravidão e o império chegavam ao fim para dar lugar ao trabalho livre e à república. e) conservadores, porque ameaçavam o avanço do capital norte-americano no Brasil. 7-Os movimentos messiânicos eram mais comuns do Brasil do que imaginávamos. Além de Canudos, várias revoltas envolvendo seguidores destes movimentos eclodiram durante a primeira metade de século passado. Como o Messianismo foi possível? a) Devido a concentração latifundiária, o estado de miséria dos camponeses, a prática do coronelismo e a forte religiosidade popular. b) Devido unicamente a religiosidade do sertanejo que encontrava nas práticas do messias um conforto para a vida miserável que estava submetido. c) Devido ao grande poder dos líderes messiânicos cujo prestígio era medido pela quantidade de eleitores que controlasse conseguindo desta forma se eleger para os cargos políticos. d) Em virtude do temor que as profecias dos beatos causavam à população mais pobre, preferindo resignar-se a vida de perigrinações e orações para salvação da alma. e) Em razão do clima de insegurança que assolava o campo causado pelo banditismo obrigando a população mais pobre abrigarem-se nos movimentos messiânicos para se proteger. 8- Embora fossem movimentos ligados a questão agrária e a falta de justiça no campo Canudos e o Cangaço possuem finalidades distintas. Em relação a esta diferenciação dos objetivos do Cangaço e de Canudos podemos afirmar como correto que: a) O cangaceiro tinha um fim social na sua prática, pois busca a posse da terra e a justiça social, saqueando e roubando dos ricos para doar aos pobres. Eram considerados os justiceiros pobres. b) O cangaceiro não tinha nenhum fim social na sua prática, não busca a posse da terra e tampouco a justiça social. Luta simplesmente pela sobrevivência praticando a violência. c) O cangaceiro é um tipo de bandido social que procura aplicar a justiça contra os desmandos dos poderosos no sertão nordestino. d) Canudos não tinha nenhum fim social na sua prática, não busca a posse da terra e tampouco a justiça social. Luta simplesmente pela sobrevivência praticando o fanatismo religioso.

e) Canudos tinha um fim social, mas não busca a posse da terra apenas a justiça social mesmo que fosse alcançada por métodos violentos justificados pelo fanatismo religioso. 9-Sobre a Revolta de Canudos, assinale a alternativa INCORRETA. a) O seu principal líder foi Antônio Conselheiro. b) Os sertanejos de Canudos lutavam contra a injustiça e a miséria persistente na região. c) Caracterizou-se como um movimento de caráter messiânico. d) A Guerra de Canudos foi tema do livro Os Sertões, do escritor Euclides da Cunha. e) Os revoltosos de Canudos receberam apoio incondicional dos coronéis da região. 10-Analise o discurso de Antônio Conselheiro, em Canudos, em 1890: (...) a república é o ludibrio *zombaria ou desprezo+ da tirania para os fiéis (...) e por mais ignorante que seja o homem, conhece que é impotente o poder humano para acabar com a obra de Deus (...). O presidente da república, porém, movido pela incredulidade que tem atraído sobre ele toda sorte de ilusões, entende que pode governar o Brasil como se fora um monarca legitimamente constituído por Deus; tanta injustiça os católicos contemplam amargurados. Prédica Sobre a república Apud Jacqueline Hermann. Religião e Política no Alvorecer da República In: O Brasil Republicano. Volume 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 147-148. a) INDIQUE a crítica central que o documento apresenta ao governo republicano. b) IDENTIFIQUE um grupo social e sua principal motivação para se fixar em Canudos. 11-"A revolta deixou entre os participantes um forte sentimento de auto-estima, indispensável para formar um cidadão. Um repórter de 'A Tribuna' ouviu de um negro acapoeirado frases que atestam esse sentimento. Chamando sintomaticamente o jornalista de cidadão, o negro afirmou que a sublevação se fizera para 'não andarem dizendo que o povo é carneiro'. O importante - acrescentou - era 'mostrar ao governo que ele não põe o pé no pescoço do povo'." Fonte: CARVALHO, José Murilo de. "Abaixo a vacina", in: Revista Nossa História. Ano 2, no13, novembro 2004, p.73-79.

A Revolta da Vacina (1904) a que se refere o texto, é considerada a principal revolta popular urbana da Primeira República (1889-1930). a) Cite e explique dois motivos geradores de insatisfações que levaram a população da cidade do Rio de Janeiro a rebelar-se em 1904. b) Identifique dois movimentos populares na área rural, à época da Primeira República. 12-"A esperança de um belo dia sagrando uma bela data e uma bela obra desfez-se, infelizmente, o sol não veio, e foi sob um aguaceiro impenitente e odioso, fino e pulverizado a começo, grosso e encharcante depois, que se foi ontem à inauguração da formosa avenida (...)". ("O País", 16/11/1905 - "15 de Novembro"). Está completando um século a inauguração festiva da Avenida Central, hoje Rio Branco, no centro da cidade do Rio de Janeiro, obra maior do prefeito Pereira Passos. Para sua construção centenas de imóveis foram derrubados. O conjunto das intervenções urbanas realizadas na época, sob a argumentação da modernização, embelezamento e higienização, dividiu a imprensa e a população durante todo o período do governo do Presidente Rodrigues Alves (1902/1906). a) Apresente dois argumentos, sendo um contrário e um favorável, utilizados naquele momento em relação às reformas no Rio de Janeiro. b) Cite a revolta popular ocorrida naquele período contra a ação "higienizadora" das autoridades. 13-Leia o texto sobre o Contestado (1912-1916), conflito ocorrido no sul do país e motivado, entre outros fatores, pela disputa de terras. A revolta teve sobretudo um caráter social e religioso. O que manteve os caboclos unidos foi a crença em um profeta conhecido como monge José Maria, um guerreiro místico como Antônio Conselheiro. O Contestado foi um movimento milenarista, ou seja, impregnado de temores apocalípticos e esperanças de salvação para os iniciados. Os caboclos acreditavam no fim deste mundo e no surgimento de outro melhor, sem fome nem miséria. Até hoje a população local se refere ao episódio como a guerra dos fanáticos, diz o historiador Paulo Pinheiro Machado, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). (Adaptado de Superinteressante, maio de 2000.) A expressão guerra dos fanáticos era usada para definir a participação dos revoltosos e foi criada naquela época pelas autoridades políticas e pelos latifundiários. Sob um ponto de vista crítico atual, pode-se dizer que a expressão indica a intenção de: a) desqualificar os participantes da rebelião. b) apoiar as idéias monarquistas dos revoltosos. c) enfatizar o caráter degenerado dos caboclos revoltosos. d) destacar a indolência de origem psicoclimática dos camponeses.

14-Sobre os movimentos sociais ocorridos no período da República Velha afirma-se: I. A Revolta da Vacina foi um movimento iniciado pelas camadas mais pobres da população carioca, que reivindicavam a vacinação em massa da população para combater as epidemias de malária e febre amarela. II. A greve geral de 1917 teve como principais reivindicações: aumentos salariais, redução da jornada de trabalho, melhores condições de segurança e higiene nos locais de trabalho, liberdade de organização e participação política. III. A revolta da Chibata teve como líder João Cândido, e suas reivindicações foram: fim dos castigos corporais, redução da jornada de trabalho e aumento salarial. Dessas afirmacões está(ão) correta(s) a) apenas II. b) I e II somente. c) I e III somente. d) II e III somente. e) I, II e III. 15-Observe a foto do grupo de Lampião e Maria Bonita e o mapa que destaca a área do Nordeste brasileiro onde o cangaço se disseminou nas décadas de 1920 e 1930. O cangaço representou uma manifestação popular favorecida, basicamente, pela seguinte característica da conjuntura social e política da época: (A) cidadania restringida pelo voto censitário

(B) analfabetismo predominante nas áreas rurais (C) criminalidade oriunda das taxas de desemprego (D) hierarquização derivada da concentração fundiária 16-O tenentismo surgiu na década de 1920. Desde o início, despontou para a história como um marco relevante para explicar a crise da Primeira República, a revolução de 1930 [...], em especial a participação do Exército na política. LANNA JÚNIOR, Mário C. Martins. Tenentismo e crises políticas na Primeira República. Apud FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de A. Neves. O Brasil Republicano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. v.1., p.315. 1. Identifique duas reivindicações do Movimento Tenentista. a) Reivindicação 1: b) Reivindicação 2: 2. Cite e descreva duas ações empreendidas pelo Movimento Tenentista no Brasil. a) Ação 1: b) Ação 2: 17-A Coluna Prestes, que percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do Brasil entre 1924 e 1927, associa-se a) ao florianismo, do qual se originou, e ao repúdio às fraudes eleitorais da Primeira República. b) à tentativa de implantação de um poder popular, expressa na defesa de pressupostos marxistas. c) ao movimento tenentista, do qual foi oriunda, e à tentativa de derrubar o presidente Artur Bernardes. d) à crítica ao caráter oligárquico da Primeira República e ao apoio à candidatura presidencial de Getúlio Vargas. e) ao esforço de implantação de um regime militar e à primeira mobilização política de massas na história brasileira. 18-A charge exposta a seguir trata da política brasileira durante o período de crise do que se convencionou chamar de República Oligárquica.

A charge em questão joga com o nome de personagens importantes da política brasileira da época para compor o nome daquele que, conhecido como "Cavaleiro da Esperança", carregava então um enorme prestígio e as aspirações de mudança de grandes parcelas do povo brasileiro a partir de sua atuação: a) na revolta de julho de 1922, conhecida como os 18 do Forte de Copacabana, em contestação à eleição e posse de Artur Bernardes, representante das oligarquias dominantes. b) no levante de novembro de 1935, em nome da Aliança Nacional Libertadora (ANL), contra o integralismo e o governo de Getúlio Vargas (1934/37). c) na direção do Partido Comunista do Brasil (PCB), que se tornou vítima do autoritarismo do governo de Eurico Dutra (1946/51). d) na direção da luta operária do período, com a organização do Bloco Operário e Camponês (BOC), que o lançou candidato à presidência da República em 1930. e) na chamada "Coluna Miguel Costa - Prestes", que percorreu o Brasil buscando organizar um levante contra o governo das oligarquias rurais.