Crescimento de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos durante o previveiro em função da aplicação de doses crescentes de Osmocote

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Transcrição:

Crescimento de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos durante o previveiro em função da aplicação de doses crescentes de Osmocote PAULO CÉSAR TEIXEIRA 1/, FRANCISCO INÁCIO FERREIRA BENDAHAM /, WANDERLEI ANTÔNIO ALVES LIMA 3/, RONALDO RIBEIRO MORAES 3/ ; IVANILDE LIMA MESQUITA / ; MARCIA GREEN 4/ RESUMO - Resumo - Atualmente, a utilização de tubetes plásticos durante a fase de previveiro na formação de mudas de dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.) tem sido estudada, apresentando-se como boa alternativa ao sistema de produção tradicional de mudas, mas esta metodologia ainda carece de aperfeiçoamento. Este trabalho teve como objetivos verificar o efeito da adição de doses crescentes de Osmocote, durante a fase de previveiro, no crescimento e na partição de matéria seca de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos. O experimento foi constituído de um fatorial 6 x 6, sendo seis doses do adubo de liberação lenta Osmocote (, 1, 3, 5, 8 e 1 kg m -3 de substrato) e seis tempos de previveiro (,, 3, 4, 5 e 6 meses). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e uma planta por tubete. Cada unidade experimental consistiu da média de nove plantas. Sementes pregerminadas de dendezeiro foram colocadas em tubetes plásticos de 1 cm 3 contendo substrato comercial permanecendo sob sombrite sem nenhuma adubação adicional. Em cada tempo de amostragem, foi feita a medição da altura e do diâmetro do coleto das mudas e determinação de matéria seca, sendo as plantas separadas em parte aérea e raízes. Os resultados foram submetidos à análise de variância e de regressão. De maneira geral, para todos os tempos de avaliação, a aplicação de Osmocote aumentou o crescimento em altura e em diâmetro e a produção de matéria seca das mudas de dendezeiro sendo os efeitos da aplicação das maiores doses de Osmocote mais pronunciados aos quatro e cinco meses após o plantio. Palavras-Chave: Elaeis guineensis, dendê, produção de mudas, adubação, adubo de liberação lenta Introdução A fase de produção de mudas do dendezeiro é extremamente importante, pois as mudas produzidas permanecerão no campo por período de 5 a 3 anos, aproximadamente. Para a produção de mudas em tubetes, aliado a um bom substrato, deve ser utilizado um adubo de qualidade, em doses adequadas e de liberação lenta de nutrientes, evitando-se perdas por lixiviação. Segundo Holcomb [1] e Huett [], a lixiviação de nutrientes quando se utiliza um fertilizante de liberação lenta (FLL) é bem menor quando comparada ao uso de fertilizantes solúveis convencionais. Dentre os FLL, cita-se o Osmocote, que vem sendo usado na produção de mudas de algumas espécies, em recipientes [3, 4]. A liberação mais controlada dos nutrientes desses adubos deve-se à existência de uma resina orgânica ao redor dos grânulos. Depois de sua aplicação, a umidade do substrato penetra na resina dissolvendo os nutrientes do interior, os quais vão sendo liberados à planta de forma gradual. Essa liberação é diretamente proporcional à temperatura e umidade do substrato. Normalmente, a fase de previveiro tem sido conduzida por período de aproximadamente três meses, contudo, quanto maior seu tempo (e menor o de viveiro), menor o custo final de produção da muda. Entretanto, o período de previveiro não pode ser grande o suficiente para prejudicar a formação da muda final. Assim, a determinação do tempo ideal de condução da muda nesta fase é fundamental para se obter maior sucesso na formação da mudas. Este trabalho teve como objetivos verificar o efeito da adição de doses crescentes de Osmocote, durante a fase de previveiro, no crescimento de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos. Material e Métodos Este trabalho foi conduzido em viveiro sob sombrite (5%) pertencente à Embrapa Amazônia Ocidental, situado no km 9 da Rodovia AM 1, em Manaus, utilizando o FLL Osmocote, formulação 15-9-1 + Mg: 1%, S:,3%, B:,%, Cu:,5%, Fe: 1%, Mn:,6%, Mo: (1) Pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Rodovia AM 1, km 9, CP 319, CEP 691-97, Manaus, AM, Tel:+55 9 333-78, Fax: +55 9 333-78. E-mail: paulo.teixeira@cpaa.embrapa.br () Estudantes de Ciências Biológicas da Uninorte e bolsistas FAPEAM de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental. (3) Pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, Rodovia AM 1, km 9, CP 319, CEP 691-97, Manaus, AM, Tel:+55 9 333-78, Fax: +55 9 333-78 (4) Bióloga, Doutoranda do PPG em Agronomia Tropical, da Universidade Federal do Amazonas. Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3, Campus Universitário, Reitoria, Bairro Coroado I, Manaus, AM, CEP 6977- Apoio financeiro: FAPEAM e Escritório de Negócios da Amazônia/Embrapa Transferência de Tecnologia.

,%, Zn:,5%, com período de liberação total dos nutrientes de aproximadamente seis meses. O experimento foi constituído de um fatorial 6 x 6, sendo seis doses do FLL (, 1, 3, 5, 8 e 1 kg m -3 de substrato) e seis tempos de avaliação no previveiro (,, 3, 4, 5 e 6 meses). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e uma planta por tubete. Sementes pregerminadas de dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq. - híbrido comercial Tenera) foram colocadas em tubetes plásticos de 1 cm 3 contendo o substrato comercial e condicionador de solo farelado Germina Plant (para horta, com 1% de capacidade de retenção de água) com os devidos tratamentos. Os tubetes foram colocados em bandejas plásticas com capacidade de 54 tubetes, com 1% de ocupação. As mudas permaneceram na fase de previveiro sob sombrite por,, 3, 4, 5 e 6 meses. Neste período, nenhuma adubação adicional foi feita. Sempre que necessárias, foram feitas a limpeza manual das plantas invasoras e a irrigação das mudas. Em cada tempo de amostragem, foram feitas as medições da altura e do diâmetro do coleto das mudas com o auxílio de uma régua milimetrada e de um paquímetro digital, respectivamente. A seguir, as mudas foram cortadas e o material vegetal colhido foi separado em parte aérea e raízes. As raízes foram separadas do substrato mediante lavagem com água corrente, utilizando peneira de,5 mm de malha e, a seguir, passadas em água destilada. O material vegetal colhido foi acondicionado em sacos de papel e colocado em estufa de circulação forçada a 65 C por 7 h e pesado. O processamento das amostras seguiu metodologia descrita por Malavolta et al. [5]. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e de regressão (Superfícies de resposta). Resultados Os dados referentes ao crescimento em altura e em diâmetro e produção de matéria seca de mudas de dendezeiro com a aplicação de diferentes doses de Osmocote e diferentes tempos de previveiro estão apresentados na Tabela 1. Verificou-se que houve efeito significativo para doses de Osmocote, tempos de previveiro e para a interação doses x tempos para todas as variáveis analisadas (Tabela ). De maneira geral, para todos os tempos de avaliação, a aplicação de Osmocote aumentou de forma quadrática o crescimento em altura e em diâmetro e a produção de matéria seca das mudas de dendezeiro (Tabelas 1 e 3; Figura ). Para cada época avaliada após o plantio, a aplicação de FLL proporcionou incrementos consideráveis no crescimento em altura e na produção de matéria seca em relação aos tratamentos com ausência deste fertilizante (Figura ). A altura das mudas máxima estimada aos três e quatro meses após o plantio foi obtida com a aplicação de 11,6 e 1,6 kg de Osmocote m -3 de substrato, respectivamente. Aos quatro e cinco meses após o plantio, as doses aplicadas não foram suficientes para se atingir a altura máxima estimada. Verificou-se, também, que os maiores efeitos da aplicação das maiores doses de Osmocote foram mais pronunciados aos quatro e cinco meses após o plantio (Figura ). Discussão Rodrigues et al. [6] verificaram que os teores de nutrientes de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes foram bastante afetados pela aplicação de fertilizantes de liberação lenta (FLL), principalmente para N e K, na parte aérea, e para K nas raízes, o que pode ter proporcionado aumento do crescimento. Os resultados encontrados estão de acordo com os encontrados por estes autores, que mostram que a adição de fertilizantes ao substrato foi fundamental para a formação de mudas em tubetes plásticos durante a fase de previveiro. Segundo Reddle et al. [7], a localização dos FLL na zona radicular permite às mudas imediato e contínuo acesso aos nutrientes e, como consequência, proporciona maiores taxas de crescimento. Aos dois e três meses após o plantio, o efeito da aplicação dos fertilizantes na produção de matéria seca foi pequeno ou nulo. Até este período, parte das necessidades nutricionais das mudas é suprida pelas reservas das sementes. A partir deste período, aumenta a dependência da aplicação adicional de fertilizantes para manutenção e, ou aumento do crescimento das mudas. Assim, quanto maior o tempo de permanência das mudas no previveiro sem adubação adicional, maior deve ser a dose inicial do FLL. Conclusões A aplicação de doses crescentes de Osmocote influenciou positivamente e de forma quadrática o crescimento das mudas de dendezeiro e os efeitos foram mais pronunciados a partir dos três meses de idade. Agradecimentos À FAPEAM e ao Escritório de Negócios da Amazônia/ Embrapa Transferência de tecnologia, pelo apoio financeiro. Referências [1] HOLCOMB, E.J. 1979. Cost and efficiency of slow release fertilizer. Pensylvania Flower Growers Bulletin, 316: 9-1. [] HUETT, D.O. 1997. Fertilizer use efficiency by containerised nursery plants:. Nutrient leaching. Australian Journal of Agricultural Research, 48: 51-58. [3] AMANS, E.B. & SLANGEN, J.H.G. 1994. The effect of controlled-release fertilizer Osmocote on growth, yield and composition of onion plants. Nutrient Cycling in Agroecosystems, 37(): 79-84. [4] CABRERA, R.I. 1997. Comparative evaluation of nitrogen release patterns from controlled-release

fertilizers by nitrogen leaching analysis. Hort. Science, 3(4): 589-66. [5] MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. 1997. Avaliação do estado nutricional das plantas: Princípios e aplicações. Piracicaba, Potafós. 34p. [6] RODRIGUES, H.S.; TEIXEIRA, P.C.; ROCHA, R.N.C.; CUNHA, R.N.V. & LOPES, R. 6. Influência do espaçamento na bandeja pelos tubetes e da aplicação de fertilizantes de liberação lenta, durante a fase de pré-viveiro, no crescimento, na partição de matéria seca e na nutrição de mudas de dendezeiro. Manaus, Embrapa Amazônia Ocidental, (Relatório de Pesquisa) [7] REDDLE, P.; WEBB, M.J.; POA, D. & AIHUNA, D. 1999. Incorporation of slowrelease fertilisers into nursery media. New Forests, 18(3): 77-87.

Tabela 1. Altura, diâmetro do coleto e matéria seca da parte aérea (MSPA), das raízes (MSR) e total (MST) de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos 1/ com diferentes doses de Osmocote e tempos de previveiro Tempo Dose de Osmocote (kg m -3 de substrato) meses 1,5 5 8 1 Altura (cm) 1,44 13,19 14,4 14,95 16,65 16,51 3 14,66 17, 18,39 19,31,11 1,91 4 16,6 19,96 1,3 6,75 8,66 31,91 5 17,45,11 3,7 9,44 35,76 37,9 6 18,34 4,67 8,3 3,43 36, 44,65 Diâmetro (mm) 4,8 4,84 5,33 5,3 5,56 5,79 3 5,31 6,11 6,41 6,94 7,35 7,84 4 5,8 6,35 7,39 8,88 9,56 1,15 5 6,48 7,8 8,66 8,69 1,38 11,9 6 11,35 1,5 13,4 14,49 15,59 17,39 MSPA (g planta -1 ),7,33,34,33,5,45 3,38,5,64,7,89,91 4,55,8,89 1,35 1,7 1,98 5,78 1,3 1,36 1,97 3,8 3,44 6,87 1,5,8,96 4,13 5,91 MSR (g planta -1 ),18,19,18,16,19,18 3,7,35,37,35,35,3 4,49,58,6,68,71,7 5,63,78,73,91 1,9 1,17 6,6,96 1,13 1,43 1,65, MST (g planta -1 ),45,5,5,49,69,64 3,66,87 1,1 1,6 1,4 1,1 4 1,3 1,38 1,51,3,41,67 5 1,41,1,9,88 4,37 4,61 6 1,5,46 3,1 4,38 5,78 7,93 1/ Tubetes plásticos de 1 cm 3 contendo substrato comercial Germina Plant Tabela. Resumo da análise de variância para altura, diâmetro e matéria seca da parte aérea (MSPA), das raízes (MSR) e total (MST) de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos com diferentes doses de Osmocote e tempos de previveiro FV GL Quadrado Médio Altura Diâmetro MSPA MSR MST Bloco 3 88,15417** 1,5441** 1,8635**, 6445** 1,46435** Tempo (T) 5 975,836** 515,693** 8,4867** 5,7875** 937,866** Dose (D) 5 51,693** 34,531** 9,3611**,45979** 6,387** T x D 5 55,8869** 3,489771**,14979**,17356** 19,877** Resíduo 15 3,351995,659518,1155341,1776,1843

Tabela 3. Equações de regressão relacionando altura (cm), diâmetro (mm) e matéria seca (g planta -1 ) da parte aérea (MSPA), de raízes (MSR) e total (MST) de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos em função da aplicação de doses de adubos de liberação lenta (D), em kg m -3 de substrato, e do tempo de previveiro (T), em meses Equações R Altura =,3 + 6,1983 x T,455674 x T +,458781 x D,56164 x D +,35411 x T x D,96 Diâmetro =,44 + 1,3678 x T +,49185 x T +,14153 x D,118551 x D +,8877 x T x D,91 MSPA =,36,335864 x T +,84337 x T,49773 x D,541 x D +,64674 x T x D,89 MSR =,9,57715 x T +,3843 x T -,6 x D,177 x D +,16411 x T x D,88 MST =,44,393579 x T +,11718 x T -,49799 x D,47189 x D +,8184 x T x D,89 Altura (cm) 45 4 35 3 5 15 1 5 (Plantio) Y = -,56x +,4587x +,3 (T=m) Y = -,56x + 1,167x + 1,67 (T=3m) Y = -,56x + 1,511x + 14,5 (T=4m) Y = -,56x + 1,875x + 17,46 (T=5) Y = -,56x +,93x + 19,48 (T=6) Y = -,56x +,5834x +,6 3 6 9 1 MSPA (g planta -1 ) 6 5 4 3 1 (Plantio) Y = -,5x -,498x +,36 (T=m) Y = -,5x +,796x +,3 (T=3m) Y = -,5x +,144x +,11 (T=4m) Y = -,5x +,89x +,37 (T=5m) Y = -,5x +,736x +,79 (T=6m) Y = -,5x +,338x + 1,38 3 6 9 1 Dose Basacote (kg m -3 substrato) Diâmetro (mm) 18 16 14 1 1 8 6 4 (Plantio) Y = -,119x +,14x +,44 (T=m) Y = -,119x +,83x + 3,37 (T=3m) Y = -,119x +,3684x + 4,99 (T=4m) Y = -,119x +,4564x + 6,7 (T=5m) Y = -,119x +,5445x + 8,51 (T=6m) Y = -,119x +,636x + 1,4 MSR (g planta -1 ),5 1,5 1,5 (Plantio) Y = -,x -,6x +,9 (T=m) Y = -,x +,38x +,11 (T=3m) Y = -,x +,49x +,1 (T=4m) Y = -,x +,656x +,38 (T=5m) Y = -,x +,8x +,6 (T=6m) Y = -,x +,984x +,93 3 6 9 1 3 6 9 1 x Plantio meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses Figura. Cortes nas superfícies de resposta para altura, diâmetro, matéria seca da parte aérea (MSPA) e de raízes (MSR) de mudas de dendezeiro produzidas em tubetes plásticos em diferentes tempos (em meses) após o plantio em função da aplicação de doses crescentes de Osmocote.