AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM NA REGIÃO DE LAVRAS - MG

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM NA REGIÃO DE LAVRAS - MG RESUMO - O presente trabalho foi realizado na safra agrícola 95/96 e teve por objetivo avaliar as características agronômicas e bromatológicas de 30 cultivares de milho (Zea mays L.) recomendadas para produção de silagem. O experimento foi conduzido no campus da UFLA (Universidade Federal de Lavras), adotando-se o delineamento experimental em blocos casualizados com 3 repetições. As plantas foram colhidas quando apresentavam seus grãos no estádio denominado farináceo duro, de acordo com o ciclo de cada cultivar e ensiladas para posterior determinação de suas características bromatológicas. As cultivares diferiram em relação à produção de matéria seca, sendo que a cultivar XL 380 obteve a maior produção e a cultivar C 901, a menor. Constataram-se diferenças significativas para a porcentagem de espigas na massa verde, sendo que esta variou de 44,29% a 34,33%. A cultivar C 901, embora tenha obtido a maior porcentagem de espigas na massa TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Milho, cultivares, silagem. WAGNER MATEUS COSTA MELO 1 RENZO GARCIA VON PINHO 2 MARIA LAENE MOREIRA DE CARVALHO 2 ÉDILA VILELA DE RESENDE VON PINHO 2 verde, foi a que apresentou a menor produção de matéria seca. Embora não tenha tido diferenças estatísticas para as porcentagens de fibra em detergente ácido, ocorreu uma variação de 33,83% (C 435) a 22,66% (C 855). Para a porcentagem de fibra em detergente neutro, também não foram constatadas diferenças estatísticas entre as cultivares, mas variou de 60,99% (AS 3466) a 43,45% (P 3041). Houve diferença em relação à digestibilidade da matéria seca, sendo que a cultivar Z 8392 obteve a maior porcentagem e a cultivar FO-01 obteve a menor, não havendo diferenças entre as demais cultivares. Destacaram-se com produção de matéria seca acima de 19 t/ha as cultivares: XL 380, Z 8501, BR 201, XL 660, XL 670, C 333 e C 435. Para a região de Lavras MG, a cultivar que se destacou para produção de silagem foi a Z 8501, por apresentar alta produção de matéria seca, além de alta digestibilidade, bom teor de proteína e baixos teores de F.D.N. e F.D.A. EVALUATION OF CULTIVARS OF CORN FOR SILAGE PRODUCTION IN THE REGION OF LAVRAS - MG ABSTRACT This work was done in the 1995/1996 season and aimed to evaluate the agronomical and bromathological characteristics of 30 corn (Zea mays L.) cultivars suitable for silage prodution. The experiment was conducted on the UFLA (Universidade Federal de Lavras) adopting a randomized block experimental design with three replications. The plants were harvested when their grains were at the tough meal stage of each cultivar and ensiled for further assessment of their bromathological characteristics. The cultivars differed with regardi to dry matter yield, cultivar XL 380 had the highest yield and cultivar C 901 the lowest yield. Statistical differences for percentage of ear in the fresh weight were found, ranging from 44.29% to 34.33%. Cultivar C 901, had the highest percentage of ears in the green mass, but INDEX TERMS: Corn, cultivar, silage produced the lowest dry matter yield. There was a variation from 33,83 % (C 435) to 22,66% (C 855) percentage of acid detergent fiber (ADF) in but this was not statisticalls significant. Statisticalls significant were found among cultivars for neutral detergent fiber (NDF), but it ranged from 60.99% (AS 3466) to 43.45% (P 3041). There were differences with regard to digestibility of dry matter; cultivar Z 8392 had the highest percentage and the cultivar FO- 01 had the lowest percentage. Cultivars XL 380, Z 8501, BR 201, XL 660, XL 670, C 333 and C 435 stood out with dry matter yield above 19 ton/ha. In the region of Lavras - MG, the best cultivar for silage production was Z 8501, with high dry matter yield, high digestibility, good protein content and low contents of A.D.F and N.D.F. 1. Eng. Agr. Estudante de Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas. Departamento de Biologia/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS( UFLA) Caixa Postal 37-37200.000 - Lavras - MG. 2. Professores do Departamento de Agricultura/ UFLA

32 INTRODUÇÃO Dentre as técnicas agropecuárias, o uso da silagem tem sido apontado como instrumento auxiliar na manutenção da produção animal, principalmente durante o período de entressafra, com a escassez de alimento para o gado. O milho possui um papel de destaque entre as plantas forrageiras por apresentar alto rendimento de massa verde por hectare, além de boas qualidades nutricionais para o gado, possibilitando boas produções e alto valor nutritivo de silagem. A região Sul de Minas Gerais caracteriza-se por ser uma bacia leiteira, onde a produção de milho destina-se principalmente à produção de silagem. O uso de cultivares modernas de milho mais produtivas e adaptadas às condições locais, tem sido apontado como responsável pelos maiores ganhos obtidos em produtividade. A escolha do híbrido de milho para a produção de silagem tem, por objetivo, a obtenção de um produto economicamente viável e de alta qualidade. Características como, alta relação grãos/massa verde, manejo adequado da adubação e época de corte, propiciam maior produção de matéria seca e maior produção de grãos, implicando numa silagem nutricionalmente mais rica, digestível e com menor teor de fibra. Na escolha de um híbrido de milho para produção de silagem, esse deve apresentar alta porcentagem de grãos e, por conseguinte, de espigas na massa verde (Nussio, 1990 e Santos, 1995). Além desse parâmetro, devem ser consideradas na avaliação do valor nutritivo da silagem a porcentagem de proteína, de fibra e a digestibilidade da matéria seca. Embora as cultivares de milho possuam contribuição única e atributos que as habilitam a atingir altas produtividades e alta qualidade, a produção final não depende exclusivamente das cultivares, mas de uma interação entre genótipo x ambiente. Desta forma, foi realizado o presente trabalho com o objetivo de avaliar as características agronômicas e bromatológicas de 30 cultivares de milho recomendadas para produção de silagem, na região de Lavras-MG, visando à posterior recomendação a produtores e extensionistas. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado em 22 de novembro de 1995 no campus da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em solo classificado como Latossolo Vermelho-Escuro, com declividade de 10%, em condições de sequeiro. Os dados de precipitação e temperatura durante a condução do experimento estão apresentados na figura 1 e 2. FIGURA 1 - Dados de precipitação média por decêndio durante a realização do experimento.

33 FIGURA 2 - Dados de temperatura média por decêndio durante a realização do experimento. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com 3 repetições. Foi avaliado o comportamento de 30 cultivares de milho recomendadas para produção de silagem e comercializadas na região (Quadro 1). Cada tratamento correspondeu a uma cultivar e cada parcela foi composta por 4 fileiras de 7 metros, sendo as 2 fileiras centrais consideradas como área útil. Utilizou o espaçamento de 0,80 m entre fileiras, e a densidade de semeadura, após o desbaste, foi de 55.000 plantas/ha. A adubação de semeadura foi feita de acordo com a análise química do solo, aplicando-se 24 Kg de N, 84 Kg de P 2 O 5 e 48 Kg de K 2 O, por hectare. Realizaram-se também duas adubações de cobertura, sendo a primeira 30 dias após a emergência, com a aplicação de 60 Kg de N e 60 Kg de K 2 0 por hectare, e a segunda aos 45 dias após emergência, com a aplicação de 60Kg de N por hectare. A colheita foi efetuada em várias épocas, de acordo com o ciclo de cada cultivar, quando os grãos estavam no ponto denominado farináceo duro, aproximadamente aos 110 dias após a emergência. Foram avaliadas as seguintes características agronômicas (EMBRAPA, 1995): número de plantas quebradas e acamadas, altura da planta e altura de inserção da espiga, estande final, produção de massa verde (t/ha), produção de matéria seca (t/ha), produção de espigas e porcentagem de espigas na massa verde. Para a determinação da porcentagem de espigas na massa verde, determinou-se inicialmente o peso total da massa verde (peso total das plantas) por parcela. Posteriormente, as espigas da parcela foram pesadas e, então, determinada a porcentagem de espigas na massa verde. Foram avaliadas também as seguintes características bromatológicas: percentagem de matéria seca (AACC, 1976), percentagem de proteína bruta (AOAC, 1975), percentagem de fibra em detergente ácido e fibra em detergente neutro (Van de Kamer e Vanginkel, 1952), percentagem de digestibilidade da matéria seca (Tilley e Terry, 1963) e ph. A análise estatística foi realizada utilizando-se o software MSTATC, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. RESULTADOS E DISCUSSÂO No experimento, não constatou-se diferença significativa entre as cultivares em relação à altura de planta e altura de inserção de espiga, embora tenha ocorrido uma variação de 2,53m (XL 670) a 1,82m (P 3027) e 1,56m (Al 25) a 1,06m (C 701), respectivamente, para altura de planta e altura de inserção de espiga (Quadro 2). A porcentagem de plantas acamadas e quebradas foi praticamente nula.

34 QUADRO 1 - Características (base genética e tipo de grão) das cultivares de milho avaliadas para produção de silagem, UFLA, Lavras MG, 1998. Cultivares Base Genética Tipo de Grão BR 106 V DT/A BR 205 HD DT/AL BR 201 HD SDT/AL BR 3123 HT SD/AL AS 3466 HT D/AL AS 32 HD D/AL C 701 HD SD/AL C 808 HT SD/AL C 805 HT SD/AL C 901 HS SDT/A C 806 HT SD/AL C 435 HD SD/AL C 333 HSm SD/AL C 909 HS SD/A C 855 HT SDT/A Z 8501 HT SD/AL Z 8392 HS SD/AL P 3027 HT D/AL P 3071 HT D/AL P 3041 HT D/AL AG 519 HD SDT/A AG 1051 HD D/A XL 380 HT SD/AL XL 370 HT SD/A XL 678 HD D/AL XL 660 HD SD/AL XL 670 HD SD/B AL 25 V SD/AL AL 34 V SD/AL FO-O1 HT D/A V (Variedade), HS (Híbrido Simples) DT (Dentado), D (Duro) B (Branco)

35 HD (Híbrido Duplo), HT (Híbrido Triplo) SDT (Semidentado), SD (Semiduro) HSm (Híbrido Simples modificado) A (Amarelo), AL (Alaranjado) QUADRO 2 - Resultados obtidos na avaliação das características de altura de planta e altura de inserção de espiga de 30 cultivares de milho para produção de silagem, UFLA, Lavras - MG, 1998. Cultivares Altura de plantas (m) Altura de inserção de espiga (m) XL 670 2,53 1,50 AL 25 2,49 1,56 AL 34 2,35 1,36 AG 519 2,34 1,46 C 909 2,32 1,10 FO-01 2,24 1,40 BR 205 2,24 1,33 C 808 2,23 1,27 AS 32 2,22 1,10 C 806 2,19 1,10 C 805 2,18 1,10 XL 660 2,17 1,30 XL 370 2,15 1,32 XK 678 2,15 1,28 P 8501 2,14 1,29 AG 1051 2,13 1,36 P 8392 2,13 1,10 C 701 2,13 1,06 AS 3466 2,12 1,10 C 435 2,12 1,21 BR 201 2,11 1,24 C 333 2,10 1,10 BR 106 2,10 1,26 C 855 2,10 1,18 BR 3123 2,05 1,23 P 3041 2,04 1,11 XL 380 2,02 1,18 P 3071 1,92 1,10 C 901 1,91 1,08 P 3027 1,82 1,17 Média 2,16 1,23 C.V. (%) 9,88 8,56 D.M.S. 0,68 0,34

36 D.M.S.: Diferença Mínima Significativa QUADRO 3 - Resultados obtidos na avaliação das características agronômicas (matéria seca e % de espiga na massa verde) de 30 cultivares de milho para produção de silagem, UFLA Lavras - MG, 1998. Cultivares Matéria Seca (t/ha) % de espiga na massa verde XL 380 20,59 a 34,91 bc Z 8501 20,00 ab 38,21 abc BR 201 19,56 ab 36,05 bc XL 660 19,38 ab 36,95 abc XL 670 19,36 ab 38,66 abc C 333 19,17 ab 40,15 abc C 435 19,06 ab 36,73 bc BR 3123 18,93 ab 40,10 abc BR 205 18,84 ab 39,27 abc XL 678 18,43 ab 38,08 abc XL 370 18,36 ab 36,95 abc P 3027 18,34 ab 38,76 abc AL 34 18,15 ab 36,56 bc AL 25 18,04 ab 37,67 abc AG 1051 17,85 ab 41,23 abc C 855 17,59 ab 38,97 abc Z 8392 17,40 ab 34,33 c AG 519 17,36 ab 42,03 ab C 806 17,14 ab 38,76 abc C 805 17,04 ab 35,33 bc P 3071 17,02 ab 40,08 abc C 909 16,91 ab 42,02 ab C 808 16,87 ab 39,05 abc P 3041 16,25 ab 40,46 abc C 701 16,09 ab 36,12 bc AS 32 16,04 ab 40,79 abc BR 106 15,94 ab 38,28 abc FO-01 15,55 ab 34,68 bc AS 3466 14,89 ab 36,94 abc C 901 12,49 b 44,29 a Média 17,62 38,41 C.V. (%) 13,54 5,84 D.M.S. 7,7 7,24

37 Médias seguidas de letras iguais, na coluna, não diferem estatisticamente (Tukey 5%). D.M.S.: Diferença Mínima Significativa. Constataram-se diferenças significativas para a produção de matéria seca (t/ha), sendo que a cultivar XL 380 (20,59 t/ha) obteve a maior produção, e a cultivar C 901 (12,49 t/ha) obteve a menor (Quadro 3).Esses resultados foram superiores aos obtidos por Henrique et al (1994), que estudaram o comportamento de trêshíbridos de milho ( CO-29, FO-01 e C-135), na região de São José do Rio Preto SP, e obtiveram produções de matéria seca variando de 8,5 t/ha a 14 t/ha. Embora a cultivar C 901 tenha obtido a menor produção de matéria seca, ela apresentou a maior porcentagem de espigas na massa verde total (44,29 %), diferindo estatisticamente das cultivares Z 8392 (34,33 %), XL 380 (34,91%), BR 201 (36,05 %), C 435 (36,73 %), AL 34 (36,56 %), C 805 (35,33 %), C 701 (36,12 %) e FO-O1 (34,68 %), as quais tiveram as menores porcentagens de espigas na massa verde. Outras cultivares que também se destacaram com altas porcentagens de espigas na massa verde, acima de 40%, foram as cultivares: P 3071, P 3041, C 909, AG1051, AG 519, AS 32, C 333 e BR 3123 (Quadro 3). As variações observadas na porcentagem de espiga na massa verde se devem à constituição genética dos híbridos. Segundo Ferreira (1990), é desejável obter uma maior proporção de espigas no material a ser ensilado, pois esta contribui para uma melhor qualidade da forragem e, portanto, da silagem; porém, se houver uma alta proporção de palha e sabugo, estes podem reduzir o efeito da espiga na qualidade da silagem. Os dados obtidos no experimento foram semelhantes aos obtidos por Struik (1983) que, avaliando alguns híbridos, obteve uma variação de 39 a 41% de espigas na massa verde total da planta. Para a porcentagem de proteína na silagem, não ocorreram diferenças significativas entre as cultivares, apesar de ter ocorrido uma variação de 5,94% (BR 201) a 8,93% (Z 8501) (Quadro 4). Esses valores estão dentro do esperado, uma vez que, na silagem de milho, ocorre uma variação para a proteína, normalmente entre 6 e 9%. Os valores encontrados são semelhantes aos obtidos por Jones et al. (1970), que testaram o valor nutritivo da silagem de trinta híbridos de milho, encontrando variações nos teores de proteína de 4,35% a 9,01%. Por outro lado, estes valores foram menores que os encontrados por Johnson, Monson e Petligrew (1985), os quais obtiveram variações de 8,2 a 14,2%. Os resultados obtidos na avaliação da digestibilidade da matéria seca mostraram diferenças significativas entre as cultivares; a cultivar FO-01 (57,72%) apresentou a menor porcentagem de digestibilidade e a cultivar Z 8392 (73,72 %) apresentou a maior. As cultivares: Z 8392, Z 8501, BR 3123, Al 34, P 3071, XL 670, C 805 e C 855 apresentaram altas percentagens de digestibilidade, acima de 70%, (Quadro 4). A variação nos resultados obtidos para digestibilidade foi semelhante à obtida por Pereira (1991), que estudou o comportamento de 6 cultivares de milho na região de Lavras MG. Por outro lado, os resultados obtidos foram superiores aos encontrados por Johnson, Monson e Petligrew (1985), os quais obtiveram para os híbridos Funks G-4858 e Coker 77B, respectivamente 61,6 e 69,5%. Segundo Johnson, Monson e Petligrew (1985), o grão e, por conseguinte, a espiga, desde que não tenha muita palha e nem muito sabugo, apresentam alta digestibilidade da matéria seca, cerca de 85 a 89 %. Deste modo, quanto maior a porcentagem de espigas, maior a digestibilidade das plantas. Isso pode ser comprovado pelo comportamento do híbrido P 3071, que apresentou alta porcentagem de espigas na massa verde e também alta digestibilidade da matéria seca. Já a cultivar FO-01 apresentou baixa digestibilidade devido á baixa porcentagem de espigas na massa verde, além de alta porcentagem de fibra em detergente ácido. Por outro lado, a cultivar C 901, que apresentou a maior porcentagem de espigas na massa verde total, mostrou apenas 66,42 % na digestibilidade da matéria seca, e a cultivar Z 8392, que mostrou a menor porcentagem de espigas na matéria seca, mostrou a maior porcentagem de digestibilidade. Para a cultura do milho, é recomendado que a fibra em detergente ácido (F.D.A.), que indica a quantidade de fibra que não é digestível, pois contém a maior proporção de lignina, seja menor que 30%, Silagem... (1993). Deste modo, quanto menor for este valor, melhor será a qualidade da silagem produzida. Neste experimento, não foram constatadas diferenças significativas entre as cultivares para o F.D.A., apesar de ter ocorrido uma variação de 33,83 % (C 435) a 22,66% (C 855) (Quadro 4). Esses resultados diferem dos obtidos por Silva et al. (1994), que estudaram o comportamento de 3 híbridos de milho ( C-501, Agroeste S-394, BR 201) e 2 variedades (BR 451 e Agroeste Azteca), na região de Correia Pinto/SC e observaram diferenças significativas entre elas, variando de 31,03% (Agroeste S-394) a 40,20% (Agroeste azteca).por outro lado, os valores obtidos no experimento são semelhantes aos obtidos por Almeida Filho (1996), que relatou variações entre as cultivares avaliadas de 31,84% a 27,60%. A fibra em detergente neutro (F.D.N.), indica a quantidade de fibra que há no volumoso. Quanto menor o seu valor, melhor será a silagem e maior será o consumo de matéria seca. Para silagens de milho, considera-se um bom nível de F.D.N. abaixo de 50%, Silagem... (1993). Os resultados obtidos no experimento não mostraram diferenças significativas entre as cultivares, embora tenha sido observado uma variação de

38 60,99% (AS 3466) a 43,45% (P 3041) (Quadro 4). Silva et al. (1994) obtiveram variações maiores entre as 73,13% (Azteca). Por outro lado, os resultados obtidos cultivares avaliadas, ou seja, de 66,95% (C 501) a QUADRO 4 - Resultados obtidos na avaliação das características bromatológicas (% de digestibilidade da matéria seca, % de proteína, % de F.D.N. e % de F.D.A.) de 30 cultivares de milho para produção de silagem, UFLA, Lavras-MG, 1998. Cultivares % Digestibilidade da matéria seca % de proteína % de fibra em detergente neutro % de fibra em detergente ácido Z 8392 73,72 a 7,56 52,89 29,16 P 3071 73,22 ab 7,53 60,48 24,78 Z 8501 70,82 ab 8,93 45,23 25,34 XL 670 70,82 ab 6,75 56,05 28,26 BR 3123 70,72 ab 7,87 59,85 26,23 AL 34 70,72 ab 7,23 52,25 29,44 C 805 70,12 ab 7,76 52,97 27,59 C 855 70,12 ab 8,13 53,13 22,66 C 909 69,62 ab 7,96 54,22 26,30 AL 25 69,52 ab 7,80 58,70 28,51 C 701 69,12 ab 7,87 51,18 27,47 XL 380 69,02 ab 7,48 58,12 28,65 P 3041 68,82 ab 7,43 43,45 28,19 XL 370 68,32 ab 8,70 50,36 29,17 AG 519 67,82 ab 7,68 58,10 29,72 AG 1051 66,92 ab 7,96 53,20 27,51 C 806 66,82 ab 7,68 45,90 29,12 XL 660 66,72 ab 8,41 57,85 27,25 C 901 66,42 ab 7,40 54,16 26,88 P 3027 64,62 ab 8,00 58,71 27,87 C 435 64,32 ab 8,41 56,20 33,83 C 333 64,02 ab 8,26 60,48 29,51 BR 106 63,82 ab 7,54 52,99 31,06 AS 32 63,62 ab 7,90 53,96 27,18 C 808 63,42 ab 8,29 55,29 27,45 BR 205 63,32 ab 7,95 48,05 26,00 AS 3466 61,72 ab 8,01 60,99 26,98 XL 678 59,92 ab 8,51 59,01 26,32 BR 201 59,12 ab 5,94 51,48 25,53 FO-01 57,72 b 8,09 54,86 29,88 Média 66,83 7,85 54,04 27,79 C.V. (%) 6,93 11,64 17,99 18,12 D.M.S. 14,94 3,01 31,37 16,25

39 Médias seguidas de letras iguais e médias sem letras, na coluna, não diferem estatisticamente (Tukey 5%). D.M.S.: Diferença Mínima Significativa. foram semelhantes aos de Almeida Filho (1996), que relatou uma variação entre as cultivares de 52,74% (P 3071) a 46,51% (AG 5011). Os valores de ph das silagens dos 30 híbridos avaliados variaram de 3,28 a 3,38, não diferindo estatisticamente. Para Ruiz (1990), as silagens sãoclassificadas como excelentes quando o ph é menor que 4,6. Portanto, levando-se em consideração apenas esse parâmetro, pode-se afirmar que as silagens produzidas por todos os híbridos avaliados podem ser consideradas de ótima qualidade. CONCLUSÕES a) Dentre os materiais avaliados, existem cultivares com alto potencial para produção de matéria seca, além de possibilitarem a produção de silagem de ótima qualidade. b) De modo geral, não houve consistência no relacionamento entre a porcentagem de digestibilidade da matéria seca e a porcentagem de espigas na massa verde total e nem entre a porcentagem de fibra (F.D.A. e F.D.N.) e a porcentagem de digestibilidade da matéria seca, evidenciando que essas relações dependem da cultivar utilizada. c) Entre os materiais avaliados, a cultivar Z 8501 apresentou bom desempenho para a produção de silagem, pois obteve alta produção de matéria seca, alta digestibilidade da matéria seca, bom teor de proteína, baixa porcentagem de fibra em detergente neutro e baixa porcentagem de fibra em detergente ácido. d) As cultivares XL 380, Z 8501, BR 201, XL 660, XL 670, C 333 e C 435, destacaram-se com altas produções de matéria seca. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA FILHO, S. L. de. Avaliação de cultivares de milho (Zea mays L.) para silagem. Viçosa: UFV, 1996. 53p. (Dissertação em Zootecnia). AMERICAN ASSOCIATION OF CEREAL CHEMISTS (AACC). Approved methods of the American Association of Cereal Chemists. 7 ed. St paul, 1976, 256p. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS(AACC). Official Methods of analysis of the Association of Official Analytical Chemists. 12 ed. Washington, 1975, 1094 p. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGOPECUÁ- RIA. Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo. Ensaio Nacional de Milho Precoce: resultados do ano agrícola 1994/95. Sete Lagoas, 1995. n.p. FERREIRA, J. J. Milho como forrageira: eficiência a ser conquistada pelo Brasil. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.14, n.164, p.44-46, 1990. HENRIQUE, A; PERES, R. M.; FILHO, J. L. V. C. ; JUSTO, C. L.; SIQUEIRA, P. A. Avaliação de três híbridos de milho (Zea mays L.) para produção de silagem. Anais da sociedade Brasileira de Zootecnia., Maringá, v.31, p.343, 1994. JOHNSON JR., J.C., MONSON, W.G., PETLIGREW, W.T. Variation in nutritive value of corn hybrids for silage. Nutrition Reports International,Washington, v.32, n.4, p.953-958, 1985. JONES, D. I. H. Laboratory studies on grass composition and quality of vacuum preserved silage. Journal Agriculture Science, Cambridge, v.6, n.3, p.522-526, July 1970. NUSSIO, L.G. A cultura do milho e sorgo para a produção de silagem. In: FANCELLI, A.L. (Coord). Milho. Piracicaba: FEALQ / ESALQ / USP, 1990. p.58-88. PEREIRA, J. E. Influência de cultivares e doses de nitrogênio no rendimento e qualidade de forragem para produção de silagem de milho(zea mays L). Lavras: ESAL, 1991. 80p.(Dissertação - Mestrado em Fitotecnia). RUIZ, E. M. Metodologias para investigaciones sobre conservación y utilización de ensilajes. In: INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERACIÓN PARA LA AGRICULTURA - IICA. Nutricion de ruminantes: guia metodológico de cooperación. San José, 1990. p.179-218. SANTOS, J.A. Silagem: custos reduzidos definem projeto de exploração leiteira e planilha. Balde Branco, São Paulo, v.31, n.367, p.18-23, maio 1995. SILAGEM de milho. Informativo Técnico Pioneer, Santa Cruz do Sul, v. 4, n. 6, p.9, maio/junho 1993. SILVA, A. W. L. da; ALMEIDA, M. L. de.; MAFRA, A. L.; EFETING, A. Avaliação de híbridos e variedades de milho (Zea mays L.) para ensilagem. III, características químico-bromatológicas da silagem. Anais da Sociedade Brasileira de Zootecnia., Maringá, v.31, p.357, 1994. STRUIK, P.C. Physiology of forage maize (Zea mays L.) in relation to its production and quality. Wageningen: Pudoc, 1983, 252p. Van DE KAMER, J. B e VANGINKEL, L. Rapid determination of crude fiber in cereals. Cereal Chemistry. St Paul, v.29, n.4, p 239-251, July, 1952.

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