Prescrição Intercorrente Artigo 921 do CPC/ Reconhecimento da Prescrição de Ofício pelo Juiz...6. Impedimento e Suspensão da Prescrição...

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SUMÁRIO Prescrição Intercorrente Artigo 921 do CPC/15...6 Reconhecimento da Prescrição de Ofício pelo Juiz...6 Impedimento e Suspensão da Prescrição...7 Interrupção da Prescrição (Zerar Cronômetro)...8 2 de 9

Meus amores, hoje minha DICA é sobre as principais diferenças entre Prescrição e Decadência! Confiram este resumo esquemático que fiz para vocês e divirtam-se! PRESCRIÇÃO arts. 189-206 do CC/02 Prazo prescricional 205/206 Contagem em anos. Direitos subjetivos (ações condenatórias/pretensões pessoais). Origem somente legal. DECADÊNCIA arts. 189-206 do CC/02 Demais prazos do CC/02 decadenciais. Contagem em dias, meses, ano e dia. Exemplos: arts. 178, 179, 501 e 1.649 do CC/02. Direitos potestativos (ações constitutivas positivas ou negativas). Exemplo: ação anulatória. Origem legal ou convencional. Superação da Súmula 494 do STF imprecisão terminológica art. 179 do CC/02; enunciado 368 da JDC. DA PRESCRIÇÃO Princípio da Segurança Jurídica Natureza jurídica: fato jurídico em sentido estrito (decurso do tempo provoca consequências jurídicas). Mas, afinal de contas, o que prescreve? A PRETENSÃO. Direito de ação constitucional é subjetivo, público, abstrato, incondicionado e imprescritível. Contagem Enunciado 14 da JDC. Início da contagem (termo a quo) violação do direito subjetivo/conhecimento da violação ou lesão ao direito subjetivo (Teoria da Actio Nata Viés objetivo Savigny). Sobreposição do viés subjetivo respeito à boa-fé e seus deveres anexos, bem como seus subprincípios. RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO MÉDICO. CONHECIMENTO DA LESÃO POSTERIORMENTE AO FATO LESIVO. PRESCRIÇÃO. TERMO A QUO. DATA DA CIÊNCIA. 1. Ignorando a parte que em seu corpo foram deixados instrumentos utilizados em procedimento cirúrgico, a lesão ao direito subjetivo é desconhecida e não há como a pretensão ser demandada em juízo. 2. O termo a quo do prazo prescricional é a data em que o lesado tomou conhecimento 3 de 9

da existência do corpo estranho deixado no seu abdome. 3. Recurso especial conhecido em parte e provido. (REsp 1020801/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 26/04/2011, DJe 03/05/2011) DIREITO CIVIL. DANO MORAL. MORTE. PRESCRIÇÃO. CONTAGEM DO PRAZO. DATA DO FALECIMENTO, NÃO DO ACIDENTE QUE O MOTIVOU. 1. Diferentemente do que ocorre em direito penal, que considera o momento do crime a data em que é praticada a ação ou omissão que lhe deu causa, no direito civil a prescrição é contada da data da violação do direito. 2. Na hipótese em que se discute dano moral decorrente do falecimento de ente querido, é a data do óbito o prazo inicial da contagem da prescrição, ainda que o acidente tenha ocorrido dias antes. Não é possível considerar que a pretensão a indenização em decorrência da morte nasça antes do evento que lhe deu causa. 3. Não é possível revisar, em sede de recurso especial, a interpretação dada pelo acórdão recorrida quanto a matéria fática. Enunciado 7 da Súmula/STJ. 4. Recurso especial improvido. (REsp 1318825/SE, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 13/11/2012, DJe 21/11/2012) RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. CIVIL E PRO- CESSUAL CIVIL. SEGURO DPVAT. TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO. CIÊNCIA INEQUÍVOCA DO CARÁTER PERMANENTE DA INVALIDEZ. NECESSIDADE DE LAUDO MÉDICO. 1. Para fins do art. 543-C do CPC: 1.1. O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca do caráter permanente da invalidez. 1.2. Exceto nos casos de invalidez permanente notória, a ciência inequívoca do caráter permanente da invalidez depende de laudo médico, sendo relativa a presunção de ciência. 2. Caso concreto: Inocorrência de prescrição, não obstante a apresentação de laudo elaborado quatro anos após o acidente. 3. RECURSO ESPECIAL DES- PROVIDO. (REsp 1388030/MG, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 11/06/2014, DJe 01/08/2014) Informativo 544 STJ RECURSO REPETITIVO. CDC Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 4 de 9

Código Civil Prescrição Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Súmula 149 do STF: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança Prazo Prescricional Geral. Art. 206. Prescreve: 1º Em um ano: I a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; II a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; III a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; IV a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo; V a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. 3º Em três anos: I a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; II a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; III a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; IV a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; V a pretensão de reparação civil; VI a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; VII a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento; c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação; VIII a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; IX a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório. 5 de 9

4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. 5º Em cinco anos: I a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; II a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; III a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. Parte Geral Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. (Aplica-se somente às exceções impróprias dependentes/não autônomas ENUNCIADO 415 DA JDC) Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. (só pode renunciar à prescrição aquele que se beneficia dela) Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. Artigo 194. REVOGADO Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. (sucessor causa mortis ou inter vivos) PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE ARTIGO 921 DO CPC/15 Ver Súmula 150 STF. Reconhecimento da prescrição de ofício pelo juiz Improcedência Liminar do pedido CPC/15 Artigo 332 1º: O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. Enunciado 295 e 581 da JDC Princípio da Autonomia Privada. 6 de 9

CPC/15 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. CPC/15 Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) II decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; (...) Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se. IMPEDIMENTO E SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO CC/02 Art. 197. Não corre a prescrição: I entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; (Enunciado 296 da JDC) II entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; (início da prescrição = 18 anos completados ou emancipação legal/convencional) III entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 198. Também não corre a prescrição: I contra os incapazes de que trata o art. 3º; (MENORES DE 16 ANOS) II contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; (ver Enunciado 156 da JDC) III contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: I pendendo condição suspensiva; (exemplo da Súmula 229 do STJ) II não estando vencido o prazo; (termo final) Súmula 503 do STJ O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula. Súmula 504 do STJ O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. 7 de 9

III pendendo ação de evicção. (ver artigos 447-457 do CC/02) Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. (STJ -Recurso Especial 1.180.237/MT) Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO (ZERAR CRONÔMETRO) CC/02 Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; (Enunciado 417 da JDC artigo 240 CPC/15) II por protesto, nas condições do inciso antecedente; (protesto judicial) III por protesto cambial; (superação da Súmula 153 do STF) IV pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; (habilitação de crédito promovida pelo credor) V por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. (Conduta do Devedor) Enunciado 416 JDC Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. (Caráter Personalíssimo do Ato Interruptivo) 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. 8 de 9

ATENÇÃO! Alguns autores, ao falar sobre a usucapião, preferem tratar pelo nome de PRESCRIÇÃO AQUISITIVA (aquisição de direito ou de uma pretensão pelo decurso do tempo)! Tal nomenclatura apresenta divergências doutrinárias, sendo certo que, no Brasil, a regra é associar a prescrição à ideia extintiva da pretensão, como já mencionado anteriormente. DA DECADÊNCIA Decadência Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. (Ver Recurso Especial 1.165.735/MG) Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. Código de Defesa do Consumidor Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. 2º Obstam a decadência: I a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; II (Vetado). III a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. 9 de 9