Noite No Cemitério. Jorge Miranda

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Transcrição:

Noite No Cemitério Jorge Miranda Belém, 2016

Dentro da Coxia. Amigos- Já ti falei que precisamos fazer uma coisa que nunca fizemos antes. Cinco amigos estão vindo de uma festa, aparenta ser 23:00h, quando passam em frente a um cemitério um dos amigos resolve parar, observar o lugar. Luís entra em cena e logo depois os demais. Luís Garavito- Já sei o que vamos fazer. Daniel Barbosa-Nem pensa nisso. Pedro Rodrigues- Saquei a tua ideia. Javed- Eu topo. Luís Garavito- Pensa que louco, a gente ia ter uma coisa a contar pra nossos filhos. Gary- Netos e bisnetos, apoio a ideia. Daniel Barbosa- Galera, não tem nada de interessante em se passar a noite num cemitério, eu não vejo isso uma coisa engraçada. Pedro Rodrigues- Se estas com medo Daniel, não precisa ficar com a gente, ninguém está lhe obrigando. Javed- Veja pelo lado bom Daniel. Não vamos incomodar o sono deles. Afinal já estão todos mortos. Daniel Barbosa- Acho isso uma falta de respeito, na moral, vamos quebrar um vidro de uma loja e tal ou tocar fogo num mendigo qualquer por ai. Luís Garavito- Isso sim já não tem mais graça, vamos fazer algo em que não envolva policia, meu pai já esta com saco cheio de toda vez ter que me tirar da prisão por qualquer coisinha dessa. Gary- E já estamos respondendo um processo pela morte dos cães,(pausa) quando tocamos fogo no canil ano passado. Pedro Rodrigues- Qual é tua ideia luís? Luís Garavito- Vamos passar a madrugada nesse cemitério, sem mexer em nada, só pra curtir essa brisa. Fumar uma erva, tomar um vinhozinho básico, de boas. Daniel Barbosa- Se for assim então eu topo, mas sem mexer em nada. Gary- Sem mexer. Todos se olham. Todos- Sem mexer. Os garotos de um por um começam a entrar no cemitério, observam tudo cautelosamente, até que escolhem um lugar para sentar, pegam a garrafa de vinho e logo depois acendem os cigarros. Daniel Barbosa- Ninguém vigia esse lugar não?

Gary- Pra quê? Ninguém vai fugir mesmo. Pedro Rodrigues- A morte é uma coisa louca né, daqui a alguns anos somos nos que estaremos aqui. Javed- Então vamos aproveitar, beber, transar, comer e fumar bastante, porque a gente nunca sabe a hora né. Daniel Barbosa- Não to bancando uma de mulherzinha não, mas esse ambiente me da náuseas, ou sei lá o que, não consigo explicar direito. Luís Garavito- Cara, é melhor tu parar, ta pegando mal essas tuas quebradas ai. Ouve-se um ruído. Daniel Barbosa- Caralho.( assustado) Javed - Eu ouvi. Luís Garavito- Relaxa, isso pode ser um gato ou um animal desses ai. Gary- Vamo deixar a coisa mais divertida, vamos contar uma historia de terror. Pedro Rodrigues- Eu tenho uma boa. Certa vez, um homem incomodado pelo fato de que as pessoas não lhe davam atenção foi andar num cemitério, pois ele pensou que lá pelo menos os mortos poderiam ouvi-lo sem reclamar. Ele escolheu um tumulo qualquer e pois se a falar, dizia que ninguém lhe ouvia mais, as pessoas fingiam que ele tinha morrido, que não tinha atenção nem de seus próprios filhos, nem de seus netos, voltava toda a tarde pra casa, encontrava todo mundo triste a chorar pelos cantos, perguntava o que era, mas ninguém lhe dizia, todo mundo fingia que ele era invisível, aquilo estava provocando uma dor imensa naquele homem, não tinha mais amigos, seus vizinhos não abriram mais as janelas para ele, era como se ele tivesse vivendo num mundo sozinho, o mais engraçado é que nem deixavam mais jantar para ele, o mingau que ele sempre tomava a noite, nem isso mais, era angustiante, mas ele estava decidido que na volta pra casa ia fazer um maior escândalo, ia gritar com todo mundo, não suportava mais aquilo, ninguém lhe dava bola, logo ele, um senhor de idade, ia perguntar porque ninguém estava falando com ele, quando havia tomado essa decisão, ele largou o tumulo em que estava e começou a andar pelo cemitério para sair do local e foi ai que algo mudou tudo. Daniel Barbosa- O que aconteceu? Pedro Rodrigues- No momento em que passava por um dos túmulos, ele percebeu algo que era muito comum a ele, o seu nome numa lapide, ele pensou que engraçado, esse sujeito tem o mesmo nome que o meu, e ainda por cima nasceu na mesma data que eu. Mas quando o velhote se aproximou da lapide, ele intendeu que aquilo não se tratava de uma coincidência, numa frase escrita logo abaixo dizia. " Sentiremos saudades do nosso pai, nosso irmão, nosso amigo" e o nome dos seus três filhos em baixo. Era, o tumulo era dele, agora tinha caído a ficha, ninguém falava com o velho por que ele estava morto, e só ele não percebia. Gary- Que droga cara, isso foi louco.

Javed - É disso que eu to falando, olha como eu tô, todo arrepiado. Luís Garavito- Vamos dar uma voltinha por ai. Daniel Barbosa- Ficou louco luís, nos falamos que não íamos mexer em nada. Luís Garavito- Porra cara não enche, vamos da só um balão, ver uns túmulos, catar uns ossos, olha só que maneiro, lembrança de minha visita ao cemitério. Daniel Barbosa- Eu vou me embora, chega dessa palhaçada de vocês. Daniel se afasta do grupo mas no momento em que tentar sair do cemitério, alguma força invisível lhe impede de continuar andando. Javed - Mas que merda é essa. Luís Garavito- O que você esta fazendo Daniel? Daniel Barbosa- Eu não consigo andar, parece que tem algo que me prende. Luís Garavito- Puxem ele rápido. O grupo se desloca até Daniel e o puxa, logo após todos verificam se conseguem passar pelo muro invisível, mas algo realmente os prende ali. Gary - Cara estamos presos aqui, na porra desse cemitério abandonado, é por isso que essa merda é abandonada. Som de órgão tocando ao fundo. Luís Garavito- Mas o que é isso. Pedro Rodrigues- Vamos ficar juntos. Daniel Barbosa- Que som é esse, de onde vem isso? Gary - Parece ser um órgão. Pedro Rodrigues - Mas não to vendo nada por perto. Daniel Barbosa- Estamos presos aqui, seu porra, a culpa é de vocês. Gary - Calma vamos ficar aqui e esperar amanhecer, ninguém prega o olho, vamos ficar juntos. Uma luz forte faz todos se abaixarem. Daniel Barbosa- Vocês viram isso? Pedro Rodrigues - Na moral, já deu isso pra mim. Pedro tenta sair pelo mesmo lado que Daniel e nessa tentativa uma mulher pula da coxia em direção dele e segura no seu pescoço e o enforca até a morte. Daniel Barbosa- Mas que merda. Todos gritam assustados, não acreditando, tudo fica escuro, mulher sai e leva o corpo de Pedro.

Gary - Que droga, que droga, que droga cara. Daniel Barbosa- Como vamos sair daqui agora? Luís Garavito- Pedro!, Pedro!, Mas que merda, que merda. Calma gente, vamos dar um jeitinho de sair daqui. Daniel Barbosa- Isso é insano cara. Javed - Não meus amigos, isso é bastante real. Luís Garavito- Pedro! Javed - Não adianta gritar, ele desapareceu, a porra da mulher o matou, não sei como e nem de onde de onde ela surgiu. Luís Garavito- Não javed, isso não pode ser real. Foi muita erva que nos fumamos, só pode. Daniel Barbosa- Eu não fumei e estou vendo tudo. O grupo continua andando pelo espaço uns juntos dos outros, todos olhando para os lados quando novamente tudo fica escuro. Luís Garavito- Tem algum filha da puta brincando com a gente. Gary - Nos vamos morrer. Daniel Barbosa- Eu não irei morrer na porra de um cemitério. Luís Garavito- Se controla Daniel, ninguém vai morrer mais. Um som ensurdecedor faz os amigos tamparem os ouvidos, quando alguém aparece com um facão e decola Gary, os amigos saem correndo e batem de frente com o muro invisível que os impede de sair do local, eles gritam desesperados, enquanto o corpo de Gary e levado pelo sujeito que o matou. Luís Garavito- Isso ta um pesadelo, na moral, parece que ninguém escuta a gente. Javed - Vamos ficar quietos. Daniel Barbosa- Essa ideia foi sua Luís. Daniel parte pra cima de Luís para golpeá-lo com um osso. Javed - Calma porra, temos que manter a calma Daniel. Luís Garavito- Ninguém mandou você vim, veadinho, medroso do caralho. Daniel Barbosa- Se essa maldita coisa não lhe mantar, eu juro cara, que eu mesmo acabo com sua vida. seu porco dos infernos. Luís Garavito- Você é um bunda mole isso sim. Javed - Ja disse pra parar com isso, temos que nos unir agora mais que tudo, perdemos dois amigos e não quero perder mais dois, que merda. Pedro e Gary foram cruelmente assassinados. Daniel Barbosa- Isso é insano. órgão volta a tocar.

Luís Garavito- O maldito órgão de novo. Daniel Barbosa- Eu não aguento mais isso, eu quero sair daqui, isso é um pesadelo só pode, quero minha casa. Javed - Calma Daniel, vamos ti tirar daqui, relaxa meu amigo, mesmo que eu não saia, você ira sair, eu ti prometo, relaxa, vamos da um jeito, mesmo que isso se pareça sobrenatural, mas vamos dar um jeito. Daniel Barbosa- Pedro, Gary, Pedro, Gary, cara eles morreram, nossos amigos morreram na nossa frente porra, não me peça pra ter calma, eu não quero me acalmar. Luis da um soco em Daniel e o derruba. Luís Garavito- Você só está atrapalhando Daniel, da pra manter essa boca fechada. Javed - Calma Luis, vamos acalmar os nervos, por favor. Daniel Barbosa- Que porra é aquela ali? Daniel aponta para uma menina que vem andando até eles de rosto serio com uma Tesoura. Javed - Deixem comigo, eu irei falar com ela. Luís Garavito- Cuidado cara, por favor. Daniel Barbosa- Vai não Javed. Javed - Vou da um basta nisso, eu vou nos tirar daqui. Javed se aproxima da menina que olhando friamente pra ele o entrega a tesoura, eles ficam se olhando por um alguns instantes e Javed envia a tesoura em seu coração, eles se ajoelha antes de cair seu por completo no chão. Daniel Barbosa- Não! Não! Não! Luís Garavito- Javed, Porque cara? Daniel e Luís olham atônitos para a cena enquanto a menina puxa o corpo de Javed e some na escuridão. Luís Garavito- Vamos morrer, tudo ta acabado. Daniel Barbosa- Isso é insano. Luís Garavito- Não Daniel, não é insano, é real, muito real. Daniel Barbosa- Não Luis, não é real. Você não é real. Luís Garavito- Do que você ta falando? Daniel Barbosa- Vocês so estão vivos na minha cabeça, alias, você apenas, já que foi o único que sobreviveu. Luís Garavito- Você enlouqueceu Daniel?

Daniel Barbosa- Vocês são todos criminosos, já morreram, eu mesmo matei todos, vocês só existem na minha cabeça, no auge da minha loucura. Nem mesmo esse cemitério existe. Luís Garavito- Isso é insano. Daniel Barbosa- Exatamente. Luís Garavito- Você nos matou. E agora nos mantem vivo dentro da sua mente. Isso não é real. Daniel Barbosa- Não, isso não é real, isso é insano. Luís senta ao lado de um tumulo. Luís Garavito- Porque parece tão real? Daniel Barbosa- É como um sonho, parece tão real, mas no fundo, lá no inconsciente você sabe que não é. Luís Garavito- E o que acontece nesse seu sonho comigo? Daniel Barbosa- Você morre como os outros. Luís simplesmente cai no chão põe sangue pela boca, novamente tudo escurece, no ambiente apenas fica Daniel que se balança para frente e para trás,(no teatro o diretor pode levar o publico a ver ele numa sala como um doente mental.) Daniel Barbosa- Isso é insano. (risos) Fim