DIREITO CIVIL. Prof. Cristano Chaves de Farias Promotor de Justça do Estado da Bahia Professor de Direito Civil do CERS (www.cers.com.

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DIREITO CIVIL

ESTÁCIO-CERS DIREITO CIVIL Prof. Cristano Chaves de Farias Promotor de Justça do Estado da Bahia Professor de Direito Civil do CERS (www.cers.com.br) Facebook: cristanochavesfarias Twiter: @cchavesfarias

ESTÁCIO-CERS A prescrição e a decadência correlacionadas aos direitos potestativos e subjetivos e aos tipos de ações.

Parte 1. O tempo e o Direito O passar do tempo como elemento de produção de efeitos jurídicos. Os efeitos do tempo nos diferentes campos do Direito: Penal, Civil, Processual... (o novo CPC e o art. 313: imediata suspensão) 1.2. O fenômeno extntvo e o fenômeno aquisitvo 1.3. A aplicação das regras da prescrição extntva à prescrição aquisitva (usucapião). Ex: interrupção e suspensão de prazos. A curiosa situação do USUCAPIÃO FAMILIAR (conjugal) CC 1.240-A.

Art. 1.240-A, CC: Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou excompanheiro que abandonou o lar, utlizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

Parte 2. A correlação entre a prescrição e a decadência e as diferentes origens dos Direitos (direito subjetvo e direito potestatvo). Conceituação dos direitos subjetvos e dos direitos potestatvos. Distnções e característcas de cada uma das categorias. Direitos subjetvos Conferem ao t tular a prerrogatva de exigir de alguém um comportamento Pretensão de exigir judicialmente o comportamento Direitos potestatvos Conferem ao t tular um poder de fazer produzir efeitos pela simples manifestação de vontade Não podem ser violados porque só dependem do ttular

Prescrição é a perda da pretensão de exigir de alguém (pessoa certa e determinada) um determinado comportamento (correlação com os direitos subjetvos patrimoniais e relatvos). Decadência é a perda de um direito que não foi exercido no tempo previsto na norma jurídica (correlação com os direitos potestatvos com prazos na norma). Superação do equívoco do CC/16 de que prescrição seria a perda do direito de ação. Art. 810, CPC: O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem infui no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.

Prescrição Perda de uma pretensão relatvos Parte 3. A prescrição e a sua estrutura. Decadência ou caducidade que não foi potestatvos com subjacente 3.1. Noções conceituais: exercido no tempo correlação prazo previsto para com os direitos previsto o seu exercício subjetivos patrimoniais e disponíveis. 3.2. Característcas Perda de um direito Direitos subjetvos patrimoniais e Direitos Interesse meramente partcular Interesse público Admissibilidade de renúncia à prescrição. Limites à renúncia: a) impossibilidade de prejuízo de credores; b) capacidade; c) inadmissibilidade de renúncia antecipada. Possibilidade de renúncia expressa ou tácita (judicial ou extrajudicial). Enunciado 295, Jornada: a possibilidade de reconhecer prescrição de ofcio não afeta a possibilidade de renúncia.

Art. 191, CC: A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. b. Prazos de ordem pública (impossibilidade de modifcação dos prazos prescricionais). A questão da acto nata e a contagem do início dos prazos. Enunciado 14, Jornada X STJ 278/229. O CDC 27. Art. 189, CC: Violado o direito, nasce para o ttular a pretensão, a qual se extngue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

Mário da Silva) STJ 229: O pedido do pagamento de indenização à seguradora suspende o prazo de prescrição até que o segurado tenha ciência da decisão. Art. 192, CC: Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. c. Alegação a qualquer tempo ou grau de jurisdição. A questão do efeito translatvo. Admitndo efeito translatvo nos recursos: STJ, AgRg no REsp 733.655/PR, Contra, inadmitndo efeito translatvo: STJ, AgRg nos EREsp 999.342/SP

d) Suspensão e interrupção prazal. Distnção entre suspensão e interrupção de prescrição. Causas suspensivas (não judiciais) e causas interruptvas (judiciais). Aplicação na união estável (Jornada 296). As exceções previstas no CC 202. A regra contra non valentem agere non currit praescripto (possibilidade de suspensão/interrupção da prescrição por caso fortuito ou força maior, quando o ttular não pode atuar, ex: AVC e coma).

CAUSAS SUSPENSIVAS DE PRESCRIÇÃO Art. 197, CC: Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 198, CC: Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3º; II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Art. 199, CC: Não corre igualmente a prescrição: I - pendendo condição suspensiva; II - não estando vencido o prazo; III - pendendo ação de evicção.

CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO Art. 202, CC: A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do Título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. A interrupção ocorre mesmo que a decisão extntva não aprecie o mérito da causa (TST 268 e STJ 106).

STJ 106: Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência. TST 268: A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.

A questão da retomada da contagem do prazo suspenso ou interrompido. Causas suspensivas Causas interruptvas judiciais Causas interruptvas não judiciais (protesto cambial e confssão de dívida) Retomada da contagem a partr da data em que cessar a causa que originou Retomada da contagem da prátca do últmo ato do processo (coisa julgada) Retomada da contagem a partr do dia seguinte à prátca do ato A prescrição da pretensão executva no mesmo prazo (STF 150). A matéria tratada no novo CPC e as regras do cumprimento de sentença.

STF 150: Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação.. A regra da interrupção única e a sua harmonização com o Direito Processual. A questão da excepcional admissibilidade da prescrição intercorrente (Lei de Execuções Fiscais, art. 40 e STJ, REsp.474.771/SP). Inaplicabilidade na Justça do Trabalho (TST 114).

TST 114: É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. Conhecimento de ofcio pelo juiz (CPC 219, 5º e novo CPC 487, II). Somente para direitos indisponíveis? A questão no novo CPC, art. 10 (proibição de decisões surpresa e violação da boa-fé objetva).

Exigência do STJ de prévia intmação das partes (STJ, REsp.1.005.209/RJ). Inadmissibilidade na Justça do Trabalho. CPC/73 219, 5º: 5º - O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. Novo CPC 487, II: Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II decidir, de ofcio ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; 3.4. Prescrição e exceção substancial (CC 190). A prescrição como espada e a exceção substancial como escudo.

CC 190: A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. 4. A decadência e a sua estrutura 4.1. Noções conceituais. Correlação com os direitos potestatvos. 4.2. Característcas a) Impossibilidade de renúncia b) Prazos de ordem pública. Impossibilidade de modifcação dos prazos decadenciais. c) Momento de alegação. A qualquer tempo ou grau de jurisdição. d) Impossibilidade de suspensão e interrupção. Exceções: CC 208 e CDC 26 e 27. e) Conhecimento de ofcio pelo juiz

4.3. Espécies de decadência no Código Civil de 2002 (a decadência legal e a convencional). Decadência convencional e a impossibilidade de conhecimento de ofcio e a possibilidade de renúncia. Não fuência do prazo de decadência legal enquanto pendente uma decadência convencional (CC 446). CC 211: Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. CC 446: Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.

Prescrição Decadência condenatória). Ações Possibilidade declaratórias: de renúncia imprescritíveis Impossibilidade de renúncia Ações Prazos constitutivas: de ordem prazos decadenciais, pública, Prazos quando previstos de ordem pública, Ações insuscetveis condenatórias: prazos alteração prescricionais pelas insuscetveis de alteração pelas partes partes, exceto quando se tratar de decadência convencional Alegação nas vias ordinárias Alegação nas vias ordinárias (qualquer grau de jurisdição), salvo (qualquer grau de jurisdição), salvo no caso de efeito translatvo no caso de efeito translatvo Admissibilidade de suspensão e de interrupção Possibilidade de conhecimento de ofcio pelo juiz Inadmissibilidade de suspensão e de interrupção (exceção: CC 208 e CDC 26 e 27), salvo quando se tratar de decadência convencional Obrigatoriedade de conhecimento de ofcio pelo juiz, exceto quando se tratar de decadência convencional

5. Prescrição e decadência e os diferentes tpos de ação (declaratória, consttutva e condenatória). Ações declaratórias: imprescritveis Ações consttutvas: prazos decadenciais, quando previstos Ações condenatórias: prazos prescricionais Ações meramente declaratórias Ações consttutvas Não se extnguem (sem decadência ou prescrição) Prazos decadenciais, se existrem. Não havendo prazo, não se extnguem Exs: investgação de paternidade (STF 150) e usucapião Exs: anulação de negócio jurídico (CC 178) e divórcio Ações condenatórias Prazos prescricionais Exs: cobrança, indenizatórias e execução de alimentos

CC 179: Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. CC 496: É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. CC 205: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

PRAZOS PRESCRICIONAIS (AÇÕES CONDENATÓRIAS) Prazo de 1 ano Prazo de 2 anos Prazo de 3 anos Prazo de 4 anos Prazo de 5 anos Prazo de 10 anos Ex: cobrança de seguro Ex: execução de alimentos Ex: ações indenizatórias, por danos morais ou materiais Ex: ações de prestações de contas contra tutor ou curador Ex: ações de cobrança, em geral Ex: ações de petção de herança ou de sonegados CC 745: Em caso de informação inexata ou falsa descrição no documento a que se refere o artigo antecedente, será o transportador indenizado pelo prejuízo que sofrer, devendo a ação respectiva ser ajuizada no prazo de cento e vinte dias, a contar daquele ato, sob pena de decadência.