Á G..D..G..A..D..U.. A.:R.:L.:S.: Fraternidade Universitária Luz do Oriente Nº3559 G.:O.:B.: / G.:O.:S.:P.: O PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ MAÇOM Nilton Davi Modolo / A..M.. Walter Augusto Alcântara Vieira / A.:M.: Fevereiro de 2011
O PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ MAÇOM O Painel do Grau de Aprendiz Maçom representa a consagração da Fraternidade Universal que é acima de tudo um dos ideais da maçonaria. Ele traz simbolicamente em sua estrutura todas as ferramentas de trabalho de um aprendiz e ambiente da sua oficina, buscando o melhoramento moral e intelectual, respeitando ao criador e as suas criações. Todos os elementos constitutivos do Painel do Grau de Aprendiz têm um complexo subjetivo e pode ser entendido conforme o adiantamento da percepção de quem o analisa. Dependendo do grau de adiantamento do observador, inúmeras serão as possibilidades de encontrar respostas e entendimentos, muitos serão os caminhos de se buscar a forma justa e perfeita, pois sabemos que a verdade é extremamente dinâmica. Por ser assim, O Painel Do Grau de Aprendiz é universal e atemporal, equivale dizer que ele nunca morrerá, pois as interpretações poderão e deverão mudar com o passar dos anos e da evolução de nossa sociedade e a leitura que se fez ou se faz, nas mais diversificadas épocas nunca morrerá em sua essência. ELEMENTOS DO PAINEL Formato do Painel: como no interior da Loja, é um quadrilongo, de comprimento do Oriente ao Ocidente e largura de Norte ao Sul. Orla dentada: representa o princípio da atração universal, simbolizado no Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos em torno do seu chefe; os filhos reunidos em volta dos seus pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja moral aprendem, para espalhá-los aos quatro cantos do mundo. Suas cores nos lembram o Pavimento Mosaico dos Templos, que simboliza o Bem e Mal inerentes à existência terrestre; Trevas e Luzes, mas é também o Corpo e o Espírito, unidos, mas não confundidos. Corda de nós: representa a união fraternal que deve existir entre todos os Maçons e suas borlas (extremidades) voltadas para o Ocidente representam a Justiça e a Prudência. Pedra bruta: o material no estado da natureza, até que, pela constância do trabalho do Obreiro, fique na forma devida, para poder entrar na construção do edifício. Ela representa o estado primitivo, áspero e despolido, e que nesse estado se conserva, até que, pelo cuidado de seus Pais e instrução dos Mestres, adquira
educação liberal e virtuosa, tornando-se um ente culto, capaz de fazer parte da sociedade civilizada. Pedra Polida: é o material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o Esquadro mostram estar talhada de acordo com as exigências da Arte. Representa o saber do homem no fim da vida, quando aplicou em atos de piedade e virtude, verificáveis pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da própria consciência esclarecida. Colunas B e J: as colunas de bronze que representam os pontos solsticiais, que se localizavam a entrada do Templo de Salomão. A coluna da direita, J, significa ele tornará estável, e a coluna da esquerda, B, nele há força. As duas palavras significam, portanto, Deus estabeleceu na força, solidamente, o templo e a religião de que Ele é o centro. Romãs com sementes expostas: representam as Lojas e Maçons espalhados pela superfície da Terra; suas sementes, intimamente unidas, nos lembram a Fraternidade e a União que devem existir entre os homens. Assim, é o símbolo da harmonia social, porque só com as sementes apoiadas umas às outras é que o fruto toma sua verdadeira forma. Três degraus: representa os três Graus Simbólicos da Maçonaria, caminho ao qual o iniciado deve percorrer para encontrar a perfeição. Lembra também em seu número a idade do Aprendiz Maçom. Pórtico: representa a entrada do templo do rei Salomão, símbolo da obra maçônica e é assim o umbral da luz, a porta de entrada para o caminho da perfeição e o conhecimento da verdade. Delta: é a quarta letra do alfabeto grego, representada por um triângulo eqüilátero, que representa uma figura perfeita e também e trindade divina. A letra hebraica Yod em seu centro significa a unidade perfeita, o G.:A.:D.:U.:. Esquadro e Compasso: O Esquadro é símbolo da retidão e da moralidade e também da igualdade e do direito, pois que conjuga, por sua forma, o Nível e o Prumo. Formado pela reunião da horizontal e da vertical, simboliza, ainda, o equilíbrio resultante da união do ativo e do passivo, que são as duas polaridades universais, uma de movimento e outra de inércia ou repouso. O Compasso genericamente simboliza a justiça e está associado a idéias de totalidade, de limites infinitos e de perfeição, é um instrumento para o uso dos Mestres. O Compasso, instrumento móvel, simboliza o espírito, e o Esquadro, instrumento fixo, a matéria. Nível: é o símbolo da igualdade, da igualdade fraterna, com que todos os Maçons se reconhecem. É a jóia do 1º Vigilante. Prumo: é o símbolo da pesquisa em profundidade do conhecimento e da verdade. Simboliza também o equilíbrio, a prudência e a retidão, de justiça, de procedimentos e de consciência, evitando qualquer desvio oblíquo. É a jóia do 2º Vigilante.
Maço: simboliza a vontade que existe em todos os Maçons e que precisa ser canalizada eficientemente para que não resulte em esforço inútil. É a energia, a contundência, a força e a decisão que se fazem necessárias para que o Aprendiz persevere em seu trabalho, não esmorecendo ao primeiro revés. Quando utilizado de forma desordenada, o maço pode se transformar em uma poderosa ferramenta de destruição, porém, seu uso disciplinado o faz um instrumento indispensável. Cinzel: simboliza a inteligência que o Maçom deve empreender para desbastar a Pedra Bruta. O Cinzel é um instrumento utilizado para trabalhos que exijam apuro e precisão, formado por uma haste de metal em que um de seus lados é perfuro-cortante e o outro apresenta uma cabeça chata, própria para receber o impacto de uma ferramenta contundente. Sol, Lua, Estrelas e Nuvens: estão presentes no painel e decoram o templo porque este simboliza o universo e aqueles astros iluminam a abóbada celeste. O Sol, e a Lua representam o antagonismo da natureza dia e noite, afirmação e negação, o claro e o escuro que, contraditoriamente, gera o equilíbrio, pela conciliação dos contrários. As diversas Estrelas distribuídas irregularmente no Painel do 1º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito simboliza a universalidade da Maçonaria e lembra que os Maçons, espalhados por todos os continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz de seus conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da verdade. As Nuvens são a manifestação visível do céu, porque elas formam-se no alto, praticamente do nada. Três Janelas: Representa o aparente caminho do Sol e as Três Luzes que representaram a procura da Verdade na Iniciação - Sinceridade, Coragem e Perseverança - representada pelas três viagens simbólicas e suas respectivas purificações pelo Ar, Água e Fogo. Também são conhecidas como as Três Janelas do Templo de Salomão, onde suas redes protegem o seu interior dos olhares dos profanos. Prancheta: representa o traçado objetivo de uma Loja Maçônica. É um retângulo sobre o qual são indicados os esquemas que constituem a chave do alfabeto maçônico. Em outras palavras, a Maçonaria chama, em seu simbolismo, o papel sobre o qual se escreve de Prancha de Traçar e substitui o verbo escrever pela expressão Traçar uma Prancha. Simboliza esta o local onde o Mestre estabelece seus planos e onde os aprendizes se exercitam, esboçando suas idéias, motivo pelo qual esse símbolo já figura no Painel do Grau de Aprendiz.
CONCLUSÃO A hipótese de um inconsciente coletivo pertence aquele tipo de conceito que a princípio o público estranha, mas logo dele se apropria, passando a usá-lo como uma representação corrente, tal como aconteceu com o conceito de inconsciente em geral, esta idéia filosófica do inconsciente é encontrada principalmente em C. G. CARUS e E. V. HARTMANN. O Aprendiz Maçom deve ter em mente que o seu trabalho no Mundo é o de transformação, tendo como ponto de partida a si mesmo. É um processo de reforma íntima, de reestruturação e revisão nos campos morais e intelectuais abrangendo suas ações no campo filantrópico e fraternal. Assim, nenhum outro elemento simbólico é melhor para lembrá-lo de tudo de uma só vez que o Painel do seu Grau, onde o Aprendiz Maçom recorda da sua Iniciação, o seu ponto de partida como Pedra Bruta, a Pedra Polida que é o seu objetivo, suas ferramentas e todos os outros elementos citados acima. Concluímos ao fim desta Peça de Arquitetura que com o sábio entendimento do Painel do Grau de Aprendiz, pode-se dar um grande passo inicial para o entendimento da simbologia do presente Grau e aumentar ainda mais o interesse de novas pesquisas mais aprofundadas tanto em alguns elementos de forma separada quanto em sua totalidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS > Ritual do Grau de Aprendiz-Maçom do R.:E.:A.:A.: - Editora Grande Oriente do Brasil São Paulo, 2009. > Manual de Dinâmica Ritualística do 1º Grau Aprendiz do R.:E.:A.:A.: > 2ª Instrução do Grau de Aprendiz Site da A.:R.:L.:S.: Fraternidade Universitária Luz do Oriente Nº3559: http://www.fraternidadeuniversitaria.com.br Retirado em Janeiro de 2011 > Painel do Aprendiz. Retirado do site da A.:R.:B.:L.:S.: João Racy Nº1385: http://www.joaoracy.com.br/textos/paineldoaprendizok.htm - Retirado em Janeiro de 2011 > O Painel do Grau de Aprendiz. Retirado do site Portal Maçónico: http://www.maconaria.net/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=18 4 Retirado em Janeiro de 2011 > O Quadro do Aprendiz. Retirado do site Sol Brilhando: http://www.solbrilhando.com.br/_maconaria/artigos/o_quadro_do_aprendiz.htm - Retirado em Janeiro de 2011