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Transcrição:

SUMÁRIO A POPULAC A O BRASILEIRA (PARTE 2) 3 A) CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 3 B) ESTRUTURA DA POPULAÇÃO 7 C) DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 10 D) QUESTÃO INDÍGENA 13 EXERCÍCIOS DE COMBATE 15 GABARITO 23 2

A POPULAC A O BRASILEIRA (PARTE 2): O CRESCIMENTO POPULACIONAL, A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO, A POLITICA DEMOGRÁFICA, A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, A QUESTÃO INDÍGENA. A) CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA O Brasil ocupa, atualmente, a quita posição no ranking dos países mais populosos do mundo graças ao constante crescimento populacional, sobretudo até por volta da década de 1960, observado em nosso país. Estamos atrás da China, da Índia, dos Estados Unidos e da Indonésia em peso demográfico no planeta Terra. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou a existência de 190,755,799 habitantes no Brasil. A compreensão de como se dá o comportamento demográfico, no sentido de entender o crescimento populacional, deve partir da análise de dois fatores: I. CRESCIMENTO VEGETATIVO II. PROCESSOS MIGRATÓRIOS O crescimento vegetativo é um cálculo realizado através da diferença das taxas de natalidade (total de pessoas que nascem em uma determinada sociedade) e de mortalidade (total de pessoas que morrem em uma determinada sociedade). Em nosso contexto, as taxas de natalidade sempre foram maiores que as taxas de mortalidade, indicando que nossa sociedade sempre cresceu ao longo da história; mas o que se deve prestar muita atenção é aos diferenciados ritmos de crescimento da população e os motivos que interferem nesse ritmo diferenciado. 3

Comparando as taxas de crescimento vegetativo, também conhecido como crescimento natural ou demográfico, aos fluxos migratórios, podemos indicar que o crescimento natural foi, e ainda é, o principal responsável pelo crescimento da população brasileira. Observe, abaixo, uma série histórica do crescimento demográfico brasileiro: BRASIL RECENSEAMENTOS ANO POPULAÇÃO 1872 9 930 478 1880 14 333 915 1900 17 438 434 1920 30 635 605 1940 41 165 289 1950 51 947 767 1960 70 070 457 1970 93 139 037 1980 119 002 706 1991 146 825 475 2000 169 799 170 2005* 184 184 264 Informações obtidas a partir de informações do IBGE. 4

O Brasil apresentou explosão demográfica sobretudo entre as décadas de 1940 e 1980, quando houve um queda vertiginosa das taxas de mortalidade; fato que acompanhou uma tendência mundial por conta da chamada revolução médico-sanitária. Entretanto, também de acordo com tendência atual da população mundial, estamos vivenciando uma redução do ritmo de crescimento da população aqui em nosso país. Isso não significa que a população está reduzindo, e não significa também que parou de crescer; apenas verifica-se uma redução do ritmo de crescimento por conta da gradual redução das taxas de fecundidade (média de filho por mulher ao longa da idade fértil). Os principais fatores que levam a redução gradual das taxas de fecundidade, que repercutem na redução das taxas de natalidade, são: I. ENTRADA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO II. AUMENTO DO CUSTO DE VIDA NAS CIDADES III. AUMENTO DO USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Partindo de estimativas prognosticadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil, em 2050, terá aproximadamente 259,8 milhões de pessoas, e a taxa de crescimento natural estará por volta de 0,24 pessoas por ano. 5

Mesmo com essa queda vertiginosa das taxas de crescimento populacional no Brasil, a redução populacional será um processo que não se dará rapidamente, uma vez que a expectativa de vida vem crescendo devido ao desenvolvimento tecnológico na área da medicina. Enfim, o que verificamos hoje, e fato que perdurará durante bom tempo, é o envelhecimento da população. 6

B) ESTRUTURA DA POPULAÇÃO A estrutura demográfica do Brasil pode ser analisada a partir de diferentes primas. Primeiramente, a estrutura da população por idade e sexo aponta para uma dinâmica diferenciada entre homens e mulheres nos diferentes estratos etários. A pirâmide etária é um gráfico que busca representar a classificação da população, indicando a quantidade de homens e mulheres por faixas etária. A análise de uma pirâmide etária deve passar pela compreensão das diferentes partes que fazem parte do gráfico. As três partes são: I. BASE = QUANTIDADE DE JOVENS INDICA COMO É O COMPORTAMENTO DAS TAXAS DE NATALIDADE; II. CORPO = QUANTIDADE DE ADULTOS, APTOS PARA ENTRAREM NO MERCADO DE TRABALHO; III. ÁPICE = NÚMERO DE IDOSOS, APONTANDO A EXPECTATIVA DE VIDA. 7

Nesse sentido, uma pirâmide com a base larga indica alta taxa de crescimento populacional, com taxas de fecundidade e natalidade expressivas. Vale lembrar que a base representa a quantidade de jovens no Brasil na faixa de idade que vai de 0 até 19 anos. O corpo, por sua vez, indica a quantidade de adultos que varia de 20 até 59 anos, correspondendo cerca de 51% de toda população. Quanto maior for o corpo de uma pirâmide, maior é a quantidade de pessoas que estão ou que podem ser inseridas no mercado de trabalho. O ápice da pirâmide corresponde às pessoas com idade superior a 59 anos, correspondendo a 9% da população. A base larga da pirâmide corresponde ao número de jovens de um país, são considerados jovens os indivíduos com faixa etária entre 0 e 19 anos, representando aproximadamente 40% da população brasileira. O corpo afunilado da pirâmide corresponde às pessoas com faixa etária entre 20 e 59 anos, representando cerca de 51% da população. O ápice da pirâmide corresponde às pessoas com idade superior a 59 anos, correspondendo a 9% da população. A estrutura etária da população brasileira vem sendo modificada em decorrência de fatores como: I. QUEDA DAS TAXAS DE MORTALIDADE E DE NATALIDADE II. ELEVAÇÃO DA EXPECTATIVA DE VIDA III. REDUÇÃO DO RITMO DE CRESCIMENTO 8

No tocante ao desenvolvimento econômico, devemos apontar que a população se encontra dividida em 3 setores da economia. Os 3 setores representam o total de população que se encontra inserida em atividades econômicas ou que está em busca de emprego, compondo da Pea (População Economicamente Ativa). Os setores são divididos da seguinte forma: Primário = atividade agropecuária e extrativismo (mineral e vegetal); Secundário = atividade industrial; Terciário = comércio e serviços. 9

C) DISTRIBUIÇÃO DE RENDA A noção de distribuição de renda busca apresentar o modo como a riqueza/receita de um país ou região se encontra distribuída entre sua população a partir dos diferentes ganhos salariais. No Brasil, a temática da distribuição de renda apresenta grande polêmica por conta da grande diferença de renda de nossa população. São grandes as discrepâncias entre diferentes grupos sociais e os períodos de crise econômica pela qual o Brasil passou, especialmente durante a década de 1980 acentuaram essas diferenças. Mesmo com a recente recuperação do salário mínimo acompanhada de maior geração de empregos formais (ou seja, com carteira assinada), possibilitando uma melhor distribuição da renda nacional, ainda há a necessidade de uma distribuição mais equitativa. A distribuição de renda é estudada por meio da distribuição do PIB nacional. 10

renda População Brasileira 11

O crescimento econômico é um requisito fundamental para a melhora da distribuição da renda do país, tendo como foco os trabalhadores. Mesmo observando os dados que apontam para um aumento do PIB brasileiro com aumento salarial médio, porém a desconcentração funcional da renda apresenta um nível muito baixo. 12

D) QUESTÃO INDÍGENA A primeira noção que temos que ter em mente ao tratar da questão indígena no Brasil é o fato de que os termos índios e indígenas são denominações que generalizam o real contexto em questão. Esses termos reduzem o significado e a expressividade cultural dos grupamentos Karajá, Suyá, Kamayurá e Xavante e são heranças de nosso passado colonial. Se realizarmos uma comparação entre a quantidade de índios presentes em nosso território desde o período das grandes navegações e do descobrimento, fica claro com o fato de que esses grupamentos foram praticamente dizimada. A primeira ocupação foi instituída através das sociedades indígenas que aqui habitavam, bem antes dos homens chamados civilizados chegarem. 13

Toda uma diversidade de línguas, mitos, costumes, formas de relação com natureza foi sendo sucumbida com a consolidação do capitalismo em nosso território, e os poucos grupos que restam atualmente são protegidos legalmente por meio das reservas indígenas. De acordo com essa variação, são reconhecidos 215 grupos indígenas distintos e com uma variedade de mais de 180 línguas. Atualmente, podemos diferencias os diferentes grupamentos indígenas segundo o grau de contato dos mesmo com a civilização branca. São considerados isolados os grupos que estabelecem raros contatos, muitas das vezes acidentais; são considerados integrados os que falam português ou trabalham nos centros urbanos; e ainda existem os grupamentos de contato intermitente, que apresentam contato permanente, de diversas formas, com os brancos. O principal impacto que todos os grupamentos indígenas sofrem é o avanço do processo de expropriação de terras por meios legais e ilegais (como no caso da grilagem). Essa expropriação vem dando origem à ocupação rural e urbana, levando ao contexto de conflitos com grande quantidade de índios mortos. Fato que é agravado com o avanço de doenças que são, de certo modo, desconhecida por eles, por se tratarem doenças comuns na áreas de ocupação da chamada civilização branca. 14

1. Analise a tabela a seguir e assinale a alternativa correta. DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO OCUPADA POR SETORES DE ATIVIDADE NO BRASIL (2007) SETOR PRIMÁRIO SETOR SECUNDÁRIO SETOR TERCIÁRIO 20,5% 21,4% 58,1% Distribuição da população brasileira por setores da economia COMÉRCIO: 17,8% SERVIÇOS: 40,3% O fenômeno econômico relacionado com o caráter concentrador das atividades econômicas da população brasileira é a: a) financeirização do mercado b) terciarização econômica c) regionalização produtiva d) informalidade comercial e) desemprego conjuntural 2. 15

O processo registrado no gráfico gerou a seguinte consequência demográfica: a) Decréscimo da população absoluta b) Redução do crescimento vegetativo c) Diminuição da proporção de adultos d) Expansão de políticas de controle da natalidade e) Aumento da renovação da população economicamente ativa 3. As características demográficas de um país são dinâmicas e alteram-se ao longo da história, segundo diferentes contextos socioeconômicos. Recentemente, o IBGE identificou algumas mudanças no perfil da população brasileira, entre as quais, a diminuição da população masculina em relação à feminina nas regiões metropolitanas e, por outro lado, o aumento da população masculina em relação à feminina em alguns estados das Regiões Norte e Centro-Oeste, além de um envelhecimento geral da população. Assinale a alternativa que melhor explique pelo menos uma dessas alterações. a) O envelhecimento da população explica-se pela baixa qualidade de vida de que dispõe o povo brasileiro, em média. b) Nas Regiões Norte e Centro-Oeste, as más condições de vida afetam principalmente mulheres e crianças, o que explica o aumento proporcional da população masculina. c) A violência nas regiões metropolitanas envolve mais a população masculina, o que ajuda a explicar a diminuição proporcional dessa população em relação à feminina nessas regiões. d) O aumento da população feminina nas regiões metropolitanas explica-se pelo êxodo rural, ou seja, a busca de trabalho nas frentes agrícolas pela população masculina. 4. Algumas regiões brasileiras apresentam elevada porcentagem de população ativa ligada ao setor primário. São atividades relacionadas: a) à indústria de tecidos e alimentares. b) à indústria automobilística e extrativismo. c) à indústria petrolífera e à agricultura. 16

d) ao comércio e a agricultura. e) à agricultura e à extração mineral. 5. Em termos populacionais, a população do Brasil é: a) irregularmente distribuída, predominando etnicamente o branco e etariamente o adulto; b) de elevado crescimento vegetativo, elevado nível cultural e com predominância étnica do negro; c) de alto crescimento vegetativo, com predominância dos mestiços e elevado consumo de energia; d) regularmente distribuída, predominando os brancos e em termos etários o jovem; e) de grande crescimento vegetativo, em termos etários jovem e com a predominância do branco. 6. A interface clima/sociedade pode ser considerada em termos de ajustamento à extensão e aos modos como as sociedades funcionam em uma relação harmônica com seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis às variações climáticas. A vulnerabilidade é a medida pela qual uma sociedade é suscetível de sofrer por causas climáticas. AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado). Considerando o tipo de relação entre ser humano e condição climática apresentado no texto, uma sociedade torna-se mais vulnerável quando: a) concentra suas atividades no setor primário. b) apresenta estoques elevados de alimentos. c) possui um sistema de transportes articulado. d) diversifica a matriz de geração de energia. e) introduz tecnologias à produção agrícola. 7. 17

Pirâmide etária brasileira durante a década de 1980 A forma da pirâmide etária acima apresentada indica que, na década de 1980, o Brasil: a) apresentava elevados índices de natalidade e mortalidade b) era composto com uma população predominantemente adulta c) estava em franco processo de explosão demográfica d) obteve sucessão nas políticas sanitárias e de controle da mortalidade e) sofria demasiadamente com os baixos índices de fertilidade 8. A população brasileira cresceu 0,9%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste ano, o Brasil tem 201,03 milhões, ou seja, 1,79 milhão a mais do que no ano passado (199,24 milhões). O crescimento é menor do que o observado entre 2011 e 2012, que havia sido 0,93%. Segundo o pesquisador do IBGE Gabriel Borges, a tendência é que o ritmo de crescimento da população caia até 2042, ano em que a população brasileira para de crescer. A população vai crescendo, cada vez menos, até 2042, quando começa a diminuir, disse ele (...). (ABDALA, V. População brasileira cresce 0,9% entre 2012 e 2013. Agência Brasil, 29-08-2013. Disponível em: http://memoria.ebc.com.br). Uma possível consequência direta da progressiva diminuição do crescimento populacional do Brasil nos próximos anos é: a) a redução do número de mortes b) o envelhecimento populacional c) a ampliação da população economicamente ativa 18

d) o controle das migrações internas e) o fim do inchaço habitacional nas metrópoles 9. Desde meados da década de 1970 que o Brasil vem registrando taxas de natalidade proporcional e sequencialmente menores em relação ao quantitativo populacional total. Assinale o fator que NÃO possui relação com esse fenômeno demográfico: a) diminuição da população rural b) difusão do planejamento familiar c) incentivos públicos para métodos contraceptivos d) inclusão da mulher no mercado de trabalho e) controle populacional rígido do Estado 10. O quadro abaixo mostra a taxa de crescimento natural da população brasileira no século XX. PERÍODO TAXA ANUAL MÉDIA DE CRESCIMENTO NATURAL (%) 1920-1940 1,9 1940-1950 2,4 1950-1960 2,99 1960-1970 2,89 1970-1980 2,48 1980-1991 1,93 1991-2000 1,64 Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil Dados do crescimento natural do Brasil no século XX Analisando os dados, podemos caracterizar o período entre: a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar. b) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica. c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade. d) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica. e) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico 11. O Brasil em 2020 Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles, imprevisível. Uma década é um período longo o suficiente para derrubar certezas absolutas (ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova York). Mas é também um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes dez anos antes da popularização da internet já era possível imaginar como ela mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos detectáveis hoje terão seus 19

efeitos mais fortes a partir de 2020. David Cohen, Revista Época, 25/05/2009 Com base no enunciado, observe as afirmações abaixo, assinalando V (verdadeiro) ou F (falso): ( ) A diminuição da fecundidade no Brasil deve-se às transformações econômicas e sociais que se acentuaram na primeira metade do século XX devido à intensa necessidade de mão de obra no campo, inclusive de mulheres, fato este que elevou o país ao patamar de agrário-exportador. ( ) Devido à mudança do papel social da mulher do século XX, ela deixa de viver, exclusivamente, no núcleo familiar, ingressando no mercado de trabalho e passando a ter acesso ao planejamento familiar e a métodos contraceptivos. Esses aspectos, conjugados, explicam a diminuição vertiginosa das taxas de fecundidade no Brasil. ( ) As quedas nas taxas de natalidade de um país levam, ao longo do tempo, ao envelhecimento da população (realidade da maioria dos países desenvolvidos). Neste sentido, verifica-se uma forte tendência a um mercado de trabalho menos competitivo e exigente, demandando menos custos do Estado com os aspectos sociais. Dessa forma, a sequência correta, de cima para baixo é a) VVV. b) FVV. c) VVF. d) FVF e) VFV. 12. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou em setembro de 2010 os resultados da PNAD (Pesquisa Nacional sobre Amostra Domiciliar) referente às taxas de fecundidade nos últimos dez anos no Brasil. Os dados sobre o número de filhos por mulher são os seguintes: Com base nesses dados, assinale a alternativa CORRETA: ANO TAXA DE FECUNDIDADE 2001 2,33 20

2008 1,89 2009 1,94 IBGE, 2010. a) O aumento das taxas em 2009 evidencia que o Brasil é um país que tem explosão demográfica. b) Os indicadores demonstram que as taxas de mortalidade são superiores às taxas de natalidade, evidenciando redução demográfica. c) O índice de 2009 indica ligeiro aumento na taxa de fecundidade não caracterizando crescimento demográfico explosivo. d) Esses números indicam que o Brasil é um país com taxas negativas de crescimento demográfico, demonstrando a política estatal de um filho único. e) Caso essas taxas de fecundidade sejam mantidas, o Brasil, em uma década, ultrapassará o total da população da Índia. 13. Considerando que as pirâmides são gráficos que representam a estrutura de uma população distribuída por faixa de idade e sexos, observe as pirâmides 1, 2 e 3 e assinale com V ou com F as proposições, conforme sejam respectivamente Verdadeiras ou Falsas em relação à interpretação das mesmas. 21

( ) A base larga da pirâmide 1 indica uma alta expectativa de vida, que corresponde no geral aos países subdesenvolvidos, era a pirâmide típica do Brasil até o censo de 1980. ( ) A pirâmide 2 indica que o país apresenta uma elevação da expectativa de vida e que a população passa por um processo de envelhecimento. Assemelha-se à pirâmide que o Brasil começa a esboçar a partir dos anos 1990. ( ) A pirâmide 3 indica que o país apresenta uma baixa taxa de natalidade ao lado de uma baixa expectativa de vida, é a pirâmide típica dos países de economia emergente, a exemplo do Brasil e da Índia. ( ) A pirâmide 1 indica que o país necessita fazer altos investimentos em educação e saúde para qualificar sua mão-de-obra jovem enquanto que a pirâmide 3 indica que o país enfrenta altos gastos com aposentadorias, assistência social e carência de mão-de-obra nativa. A sequência correta das assertivas é a) F V F V b) V F V F c) V VVV d) F FFF e) F F V V 14. Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante gesto simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do agronegócio. RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado). A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais da terra com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre: a) a expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, e as leis de proteção indígena e ambiental. b) os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no Cerrado. c) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso capitalista do meio ambiente. d) os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites industriais paulistas. 22

e) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali sejam alvo de invasões urbanas. 15. Sobre os povos indígenas no Brasil, pode-se afirmar: I. Eles viviam em aldeias formadas por grandes casas, cada uma delas habitada por dezenas de pessoas ligadas pelo casamento e parentesco. Embora não tivessem chefes formais, os seus grandes guerreiros detinham um enorme prestígio, o que lhes permitia alguns privilégios, como o de possuírem várias esposas. II. Alguns desses povos, como os Potiguara da Paraíba, ofereceram grande resistência à colonização portuguesa, enquanto outros, como os Tupiniquim de São Paulo, apoiaram os europeus em suas guerras contra outros povos tupis. Os portugueses utilizaram muito bem as rivalidades entre os índios como arma de conquista. III. Os tupis possuíam uma economia bastante simples, baseada no cultivo de plantas, como trigo e milho, e na criação de pequenos animais, como cabras e galinhas. Algumas aldeias possuíam pequenos celeiros, onde a produção era armazenada e monopolizada pelos chefes hereditários. Está(ão) correta(s) apenas: a) II b) II e III c) I d) I e II e) III 23

1. RESPOSTA: B 2. RESPOSTA: B 3. RESPOSTA: C 4. RESPOSTA: E 5. RESPOSTA: B 6. RESPOSTA: A 7. RESPOSTA: A 8. RESPOSTA: B 9. RESPOSTA: E 10. RESPOSTA: B 11. RESPOSTA: D 24

12. RESPOSTA: C 13. RESPOSTA: A 14. RESPOSTA: A 15. RESPOSTA: D 25