AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS ENVASADAS - DINÂMICA POPULACIONAL DE Pseudomonas aeruginosa

Documentos relacionados
10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL DO TRIANGULO MINEIRO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA MINERAL CONSUMIDA EM BEBEDOUROS DE RESTAURANTES INSTITUCIONAIS DO ESTADO DA BAHIA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MÃOS DE MANIPULADORES, MÁQUINAS DE MOER CARNE E FACAS DE CORTE, EM SUPERMERCADOS DA CIDADE DE APUCARANA- PR

POTENCIAL ANTIBIÓTICO DE EXTRATO AQUOSO DE CASCAS DE CAJUEIRO SOBRE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORMES PARA TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS FARINHAS DE MESA TIPO SECA COMERCIALIZADAS EM BELÉM PARÁ

AVALIAÇÃO DE COLIFORMES EM ÁGUA MINERAL COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN

CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE GARRAFÕES DE 10 E 20 LITROS E SUA IMPORTÂNCIA NA SEGURANÇA ALIMENTAR

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

EVOLUÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE NITRATO EM POÇOS LOCALIZADOS SOB DUNAS

PESQUISA DE COLIFORMES FECAIS E PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM LEITE HUMANO ORDENHADO PROVENIENTE DE BANCO DE LEITE LOCALIZADO NO AGRESTE PERNAMBUCANO

SUMÁRIO SUMÁRIO... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... ÍNDICE DE ANEXOS... RESUMO... ABSTRACT INTRODUÇÃO... 1

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇA SUINA COMERCIALIZADA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS SERVIDAS NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, CAMPUS CAPÃO DO LEÃO. 1. INTRODUÇÃO

Eficácia de meios ágar M-PA-C e ágar Cetrimide no isolamento de Pseudomonas aeruginosa em amostras de água mineral

MICROBIOLOGICAL QUALITY OF WATER USED TO RECONSTRUCTION OF CHILDREN FOOD IN PEDIATRIC PRIVATE HOSPITAL NETWORK UNITS IN RIO DE JANEIRO CITY

Monitoramento da qualidade das águas de fontes alternativas de abastecimento do Bairro dos Ingleses- Florianópolis/SC (1)

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO DE ACORDO COM AS ESPECIFICAÇÕES MUNICIPAIS (SIM) E ESTADUAIS (IMA)

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS EM EMBALAGENS INDIVIDUAIS COMERCIALIZADAS EM ARARAQUARA-SP

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE POÇO ARTESIANO DE UMA ESCOLA RURAL EM BAGÉ/RS

ESTUDO PRELIMINAR DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA ÁGUA DOS ARROIOS PEREZ E BAGÉ. 1. INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE CONSUMO NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA

PALAVRAS-CHAVE Ensino Técnico. Engenharia de Alimentos.

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO MEL DE ABELHA Apis mellifera DO SERTÃO PARAIBANO

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS NA CADEIA PRODUTIVA DE ÁGUAS ENVASADAS

Avaliação da qualidade microbiológica da água de nascentes em pequenas propriedades situadas no Vale do Ivaí

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS UTILIZADAS PARA ABASTECIMENTO HUMANO NO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO TOCANTINS-TO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS NÃO CARBONATADAS EM EMBALAGENS DE 1,5 LITROS, COMERCIALIZADAS EM ARARAQUARA-SP

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS COMERCIALIZADOS NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE UNAÍ, MG, BRASIL

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS UTILIZADAS POR PEQUENAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DE JUIZ DE FORA NO ANO DE

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO DE BOM JESUS DO ITABAPOANA - RJ

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. CONSULTA PÚBLICA Nº 541, DE 17 DE JULHO DE 2018 D.O.U de 18/7/2018

Avaliação microbiológica, fisíco-química de águas minerais comercializadas em Vitória da Conquista

VANESSA DE ALENCAR CUNHA * MARIA DO SOCORRO ROCHA BASTOS ** TEREZINHA FEITOSA ** MARIA ELISABETH BARROS OLIVEIRA ** CELLI RODRIGUES MUNIZ ***

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE ÁGUAS CONSUMIDAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - BRASIL

QUALIDADE E INOCUIDADE DO QUEIJO ARTESANAL SERRANO EM SANTA CATARINA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS DE DIFERENTES MARCAS COMERCIALIZADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Coliformes Fecais, Balneabilidade, Influência urbana. 1.0 INTRODUÇÃO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MANTEIGAS COMERCIALIZADAS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

QUANTIFICAÇÃO DE Staphylococcus aureus E BACTÉRIAS MESÓFILAS AERÓBIAS NO PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE ORDENHA

25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN

Avaliação da qualidade microbiológica do leite pasteurizado tipo C produzido na região de Araguaína-TO

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR

PESQUISA DE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORME EM AMOSTRAS DE GENGIBRE IN NATURA COMERCIALIZADAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, PR 1

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE FORMULAÇÕES LÁCTEAS INFANTIS PREPARADAS EM LACTÁRIOS HOSPITALARES DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (SP) E REGIÃO

ANALISE DA QUALIDADE DA ÁGUA ATRAVÉS DO USO DE INDICADORES SENTINELAS EM ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO INFANTIL DE CAMPINA GRANDE - PB

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE SUCOS IN NATURA COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE

Relatório CETEA A187-1/07 - Parcial. Data: 18 de dezembro de Preparado por: Centro de Tecnologia de Embalagem - CETEA/ITAL

Nathália Stefane Gomes Tavares (1); Anthonny Bryan Araújo de Freitas (2); Ana Maria Araújo de Freitas (3); Henrique John Pereira Neves (4)

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS COMERCIALIZADAS EM BOA VISTA-RR

Infarma, v.20, nº 7/8, 2008

Art. 2º As empresas têm o prazo de 180(cento e oitenta) dias, a contar da data da publicação desta Resolução, para se adequarem ao mesmo.

QUALIDADE MICROBIOLOGICA DA AGUA DA MINA SUCUPIRA NA CIDADE DE BOA ESPERANÇA MG

II-138 REMOÇÃO DE VIBRIO CHOLERAE 01 (ELTOR) E SALMONELA EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO EM SÉRIE, TRATANDO ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMÉSTICAS

MONITORAMENTO DE QUALIDADE AMBIENTAL DE ÁGUA DOCE ATRAVÉS DE ANÁLISE MICROBIOLÓGICA

Caracterização molecular de Enterococcus spp. resistentes à vancomicina em amostras clínicas, ambientes aquáticos e alimentos

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO DE DOIS LATICÍNIOS LOCALIZADOS NO MUNICÍPIO DE QUIXERAMOBIM-CE

RESOLUÇÃO Nº 310/MS/ANVS, DE 16 DE JULHO DE 1999 DOU DE 19/07/99

RELATÓRIO DA VERIFICAÇÃO DE CONTAMINAÇÃO MICROBIANA EM EMBALAGENS PARA TRANSPORTE DE ALIMENTOS

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS EM GALÕES DE 20 LITROS

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE MELÃO (Cucumis( melon var. inodorus) MINIMAMENTE PROCESSADO EM FUNÇÃO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO

PALAVRAS-CHAVE: Staphylococcus coagulase negativa. Infecção Hospitalar. Recém-nascidos. UTIN.

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL NATURAL E DE TAMPAS PLÁSTICAS UTILIZADAS EM UMA INDÚSTRIA DA GRANDE PORTO ALEGRE/RS

ANÁLISE DE INDICADORES MICROBIOLÓGICOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA MINERAL NATURAL ANALYSIS INDICATORS OF MICROBIOLOGY IN SAMPLES OF NATURAL MINERAL WATER

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE AMOSTRAS DE CÃES E GATOS ATENDIDOS EM HOSPITAL VETERINÁRIO

ATIVIDADE DAS ENZIMAS FOSFATASE E PEROXIDASE COMO INSTRUMENTO DE VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA DA PASTEURIZAÇÃO LENTA DE LEITE PREVIAMENTE ENVASADO

ANÁLISES DE COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES EM PRODUTOS DERIVADOS LACTEOS E SORVETES

COMUNICADO TÉCNICO. Turfa como veículo para a inoculação de bactérias diazotróficas na cultura de arroz. ISSN Nº 49, Out/2001, p.1-5.

RENATA APARECIDA MENDES

ESTUDO DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS DOS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA POTÁVEL DAS ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE PALMAS

ANÁLISE DE PRESENÇA DE Staphylococcus aureus EM QUEIJOS ARTESANAIS, COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE APUCARANA- PR

Análise da presença de Coliformes Totais em caldo de cana comercializados em quatro municípios goianos

Anthony Bryan Araújo de Freitas (1); Nathália Stefane Gomes Tavares (2); Ana Maria Araújo de Freitas (3); Henrique John Pereira Neves (4)

Colágeno hidrolisado como aditivo para inoculação de Bradyrhizobium em sementes de soja

PALAVRAS-CHAVE: Água subterrânea, coliformes termotolerantes, parâmetros físico-químicos.

ANALISE MICROBIOLÓGICA DE DIETAS ENTERAIS NÃO INDUSTRIALIZADAS DE UM HOSPITAL INFANTIL

Análise Técnica. Segurança Microbiológica de Molhos Comercializados em Embalagens Tipo Sache: Avaliação de um Abridor de Embalagens

10º Encontro de Higienização e Lavanderia Hospitalar da Região Sul AÇÃO DESINFETANTE NO PROCESSO DE LAVAGEM EM ROUPAS HOSPITALARES

USO DO MÉTODO DO SUBSTRATO CROMOGÊNICO PARA QUANTIFICAÇÃO DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL DE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORME EM ÁGUAS MINERAIS ENVASADAS *

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da alcalinidade pelo método titulométrico. LQ= 5 mg/l

Rua Iguatemi, 511 Samae / Distribuição /06/ :00 hs

ANALISES FISICO QUIMICA DO LAGO JABOTI

CONTAMINAÇÃO POR BACTÉRIAS MESÓFILAS AERÓBIAS NA CARNE MOÍDA COMERCIALIZADA EM CAXIAS MA

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE Listeria spp. EM PRESUNTO COZIDO FATIADO COMERCIALIZADO EM PORTO ALEGRE, BRASIL

INVESTIGAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS NA ZONA URBANA NO MUNICÍPIO DE SOUSA-PB ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE NASCENTES NA ÁREA RURAL DO DISTRITO DO PIRAPÓ, APUCARANA PR

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

QUALIDADE DE ÁGUA DE POÇO DE ABASTECECIMENTO DA CIDADE DE DELTA-MG

06/10/2017. Microbiologia da água

AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE.

Implantação de boas práticas de produção de leite no Setor de Bovinocultura de Leite do IF Sudeste MG Câmpus Barbacena

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

OCORRÊNCIA DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES E SALMONELLA spp. EM SUSHIS COMERCIALIZADOS NAS CIDADES DE JOÃO PESSOA E CAMPINA GRANDE/PB

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM JUIZ DE FORA NO

AVALIÇÃO MICROBIOLÓGICA DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DA REGIÃO CENTRAL DO RS

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS TRATADAS E NÃO TRATADAS DE DIVERSOS LOCAIS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

Transcrição:

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS ENVASADAS - DINÂMICA POPULACIONAL DE Pseudomonas aeruginosa ANELISE TALAMINI IWERSEN* ELISA HIZURU UEMURA YAMANAKA** LUIZ FERNANDO DE LIMA LUZ JÚNIOR*** CRISTINA LEISE BASTOS MONTEIRO**** LAURA LÚCIA COGO***** MÁRCIA REGINA BEUX****** Com o intuito de monitorar alterações no índice de contaminação durante o armazenamento, foram avaliadas quanto à contaminação por Pseudomonas aeruginosa setenta e cinco amostras, de cinco marcas distintas, de água mineral envasadas em copos ou garrafas plásticas de 500 ml e 1500 ml. Os ensaios foram efetuados em dois períodos diferenciados, o primeiro um dia após aquisição das amostras no ponto de venda e o segundo quando as amostras completaram seis meses de armazenamento. Segundo os padrões determinados pela RDC n. 275/05 do Ministério da Saúde, 53% dos lotes foram rejeitados. O monitoramento da contaminação durante o armazenamento revelou que, independente da elevação ou redução nas contagens, P.aeruginosa foi detectada mesmo após 180 dias de estocagem, confirmando que se trata de micro-organismo que se adapta em ambientes com baixo teor nutricional. O percentual de rejeição das amostras revelou a necessidade de práticas de higiene mais efetivas a serem adotadas durante o envase, garantindo a comercialização de produtos seguros e que atendam aos rigorosos padrões microbiológicos estabelecidos pela legislação brasileira. PALAVRAS-CHAVE: ÁGUA MINERAL; MICROBIOLOGIA; Pseudomonas aeruginosa. * Especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos, Gerente Técnica dos laboratórios de Microbiologia de Águas e Efluentes e de Microbiologia de Saneantes, Centro de Pesquisa e Procesamento de Alimentos (CEPPA), Curitiba, PR (e-mail: anelise@ufpr.br). ** Farmacêutica, Mestranda, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR (e-mail: cientifico@laborclin.com.br). *** Professor, Doutor em Engenharia Química, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, UFPR, Curitiba, PR (e-mail: luzjr@ufpr.br). **** Doutora em Biotecnologia, professora de Microbiologia, Departamento de Patologia Básica, UFPR, Cuririba, PR (email: crisleise@gmail.com). ***** Doutora em Biotecnologia, Programa de Pós-Graduação em Processos Biotecnológico, UFPR, Hospital de Clínicas, Cuririba, PR (email: llcogo@yahoo.com.br). ****** Doutora em Tecnologia de Alimentos, professora de Microbiologia, Departamento de Patologia Básica, UFPR e professora do Curso de Farmácia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Cuririba, PR (e-mail:mrbeux@ufpr.br). B.CEPPA, Curitiba, v. 27, n. 2, p. 207-212, jul./dez. 2009

1 INTRODUÇÃO Água mineral natural consiste na água obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas (BRASIL, 2005a). Devido à preocupação com a qualidade dos mananciais e por acreditarem que a água mineral apresenta melhor qualidade, a preferência de muitos consumidores por esse tipo de água tem aumentado em detrimento à água tratada. Com isso, o consumo de água mineral envasada aumentou consideravelmente (SANT ANA et al., 2003). Em 10 anos, a produção de água mineral no Brasil aumentou 4,1 bilhões de litros (ABINAM, 2007). Doenças causadas pelo consumo de águas envasadas são raras, no entanto surtos causados pelo consumo de águas envasadas contaminadas vêm sendo rastreados. O incidente mais conhecido ocorreu durante o surto de cólera em Portugal em 1974, quando o Vibrio cholerae foi isolado de duas nascentes que forneciam água para uma indústria envasadora. Embora a água fosse originária de fonte considerada limpa, aparentemente foi contaminada pela infiltração de esgoto através do estrato calcário (ROSENBERG, 2003). A ocorrência de distúrbios gastrintestinais seguintes ao consumo de águas minerais tem revelado que amostras coletadas diretamente do aquífero apresentam população bacteriana de aproximadamente 10-10 2 UFC/mL e que essa população aumenta para aproximadamente 10 3 a 10 6 UFC/mL após o envase (JAYASEKARA et al., 1998). O rápido crescimento bacteriano após o envase pode ser causado pela oxigenação da água, pelo aumento da superfície de contato (frasco), pela elevação da temperatura durante o armazenamento e pelos vestígios de nutrientes liberados pela garrafa (VENIERI et al., 2006). Levantamentos realizados em águas minerais envasadas em diferentes países têm demonstrado que P.aeruginosa é o micro-organismo predominantemente encontrado. Essa espécie, patógeno em potencial, contamina a água tanto por ser autóctone e estar largamente distribuída no ambiente, como por falhas no processo de envase (JAYASEKARA et al., 1998). A P.aeruginosa tem sido encontrada em águas minerais originárias do Brasil, Canadá, França, Alemanha, Espanha, Estados Unidos e outros países. Sua presença pode indicar contaminação associada à infiltração natural, matéria fecal humana, efluentes domésticos e agroindustriais ou falhas no processo de higienização. As contaminações durante o envase podem ser resultado de colonização dos equipamentos devido a defeitos nas vedações de borracha ou arruelas, graxa contendo compostos orgânicos e emprego de sabão por fornecer nutrientes para esse contaminante (WARBURTON, 1993). Ranhuras presentes na face interna de embalagens retornáveis de água mineral e equipamentos destinados a sua higienização e envase podem ser locais propícios para o desenvolvimento de biofilmes e a consequente contaminação da água (FARD, 2007). A aderência às superfícies internas das embalagens pode explicar a longa sobrevivência de bactérias autóctones na água mineral e com isso a produção de defeitos como odor e manchas. Esses micro-organismos podem sobreviver em águas envasadas por vários anos (JAYASSEKARA et al., 1999). A preocupação com a presença de P.aeruginosa nas águas minerais reside no fato de serem patógenos oportunistas, causadores de infecções em indivíduos imunocomprometidos, recém-nascidos e idosos. Além disso, muitas linhagens de P.aeruginosa são resistentes a antibióticos (SANT ANA et al., 2003). O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade da água mineral envasada comercializada nas redes de distribuição da cidade de Curitiba (Paraná) quanto à presença de P. aeruginosa conforme parâmetros estabelecidos pela RDC n. 275/05 do Ministério da Saúde e monitorar as contagens de P.aeruginosa durante o período de sua validade, avaliando-se a influência do armazenamento. 2 MATERIAL E MÉTODOS Foram selecionados três tipos de embalagens de água mineral (copos plásticos, garrafas 208 B.CEPPA, Curitiba, v. 27, n. 2, jul./dez. 2009

plásticas de 500 ml e 1500 ml) provenientes de cinco marcas distintas, sendo três da região de Curitiba, uma de Morretes e outra do estado de Santa Catarina. Todas as unidades da mesma marca foram adquiridas no mesmo ponto de venda e as do mesmo tipo de embalagem de cada marca com a mesma data de envase. Para cada marca e embalagem foram adquiridas cinco unidades. As contagens de P.aeruginosa foram realizadas em duas etapas, denominadas de tempo zero (T 0 ) e tempo um (T 1 ). No tempo zero, os ensaios foram realizados um dia após a aquisição das amostras no ponto de venda e no tempo um, quando as mesmas completaram seis meses de armazenamento. Esse período corresponde ao prazo de validade das garrafas de 500 ml e 1500 ml da Marca A, dos copos da Marca C e da metade do período de validade das demais amostras. As contagens de P.aeruginosa foram realizadas segundo a técnica dos tubos múltiplos com diluição, descrita no Standard methods for the examination of water and wastewater (APHA, 2005). Efetuou-se a avaliação da qualidade da água mineral segundo padrões microbiológicos presentes na RDC nº 275 (BRASIL, 2005b), sendo a avaliação do período de armazenamento realizada pela diferença logarítmica entre T1 e To.. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A contagem de P.aeruginosa (NMP/100mL) nos tempos T 0 está apresentada no Quadro 1. QUADRO 1 - CONTAGEM DE Pseudomonas aeruginosa NMP/100 ml NOS To E T1 Tipo Embalagem AMOSTRA ETAPAS MARCA A MARCA B MARCA C MARCA D MARCA E COPO GARRAFADE 500 ml GARRAFADE 1500 ml 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 T 0 < 1,8 < 1,8 2,4 x 10 3 < 1,8 < 1,8 T 1 < 1,8 < 1,8 3,5 x 10 2 < 1,8 < 1,8 T 0 < 1,8 < 1,8 9,2 x 10 2 < 1,8 < 1,8 T 1 < 1,8 < 1,8 2,2 x 10 2 < 1,8 < 1,8 T 0 < 1,8 1,8 1,6 x 10 3 < 1,8 1,6 x 10 3 T 1 < 1,8 < 1,8 9,2 x 10 2 < 1,8 3,5 x 10 2 T 0 < 1,8 < 1,8 9,2 x 10 2 2,4 x 10 3 < 1,8 T 1 < 1,8 < 1,8 1,6 x 10 3 1,7 x 10 2 < 1,8 T 0 < 1,8 < 1,8 2,4 x 10 3 < 1,8 < 1,8 T 1 < 1,8 < 1,8 1,6 x 10 3 < 1,8 < 1,8 T 0 < 1,8 < 1,8 7,8 < 1,8 9,3 T 1 < 1,8 < 1,8 7,8 < 1,8 5,4 x 10 3 T 0 < 1,8 < 1,8 2,0 < 1,8 4,0 T 1 < 1,8 < 1,8 < 1,8 < 1,8 2,2 x 10 2 T 0 < 1,8 < 1,8 < 1,8 < 1,8 < 1,8 T 1 < 1,8 < 1,8 < 1,8 < 1,8 1,6 x 10 3 T 0 < 1,8 < 1,8 2,0 < 1,8 4,5 T 1 < 1,8 < 1,8 < 1,8 < 1,8 2,4 x 10 3 T 0 < 1,8 < 1,8 4,0 < 1,8 4,5 T 1 < 1,8 < 1,8 3,3 x 10 < 1,8 4,9 x 10 T 0 < 1,8 < 1,8 4,5 23 5,4 x 10 2 T 1 < 1,8 < 1,8 2,4 x 10 3 4,8 x 10 9,2 x 10 2 T 0 < 1,8 < 1,8 2,0 1,6 x 10 3 9,2 x 10 2 T 1 < 1,8 < 1,8 2,4 x 10 3 1,6 x 10 3 2,4 x 10 2 T 0 < 1,8 < 1,8 < 1,8 17 5,4 x 10 2 T 1 < 1,8 < 1,8 1,7 x 10 2 2,1 x 10 1,3 x 10 2 T 0 < 1,8 < 1,8 < 1,8 20 7,9 x 10 T 1 < 1,8 < 1,8 < 1,8 3,4 x 10 4,9 x 10 T 0 < 1,8 < 1,8 < 1,8 24 7,8 T 1 < 1,8 < 1,8 7,9 x 10 1,3 x 10 2 1,6 x 10 3 B.CEPPA, Curitiba, v. 27, n. 2, jul./dez. 2009 209

Oito dos quinze lotes analisados foram reprovados, representando índice de rejeição de 53%. Deve-se ressaltar que três das cinco marcas testadas foram rejeitadas. As marcas C e E apresentaram contagens superiores ao limite estabelecido pela legislação brasileira nos três tipos de embalagens e a marca D, apesar de não ter apresentado crescimento em nenhuma das garrafas de 500 ml, foi rejeitada nos outros dois tipos de embalagens (garrafas de 1.500 ml e copos). Tal fato indica que a contaminação das três marcas de água mineral independe do tipo de embalagem. Quanto à dinâmica populacional, os resultados demonstraram que nos copos houve redução do crescimento de P.aeruginosa entre a primeira análise (T 0 ) e a análise posterior (T 1 ). No entanto, as garrafas de 500 ml e de 1500 ml apresentaram acréscimo nas contagens entre os T 0 (Figura 1). FIGURA 1- DINÂMICA POPULACIONAL DE P.aeruginosa NO TEMPO ZERO (To) E TEMPO UM (T1)-log 10 log 10 3,64. Médias das Amostras Representativas de Lote (log10) 3,38 3,12 2,86 2,6 2,34 2,08 1,82 1,56 T0 T1 1,3 1,04 0,78 0,52 0,26 0 A B C D E A B C D E A B C D E COPOS GARRAFAS DE 500 ml GARRAFAS DE 1500 ml Valores de log = < 0, 26 As análises dos copos no T 0 foram realizadas entre 70 e 95 dias após a data de envase, e nesse período a concentração bacteriana poderia estar passando da fase de crescimento para a fase de declínio. Já nas amostras das garrafas de 500 e 1500 ml, as análises foram realizadas entre 30 e 60 dias da data de envase, podendo-se supor que os micro-organismos ainda estavam em fase de crescimento lento, aumentando suas contagens após esse período. LEGNANI et al. (1999) em 5 anos de estudo sobre a curva de crescimento de duas estirpes de P.aeruginosa relataram que as duas cepas apresentaram curta fase exponencial e rápido crescimento no período logo após sua inoculação, com tempo de duplicação de aproximadamente 48 horas. Evidenciaram ainda que o período das contagens mais altas ocorreu entre 7 e 70 dias após a inoculação, seguido por fase de gradual declínio. A importância dos resultados das comparações reside no fato de que mesmo após 180 dias de armazenamento, sob condições adequadas, foram observadas contagens de P.aeruginosa em níveis bastante preocupantes para a saúde e integridade do consumidor em três das marcas de água mineral adquiridas em Curitiba. 210 B.CEPPA, Curitiba, v. 27, n. 2, jul./dez. 2009

Segundo JAYASSEKARA et al. (1999), as bactérias autóctones podem sobreviver em águas envasadas por vários anos, havendo a possibilidade de ocorrer ainda crescimento secundário porque algumas espécies morrem e fornecem nutrientes para outras espécies. TAMAGNINI E GONZÁLEZ (1997) observaram que após 30 dias de armazenamento a P.aeruginosa tornou-se predominante sobre a microbiota aeróbica acompanhante nas amostras de águas testadas. Estudos sugerem também que contaminantes orgânicos associados ao plástico (PVC, PET) no qual são fabricadas as embalagens, podem constituir fonte de nutrientes para esses microrganismos (JAYASSEKARA et al., 1998). Além disso, WARBURTON (1994) evidenciou em seus estudos que a presença desse micro-organismo em águas minerais envasadas potencializa a sobrevivência de Aeromonas, salmonelas e possivelmente outros patógenos, aumentado a preocupação referente à presença dessas bactérias em águas engarrafadas. 4 CONCLUSÃO Os resultados obtidos na avaliação da qualidade da água mineral envasada revelaram que pelo menos quanto ao parâmetro da P.aeruginosa, o período de armazenamento torna-se irrelevante. Isso se deve aos rígidos limites estabelecidos pela legislação, em que as águas analisadas, mesmo apresentando grandes variações nas contagens entre os T 0, foram rejeitadas nas duas etapas da análise. Mediante essas afirmações, fica evidente que a legislação brasileira prima pela implantação de práticas adequadas de higiene com a consequente comercialização de águas minerais envasadas de boa qualidade. O monitoramento das alterações que ocorreram nas contagens de P. aeruginosa revelou que dependendo da época em que as análises são realizadas podem ser encontradas concentrações variáveis. No entanto, independente da redução ou crescimento entre T 0, as amostras ainda apresentaram contagens elevadas após 180 dias de armazenamento, representando preocupação referente à saúde e integridade do consumidor. ABSTRACT EVALUATION OF BOTTLED MINERAL WATER MICOBIOLOGICAL QUALITY POPULATION DYNAMICS OF Pseudomonas aeruginosa Aiming to monitor alterations in the contamination index during storage seventy-five samples, of five distinct brands, of mineral water bottled in cups or plastic bottles of 500 ml and 1500 ml have been evaluated for contamination by Pseudomonas aeruginosa. This assessment was conducted in two different periods; the first period was one day after acquiring the samples and the second when the samples completed six months of storage. According to the standards determined by RDC n 275/05 of the Health Ministry (Brazil), 53% of the lots were rejected. The monitoring of the contamination during storage revealed that regardless of some samples have shown growth and other reduction in counts, the Pseudomonas aeruginosa was present, even after 180 days of storage, confirming that it is a microorganism that can fit in nutritionally poor environments.these rejection rates of the samples revealed the need to adopt more appropriate hygiene practices, in order to get safe products which attend to the strict microbiological standards established by the Brazilian legislation. KEY-WORDS: MINERAL WATER; MICROBIOLOGY; Pseudomonas aeruginosa. REFERÊNCIAS 1 ABINAM. Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais. Portal das águas minerais brasileiras. Disponível em: <http://www.abinam.com.br/site/legislacao.asp> Acesso em: 22 set. 2007. 2 APHA. American Public Health Association. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21 st ed. Washington, 2005. B.CEPPA, Curitiba, v. 27, n. 2, jul./dez. 2009 211

3 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n 274 de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico para águas envasadas e gelo. Diário Oficial [da] República Fedrativa do Brasil, Brasília, 23 de setembro de 2005 (a). 4 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n 275 de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico de características microbiológicas para água mineral natural e água natural. Diário Oficial [da] República Fedrativa do Brasil, Brasília, 23 de setembro de 2005 (b). 5 FARD, E.M.G.P. Avaliação da qualidade da água mineral e do processo de envase em duas fontes comerciais. Curitiba, 2007. 96 p. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos), Universidade Federal do Paraná. 6 JAYASEKARA, N.Y.; HEARD, G.M.; COX, J.M.; FLEET, G.H. Association of micro-organisms with the inner surfaces of bottles of non-carbonated mineral waters. Food Microbiology, v. 16, p. 115-128, 1999. 7 JAYASEKARA, N.Y.; HEARD, G.M.; COX, J.M.; FLEET, G.H. Populations of pseudomonads and related bacteria associated with bottled non-carbonated mineral water. Food Microbiology, v. 15, p. 167-176, 1998. 8 LEGNANI, P.; LEONI, E.; RAPUANO, S.; TURIN, D.; VALENTI, C. Survival and growth of Pseudomonas aeruginosa in natural mineral water: a 5-year study. International Journal of Food Microbiology, v. 53, p. 153-158, 1999. 9 ROSENBERG, F.A. The microbiology of bottled water. Clinical Microbiology Newsletter, v. 25, n. 6, p. 41-44, 2003. 10 SANT ANA, A.S.; SILVA, S.C.F.L.; FARANI, I.O.J.R; AMARAL, C.H.R.; MACEDO, F.V. Qualidade microbiológica de águas minerais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.23, p.190-194, 2003. 11 TAMAGNINI, L.M; GONZÁLEZ, R.D. Bacteriological stability and growth kinetics of Pseudomonas aeruginosa in bottled water. Journal of Applied Microbiology, v. 83, p. 91-94, 1997. 12 VENIERI, D.; VANTARAKIS, A.; KOMNINOU, G.; PAPAPETROPOULOU, M. Microbiological evaluation of bottled noncarbonated ( still ) water from domestic brands in Greece. International Journal of Food Microbiology, v. 107, p. 68-72, 2006. 13 WARBURTON, D. W. A review of the microbiological quality of bottled water sold in Canada. Part 2. The need for more stringent standards and regulations. Canadian Journal of Microbiology, v. 39, n. 2, p. 158-168, 1993. 14 WARBURTON, D. W.; BOWEN, B.; KONKLE, A. The survival and recovery of Pseudomonas aeruginosa and its effect upon salmonellae in water: methodology to test bottled water in Canada. Canadian Journal of Microbiology, v. 40, n. 12, p. 987-992, 1994. 212 B.CEPPA, Curitiba, v. 27, n. 2, jul./dez. 2009