O QUE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO NA ESCOLHA DE UMA CORRETORA Como escolher uma boa corretora. Por que fazemos isso? Você já deve ter percebido, por meio de nossos conteúdos, que o incentivamos a investir diretamente nos ativos financeiros. Ao investir em tudo que seu gerente de banco recomenda sem analisar os detalhes de cada produto, você está deixando que esse profissional tome as rédeas de seus investimentos e, por que não, de sua vida, sem que ele leve em consideração suas metas e suas necessidades. Investir por conta própria é um exercício fundamental para aprender sobre os tipos de aplicações disponíveis e para saber identificar as que mais se adequam ao seu perfil. 1
Invista, mesmo que pouco, para se testar. Parte do processo só será aprendida na prática. O banco pode até oferecer as tais segurança e conveniência desejadas, mas você paga caro por isso e tem acesso a poucos produtos do mercado. Uma corretora de valores pode oferecer acesso a um universo muito maior de ativos, com custos mais baixos e rentabilidades melhores. Os investimentos podem ser feitos diretamente em títulos do Tesouro Direto, produtos de renda fixa de diversos bancos (CDBs, LCIs, LCAs), debêntures, ações, fundos imobiliários e fundos de investimento de diferentes gestoras do mercado, entre outros ativos. E o melhor, tudo isso com apenas uma conta em uma instituição. O que são corretoras? São instituições que operam com compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários, ou seja, que fazem a intermediação dos investidores com a bolsa de valores (BM&FBovespa) e a Cetip. Sua constituição depende da autorização do Banco Central, e o exercício da sua atividade precisa ser autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Uma corretora de valores pode ter atuação vinculada a um banco ou ser independente. Algumas possuem foco direcionado ao chamado público de varejo (pessoa física), com plataformas de investimento on- line amplas, pelas quais o investidor tem acesso a diversos produtos financeiros de diferentes instituições participantes do mercado. Muitas corretoras têm um atendimento mais direcionado a esse tipo de investidor, que não costuma ser prioridade dos grandes bancos, mais interessados em clientes de maior poder aquisitivo. Como escolher uma boa corretora? Com o objetivo de auxiliá-lo na escolha, listamos abaixo os critérios que consideramos importantes na hora da seleção: Tecnologia: site e home broker estáveis, amigáveis e rápidos. Modelo de negócio prioritariamente on-line: desde a abertura da conta até as aplicações e os resgates. Ferramentas diferenciadas: aplicativo para smartphones, aluguel de ações no home broker, gráfico de cotações, calculadora de IR etc. Pessoas: bons administradores e serviço de atendimento realizado por profissionais preparados, meios de contatos e cazes por telefone, e-mail e chat on-line. Diversidade de produtos: Tesouro Direto, títulos de renda fixa privados de vários emissores, ações, fundos imobiliários, fundos de investimento etc. 2
Custos: taxa de corretagem e custódia competitivas (compare na tabela da próxima página). Porém é preciso tomar cuidado, nem sempre o mais barato é o melhor, às vezes vale a pena pagar mais por um serviço melhor. Corretoras líderes e focadas no segmento de pessoa física, que buscam inovar e crescer. Analistas: atenção às recomendações. Pode haver conflitos de interesse, pois os profissionais precisam fazer corretagem para gerarem resultado para a corretora ou para cumprir metas pessoais. Sugerimos seguir as indicações das equipes do Criando Riqueza e da Empiricus. Segurança Custódia centralizada na BM&FBovespa e na Cetip. Os ativos de renda fixa e variável são registrados com o CPF dos investidores, portanto, em caso de falência da corretora, o investidor pode transferir a custódia para outra intermediadora. Você pode confirmar se os ativos que possui em custódia estão devidamente registrados em seu nome, por meio dos sites do Tesouro Direto, do Canal Eletrônico do Investidor (CEI), da BM&FBovespa e do Cetip Certifica (títulos de renda fixa privados). Certificados digitais: verifique se a sua corretora possui selos que dão maior credibilidade aos seus processos (Cetip Certifica, PQO BM&F Bovespa, Anbima etc.). Evite deixar dinheiro parado na conta corrente da corretora. Em caso de falência da instituição, é possível que esse recurso entre na massa falida da empresa. Em alguns casos, você poderá contar com a garantia de até R$ 120 mil do Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP), da BM&FBovespa. Para mais detalhes, clique aqui. Corretoras só aceitam transferências e resgates entre contas de um mesmo CPF. Corretoras passam periodicamente pela auditoria terceirizada da BSM, que supervisiona se os processos internos estão sendo cumpridos. Essas auditorias são parâmetros para manutenção do selo PQO BM&FBovespa, portanto dê preferência a corretoras que os possuem. Corretoras dos grandes bancos: Geralmente apresentam custos mais elevados (veja as taxas na tabela da página seguinte). Oferecem apenas produtos do próprio banco, limitando o acesso a outros ativos que podem ser mais rentáveis. Pode haver conflito de interesse. O home broker é mais limitado, com menos ferramentas. UMA CORRETORA DE VALORES PODE OFERECER ACESSO A UM UNIVERSO MUITO MAIOR DE ATIVOS, COM CUSTOS MAIS BAIXOS E RENTABILIDADES MELHORES. 3
Abaixo listamos os custos cobrados por várias corretoras nas operações com títulos do Tesouro Direto, com corretagem de ações (no lote padrão) pelo home broker, bem como as taxas de custódia (para ações). Analisamos as tarifas das contas básicas das instituições, disponíveis no site de cada uma, ao longo do mês de maio. Lembre-se que essas informações podem ser alteradas, por isso é importante checá-las antes de abrir uma conta. Vale lembrar que, no Tesouro Direto, há um custo de 0,3% ao ano sobre o valor dos títulos, que deve ser pago a BM&FBovespa. No caso de ações, há cobrança de emolumentos pela bolsa. Veja a seguir a tabela Bovespa de corretagem variável, que foi criada inicialmente por entidades reguladoras como forma de colocar um teto na cobrança de corretagem e hoje é utilizada como parâmetro. Geralmente, as corretoras cobram esses valores nas ordens enviadas pelas mesas de operações (telefone), com um valor mínimo maior que o da corretagem fixa do home broker. 4
Disclosure Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. O estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão sujeitas a mudanças. Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre os analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias. Informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros aqui abordados podem ser obtidas mediante solicitação. Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17o da Instrução CVM no 483/10, que as recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente. * O analista Felipe Miranda é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.. (*) A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do relatório, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. 5