POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: acesso e pemanência no ensino supeio 1 Maia Claudia Lima Sousa² Meste em Gestão e Desenvolvimento Regional Devy- FACIMP Faculdade de Impeatiz, maiaclaudia-lima@hotmail.com Elvia Apaecida Simões Aaujo³ Doutoa em Educação Unitau Univesidade de Taubaté, elviasaaujo@gmail.com Resumo O cescente númeo de instituições de ensino supeio pivadas no município de Impeatiz (MA) despeta o inteesse em conhece a sua paticipação no desenvolvimento da Região. Po esse motivo este estudo desceve o ensino supeio pivado e as políticas educacionais de acesso, dente elas PROUNI e FIES. A pesquisa mosta que as instituições adotam políticas intenas, como convênios e vínculos de encaminhamento a estágios emuneados nos municípios atendidos pelas IES, e pomovem políticas de acesso como FIES e pincipalmente PROUNI. Tata-se de uma pesquisa descitiva, com abodagem quantitativa e qualitativa, desenvolvida a pati da aplicação de questionáios semiestutuados paa discentes e gestoes dos cusos. Sobe as políticas de acesso ao Ensino supeio as IES, popocionam políticas de acesso, tais como Sistema de Cotas, Concusos de Bolsa, Pogamas Educa Mais Basil, acesso facilitado pelo ENEM, bem como PoUni e FIES. Palavas-Chave: Ensino Supeio. Políticas Educacionais. Desenvolvimento Regional. 1 Intodução O sistema educacional basileio histoicamente é macada po desigualdades de opotunidades expessivas e evidenciada desde o ensino básico, efletindo no ensino supeio. Eleva os índices de acesso a esse nível de ensino deve te início no ensino básico, onde a desistência é bastante expessiva po causa da taxa de epovação que esulta na evasão dos jovens em idade escola. A pesquisa justifica-se, po apesenta o cenáio da educação supeio no município de Impeatiz/MA, que duante décadas foi macada po atasos na implantação de escolas desde o ensino básico ao supeio, a última em quantidade mínima. Somente duas instituições de ensino supeio, ambas públicas, a Univesidade Estadual do Maanhão e a Univesidade Fedeal do Maanhão foam implantadas paa atende, duante décadas, aos cidadãos do município e egião com cusos que não atendiam às exigências de qualificação da mão de oba local. Diante desse contexto, a pesquisa tem como objetivo caacteiza as políticas públicas de acesso e pemanência no ensino supeio pivado: PROUNI, FIES e bolsas dos municípios, ente outas. 1 Atigo elaboado a pati da Dissetação de Mestado, defendido em Junho de 2016. ² Autoa e pofessoa da Faculdade de Impeatiz FACIMP. ³ Oientadoa, Pofessoa da Univesidade de Taubaté SP. contato@fipedbasil.com.b
A elevação da escolaidade de uma população podeá popociona aumento na economia local e impulsiona o desenvolvimento de uma egião. Paa Lombadi e Saviane (2005), a educação apaece como uma ealidade iedutível nas sociedades humanas. Paa Camini (2013, p.22), a política se efee às iniciativas govenamentais, dietizes, pogamas, planos e ações vinculadas aos inteesses de uma deteminada sociedade, ou seja, às políticas públicas ou políticas sociais. Os objetivos popostos foam alcançados a pati de estudos bibliogáficos, o pesente estudo está estutuado em 5 seções, intodução, políticas educacionais: acesso e pemanência no ensino supeio, Pouni e Fies como Políticas de Acesso ao Ensino Supeio, Método, Resultados e Discussão e Consideações Finais. 2. Políticas Públicas Educacionais: acesso e pemanência no ensino supeio O sistema educacional basileio histoicamente é macado po desigualdade de opotunidades bastante expessiva, evidenciada desde o ensino básico efletindo-se no ensino supeio. Eleva os índices de acesso a esse nível de ensino deve te início no ensino básico, onde a desistência é bastante expessiva po causa da taxa de epovação que esulta na evasão dos jovens em idade escola. Segundo o Anuáio de Educação Básica (2014, p. 63) no Basil as taxas de epovação ainda são muito elevadas, atingindo 9,1% dos alunos do ensino fundamental e 12,2% do ensino médio. Vale essalta que as taxas mencionadas se efletem dietamente no ensino supeio, que, po sua vez, tem os índices de acesso ente os jovens de 18 a 24 anos eduzidos, tonando-se um desafio a se ompido pela sociedade. Po causa dessa situação, e na tentativa de viabiliza o acesso ao ensino supeio nos difeentes gupos sociais, em 9 de janeio de 2001 foi sancionada a Lei nº 10.172, estabelecendo a ciação do Plano Nacional de Educação (PNE). Esse Plano apesenta uma séie de objetivos e metas que visam pô em pática políticas e estatégias de desenvolvimento educacional nos difeentes níveis e modalidades de ensino. Dente as metas estabelecidas pelo PNE (2011-2020, p. 77), uma delas é eleva de foma qualificada a taxa buta de matícula na educação supeio paa 50% e a taxa líquida paa 33% da população de 18 a 24 anos. Amaal e Oliveia (2011, p.25) destacam que as dificuldades de acesso às instituições públicas podem ocoe devido a um númeo eduzido de IES públicas, a uma elevada elação candidato/vaga. Sem o aumento de vagas em instituições públicas e com a atual sistemática de contato@fipedbasil.com.b
financiamento de bolsas paa quem estuda em instituições pivadas, haveá gande dificuldade paa aumenta o acesso e a pemanência na educação supeio. Diante de tal situação, aliadas à efoma na educação supeio cescem as instituições pivadas, minimizando a função do goveno em gaanti educação supeio pública pautada na qualidade, contibuindo de maneia significativa paa a constução da democacia educacional no Basil, dieito gaantido po Lei no At. 205 da Constituição Fedeal: Dias Sobinho (2013, p, 118) afima que é vedade que a escolaização não é gaantia plena de indivíduos e sociedades mais bem ealizadas, mas a falta de escolaização poduz mais pobeza. Nesse contexto, a elaboação de meios paa supi as necessidades educacionais do país minimiza as lacunas, tanto educacionais como outas existentes, popocionando o desenvolvimento de uma egião dada a elevação dos demais indicadoes. 3. PoUni e FIES como políticas de acesso ao ensino supeio Na tentativa de uma melho viabilização de acesso às IES pivadas, o Pogama Univesidade paa Todos (PROUNI) é visto como uma política compensatóia de acesso ao ensino supeio a alunos com índices socioeconômicos infeioes. Paa Amaal e Oliveia (2011), o acesso e pemanência ao ensino supeio pivado são dificultados pelo custo das mensalidades que podem gea alta evasão, impossibilitando a pemanência dos estudantes. As bolsas de estudos no seto pivado da educação supeio, ofetadas pelo PROUNI, opotunizaam o aumento no númeo de jovens vindos do ensino público e das camadas populaes paa as IES pivadas. Ao longo das décadas ouve, cescimento significativo no númeo de bolsas ofetadas pelo PROUNI. Em 2005 esse númeo totalizou 112.275 ente integal e pacial; em 2006 subiu paa 138.668; e em 2007 o númeo de bolsas ofetadas ente integal e pacial totalizou 163.854. Diante de políticas e ações de acesso e constução de conhecimentos científicos mais sistematizados houve uma pequena evolução dos jovens de difeentes caacteísticas sociais e etnias fequentando o ensino supeio. Vale essalta que essa popoção é paa os jovens de 18 a 24 anos. A taxa líquida em 2001 foi de 10,2%, em 2009 de 17,3%, incluindo os que já concluíam (PNUD, 2013). Paa Bandão (2007, p. 73), a educação é uma pática social como saúde pública, comunicação social e seviço milita, cujo fim é o desenvolvimento do que na pessoa humana pode se apendido. Dente as políticas educacionais de acesso ao ensino supeio pivado há ainda o contato@fipedbasil.com.b
Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), uma política de ação destinada aos alunos de baixa enda, poém nesse caso o financiamento deixa de se uma vantagem tendo em vista as taxas de juos altas que inviabilizam o acesso às IES. O financiamento estudantil (FIES) deixa de se uma altenativa viável aos alunos de baixa enda, face à defasagem ente a taxa de juos do empéstimo e a taxa de cescimento da enda do ecém-fomado, combinada ao aumento do desempego na população com diploma de nível supeio (CARVALHO, 2006, p.993). Mesmo diante de políticas educacionais voltadas paa o acesso às IES pivadas há poblemáticas que sugem ainda no ensino médio, como evasão e dificuldade de apendizagem que minimizam o acesso desse novo público, na maioia fomado po estudante tabalhado. Mesmo diante de políticas educacionais petinentes, voltadas ao acesso à educação supeio, suas caacteísticas não devem minimiza a esponsabilidade do pode público, estados e municípios, tendo em vista que mesmo com essas políticas a esponsabilidade e qualidade do ensino devem se voltadas paa os pilaes iniciais da educação: o ensino fundamental e o médio, paa que essa qualidade seja exposta em outos níveis educacionais. 4. Método Quanto aos pocedimentos técnicos, esta pesquisa caacteiza-se como documental e de campo. Po seus objetivos a pesquisa se caacteiza como descitiva, pois visa delinea as caacteísticas de uma deteminada população e sua pecepção em elação a um deteminado tema a pati de coleta de dados sistematizadas (VERGARA, 2004). 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1 Pogama de acesso e pemanência/valo da bolsa Recebe bolsa paa estuda no ES Integal 50% Outo Não ecebo 30% 75% 40% FIES 80,1% 7,4% 2,9% 5,1% 0,0% 4,4% 0,0% PROUNI 96,1% 0,0% 0,0% 3,9% 0,0% 0,0% 0,0% Bolsa da Faculdade/Univesidade 2,9% 73,5% 11,8% 2,9% 0,0% 0,0% 8,8% Outo tipo 11,1% 16,7% 55,6% 11,0% 5,6% 0,0% 0,0% Financiamento pópio 0,5% 0,2% 0,7% 98,6% 0,0% 0,0% 0,0% Convênio 50,0% 0,0% 0,0% 50,0% 0,0% 0,0% 0,0% Educa mais Basil Melho idade Faculdade paa todos 0,0% 100,0 % 0,0% 100,0 % 0,0% 100,0 % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% contato@fipedbasil.com.b
Fonte: Pesquisa de Campo (2015). Apesa das opotunidades paa ingessa e pemanece no ES, 98,6% não ecebe bolsa de estudo. Mesmo com as opotunidades paa ingessa e pemanece no ES, 98,6% não conta com esse tipo de auxílio. Quanto aos convênios, 50,0% ecebe integal e 50% não contam com bolsa paa estuda. Os pogamas Educa mais Basil, Melho Idade e Faculdade ofeecem 50% do valo da bolsa. Houve um cescimento significativo do novo pefil de discente que tabalha e consegue aca com as despesas geadas na gaduação. Diante de tal postua dos discentes, a educação pode se consideada um investimento com etono em longo pazo, popocionando uma tansfomação social e melho qualidade de vida. Tabela 02: Renda mensal individual Fequênci a % % Válida % Cumulativa Nenhuma 266 39, 39,4 39,4 4 Até 3 saláios mínimos (até $ 267 39, 39,6 79,0 1.530.00) 6 De 3 a 5 saláios mínimos (de 79 11, 11,7 90,7 $1.530.00 a $2.550.00) 7 De 5 a 8 saláios mínimos (de 36 5,3 5,3 96,0 $2.550.00 a $4.080.00) Supeio a 8 saláios 25 3,7 3,7 99,7 mínimos (supeio a $4.080.00) Outos 1,1,1 99,9 Menos de um saláio 1,1,1 100 Total 675 100 100 Fonte: Pesquisa de Campo (2015). O fato enda pode causa o aumento do índice de evasão dos paticipantes que custeiam seus estudos sem paticipa de pogamas educacionais ou ecebe outos tipos de auxílio. Mesmo com uma enda significativamente baixa, os discentes ingessaam no ensino supeio, poém o acesso não significa pemanência até a conclusão do cuso. A Lei de Dietizes e Bases da Educação (LDB), em seu At. 43, desceve que dente as finalidades da educação supeio está a extensão e abetua à paticipação popula, visando à difusão de benefícios conquistados pela instituição (CARNEIRO, 1998, p. 137). Dento dessa pespectiva, levam-se em consideação os benefícios conquistados pelos paticipantes após a conclusão do cuso: no âmbito pessoal a aquisição de conhecimentos, em seguida elevação da enda e posteiomente conquistas secundáias que a elevação econômica pode popociona. Os demais 11,7% têm uma enda de tês a cinco saláios, efeente atualmente a R$ contato@fipedbasil.com.b
1.530,00 a R$ 2.550,00; 5,3% ecebem de cinco a oito saláios mínimos, ente R$ 2.550,00 e R$ 4.080,00. A pesquisa conclui que, o PoUni assim como afima a liteatua é a pimeia opção de escolha dos discentes, o FIES vem como segunda opção e as altas taxas de juos podem justifica a escolha. Entetanto, baseado em um novo pefil de aluno tabalhado a pesquisa aponta que 94,5% dos alunos não ecebem qualque benefício po estuda no ensino supeio, contibuindo assim paa uma povável evasão nesse nível de ensino. Refeências AMARAL, D. P.: OLIVEIRA, F. B. de. O PoUni e a conclusão do ensino supeio: questões intodutóias sobe os egessos do pogama na zona oeste do Rio de Janeio. Ava. Pol. Públ. Educ. v. 19, n. 70, p. 21-42, jan./ma. 2011. Disponível em: <www.scielo.b/pdf/ensaio/v19n70/v19n70a03.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2014. BRASIL. Constituição (1988). República Fedeativa do Basil. Basília, DF: Senado Fedeal: Cento Gáfico, 1988. BRANDÃO, C. R.O que é educação. São Paulo: Basiliense, 2007. CARVALHO. C. H. A. O PROUNI no goveno Lula e o jogo político em tono do acesso ao ensino supeio. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96. Especial, pp. 979-1000, out. 2006. Disponível em: http://www.scielo.b/pdf/es/v27n96/a16v2796.pdf em: 01 nov. 2014. CARNEIRO, M. LDB fácil: leitua cítica - compeensiva. Petópolis, RJ: Vozes, 1998. CAMINI, L. Política e gestão educacional basileia: uma análise do plano de desenvolvimento da educação/plano de metas compomisso todos pela educação (2007 2009). 1 ed. São Paulo: Outas expessões, 2013. DIAS SOBRINHO. Educação Supeio: bem público, equidade e democatização. Revista Avaliação. Campinas, v.18, n. 1, pp. 107-126, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.b/pdf/avalv18n1/07.pdf>. Acesso em: 11 out. 2015. Plano Nacional de Educação (PNE). Lei nº 10.172/2001. Basília: Congesso Nacional, 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.b/ccivil_03/ lei/leis_2001/110172.htm. Acesso em: 01 nov. 2014. LOMBARDI, J. C; SAVIANE, D. Capitalismo, tabalho e educação. 3.ed. Campinas, SP: Coleção Educação Contempoânea, 2005. TODOS PELA EDUCAÇÃO. Anuáio Basileio da Educação Básica 2014. São contato@fipedbasil.com.b
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