FB MED, M3, 3 ANO, ANUAL, INTENSIVO. Aula 19- Renascimento comercial e urbano Prof. Dawison Sampaio

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Transcrição:

FB MED, M3, 3 ANO, ANUAL, INTENSIVO Aula 19- Renascimento comercial e urbano

DeOlhoNoEnem H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.(lucro, usura e as práticas burguesas) H18 - Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais. (relação do comércio com as cidades) H20 - Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.(a condição do burguês x camponês) H27 - Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos (novas técnicas aplicadas a produção e suas consequências)

Introdução

Introdução A. Oséc.XIeaimportânciadasCruzadas. B. Transformações básicas (Declínio do feudalismo e estruturação do capitalismo). 1) Enfraquecimento dos senhores feudais. 2) Fortalecimento do poder dos reis. 3) Aumento da produção agrícola (inovações tecnológicas). 4) Alimentos excedentes passaram a ser vendidos nas cidades(burgos). 5) Reaquecimento do comércio e monetarização da economia. 6) Nova classe social(burguesia). http://3.bp.blogspot.com/-6zsqlis- Cns/UnFpTnz2kaI/AAAAAAAARsI/dv0zZaL00Pw/s 1600/cruzadas01.jpg http://1.bp.blogspot.com/- qh3q_vgjdzq/unfnopyidgi/aaaaaaaarro/qybytgd5h Gg/s1600/burgueses.jpg

O Renascimento Comercial 1) Causa: Foi resultado do aumento populacional e das inovações técnicas produtivas aplicadas a agricultura que permitiram o desenvolvimento de um excedente comercializável. 2) A importância das cruzadas Proporcionaram a reabertura do Mediterrâneo Ocidental ao comércio europeu, intensificando as relações mercantis da Europa com o Oriente. 3) Os maiores beneficiados: Eram os italianos, especialmente genoveses e venezianos, que possuíam uma posição privilegiada que monopolizavam a distribuição dos produtos orientais para a Europa Ocidental. Nos mares Báltico e do Norte, atuavam os comerciantes das cidades que faziam parte da Liga Hanseática.

Aumento populacional 1) Fimdoséc.Xatéoséc.XIII(sóseencerraránoséc.XIV.) 2) Fatores do crescimento populacional: Redução do índice de mortalidade (menor incidência de epidemias, aumento da produção agrícola). Fim das invasões bárbaras. Consequências do crescimento populacional 1) Ampliação da mão-de-obra e do mercado consumidor (estímulo ao aumento da produção agrícola). 2) Excedentes populacionais expulsos dos feudos (aumento da criminalidade). 3) Retomada das cidades.

4) Aumento do comércio. Aumento da produção agrícola. Inovações técnicas nos transportes e comunicações. Diminuía o desperdício de tempo nas transações comerciais. Ex. construções de pontes retráteis, estradas, uso da ferradura, rotação trienal, arado de ferro, drenagem dos pântanos...) R. G. OJÉDA / MUSEU CONDÉ, CHANTILLY, FRANÇA O período de 1100 a 1300 já foi chamado de Revolução Industrial da IdadeMédia, pelas inovações na forma de utilizar os meios de produção e o aumento radical no número de invenções.

As dificuldades do comércio 1) Senhores feudais proibiam ou dificultavam o direito de passagem (pedágio). 2) A falta de segurança(salteadores). 3) Despadronização de pesos, medidas, moeda e etc. Curiosidade: As Cruzadasse revelaram um bom negócio para os mercadores. Acompanhando as expedições eles buscaram produtos exóticos na Ásia e na África (joias, tecidos, pedras preciosas, temperos) e vendiam como artigos de luxo na Europa ocidental por valores muito acima do que foram pagos.

Os Burgos 1) Eram cidades fortificadas. 2) Com o aquecimento do comércio, os burgos cresceram e surgiram as feiras periódicas, onde eram vendidos diferentes produtos. 3) Moravam comerciantes (mercadores) e produtores de bens(artesãos). As feiras 1) Origem: Pontos de negócio temporário que surgiu do encontro de rotas de comércio ligando o continente europeu. 2) As mais importantes:champanhe (FRA) e Flandres (BEL). Curiosidades * As feiras eram sazonais e proporcionavam distraçãoaos frequentadores (menestréis, saltimbancos e outros artistas populares) * Atraiam moradores e nobres de diversos feudos. * foram determinantes para o surgimento de novas cidades. ALESSANDRO ANGELI/ GALERIA DOS MAPAS DO MUSEU DO VATICANO

Corporações de Ofício: 1) Eram associações que reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma profissão. (Carpinteiros, ferreiros, alfaiates, sapateiros, padeiros, entre outros.) 2) Regulavam a profissão, o trabalho, a quantidade e a qualidade da produção, estabelecendo para os produtos um justo preço impedindo a concorrência dentro de um mesmo ofício. justo preço (matéria-prima + mão-de-obra) Pintura medieval retratando a Corporação de Ofício dos Ferreiros Mestres: Eram os donos de oficina, matérias-primas e das ferramentas. Oficiais: Tinham uma boa experiência e recebiam salário pela função exercida. Aprendizes: Eram jovens em começo de carreira que estavam na oficina para aprender o trabalho. Não recebiam salário mas moravam na casa do mestre e recebiam comida em troca do trabalho desenvolvido.

Curiosidade Corporações de Ofício a) Com o tempo a mobilidade hierárquica tornou-se menor. b) O privilégio de ser mestre-de-ofício tornou-se cada vez mais restrito, praticamente hereditário, constituindose numa verdadeira oligarquia comercial. c) No mais o controle da produção, a exploração do trabalho assalariado fez cada vez mais o mestres serem embriões dos futuros empregadores burgueses.

Principais consequências do Renascimento Comercial 1) Retomada da moeda. 2) Atividades de crédito e bancárias: Facilitando o comércio e evitando os perigos do transporte do dinheiro amoedado, surgiram os títulos de crédito, como cheques, letras de câmbio, conhecimentos de depósito, e outros, marcando inclusive o nascimento do direito comercial. http://1.bp.blogspot.com/- qh3q_vgjdzq/unfnopyidgi/aaaaaaaarro/qybytgd5h Gg/s1600/burgueses.jpg

O Renascimento Urbano 1) Causa fundamental: Retomada do comércio. 2) Onde surgiram as cidades? Junto a castelos fortificados, próximo a abadias (fluxo de fiéis para cerimônias religiosas ou em encruzilhadas de rotas terrestres e fluviais) "O ar da cidade torna um homem livre". Provérbio alemão http://3.bp.blogspot.com/_l-aig-7aw7i/smgtgo9rqwi/aaaaaaaab1o/2dasgc7gj5g/s1600/budapest%2bmedieval.jpg

Papel das cidades 1) Contribuíram para o processo de transição feudo-capitalista. 2) Locais em que ocorriam transações comerciais e atividades bancárias. Surgimento de novas classes sociais 1) Burguesia: ligada a atividades mercantis, artesanais e usurárias. 2) Artesão: buscava libertar-se do julgo do trabalho servil, usava de suas habilidades para produzir artesanato na condição de assalariado ou homem livre.

Movimento Comunal (Séc. XI XIII) 1) O que eram? Movimentos que buscavam autonomia das cidades em relação aos senhores feudais (compra ou conquista militar), com governo, direito e símbolos próprios. 2) Símbolomaiordaautonomia:aCartadeFranquiaouForal. 3) Onde? Além da França ocorreram Península Ibérica (Conselhos), Sacro Império Romano Germânico (Cidades-livres) e Itália (Repúblicas).

Guildas X Hansas 1) Guildas: associações de mercadores que buscavam o monopólio do comércio local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação de preços. 2) Hansas: Liga formada por cidades comerciais, na Baixa Idade Média. Importante: Liga Hanseática (Ale) Era a união de cidades (cerca de 80 a 90) na baixa idade média que objetivavam monopolizar o comércio de uma região do Mar Báltico (Lübeck). Mar do Norte. (Séc.XII)

Transição feudo-capitalista (aula 22) FEUDALISMO CAPITALISMO Política Descentralizada Estado centralizado Economia Agrária Comercial e urbano Subsistência Sociedade Estamental Maior mobilidade social Cultura Teocêntrica Antropocêntrica

UM ABRAÇO DO PROF. SAMPAIO E ATÉ A PRÓXIMA AULA... Fontes de pesquisa e imagens 1) Projeto Teláris. Ed. Scipione. 2) História da Civilização Ocidental, Edward McNall Burns Vol.1.Ed.Globo,2005. 3) História das Sociedades. Aquino, Denize, Jacques e Oscar Vol.1Ed.AoLivroTécnico,1985. 4) Leonel Itaussú História Antiga e Medieval. Ed. Scipione, 1995. 5) Ricardo Ademar Flávio,Históriavol.1.Ed.Lê,1997.