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perguntou o que estava acontecendo e ela contou sobre o desejo de comer os rapôncios da horta da bruxa. Disse então, quase chorando: Ah! Se eu não comer uma salada com aquelas folhas, acho que vou morrer! A mulher esperava que o marido entrasse no quintal da bruxa para roubar as verduras, mas ele tinha outras preocupações: Se a bruxa me pegar, vai me transformar em um sapo! A mulher não respondeu. Só chorava, de tanta vontade de comer uma salada com as verduras do quintal da bruxa. Preocupado com a esposa, o homem pensou que talvez conseguisse entrar à noite no quintal vizinho, para pegar algumas folhas. E assim fez. Quando escureceu, ele pulou o muro da casa da bruxa, arrancou um punhado de verduras e levou para a mulher, que preparou uma salada, comeu, e por uns dias não falou mais em rapôncios. Depois de algum tempo, porém, o desejo voltou ainda mais forte, e a mulher pediu ao marido que fosse buscar mais verduras. Tanto chorou e implorou, que ele voltou ao quintal da bruxa. Estava arrancando as folhas, quando a velha Gotel apareceu: Sabe o que acontece com quem rouba a minha horta? Apavorado, o homem pediu piedade: Senhora Gotel, minha mulher está grávida e chora, dia e noite, com desejo de comer uma salada de rapôncios. A bruxa, então, respondeu: Se é assim, pode levar o que quiser, mas quando o bebê nascer, quero a criança para mim. O homem estava tão apavorado, que concordou. Pegou as verduras e foi para casa, muito triste com o que havia acontecido.

Quando o bebê nasceu, a bruxa Gotel foi cobrar a promessa. E ao receber a criança, uma linda menina, deu-lhe o nome de Rapunzel, por causa dos rapôncios. O tempo foi passando e, a cada dia, Rapunzel ficava mais bonita. Quando a menina fez doze anos, Gotel a trancou no alto de uma torre, no meio de uma grande floresta. A torre não tinha portas e nem escadas que levassem ao quarto de Rapunzel. Havia somente uma janelinha, bem no alto. Quando a bruxa queria entrar, ia até a torre e gritava: Assim que ouvia o chamado da velha, Rapunzel desenrolava as tranças, que brilhavam como ouro e eram tão compridas que chegavam até o chão. Então a bruxa subia por elas. Um belo dia, o filho de um rei passava a cavalo pela floresta, quando ouviu uma voz muito doce, cantando uma linda canção. Era Rapunzel, que cantava para espantar a solidão. O príncipe seguiu o som da linda voz e chegou à torre. Procurou a entrada, mas como não achou nenhuma porta, voltou para casa. O canto de Rapunzel, porém, havia tocado o seu coração. Todos os dias, ele voltava à floresta e caminhava até a torre, na esperança de ouvir de novo aquela voz. Uma tarde, o príncipe estava descansando à sombra de uma árvore, quando ouviu a bruxa se aproximar da torre e gritar: Ao ver a bruxa subir pelas tranças, o príncipe pensou: Se essa é a escada da torre, vou tentar subir por ela também!" No dia seguinte, quando escureceu, o rapaz se aproximou da torre e gritou: As tranças caíram pela janela e ele subiu.

A jovem ficou muito assustada quando viu o príncipe, mas ele foi tão bondoso e gentil, que Rapunzel perdeu o medo. E quando o rapaz perguntou se ela aceitava se casar com ele, respondeu que sim, pensando que, certamente, o príncipe gostaria mais dela do que a velha mãe Gotel. Como a bruxa costumava ir à torre durante o dia, o príncipe visitava Rapunzel à noite. E assim, os dois passaram juntos muitas e muitas noites, se divertindo e fazendo planos para o futuro. Combinaram que o rapaz levaria fios de seda, para Rapunzel trançar uma escada. Quando ficasse pronta a escada de seda, ela desceria da torre e iriam juntos para o palácio. O príncipe e Rapunzel foram felizes até o dia em que a jovem, sem querer, disse à bruxa: Mãe Gotel, eu preciso de roupas novas. As minhas estão muito apertadas. A bruxa, que pensava ter isolado Rapunzel do mundo, viu que havia sido enganada e gritou: Ah, menina tola! O que você fez? Furiosa, a bruxa agarrou Rapunzel pelos cabelos e, com uma tesoura, cortou suas belas tranças. Em seguida, levou a pobre menina para um deserto, onde a abandonou. Depois de castigar Rapunzel, a bruxa voltou para a torre, prendeu as tranças na janela e ficou esperando. Ao anoitecer, o príncipe se aproximou e chamou sua amada: Ele viu as tranças serem jogadas da janela e subiu por elas. Mas ao entrar, o príncipe não encontrou Rapunzel. Quem o esperava era a bruxa: Ah! Veio buscar sua amada? Pois ela não está mais aqui. Você nunca mais verá Rapunzel! O rapaz, desesperado, se jogou do alto da torre e caiu sobre uma moita de espinhos, que arranharam seus olhos. Cego, tateando na escuridão, o príncipe saiu vagando pela floresta, sofrendo por ter perdido sua amada. No deserto, onde havia sido abandonada pela bruxa, Rapunzel também sofria. A pobre moça, sozinha, passou por muitas dificuldades e teve

filhos gêmeos: um menino e uma menina. Com suas crianças, ela lutava para sobreviver. Um dia, depois de atravessar toda a floresta, o príncipe chegou ao deserto e ouviu um lindo canto. Seguiu o som da voz que cantava e encontrou o lugar onde Rapunzel acalentava os filhos. Assim que viu o príncipe, ela o reconheceu e correu ao seu encontro. Quando o rapaz contou o que havia acontecido, Rapunzel, em prantos, o abraçou. Duas de suas lágrimas caíram nos olhos de seu amado e, no mesmo instante, ele recuperou a visão, passando a enxergar tão bem quanto antes. Então, o príncipe levou Rapunzel e as crianças para o seu palácio, onde foram recebidos com grande alegria. E ali, cercados de amigos, viveram felizes por muitos e muitos anos. Este texto é parte integrante da Biblioteca Bilíngue de Literatura Infantil e Juvenil - Libras/Português Acesse pelo site: www.bibliolibras.com.br Direitos Autorais 2016 Copyright Os textos das adaptações em Libras e Português da Biblioteca Bilíngue de Literatura Infantil e Juvenil Libras/Português podem ser utilizados, reproduzidos e divulgados livremente, com citação da fonte.