Determinação de matérias estranhas, impurezas e fragmentos em milho

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Transcrição:

Determinação de matérias estranhas, impurezas e fragmentos em milho Larissa Fatarelli Bento 1, Maria Aparecida Braga Caneppele 2, Dayse Félix do Nascimento 3, Aline Lehmkuhl 1, Carlos Caneppele 2 64 1 Aluna de Mestrado do Curso de Agricultura Tropical da UFMT alinelehmkuhl@hotmail.com 2 Pesquisador(a) Dr(ª). do Núcleo de Tecnologia em Armazenagem da UFMT canepele@terra.com.br 3 Aluna Especial do Curso de Agricultura Tropical da UFMT dayse.fn@gmail.com Resumo A qualidade do milho é determinada pelos defeitos e teor de água. Avaliou-se a quantidade de matérias estranhas, impurezas e fragmentos em peneiras com diferentes crivos, para o enquadramento de qualidade do milho. Foi adicionado níveis de 5, 10 e 15%, de sujidades nas amostras, para a separação em peneiras de 5,0 mm, 3,5 mm e 3,0 mm. No nível de 5% as peneiras diferiram entre si. Para 10 e 15% não houve diferença entre as peneiras de 3,0 e 3,5 mm. As amostras avaliadas pela peneira de 5,0 mm apresentaram enquadramento inferior para o tipo. Palavras-chave: qualidade, peneiras, classificação. Introdução O milho (Zea mays L.) é um produto de grande importância econômica para o país, representando o segundo lugar na produção de grãos, tendo ocupado na safra 2007/2008 uma área de 14.445.264 ha, resultando em uma produção de 59.017.716 t. A qualidade do milho é determinada com base nas porcentagens de defeitos e teor de água dos grãos, com enquadramento em Grupo, Classes e Tipo, segundo sua consistência, coloração e qualidade, respectivamente, de acordo com os padrões oficiais do Ministério da Agricultura (Portaria N 845 de 08 de novembro de 1976). A determinação de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos do milho é feita com peneira de crivos de 5,0 mm de diâmetro ou 12/64. Todo material que vazar pela peneira é considerado matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos. 489

Tabela 1. Valores de tolerância para o enquadramento comercial do milho (Brasil,1976). Valores percentuais de tolerância Tipo Umidade Matérias estranhas, Avariados impurezas e fragmentos Total Máx. de ardidos e brotados 1 14,50 1,50 11,00 3,00 2 14,50 2,00 18,00 6,00 3 14,50 3,00 27,00 10,00 O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar em peneiras de diferentes crivos, a quantidade de matérias estranhas e/ou impurezas para efeito de enquadramento do padrão de qualidade do milho. Material e métodos O presente trabalho foi conduzido no Núcleo de Tecnologia em Armazenagem (NTA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Foram separadas três amostras de grãos de milho de três quilos, previamente limpas, retirando as sujidades em peneira de 5,0 mm. Após, adicionou níveis de 5, 10 e 15%, de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos nestas amostras. Logo após foram subdivididas em três repetições de um quilo, para realizar as seguintes análises: Teor de água dos grãos determinado através do método da estufa, a 105 ºC durante 24 horas conforme as Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992). Separação de matérias estranhas e/ou impurezas, fragmentos e quebrados: as amostras de um kg foram homogeneizadas e separadas em três sub-amostras de 250 g, para passar por peneiras com crivos de 5,0 mm, 3,5 mm e 3 mm respectivamente, Figura 1. O material vazado pelos crivos foi pesado, constituindo as matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos. Os grãos quebrados que ficaram retidos na peneira foram também separados manualmente e pesados. Os valores foram convertidos em porcentagem. Figura 1. Separação de matérias estranhas, impurezas e fragmentos do milho. 490

Resultados e discussão Observa-se na Tabela 2 e Figura 2, que a peneira de crivos de 5,0 mm foi a que apresentou maior porcentagem de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos. No nível de 5% as três peneiras diferiram estaticamente uma das outras. Já no nível de 10 e 15% de matérias estranhas e/ou impurezas não houve diferença entre as peneiras de crivos de 3,0 e 3,5 mm, Figuras 3 e 4. Figura 2. Quantidade de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos (A, B, C) que vazaram pela peneira de 5,0 mm e quantidade de grãos quebrados (D, E, F) que ficaram retidos. Nos níveis de 5, 10 e 15% de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, adicionados, respectivamente. Figura 3. Quantidade de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos (A, B, C) que vazaram pela peneira de 3,5 mm e quantidade de grãos quebrados (D, E, F) que ficaram retidos. Nos níveis de 5, 10 e 15% de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, adicionados, respectivamente. As amostras que foram passadas em peneiras de em crivos de 3,5 mm e 3,0 mm, com 10% e 15% de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos não diferiram estatisticamente para o material que vazou pelas peneiras e para o material retido somente a 10% (Tabelas 2 e 3). 491

Se fossem utilizadas peneiras de crivos menores, na classificação do milho, os fragmentos seriam retidos junto aos quebrados e contabilizados como defeitos leves, por fazer parte do produto e não entrariam no limite mais rigoroso para o enquadramento da qualidade. De acordo com a Tabela 3, a peneira de crivos de 5,0 mm foi a que apresentou menor porcentagem de grãos quebrados retidos em todos os níveis de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos. Figura 4. Quantidade de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos (A, B, C) que vazaram pela peneira de 3,0 mm e quantidade de grãos quebrados (D, E, F) que ficaram retidos. Nos níveis de 5, 10 e 15% de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, adicionados, respectivamente. Tabela 2. Valores médios de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos de milho com diferentes níveis de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, testados em três crivos de peneiras. UFMT/ FAMEV/NTA, 2009. Peneira 5% 10% 15% 5,00 mm 1,67 Ca 4,00 Bb 5,00 Bc 3,50 mm 0,78 Ba 1,00 Aa 1,33 Aa 3,00 mm 0,27 Aa 0,78 Ab 1,22 Ab Médias seguidas de mesmas letras, maiúscula nas colunas e minúsculas nas linhas, não diferem entre si pelo Teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Nos níveis de 5% e 10% não houve diferença estatística entre as peneiras de crivos de 3,5 e 3,0 mm, mas nas amostras com nível 15% houve diferença entre essas peneiras. Na classificação dos grãos, todas as amostras testadas na peneira de crivos de 5,0 mm apresentaram enquadramento inferior para o tipo, devido à quantidade de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, sendo que nos níveis de 10 e 15% de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, os grãos foram considerados Abaixo do Padrão - AP (Tabela 4). 492

Tabela 3. Valores médios de grãos quebrados, retidos das amostras, com diferentes níveis de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, testados em três crivos de peneiras. UFMT/FAMEV/NTA, 2009. Peneira 5% 10% 15% 5,00 mm 2,89 Aa 4,78 Ab 6,78 Ac 3,50 mm 4,00 Ba 7,78 Bb 11,22 Bc 3,00 mm 3,56 ABa 7,88 Bb 12,33 Cc Médias seguidas de mesmas letras, maiúscula nas colunas e minúsculas nas linhas, não diferem entre si pelo Teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Nas peneiras de crivos de 3,0 e 3,5 mm os grãos foram enquadrados no Tipo 1, isso se deve ao fato de uma maior quantidade de fragmentos terem ficado retidos e contabilizados como quebrados e deixaram fazer parte dos defeitos graves, com limites de tolerância menores. Provavelmente, os percentuais retidos nas peneiras com crivos de 3,5 e 3,0 mm, continham grãos quebrados que vazavam pela peneira com crivos de 5,0 mm e na avaliação foram considerados como fragmentos de grãos, junto às matérias estranhas e impurezas. Tabela 4. Enquadramento do milho em tipo devido à quantidade de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos com diferentes níveis, avaliado em três crivos de peneiras. UFMT/FAMEV/NTA, 2009. Nível de matérias estranhas e/ou Diâmetro das Matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos (%) peneiras (mm) impurezas e fragmentos (%) Tipo 5 5,00 1,67 2 5 3,50 0,78 1 5 3,00 0,27 1 10 5,00 4,00 AP 10 3,50 1,00 1 10 3,00 0,78 1 15 5,00 5,00 AP 15 3,00 1,33 1 15 3,00 1,22 1 No nível de 15% de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos, o milho apresentou menor peso hectolítrico, devido ao índice de misturas na amostra, com massa inferior ao dos grãos (Tabela 5). Tabela 5. Valores médios de peso hectolítrico e teor de água, com diferentes níveis de matérias estranhas e/ou impurezas e fragmentos. UFMT/FAMEV/NTA, 2009. Nível de matérias estranhas e/ou Peso hectolítrico Teor de água impurezas e fragmentos (%) (kg/hl) (%) 5% 76,57 B 10,72 10% 76,66 B 10,36 15% 75,44 A 10,49 Médias seguidas de mesmas letras não diferem entre si pelo Teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. 493

Referências bibliográficas BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Abastecimento e da reforma Agrária. Secretária de Desenvolvimento Rural. Portaria nº 845 de 08 de novembro de 1976 - Milho. Brasília-DF BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Abastecimento e da reforma Agrária. Secretária de Desenvolvimento Rural. Portaria nº 11 de 12 de abril de 1996. Brasília-DF BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. 1992. Regras para Análise de Sementes. Brasília: SNAD/CLAV, 79P. IBGE. Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias- GCEA/IBGE, DPE, COAGRO- Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/ estatística/indicadores/agropecuaria/lspa/lspa, acessado em 27 de maio de 2009. 494