GUIA DEFINITIVO - COMO USAR A SUA CAMERA DSLR EM 7 PASSOS. Oi, tudo bem? Caio Vinícius aqui, autor do Ebook 1001 Dicas de Fotografia.

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Transcrição:

GUIA DEFINITIVO - COMO USAR A SUA CAMERA DSLR EM 7 PASSOS Oi, tudo bem? Caio Vinícius aqui, autor do Ebook 1001 Dicas de Fotografia. É com muito prazer que trago pra vocês um megapost, para te ajudar a dominar de vez a sua câmera DSLR. Muito importante ter clareza das configurações que serão apresentadas aqui e dominar de vêz os 3 Pilares da Fotografia Digital. Se você comprou uma câmera DSLR e, depois de desempacotar, ficou intimidada(o) com a quantidade de botões e chaves e pela grossura do manual, pode ser bem tentador deixar o manual de lado, colocar a câmera no modo 'Auto' e sair fotografando. Enquanto isso é bom para algumas pessoas, pode ser que demore um pouco pra você atingir o controle criativo que te inspirou a comprar a sua DSLR em primeiro lugar, mas por onde começar? Se você se considera um iniciante e se sente inseguro em como extrair o máximo da sua câmera, este artigo foi feito pra você. A intenção é que ele seja um local para te ajudar a usar a sua câmera de outras formas sem que seja no modo automático para que assim você tome controle da sua DSLR. A intenção não é substituir o manual da sua câmera mas cobrir todo o básico para que você tome controle do seu equipamento. Os passos para você aprender a usar a sua câmera DSLR são: 1. Dominar os modos de disparo (incluindo os modos de prioridade e modo manual) 2. Entender o ISO 3. Aprender o 'triangulo da exposição' 4. Dominar o metering(medição) incluido a compensação de exposição 5. Aprender a focar

6. Entender os tipos e tamanhos de arquivos 7. Dominar o balanço de branco Há muito o que aprender se você quiser extrair o máximo da sua DSLR, no entanto, vamos começar com entendendo a fundo estes tópicos. 1. Modos de Disparo O melhor lugar para começar é com os modos de disparo. Os modos de disparo são comumente encontrado no seletor em no topo direito da câmera com as inscrições 'Auto, Av, Tv, P, M' e em alguma câmeras outros modos podem ser encontrados. Escolher um dos modos de disparo irá determinar como sua câmera irá se comportar quando você pressionar o disparador, por exemplo, quanto 'Auto' é escolhido, a câmera determinará toda a exposição, incluindo a abertura e velocidade do obturador. Os outros modos Av, Tv, P, M lhe darão o seguinte controle: Não se preocupe se a chave seletora da sua câmera parecer um pouco diferente; fabricantes diferentes usam abreviações diferentes para os modos de disparo. A chave seletora da sua câmera pode ter as letras A, S, P, M (ao invés de Av, Tv, P, M), mas eles funcionam da mesma maneira. Abaixo, vou mostrar cada abreviação de cada modo de disparo: Prioridade de Abertura do Diafragma (Av ou A) O modo Prioridade de Abertura pode ser considerado como um modo 'semi-automatico'. Quando este modo é selecionado, você ajusta a abertura e a câmera automaticamente irá definir a velocidade do obturador. Então, o que é a Abertura e quando você deve controlá-la? A abertura do diafragma é o tamanho da abertura que a lente atinge e que define a quantidade de luz que passará sobre a lente quando o disparador é apertado. Quanto maior a abertura, mais luz passa pela lente. A abertura é medida em 'f-stop' e é comumente exibida utilizando um 'f-number', por exemplo: f/2.0, f/2.8, f/4.0, f/5.6, f/8.0 etc, que é a medida da distância focal sobre o diâmetro da abertura. Portanto, uma abertura maior ( uma abertura mais ampla ) tem um número f menor (Ex.: f/22). Reduzindo a abertura em um f-stop inteiro, ex.: de f/2.0 para f2.8 ou de f5/6 para f/8.0, reduz-se pela

metade a quantidade de luz que entra na câmera. A abertura é um dos mais importantes aspectos da fotografia por que ela influencia diretamente a profundidade de campo, que é a quantidade de imagem que está em foco. Uma grande profundidade de campo (conseguida utilizando aberturas menores - maiores número f) significa que a maioria dos elementos da imagem estarão em foco, assim como ilustrado abaixo no primeiro plano e no plano de fundo da imagem. [caption id="attachment_648" align="alignnone" width="600"] Uma abertura de f/13 foi utilizada nesta foto para criar uma grande profundidade de campo, assegurando assim que a maior parte da imagem, do primeiro a ultimo plano, estivesse nítida.[/caption] Considerando uma curta profundidade de campo(conseguida através da utilização de uma grande abertura - um pequeno numero f) esta seleção geraria uma imagem aonde somente o sujeito principal estaria em foco. Este tipo de configuração é frequentemente utilizada ao fotografar

retratos ou vida selvagem, como na imagem abaixo, para isolar o sujeito do fundo da imagem. [caption id="attachment_650" align="alignnone" width="600"] Uma grande abertura de f / 4.5 foi usado para capturar essa ratazana de água, contra um suave fundo desfocado[/caption] Então, quando é utilizado o modo de Prioridade de Abertura, você pode tomar o controle sobre a profundidade de campo, enquanto a câmera cuida do resto. Prioridade de Velocidade do Obturador (Tv or S) Similar a prioridade de abertura, este é outro modo de disparo 'semi-automático', nesse caso, você, como fotógrafo, configura a velocidade do obturador e a câmera cuidara da configuração da abertura. A velocidade do obturador, medida em segundos ou frequentemente em frações de segundos, é a quantidade de tempo que o obturador fica aberto quando a fotografia é capturada. Quanto mais o obturador fica aberto, mais luz passa através dele para ser capturada pelo sensor. Você deve selecionar uma velocidade curta de obturação se você quiser congelar um movimento rápido de um sujeito, como na fotografia esportiva, de ação ou de vida selvagem, por exemplo: [caption id="attachment_651" align="alignnone" width="600"]

Uma alta velicidade de obturação de 1/4000 segundos foi utilizada para congelar o movimento desta ave em pleno voô[/caption] Você deve usar longas velocidades de obturador se você quiser borrar o movimento, por exemplo, água escorrendo de uma cachoeira (longas velocidades de obturação requerem que você coloque a câmera em um tripé para garantir que a câmera esteja bem firme enquanto o obturador está aberto): [caption id="attachment_652" align="alignnone" width="600"]

Para capturar o movimento das ondas e para que a água fique com um aspecto, suave, de textura esfumaçada, uma velocidade do obturador de 6 segundos foi utilizada.[/caption] Program (P) O modo Program é quase a metade do caminho entre os modos semi automáticos de abertura/velocidade do obturador e o controle manual total. No modo Program você pode configurar tanto a abertura do diafragma ou a velocidade do obturador e a câmera irá ajustar o outro para conseguir a exposição correta. Ou seja, se você mudar a abertura, a velocidade do obturador irá mudar automaticamente e vice versa. Isso te da uma liberdade adicional que a utilização dos modos de prioridade de abertura e prioridade de velocidade do obturador não fornecem sem que a chave seletora seja acionada entre os disparos. Manual (M) O modo Manual é exatamente o que o seu nome sugere, você tem o controle total sobre a determinação da exposição, configurando, você mesmo, tanto a abertura quanto a velocidade do obturador. Será exibido um indicador de exposição tanto na tela quando no visor ocular que te informará quanto a imagem está subexposta ou superexposta, entretanto, você pode alterar a abertura e a velocidade a seu gosto para alcançar a correta exposição da fotografia. Em termos práticos: como um primeiro passo para parar de usar a sua câmera no modo 'auto', os modos de prioridade de abertura e prioridade de velocidade oferecem duas maneiras bem simples de começar a entender a como as diferentes configurações destes modos podem impactar as suas fotos e são um começo perfeito para aprender como utilizar a sua câmera de forma mais criativa. 2. ISO

ISO é a medida de quão sensível a luz o sensor da sua câmera está. O termo, originado na fotografia em filme, aonde filmes de diferentes sensibilidades poderiam ser utilizados dependendo das condições de disparo, o que não é diferente na fotografia digital. A sensibilidade do ISO é representada numericamente do ISO 100 (baixa sensibilidade) até ISO 6400 (alta sensibilidade) e acima, e controla a quantidade de luz necessária para que o sensor atinja a exposição desejada. Em baixas sensibilidades, mais luz é necessária para se atingir uma determinada exposição comparando-se a altas sensibilidades, quando menos luz é necessário para se atingir a mesma exposição. Para entender isso, vamos dar uma olhada nestas duas diferentes situações: Números de ISO Baixo Se, fotografando em ambientes externos, em um dia de sol brilhante, muita luz está disponível para atingir o sensor durante a exposição, o que significa que o sensor não precisa estar muito sensível para que atinja a correta exposição. Portanto, você poderia usar números baixos de ISO, como 100 ou 200. Isso lhe dará imagens de alta qualidade, com muito pouca granulação(ruído). [caption id="attachment_654" align="alignnone" width="600"] Capturada em ISO 100, essa imagem não apresenta sinais de ruído (mesmo quando olhando para um corte de 100%)[/caption] Números de ISO Altos Se você for fotografar em condições de pouca luz, como no interior de uma catedral ou museu por exemplo, não ha muita luz disponível para o sensor da sua câmera. Um alto número de ISO, como ISO 3200, irá aumentar a sensibilidade do sensor, efetivamente multiplicando a pequena porção de luz disponível para te dar a correta exposição da imagem. Esta multiplicação de luz vem com um efeito colateral de aumento de ruídos na imagem, que dá a impressão de granulação da imagem, reduzindo a qualidade geral da imagem. O ruído será mais perceptível nas áreas escuras e de sombras da imagem. [caption id="attachment_657" align="alignnone" width="600"]

Esta imagem foi capturada quando o sol estava se pondo, o que significa que não havia muita luz ambiente. Portanto, foi capturada utilizando o ISO4000, entretanto você pode ver ruídos bem óbvios no crop da imagem.[/caption] Em termos práticos: Você sempre deve manter o ISO o mais baixo possível, por que quanto menos o ISO, menor o ruído e maior a qualidade do resultado da imagem. Em área externa, num dia de sol, configure o ISO em 200 e veja como ficam as imagens, caso apareçam nuvens, talvez selecionar um ISO entre 400-800 seja uma boa opção. Se você for para ambientes fechados, considere um ISO em torno de 1600 ou acima(estes são valores iniciais para testar). A maioria das DSLRs atuais possuem a função 'auto-iso', aonde a câmera configura o ISO dependendo da quantidade de luz no ambiente que você está fotografando, mantendo o menor ISO possível. O auto-iso é uma ferramenta muito útil quando você está tirando as primeiras fotos com a sua câmera já que você pode definir um ISO limite, isto é, um ISO aonde as imagens começam a ficar com ruídos como ISO 1600 ou 3200, e então você pode esquecer dessa configuração durante situações em que você queira manter o ISO em um limite que mantenha as fotos com qualidades. Por exemplo, se você for fotografar paisagens, você pode usar um tripé e se dar ao luxo de usar sempre o menor ISO possivel. 3. Dominando o Triangulo de Exposição É importante saber que a abertura, a velocidade do obturador e o ISO são parte do Triangulo da Exposição. Eles controlam tanto a quantidade de luz que entra na câmera(abertura, velocidade do obturador) ou a quantidade de luz necessária para que a câmera atinja uma determinada exposição(iso). Therefore, they are all linked, and understanding the relationship between them is crucial to being able to take control of your camera. A change in one of the settings will impact the other two. For example, considering a theoretical exposure of ISO400, f/8.0, 1/10th second. If you wanted to reduce the depth of field, and decided to use an aperture of f/4.0, you would be increasing the size of the aperture by two whole f/stops, therefore increasing the amount of light entering the camera by a factor of 4 (i.e. increasing by a factor of 2, twice). Therefore, to balance the exposure, you could do

the following: Portanto, eles estão todos ligados, e compreender a relação entre eles é fundamental para ser capaz de assumir o controle de sua câmera. Uma mudança em uma das configurações terá impacto sobre as outras duas. Por exemplo, considerando uma exposição teórica de ISO400, f / 8.0, 1 / 10 segundos. Se você quiser reduzir a profundidade de campo, e decidiu usar uma abertura de f / 4.0, você teria que aumentar o tamanho da abertura por dois f / stops inteiros, aumentando assim a quantidade de luz que entra na câmera em 4 vezes ( isto é, aumentando por um fator de 2, duas vezes ). Portanto, para equilibrar a exposição, você pode fazer o seguinte: Situação 1 : Aumentar a velocidade do obturador por um fator de 4, ou seja, a 1/ 40 segundo. Situação 2 : Reduzir o ISO por um fator de 4, ou seja, a ISO100 Situação 3 : Uma combinação da velocidade de cima, do obturador por um fator de 2 ( de 1 / 20 segundo ) e reduzir a ISO também a um fator de dois ( ISO200 ). [caption id="attachment_660" align="alignnone" width="600"] Abertura,

velocidade do obturador e ISO são fatores que influenciam a sua exposição, e estão todos ligados. É apenas o caso de equilibra-los![/caption] Todos eles têm o efeito de reduzir a quantidade de luz por um fator de 4, neste exemplo, frente a alteração na abertura. É apenas um caso de entendimento de que eles estão todos ligados, e assim mudar uma configuração, irá causar uma mudança na outra. Usar uma combinação de modos de disparo semi automáticos(prioridade de abertura e prioridade de velocidade) e o auto-iso significa que você não vai necessariamente precisar pensar sobre como ajustar a sua exposição de forma inicial, no entanto a compreensão da relação que o ISO ou a abertura tem com a velocidade do obturador, e conhecendo a implicações práticas é um grande passo para dominar a sua DSLR. 4. Modos de Medição de Luz (Metering Modes) Nos pontos acima, eu expliquei que a câmera calcula a exposição, dependendo da quantidade de luz disponível, mas o que ela realmente faz? E como ela faz isso? Ao tirar uma fotografia, usando qualquer forma de cálculo automático de exposição ( por exemplo, modo de prioridade de abertura, modo de prioridade do obturador, auto-iso etc ), a câmera sempre tenta calcular uma exposição "média". Ela irá avaliar toda a cena, ambas as áreas claras e escuras, e determinar a exposição de modo que todos os tons dentro de toda a imagem fiquem em média 18% cinzento - o chamado "meio" cinza. Isto é conhecido como medição de luz ou metering, e é a razão por que se você aponta sua câmera para uma cena branca brilhante, e ao tirar uma fotografia a imagem resultante será sempre mais escura do que você vê. Da mesma forma, se você apontar sua câmera para uma cena muito escura, como uma sala com iluminação suave, e tirar uma fotografia a imagem resultante será sempre mais brilhante do que você vê. The scene is always being averaged by the camera and most of the time that results in the image appearing to be correctly exposed. However, you can control what areas of the scene are being assessed by the camera in order to influence the way in which the exposure is metered. A cena está sempre sendo processada pela câmera e, na maior parte do tempo, o que resulta na imagem é o que parece a ser corretamente exposto. No entanto, você pode controlar quais áreas da cena estão sendo avaliadas pela câmera, afim de influenciar a maneira pela qual a exposição é medida. Geralmente, existem três modos de medição que você pode escolher: Average ou Média A câmera irá avaliar os tons em todo a de imagem, de canto a canto, e irá expor a cena ao cinza 18%, a partir dessa avaliação. Centre-weighted ou Ponderadas pelo Centro - A câmera calcula a exposição lendo a área no centro do visor, essa área pode atingir cerca de 80% da cena, ignorando os cantos extremos da imagem. Spot metering ou Medição pontual - A câmera irá utilizar uma área muito pequena da cena, normalmente um pequeno círculo no centro do visor, que totaliza cerca de 5% da área do visor. Isso fará com que a câmera avalie os tons escuros/claros nesta área e expor toda a cena a 18% de cinza, a partir dessa avaliação.

Em termos práticos: para iniciantes em DSLR, a medição média ou ponderada pelo centro são um bom ponto de partida. Ambos irão fornecer uma medida bastante consistente da exposição requerida e, se você selecionar um modo e ficar com ela, em breve você vai começar a entender quando uma cena estará sob exposto (ou seja, muito escura ) ou mais exposta (ou seja, à luz) comparado a como você vê com seus próprios olhos. Mas o que você pode fazer se uma cena está sobre-exposta ou su-exposta? É aí que a compensação de exposição entra. A compensação de exposição Geralmente encontrado em um pequeno botão +/- perto do obturador, esta é uma das funções mais úteis para se aprender a usar. Ele permite que você aumente ou diminua medidor de leitura padrão da câmera para considerar o brilho real de uma cena. Se uma cena contem, primariamente, tons brilhantes e está sendo processada muito escura, por exemplo, uma cena de neve bem branca (que normalmente terá seu brilho reduzido a 18% de cinza pelo sistema de medição da câmera), você pode aplicar uma compensação de exposição positiva para permitir que a câmera saiba que a cena deve ser mais brilhante que o 18% de cinza. [caption id="attachment_663" align="alignnone" width="600"] Um cordeiro saltando na frente de uma encosta de neve. Esquerda: Foto tirada direto da câmera, sem

ajustes, a neve é capturada como cinza. Direita: Com dois stops de compensação de exposição (adicionado na pós-processamento). O fundo de neve brilhante levou a câmera a sub expor esta cena por quase dois f stops, o que poderia ter sido corrigido por compensação de exposição na própria câmera.[/caption] Inversamente, se uma cena contém tons principalmente escuros e está sendo processada muito clara, por exemplo, uma cena de noite escura ( que normalmente será aumentada para 18% de cinza pelo sistema de medição padrão), você pode aplicar a compensação de exposição negativa para deixar a câmera saber que a cena deve ser mais escura do que o cinza médio. 5. Foco Independentemente de qual modo de disparo que você está usando, ou o ISO que você define, as chances são de que haverá um assunto da sua imagem que você quer ter em foco. Se você não conseguir focar esse assunto, a imagem não será o que você queria. Modos de Focagem Automatica As câmetras DSLRs vêm com uma variedade de modos de focagem automática, no entanto, para simplificar, os dois que são mais importantes para entender são AF-S e AF-C. AF-S - autofocus-single. Isso é modo é melhor usado ao tirar fotos de objetos parados, como retratos de pessoas, paisagens, edifícios, etc. Quando você pressiona até a metade o botão do obturador, o foco será definido e travado neste ponto durante o tempo que você mantiver o botão pressionado. Se você quiser mudar a recompor o foco, você precisa soltar o botão, recompor e então pressionar-lo novamente até a metade. AF-C - autofoco contínuo. Este modo é melhor usado ao tirar fotos de ação ou temas como esportes e vida selvagem em movimento. Quando você aperta o botão do obturador até a metade, o foco será definido e travado em um determinado assunto. Quando o assunto se move, o foco irá ajustar a ele, a refocando todo o tempo até que a fotografia seja tirada. (Esses modos não devem ser confundidos com os interruptores AF / MF na lente, onde AF significa foco automático e MF significa focagem manual. Essa opção é uma substituição para quando você quiser focar manualmente sua lente. Se você quiser fazer utilização dos modos de focagem automática discutidos acima, certifique-se a lente é definida como AF). Pontos de foco Ambos os modos de foco dependem do que chamamos de pontos de foco. Quando você olha através do visor, você deve ver um número de quadrados / pontos sobrepostos em toda a tela. Quando você pressiona o botão do obturador até a metade, você deve ver um desses pontos serem destacados em vermelho. Esse é o ponto de foco ativo, e é essa posição dentro do quadro que a câmera está focando. Um visor com 9 pontos de foco é mostrado abaixo:

Novas DSLRs podem vir com mais de 50 pontos de foco e a tentação é de deixá-los sempre na seleção automática de ponto de foco, com o pensamento de que a câmera será capaz de selecionar o ponto de foco correto. No entanto, só você sabe o que você deseja focar, e não há maneira melhor do que garantir se o assunto correto está no foco do que usando um ponto de foco, e colocando esse ponto de foco sobre o assunto. Se você selecionar um único ponto de foco, você é capaz de alterar o ponto que está ativo com bastante facilidade ou usando os botões direcionais. Se você selecionar um ponto de foco que está no seu objeto desejado, você irá garantir que a câmara foca, onde quer que seja. Depois de uma pequena quantidade de prática, em breve você vai adquirir o hábito de ser capaz de mudar o ponto de focagem sem tirar a câmera de longe do seu olho. Em termos práticos: Inicialmente, configure a câmera para usar um único ponto de foco (o manual da câmera deve dizer-lhe como fazer isso), geralmente o do meio. Dessa forma, você será capaz de escolher o que você está focando, garantindo que o motivo que pretende captar está em foco. Quando estiver familiarizado com os modos de focagem básicos e concentrar-se a seleção de ponto, você pode, então, explorar os modos mais avançados que a câmera pode oferecer. 6. Tamanho/Tipos de arquivos Você tem a opção de de mudar o tamanho das imagens que sua câmera grava, e o tipo de arquivo também. A melhor opção é sempre definir o tamanho do arquivo para o maior possível ( "grande" ou "fine" ou "super fine ') para garantir que você está obtendo o máximo dos mega pixels que você acabou de investir. Você também terá a opção de escolher se deseja gravar as imagens como "jpeg" ou como RAW. Um arquivo RAW é um arquivo sem compressão, e assim contém uma grande quantidade de dados da imagem, o que permite uma grande flexibilidade no pós-processamento (ou seja, no seu computador), mas também vem com complicações adicionais, tais como a necessidade de processar todas as fotos usando algum software de edição e também o seu tamanho maior. O jpeg é um tipo de

arquivo compactado, que é automaticamente processado pela câmera. Eles são gravados de forma a estarem prontos para serem usados fora da câmera, e são arquivos muito menores, o que significa que você pode colocar mais imagens por cartão de memória. Em termos práticos: No inicio, usar jpeg é o mais indicado. Ele irá permitir que você obtenha os melhores resultados, enquanto você aprende o básico da câmera, antes de complicar as coisas com o pós-processamento de arquivos RAW. 7. Balanço de Branco Quando você fotografa em JPEG, como recomendamos acima, você precisará ter certeza se configurar o seu balanço de branco antes de capturar a sua fotografia. O balanço de branco pode impactar significativamente o tom de cor das suas fotografias. Você pode ter notado que as vezes as suas imagens podem sair com um tom mais azul ou em alguns casos, um tom mais laranja. Isso tem a ver com o balanço de branco e mesmo que você possa realizar alguns ajustes na imagem no seu computador, é muito melhor e mais simples se você já fizer essa configuração na captura da imagem. Fontes de luzes diferentes (tais como o sol, lâmpadas, fluorescentes, etc ) emitem luz de diferentes comprimentos de onda, e portanto diferentes cores, que podem ser descritos pelo que é conhecido como temperatura de cor. A luz de uma vela, ou a luz do sol durante o nascer do sol / por do sol, é muito quente, e contém uma grande quantidade de comprimentos de onda vermelho / laranja ; enquanto que a luz de uma lampada fluorescente é muito mais fria, contendo uma série de comprimentos de onda azul. Esta luz colorida é refletida quando bate em superfícies, mas nosso cérebro em inteligente o bastante para reconhecer isso e automaticamente contrariar o efeito, o que significa que ainda vemos uma superfície branca como uma superfície branca. No entanto, sua câmera não é tão inteligente, e a menos que você a avise, através da configuração, irá gravar os tons de laranja ou azul e darão este tom da cor de suas imagens. [caption id="attachment_666" align="alignnone" width="600"] Esquerda: A imagem capturada utilizando balanço de branco automático tem um tom amarelo pesado da

iluminação pública artificial. Direita: a mesma imagem, corrigida pelo balanço de branco informando que a luz é " Tungstenio", dando os tons mais frios no trabalho de pedra, e o céu mais azul.[/caption] Como a temperatura de cor de diferentes fontes de luz são bem conhecidas, há uma série de predefinições em sua câmera que ajudam a balancear as diferentes cores de luz em diferentes situações - resfriando a luz quente e aquecendo a luz fria, tudo em para tentar capturar as cores da cena com precisão. O recurso 'auto' (auto WB ou AWB) tentará prever a cor da luz, detectando a cor predominante da cena e, em seguida, equilibra-la, no entanto, pode não necessariamente fazer uma decisão correta, deixando a imagem com cores imprecisas. Por isso, é melhor definir o equilíbrio de cor, utilizando estas configurações, antes de fotografar a sua imagem, apenas para se certificar: Daylight Para ser usado em dias ensolarados e claros. A luz solar brilhante, em um dia claro, é o mais próximo à luz neutra que geralmente se consegue. Cloudy Para ser usado quando se fotografa em dias nublados. Ele acrescenta tons quentes as imagens. Shade Para ser usado em fotografias a sombra. Sombras geralmente produzem imagens frias e azuis, portanto elas precisam ser aquecidas. Tungsten Utilizado na captura de imagens em ambientes fechados, sob luzes incandescentes ou sob luzes das ruas, afim de esfriar um pouco os tons amarelos. Fluorescent Compensa os tons verdes/azuis de luzes fluorescentes quando fotografa-se em ambientes internos. Flash O flash acrescenta um tom azul e frio nas imagens, então, este balanço acrescenta um pouco de calor. Em termos práticos : Evite o balanço de branco automático e ajuste o balanço de branco manualmente. Geralmente, você vai ser capaz de olhar para o céu e ver que tipo de dia é, e determinar o balanço de cor necessário muito facilmente. Se você se mover dentro de casa, basta verificar a iluminação do ambiente que você está fotografando e selecione novamente o balanço de branco apropriado. Em breve se tornará tão natural pra você defini-lo, assim como você tirar sua câmera da bolsa. Conclusão Esta é uma visão geral das configurações que você vai encontrar quando você decidir dar o salto e utilizar a sua câmera fora do modo ' Auto'. Você não necessariamente precisa considerar todas elas de imediato, mas explorar e compreender o efeito de cada configuração terá te colocara, em breve, no controle completo de sua câmera. O maior passo, que lhe dará a mais notável diferença na sensação de controle e influência direta nos resultados criativos, será começar a usar os modos de disparo de 'prioridade de abertura' ou 'prioridade do obturador' e uma vez que você estiver familiarizado com esses modos, você pode começar a pensar em explorar ainda mais a sua câmera. Pouco tempo depois, você não vai mais pensar em sua câmera como uma caixa preta misteriosa, mas entender como pode alcançar os resultados fotográficos que você esperava obter quando comprou para ele em primeiro lugar. Qualquer coisa já sabe, comente aqui ou mande um email para caio180778@gmail.com com dúvidas ou outras questões relacionadas a fotografia. E se você curtiu essas dicas, te convido a conhecer o

Ebook 1001 Dicas de Fotografia(clique aqui), dicas essenciais para quem quer desenvolver habilidades fotográficas do básico ao avançado e ser um fotógrafo de sucesso. Grande abraço e boas fotos, Caio Vinícius Autor do Ebook 1001 Dicas de Fotografia.