DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 264/92

Documentos relacionados
DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 31/98

REAVALIAÇÃO DO ACTIVO IMOBILIZADO

O Decreto-Lei n.º 66/2016, de 3 de novembro estabelece um regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento.

Regime facultativo de reavaliação n.º 14/2016 _ 25 de novembro de 2016

Diário da República, 1.ª série N.º de novembro de

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 211/2016, Série I de , páginas FINANÇAS. Decreto-Lei n.º 66/2016, de 3 de novembro

Impostos sobre o Rendimento Regulamento de Reavalição dos Activos Tangíveis

Reavaliação dos bens do ativo fixo tangível e das propriedades de investimento

FINANÇAS. Diário da República, 1.ª série N.º de fevereiro de Portaria n.º 51/2018

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA FINANÇAS. Diário da República, 1.ª série N.º de novembro de

ANEXO B DECLARAÇÃO MODELO 22

Decreto-Lei n.º 204/95 de 2 de Julho

Decreto-Lei n.º 204/95. de 5 de Agosto

Escrito por Administrator Quarta, 26 Novembro :27 - Actualizado em Sexta, 28 Novembro :31

Questões Frequentes Decreto-Lei n.º 66/2016, de 3 de novembro Regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento

Avisos do Banco de Portugal Aviso nº 12/2001

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011. Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, DR n.º 183 Série I-A

Decreto Regulamentar n.º 2/ Jan-12. Reintegrações e Amortizações - Preâmbulo - CIRC

VII - ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS

Circular nº 48/2016. Caros Associados,

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011

PRAZOS E MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃO. Índice: Capítulo II Disposições Gerais... 3

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS)

Fiscalidade das mais e menos valias resultantes da venda de bens do activo imobilizados: Para o exercício fiscal de 2009.

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

Demonstrações Financeiras

IRC - ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS

FIBEIRA FUNDOS SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, SA ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

APECA Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas

PROJECTO DE NORMA EMPRESAS DE SEGUROS MARGEM DE SOLVÊNCIA E FUNDO DE GARANTIA

Demonstrações Financeiras

IV - QUADRO, ÂMBITO E MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS 3. MOVIMENTAÇÃO DE ALGUMAS CONTAS

SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE VISEU Rua Conselheiro Afonso de Melo VISEU N.º de Identificação Fiscal

REGIME DAS DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES PARA EFEITOS DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS

ANEXO AO BALANÇO E ÀS DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2009

MÓDULO: IRC Imposto sobre rendimento

IES - INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA (ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ACTIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA)

MÓDULO: IRC Imposto sobre Rendimentos

Declaração n.º 22/2009, de 27/01 - Série II, n.º 18

PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO 02 ÁREA DA SEDE, DIRECÇÃO EFECTIVA OU ESTAB. ESTÁVEL IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO TIPO DE SUJEITO PASSIVO

O regime facultativo de reavaliação de ativos. Relevante ou displicente?

Descarregue gratuitamente actualizações online em Fiscal Col. Legislação, Edição Académica ( ). Dezembro, 2009.

DL 495/ Dez-30 CIRC - Sociedades Gestoras de Participações Sociais (SGPS) - HOLDINGS

ÍNDICE SISTEMÁTICO DECRETO-LEI N.º 159/2009, DE 13 DE JULHO

Decreto-Lei nº 36/92, de 28 de Março

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2008

Condições Gerais

ANEXO. Aviso nº 12/2001

SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE VISEU Rua Conselheiro Afonso de Melo VISEU N.º de Identificação Fiscal

Decreto-Lei n.º 38/92 de 28 de Março. Regula a actividade de transporte de doentes

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS MUNDICÂMBIOS Agência de Câmbios, Lda. :: Relatório Anual 2006

Decreto-Lei 20/90. Prevê a restituição de IVA à Igreja Católica e às instituições particulares de solidariedade social Publicação: DR nº 11/90 I Série

SUPLEMENTO I SÉRIE ÍNDICE. Presidência do Conselho de Ministros. Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009 Número 177

Comprovativo de Entrega da Declaração IES/DA Via Internet - Informação Vigente. Cód. Validação: VILA NOVA DE FOZ COA 1295

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU FISCALIDADE DE EMPRESA I

CONTRIBUIÇÃO SOBRE O SETOR BANCÁRIO

Money One Express - Agência de Câmbios, LDA

NORMA REGULAMENTAR N.º 6/2007-R, DE 27 DE ABRIL EMPRESAS DE SEGUROS MARGEM DE SOLVÊNCIA E FUNDO DE GARANTIA

PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO 02 ÁREA DA SEDE, DIRECÇÃO EFECTIVA OU ESTAB. ESTÁVEL IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO TIPO DE SUJEITO PASSIVO

Regime de Reavaliações

CÓDIGO DO IRC e Legislação Complementar

Dedução de prejuízos fiscais

8.2. Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

DEPARTAMENTO DE FINANÇAS E CONTABILIDADE DISCIPLINA: FISCALIDADE. COORDENADOR: Prof. Dr. Américo Brás Carlos ÁREA CIENTÍFICA: CONTABILIDADE

Aviso do Banco de Portugal n. o 12/2001

FINANÇAS. Diário da República, 1.ª série N.º de fevereiro de

4.2 Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

4.2 Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

ESTATUTO DO MECENATO CIENTÍFICO

DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

- *Decreto Regulamentar nº 16/94 - *Decreto Regulamentar nº 28/98 - *Decreto-Lei nº 211/ *Lei nº 60-A/2005 (nº 3 e nº 4 do artigo 44º)

Instrução n. o 6/2013 BO n. o

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PRÓ-FORMA) E EM 1 DE JANEIRO DE 2015 (PRÓ-FORMA) Montantes expressos em milhares de Kwanzas ACTIVO

Decreto Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro Decreto Regulamentar n.º 2/90 de 12 de Janeiro

AGÊNCIA DE CÂMBIOS CENTRAL, LIMITADA. R E L A T Ó R I O E C O N T A S

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários ª Edição. Actualização nº 2

XXXII. Compensações ÍNDICE

MÓDULO: IRC IMPOSTO SOBRE RENDIMENTOS

Estatuto Fiscal Cooperativo

INSTRUTIVO N.º 18/2016 de 08 de Agosto

Publicado no Diário da República, I Série, nº 102, de 22 de Junho AVISO N.º 08/2016 ASSUNTO: RISCO DE TAXA DE JURO NA CARTEIRA BANCÁRIA

DESPACHO N.º 9/03 DE 21 DE FEVEREIRO

Regime das mais-valias fiscais e SGPS

Diploma. Estabelece o regime remuneratório dos funcionários que integram as carreiras constantes do quadro de pessoal da Direcção-Geral das Alfândegas

Não dispensa a consulta do Diário da República Imojuris. Todos os direitos reservados.

DESPACHO N.º 9/03 DE 21 DE FEVEREIRO

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO ANO 2014

AVISO N.º 04/2012 de 28 de Março

PPR ÚNICO - 7ª Série. Ficha de Produto. Plano Poupança Reforma

Condições Gerais

Decreto-Lei nº 323/95, de 29 de Novembro

DIPLOMA/ACTO: Portaria nº 1514/2002

PPR ÚNICO - 3ª Série. Ficha de Produto. Plano Poupança Reforma

Transcrição:

TEXTO : DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 264/92 DATA : Terça-feira, 24 de Novembro de 1992 NÚMERO : 272/92 SÉRIE I-A EMISSOR : Ministério das Finanças PÁGINAS DO DR : 5390 a 5392 Decreto-Lei n.º 264/92, de 24 de Novembro A última reavaliação dos elementos do activo imobilizado corpóreo das empresas, permitida para efeitos fiscais com carácter geral, realizada ao abrigo do Decreto-Lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro, foi reportada, para os sujeitos passivos cujo período de tributação coincide com o ano civil, a 31 de Dezembro de 1990 e produziu efeitos, em termos de reintegrações, a partir do exercício de 1991. Não obstante a descida dos níveis de inflação verificada posteriormente, entende-se oportuno permitir nova reavaliação, reportada, em geral, a 31 de Dezembro de 1992 e com efeitos, relativamente às reintegrações a praticar, a partir do exercício de 1993. Para o efeito seguem-se neste diploma as linhas gerais definidas no Decreto- Lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 360/91, de 28 de Setembro, já que se trata de metodologia que se vem revelando como a mais adequada para os fins visados. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Âmbito da reavaliação 1 - Os sujeitos passivos de IRC ou de IRS podem reavaliar os elementos do seu activo imobilizado corpóreo afectos ao exercício de uma actividade comercial, industrial ou agrícola existentes e em utilização na data da reavaliação. 2 - Exceptuam-se do disposto no número anterior: a) Os elementos completamente reintegrados na data da reavaliação e já

reavaliados nessa qualidade ao abrigo de anterior legislação de carácter fiscal; b) Os elementos de reduzido valor cujo custo de aquisição ou de produção tenha sido deduzido num só exercício, nos termos do artigo 31.º do Código do IRC; c) Os imóveis que, nas empresas de seguros, estejam ou tenham estado a representar ou a caucionar provisões técnicas do ramo «Vida», respeitantes a contratos com participação nos resultados. 3 - A reavaliação deve reportar-se a 31 de Dezembro de 1992 ou, se o exercício económico não coincidir com o ano civil, nos termos previstos nos n.os 2 e 3 do artigo 7.º do Código do IRC: a) À data do início do período de tributação em curso em 31 de Dezembro de 1992, se o respectivo termo ocorrer no 2.º semestre de 1993; b) A data do termo do período de tributação em curso em 31 de Dezembro de 1992, se o respectivo termo ocorrer no 1.º semestre de 1993. 4 - A reavaliação deve constar do balanço referente ao termo do exercício em que se integra a data a que se reporta a reavaliação ou do balanço relativo ao termo do período de tributação seguinte, no caso de os sujeitos passivos não poderem efectuar a reavaliação em tempo útil. 5 - Para efeitos deste diploma, consideram-se elementos do activo imobilizado corpóreo as imobilizações corpóreas e os investimentos em imóveis. Artigo 2.º Valores bases da reavaliação 1 - Tratando-se de elementos ainda não totalmente reintegrados à data da reavaliação, os valores a reavaliar são os seguintes: a) No caso de elementos já reavaliados ao abrigo de outros diplomas legais, os valores que se obtiveram na última reavaliação efectuada; b) No caso de elementos ainda não reavaliados, os custos de aquisição ou de produção, se forem conhecidos, ou, não o sendo, os valores mais antigos constantes dos registos contabilísticos do sujeito passivo. 2 - Tratando-se de elementos já totalmente reintegrados, não abrangidos pelo disposto no n.º 2 do artigo anterior, que possuem ainda aptidão para poderem utilmente desempenhar a sua função técnico-económica e sejam ainda efectivamente utilizados no processo produtivo, os valores a reavaliar são os referidos nas alíneas a) ou b) do número anterior, conforme os casos. 3 - Quanto aos bens a reavaliar que tenham sido transferidos para a empresa que os detém à data da reavaliação em consequência da constituição, fusão ou cisão de sociedades, os valores a considerar para a reavaliação são os que lhes correspondem nos termos das alíneas a) ou b) do n.º 1 ou os valores líquidos contabilísticos, se uns ou outros coincidirem com os valores por que os elementos transferidos estavam contabilizados na empresa originária. Artigo 3.º Processos de reavaliação 1 - Relativamente aos elementos não totalmente reintegrados, a reavaliação consiste na aplicação, aos valores referidos no artigo anterior e às correspondentes reintegrações acumuladas, dos coeficientes de actualização monetária referidos no n.º 3 que corresponderem aos anos a que se reportam os valores base da reavaliação. 2 - Quanto aos elementos já totalmente reintegrados, a reavaliação consiste em: a) Utilização do processo descrito no número anterior, quer em relação ao valor dos bens, quer relativamente às reintegrações acumuladas;

b) Correcção das reintegrações acumuladas, actualizadas nos termos da alínea anterior, com base na taxa média de reintegração que resultar da soma do período de vida útil já decorrido com o período adicional de utilização futura. 3 - Os coeficientes de actualização monetária a utilizar na reavaliação são os constantes da Portaria n.º 395/92, de 12 de Maio, multiplicados pelo factor 1,08, sendo o resultado arredondado, por excesso, até às centésimas. Artigo 4.º Valores máximos de reavaliação 1 - O valor líquido contabilístico dos elementos reavaliados que resultar da utilização dos processos de reavaliação mencionados no artigo anterior não poderá exceder, à data da reavaliação, o seu valor real actual. 2 - Entende-se por valor real actual de um elemento reavaliado: a) Relativamente aos activos detidos pelas empresas, aquele que tem em conta o seu estado de uso e a utilidade ainda esperada para o serviço da actividade desenvolvida pelo sujeito passivo; b) Relativamente aos activos detidos por empresas de seguros, sem prejuízo do disposto na alínea anterior, aquele que for determinado de acordo com as regras definidas para o efeito pelo Instituto de Seguros de Portugal. 3 - Considera-se não estar excedido o valor real actual previsto no número anterior quando se observarem as seguintes regras: a) Tratando-se de bens não totalmente reintegrados, o coeficiente de actualização aplicado não for superior ao que resultar da divisão do valor real actual do elemento reavaliado pelo valor líquido contabilístico antes da reavaliação; b) Tratando-se de bens totalmente reintegrados, as reintegrações acumuladas actualizadas forem corrigidas por forma que o valor líquido contabilístico após a reavaliação não ultrapasse o citado valor actual, aplicando-se nos exercícios seguintes, como taxa máxima de reintegração, a que resultar da divisão do mesmo valor real actual pelo produto do número de anos de utilidade esperada pelo valor do activo imobilizado bruto actualizado. Artigo 5.º Reserva de reavaliação 1 - A reserva de reavaliação corresponderá ao saldo resultante dos movimentos contabilísticos inerentes aos processos de reavaliação, os quais serão registados, conforme os casos, a débito ou a crédito de uma conta denominada «Reserva de reavaliação - Decreto-Lei n.º 264/92».. 2 - A reserva de reavaliação só pode ser movimentada de acordo com a seguinte ordem de prioridades: para corrigir as situações previstas no n.º 1 do artigo 4.º, para cobertura de prejuízos acumulados até à data a que se reporta a reavaliação, inclusive, e para incorporação no capital social, na parte remanescente. 3 - As utilizações previstas no número anterior só poderão efectivar-se em data posterior à do balanço em que constar a reavaliação. Artigo 6.º Regime fiscal das reintegrações 1 - O regime fiscal das reintegrações dos elementos reavaliados ao abrigo deste diploma regular-se-á pelas disposições sobre reintegrações e amortizações do Código do IRC e do Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro. 2 - As reintegrações dos elementos do activo imobilizado só poderão calcularse sobre os valores resultantes da reavaliação prevista neste diploma nos

seguintes termos: a) Para os sujeitos passivos cujo período de tributação coincida com o ano civil, a partir do exercício de 1993, inclusive; b) Para os sujeitos passivos cujo período de tributação em curso em 31 de Dezembro de 1992 termine no 2.º semestre de 1993, a partir deste mesmo período, inclusive; c) Para os sujeitos passivos cujo período de tributação em curso em 31 de Dezembro de 1992 termine no 1.º semestre de 1993, a partir do período de tributação imediatamente seguinte, inclusive. Artigo 7.º Custos ou perdas não dedutíveis 1 - Não são dedutíveis para efeitos fiscais os seguintes custos ou perdas: a) O produto de 0,4 pela importância do aumento das reintegrações anuais resultantes da reavaliação; b) A parte do valor líquido contabilístico dos elementos inutilizados ou destruídos que tenham sido reavaliados ao abrigo deste diploma, na parte que corresponde à reavaliação efectuada, observando-se, na parte restante, o disposto no n.º 1 do artigo 10.º do Decreto Regulamentar n.º 2/90. 2 - Para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior: a) No caso de elementos não totalmente reintegrados, considera-se como aumento das reintegrações anuais o montante que se obtém aplicando as taxas de reintegração utilizadas no respectivo exercício ao acréscimo do valor do imobilizado proveniente da reavaliação; b) No caso de elementos já totalmente reintegrados à data da reavaliação, o aumento das reintegrações anuais correspondente à dotação que vier a ser contabilizada em cada exercício. Artigo 8.º Reinvestimento dos valores de realização 1 - Os sujeitos passivos que tenham transmitido a título oneroso elementos reavaliados ao abrigo do presente diploma deverão efectuar o reinvestimento do valor total de realização de acordo com as condições fixadas no n.º 1 do artigo 44.º do Código do IRC. 2 - Não se concretizando o reinvestimento nos termos previstos no número anterior, adicionar-se-á ao valor do IRC ou do IRS, liquidado relativamente ao segundo exercício posterior ao da realização, o IRC ou IRS que em resultado da reavaliação dos bens transmitidos deixou de ser liquidado nos exercícios anteriores, acrescido dos juros compensatórios correspondentes. Artigo 9.º Mapas de reavaliação e das reintegrações 1 - À declaração periódica de rendimentos a que se refere, conforme os casos, a alínea b) do n.º 1 do artigo 94.º do Código do IRC ou a alínea b) do n.º 1 do artigo 57.º do Código do IRS, relativa ao exercício em que deva ser contabilizada a reserva de reavaliação, de harmonia com o n.º 4 do artigo 1.º, deverão os sujeitos passivos juntar: a) Mapas, de modelo oficial, demonstrativos da reavaliação efectuada; b) Os mapas das reintegrações efectuadas pela empresa originária relativamente ao exercício anterior ao da transferência dos bens, nos casos previstos no n.º 3 do artigo 2.º 2 - Os elementos reavaliados ao abrigo deste diploma figurarão anualmente, a partir do exercício em que passarem a calcular-se as reintegrações sobre os novos valores, em mapas de reintegrações próprios, de modelo oficial, com a

menção, na parte superior, do presente diploma, elaborados com observância do disposto no artigo 22.º do Decreto Regulamentar n.º 2/90, na parte aplicável. Artigo 10.º Utilização indevida de reserva de reavaliação A utilização da reserva de reavaliação para fins diferentes dos previstos no n.º 2 do artigo 5.º tem como consequências: a) Considerar-se como nula, para efeitos fiscais, a reavaliação efectuada; b) Adicionar-se ao valor do IRC ou do IRS liquidado relativamente ao exercício em que tal utilização se verifique o IRC ou o IRS que em resultado da reavaliação deixou de ser liquidado nos exercícios anteriores, acrescido dos juros compensatórios correspondentes. Artigo 11.º Fiscalização A fiscalização do cumprimento das normas constantes do presente diploma compete à Direcção-Geral das Contribuições e Impostos, à Inspecção-Geral de Finanças e ao Instituto de Seguros de Portugal, tendo os funcionários encarregados dessa fiscalização livre acesso a todas as instalações ou locais onde seja exercida a actividade dos sujeitos passivos, podendo ser solicitada a outros serviços públicos ou a quaisquer entidades a avaliação dos bens reavaliados ao abrigo deste diploma sempre que haja motivos fundamentados de que o respectivo valor real actual reportado à data da reavaliação é inferior ao respectivo valor líquido contabilístico resultante da mesma. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15 de Outubro de 1992. - Aníbal António Cavaco Silva - Jorge Braga de Macedo. Promulgado em 6 de Novembro de 1992. Publique-se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 10 de Novembro de 1992. O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.