Ref: Alterações Estatutárias Presença de Ilegalidade Exercício de Direito Fins Acautelatórios

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Transcrição:

APCBS nº 09/2014 Volta Redonda, 16 de abril de 2014 À Diretoria de Análise Técnica - DITEC Superintendência Nacional de Previdência Complementar PREVIC Brasília DF Ref: Alterações Estatutárias Presença de Ilegalidade Exercício de Direito Fins Acautelatórios A Associação dos Participantes da Caixa Beneficente dos Empregados da Companhia Siderurgia Nacional - APCBS, sediada em Volta Redonda/RJ, na Rua 25-A, nº 23 sala 417, Vila Santa Cecília, CEP 27.260-160, vem, por meio da presente, e no exercício dos seus deveres institucionais de zelar e proteger os interesses dos participantes da Caixa Beneficente dos Empregados da Companhia Siderúrgica Nacional CBS Previdência, expor e requerer o que abaixo segue. Inicialmente, contextualiza-se que a presente manifestação tem por objeto fundamental apresentar impugnações a determinadas alterações estatutárias que pretende a CBS Previdência implementar e que foram divulgadas previamente aos participantes por força do previsto na Instrução PREVIC nº 05/2013, conforme Informativo anexo. Destaca-se, ainda, que a presente manifestação tem finalidade acautelatória, visto que enviada à PREVIC dentro do prazo de 30 (trinta) dias de que trata o art. 3º da Instrução PREVIC nº 05/2013 e, portanto, antes mesmo da remessa do requerimento de alteração estatutária que em breve lhe será submetida à análise. Registra-se, ainda, que o presente expediente apresentará impugnação às propostas de alteração estatutária que entende a APCBS serem manifestamente ilegais, sem prejuízo de futuras impugnações sobre outros aspectos que a Associação entenda ferirem a legislação e aos princípios de governança corporativa que devem ser seguidos pela entidade. Por fins didáticos, apresenta-se, abaixo, comparativo entre a versão estatutária vigente e a pretendida pela CBS Previdência (alterações destacadas), com apontamento dos comentários da entidade acerca da motivação da alteração e, por fim, da fundamentação da APCBS acerca da ilegalidade e/ou irregularidade que entende estar presente. 1

REDAÇÃO ATUAL REDAÇÃO PROPOSTA COMENTÁRIOS DA CBS Art. 27. O Conselho Deliberativo compor-se-á de: I - Presidente indicado pelo patrocinador principal; Art. 27 Sem alteração I - Sem alteração.. II - 6 (seis) membros efetivos designados por patrocinadores, dentre os participantes; III - 4 (quatro) membros efetivos eleitos pelos participantes, sendo 2 (dois) participantes ativos e 2 (dois) participantes assistidos. II - 6 (seis) membros efetivos designados por patrocinadores participantes ou não; III - 4 (quatro) membros efetivos eleitos pelos participantes. Ajuste de redação, possibilitando que não participantes da entidade possam ser designados como membros do Conselho Deliberativo. Ajuste de redação. 4º - Não existente na redação atual 4º. Poderá de comum acordo entre as Patrocinadoras, a seu exclusivo critério, ser indicado um ou mais membros independentes, não sendo exigido nesse caso o vínculo de emprego ou estatutário com as Patrocinadoras nem a condição de participantes. A vaga a ser ocupada por um ou mais membros independentes será uma das destinadas às patrocinadoras. possibilitar a indicação de membros independentes, não sendo exigido vínculo empregatício ou estatutário, nem a condição de participante. Iniciada a análise pela alteração pretendida no art. 27, II c/c 4º do mesmo artigo, nota-se ser intenção da entidade que o Conselho Deliberativo possa contar com membros que não sejam participantes da entidade. É incluída a possibilidade, ainda, de que esses membros sequer mantenham vínculo de emprego ou estatutário com as patrocinadoras. Embora a legislação não contenha dispositivo direto que estabeleça que os membros do Conselho Deliberativo sejam participantes dos Planos ofertados pela entidade, a regra está implícita na própria Lei Complementar nº 109/2001 e também na Resolução CGPC nº 13/2004. 2

Destaca-se, assim, que a Lei Complementar nº 109/2001, no 2º do art. 35, prevê que na composição dos conselhos deliberativo e fiscal das entidades qualificadas como multipatrocinadas, deverá ser considerado o número de participantes vinculados a cada patrocinador ou instituidor, bem como o montante dos respectivos patrimônios. Embora não se trate diretamente da hipótese em estudo, a regra legal acima evidencia o critério discutido, sendo induvidoso que os membros do Conselho devem ser participantes da entidade. Não obstante isso entende a APCBS que a possibilidade de que o Conselho seja composto por pessoas não participantes da entidade não se traduz em boa prática de governança corporativa, visto a necessidade de que os componentes do órgão sejam profundos conhecedores das regras que regem a oferta e administração dos Planos de Benefícios. Cumpre ainda registrar que, anteriormente à apresentação da proposta de alteração acima destacada, era notório o entendimento da própria CBS Previdência quanto à necessidade de que os membros do Conselho fossem participantes da entidade, e mantivessem com ela sólido laço de relacionamento e identidade. Assim, a alínea a do inciso I do art. 9º do Regulamento de Eleições vigente (anexo) prevê como requisito para se candidatar a vaga ter mais de 2 (dois) anos ininterruptos de vinculação à CBS Previdência. acima anunciada (art. 27, II c/c 4º do mesmo artigo). Em continuidade à análise da proposta de alteração estatutária que envolve o art. 27, nota-se que o inciso III deixaria de especificar que, dentre os 4 (quatro) membros efetivos eleitos pelos participantes, 2 (dois) devem ser participantes ativos e 2 (dois) devem ser participantes assistidos, para apenas expressar que 4 (quatro) membros efetivos devem ser eleitos pelos participantes. Caso implementada a condição, poder-se-ia cogitar, a depender dos resultados das eleições, que o Conselho deixasse de contar com participação de participantes ativos ou de assistidos. Por conta do exposto, a alteração pretendida fere de forma inequívoca ao disposto no 1º do art. 35 da Lei Complementar, vez que se está deixando de garantir representação dos participantes ativos e assistidos no Conselho Deliberativo: Art. 35. As entidades fechadas deverão manter estrutura mínima composta por conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria-executiva.... 1º O estatuto deverá prever representação dos participantes e assistidos nos conselhos deliberativo e fiscal, assegurado a eles no mínimo um terço das vagas. 3

Cumpre registrar que exatamente a mesma proposta de alteração objeto de análise já foi pretendida pela CBS Previdência em anterior oportunidade, conforme consta da Nota Técnica 039/2013, Tendo sido retirada a proposta pela CBS Previdência após contestação da APCBS na fase de divulgação da proposta de alteração do Estatuto entre os participantes e assistidos. acima anunciada (art. 27, III). Em continuidade, segue abaixo demonstração de outra alteração estatutária pretendida pela CBS Previdência: REDAÇÃO ATUAL REDAÇÃO PROPOSTA COMENTÁRIOS DA CBS Art. 30. O mandato dos membros efetivos e de seus respectivos suplentes será de 2 (dois) anos, tendo como data-base para término do mandato o dia 31 de março, sendo permitida a recondução ou a reeleição. Art. 30. O mandato dos membros efetivos e de seus respectivos suplentes será de 4 (quatro) anos, sendo permitida a recondução ou reeleição. Redação alterada, ampliando o prazo de mandato dos membros do Conselho Deliberativo, a fim de adaptá-los às melhores práticas de governança. Ao contrário do exposto, a alteração do mandato não atende às melhores práticas de governança corporativa, especialmente porque não contém sequer previsão de renovação parcial da composição em tempo menor, como é de praxe em entidades que adotam 4 (quatro) anos de mandato. Acerca da questão, registra-se que a versão atual do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa divulgado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IBGC prevê, em seu item 2.7, que o prazo do mandato do conselheiro não deve ser superior a 2 (dois) anos. Adicionalmente, e conforme será analisado de forma mais detida quando da exposição da alteração pretendida para o art. 56, nota-se que a retirada da data base para término do mandato tem por propósito postergar o mandato dos atuais membros empossados que, na forma arquitetada pela CBS Previdência, não mais deixariam seus cargos no dia 31 de março do próximo ano, quando completado o tempo de mandato para o qual foram eleitos. acima anunciada (art. 30), de modo a manter a redação atual ou, alternativamente, exigir criação de regra de renovação de parte dos membros em prazo inferior. 4

Em continuidade, segue abaixo demonstração de outra alteração estatutária pretendida pela CBS Previdência: REDAÇÃO ATUAL REDAÇÃO PROPOSTA COMENTÁRIOS DA CBS Art. 36. A Diretoria Executiva será composta por 1 (um) presidente e 2 (dois) diretores, com mandato de 4 (quatro) anos, tendo como database para término do mandato o dia 31 de março. Art. 36. A Diretoria Executiva será composta por 1 (um) presidente e 2 (dois) diretores, os quais poderão ser designados entre não- Participantes dos planos de benefícios administrados pela CBS Previdência e sem necessariamente ter vínculo empregatício ou estatutário com os patrocinadores, com mandato de 4 (quatro) anos, tendo como data-base para o término do mandato o dia 31 de março. Ajuste de texto, possibilitando que não-participantes possam ser designados para compor a diretoria executiva. Acerca da alteração pretendida, pede-se sejam reportadas as fundamentações expostas quando da análise do art. 27, II, especialmente no que se refere à necessidade de que os membros dos órgãos estatutários da entidade tenham com ela laços de identidade em cumprimento às boas práticas de governança corporativa. acima anunciada(artigo 36). Por fim, segue abaixo demonstração da alteração estatutária pretendida pela CBS Previdência no art. 56 do instrumento: REDAÇÃO ATUAL REDAÇÃO PROPOSTA COMENTÁRIOS DA CBS Art. 56. O mandato dos diretores atuais, cujo quadriênio se findaria em 15.12.2013, fica prorrogado até o dia 31.03.2014. Redação extinta, uma vez que deixou de ser disposição transitória. Art. 56. Considerado o aprimoramento do modelo de governança, o aumento do prazo do mandato e as alterações que serão necessárias implementar em relação ao sistema de eleição prorrogar o mandato dos conselheiros atuais até a aprovação do novo Estatuto pela Previc.

para escolha dos representantes dos Participantes, conforme Regulamento Eleitoral, uma nova eleição de tais representantes deverá ocorrer em até 30 meses após a aprovação das alterações previstas neste Estatuto pelo Órgão Governamental competente. 1º. Os Conselheiros eleitos nessa eleição somente assumirão o cargo, em substituição aos Conselheiros atuais, após a realização dessa eleição. 2º. A data da posse servirá de data-base para o início dos novos mandatos, inclusive em relação ao mandato dos Conselheiros indicados pelas Patrocinadoras, coincidindo, desta forma, o mandato dos Conselheiros eleitos e o dos indicados. estabelecer quando os conselheiros eleitos assumirão os respectivos cargos. estabelecer que a data-base para o início dos novos mandatos será a data da posse do novo mandato. A despeito da confusa redação do caput do art. 56 proposto fica claro que o objetivo da entidade é de prorrogar o mandato dos conselheiros atuais até que sejam empossados os conselheiros a serem eleitos em eleição que só aconteceria 30 meses após a aprovação pela PREVIC das alterações previstas no Estatuto. Como o Estatuto atual, estabelece o término do mandato dos conselheiros atuais em 31 de março do próximo ano, as redações propostas para os 1º e 2º deixam clara a prorrogação dos seus mandatos por longo e indefinido período. A proposta ora debatida é, em verdade, um insulto aos princípios da boa governança corporativa. Não existe qualquer relação de causa e efeito que possa vincular, ou justificar, a alteração das regras estatutárias com a prorrogação de mandatos dos atuais conselheiros. 6

Não obstante o exposto, ainda que houvesse que se cogitar de alguma necessidade de prorrogação de mandato, o Estatuto Social não seria instrumento jurídico hábil para modificar o consentimento manifestado pelos eleitores ao elegerem os membros dos conselhos pelo prazo de mandato vigente à ocasião. Em outros termos, os membros dos conselhos apenas são detentores das prerrogativas e competências estatutárias durante o prazo regular de mandato e não em períodos subsequentes, sob pena de que todos os atos praticados após o fim do mandato sejam tidos como ilegítimos e irregulares. Em sentido transverso, ainda, estar-se-ia diante de espécie de recondução no cargo, sem que tenha havido prévio processo eleitoral, única via para eleger, ou reeleger, membros do Conselho representantes dos participantes e assistidos, conforme instrumentos legais e normativos aplicáveis. Assim, em síntese, o art. 56 proposto é uma afronta ao próprio Estatuto vigente, ao disposto no Regulamento de Eleições e aos princípios de governança corporativa descritos na Resolução CGPC nº 13/2004. Por essas razões, requer-se seja indeferida a implementação da criação da estatutária acima anunciada (art. 56). Renovando nossos protestos de estima e consideração, subscrevem-se. Atenciosamente, Áureo de Araújo Braga Vice-Presidente da APCBS Antonio Pedro de Almeida Presidente da APCBS 7