PM-1 RESOLUÇÃO Nº 013/PM-1/EMG-PMMT/94, DE 14/3/94 (Publicado no BCG n.º 059 DE 29/03/94). Regula a concessão de Férias na PMMT e dá outras providências. O Comandante-Geral no uso de suas atribuições previstas no Decreto Estadual Nº 1.689 de 19 de outubro de 1973 combinado com o artigo 280 da Lei Complementar Nº 26 de 13/01/93 (Estatuto dos Servidores Públicos Militares do Estado de Mato Grosso) e, ainda: Considerando que compete ao Comandante-Geral regulamentar a concessão de Férias anuais (art. 185 1º L. C. Nº 26/93); Considerando que até o momento não foi expedido nenhuma decisão regulamentando Férias; Considerando os Pareceres Nºs 057/92, 010/93 e 016/93, todos emitidos pelo Dr. Paulo Humberto Budoia com relação as Férias de Policiais Militares; Considerando que Férias não constituem tão-somente um direito mais um dever do empregado, pois a Lei proíbe o trabalho durante o período em que transcorrem. Trata-se, portanto de um direito irrenunciável, indisponível. Isto se constata quando se percebe que a Lei encara as Férias como um Lazer compulsório (Acquaviva dicionário jurídico, ed. jur. Brasileira). Grifei; Considerando que Férias são afastamentos totais do serviço e obrigatoriamente concedidas aos Servidores Militares (art. 185 L.C. Nº 26/93); e Considerando que atualmente é confusa e não uniforme a concessão de Férias nas várias UPMs (Unidades Policiais Militares) que compõe a estrutura organizacional da PMMT. R E S O L V O: Adotar os procedimentos que abaixo indico:
Art. 1º. As Férias são afastamento totais do serviço e obrigatoriamente concedidas conforme preceitua o artigo 185 e seus parágrafos da Lei Complementar Nº 26/93. 26/93): Art. 2º. É proibido não conceder Férias, com exceção (art. 185, L.C. Nº I - em casos de interesse da Segurança Nacional; II - manutenção da ordem; III - extrema necessidade do serviço; e, IV - transferência para a inatividade. 1º - O Policial Militar é obrigado gozar as Férias concedidas, ressalvadas as exceções previstas nesta resolução. 2º - Os casos de interesse da segurança nacional serão declarados pelas autoridades competentes. 3º - Os casos de suspensão de férias em razão do emprego total do efetivo na manutenção da ordem será definido através de ato do Comandante- Geral. 4º - Os casos de extrema necessidade do serviço serão definidos através de ato de quaisquer autoridades relacionadas no inciso II da Resolução 006/PM-1/EMG-PMMT DE 14/12/93: I - tão logo termine a situação de extrema necessidade, a autoridade que suspendeu as Férias obrigatoriamente terá de autorizar o gozo da mesma; II - a autoridade terá que declarar em BICG (Boletim Interno do Comando Geral) ou em BI (Boletim Interno/UPM), o(s) motivo(s) da suspensão; III - pode ser que um ou mais policiais militares sejam atingidos por esta situação; IV - se permanecer a situação e o policial militar vier a completar mais um período aquisitivo tendo direito a mais um período de férias, neste caso especificamente: a) o policial militar poder gozar de uma só vez as duas férias sem nenhuma interrupção; ou b) o policial militar pode solicitar averbação para inatividade das Férias que foram suspensas por extrema necessidade do serviço (ato unilateral do seu comandante), ainda, que tenha recebido o adicional de férias (Art. 127, L.C. Nº 26/93). V - será responsabilizado a autoridade Policial Militar que simule ou permita o Servidor Militar simular situação de extrema necessidade do serviço,
objetivando lesar o Estado, já que o servidor percebe o adicional no mês que antecede suas Férias. Art. 3º. O policial militar que estiver completando tempo para reserva remunerada (Art. 217, L. C. Nº 26/93) ou reserva proporcional (Art. 217 parágrafo único), pode imediatamente requerer averbação de suas férias, a fim de completar mais de 30 ou 25 anos de serviço respectivamente. 1º - O pedido de férias deverá ocorrer no primeiro dia útil em que o policial militar completar o período aquisitivo. 2º - Período aquisitivo é aquele tempo de efetivo serviço contando diaa-dia, desde a data da inclusão até o dia em que completar um ano de efetivo serviço na Corporação e assim sucessivamente enquanto permanecer na ativa, sendo desprezado os períodos aquisitivos imediatamente anteriores após o gozo das férias. Art. 4º. O policial militar fará jus a trinta dias consecutivos de férias, que podem ser acumulados, até o máximo de dois períodos (nos casos do art. 185, 3º da L. C. Nº 26/93 e demais disposições desta resolução). 1º - Para cada período aquisitivo é exigido 12 meses de tempo efetivo serviço. 2º - A cada ano de efetivo serviço corresponde um mês de férias. Art. 5º - Após o policial militar completar o período aquisitivo, a PMMT tem até um ano para conceder-lhe as férias. Parágrafo único - Objetivando padronizar a concessão, uma vez que no mês de dezembro é publicado relação de todos os policiais militares que servem na Corporação, concedendo férias no ano subsequente, fica determinado o seguinte: I - O ano em que o servidor militar incluiu será desprezado para a contagem e o ano subsequente é o período aquisitivo e em qualquer mês do ano posterior será concedido as férias; e II - se computado, o(s) chefe(s) da(s) seção(ões) de pessoal pelo resto da vida funcional do servidor deverá precaver-se no momento da concessão já que o servidor que incluiu por exemplo em julho de 1993, poderá ser-lhe concedido férias em agosto de 1994, porém todos os anos vindouros não poderá conceder férias antes de agosto e se por um lapso, o chefe do setor de pessoal incluí-lo na relação anual de férias para o mês de maio de 95, este servidor estará gozando férias antes de completar o período aquisitivo
subsequente, ou seja, com um ano e dez meses de efetivo serviço aproximadamente, terá gozado duas férias. Art. 6º. Nos casos dos incisos I e II do parágrafo único do artigo anterior, as férias deverão ser publicadas da seguinte maneira: I - no caso do citado inciso I, deverá utilizar a expressão: concedo férias ao policial militar... relativo ao período aquisitivo de 1993; e II - no caso do citado inciso II, deverá utilizar a expressão: concedo férias ao policial militar... relativo ao período aquisitivo de 20/7/93 à 20/7/94. Art. 7º. No caso do inciso I do parágrafo único do artigo 5º, no final da carreira, ao passar para a inatividade o setor de pessoal deverá proceder o reajuste de férias verificando se há algum saldo ou não de férias a ser averbada. Art. 8º. É permitido transferência de Férias, desde que o interessado solicite e seja publicado no Boletim Interno, e não venha ferir os preceitos do Estatuto e desta resolução. Parágrafo único - Caso venha completar mais um período aquisitivo o servidor terá que gozá-la antes ou juntamente com a outra férias que tem direito. Art. 9º. As férias não gozadas por quaisquer motivos citados nesta resolução será averbada na forma da Lei. Art. 10. Se o policial militar estiver de férias e vier adoecer, estas não serão suspensas em virtude de Licença de Tratamento de Saúde. Parágrafo único - Se a licença ultrapassar o período de férias será publicada para efeito de alterações e só terá direito aos dias que ultrapassarem as férias. Art. 11. Em hipótese alguma será permitido a antecipação de férias, a qual venha a ferir o princípio do período aquisitivo estatuído nesta resolução. Art. 12. Os policiais militares do HPM, Policlínica ou similar que sistematicamente trabalhem com aparelhos de Raio X, gozarão férias normalmente até que venha ser regulamentada pelo Comandante-Geral. Art. 13. O policial militar em função de natureza civil (Art. 27. 3º, L. C. Nº 26/93) deve gozar suas férias no órgão em que estiver exercendo a sua função.
Parágrafo único - O órgão de origem deve informar o gozo ou não das férias ao Comando Geral. Art. 14. O Comandante de UPM ou aquele que tenha ascendência hierárquica e/ou administrativa sobre o policial militar, é obrigado no mês de dezembro de cada ano publicar a relação nominal dos policiais militares que deverão gozarem férias no ano subsequente, informando qual mês ou período que o servidor militar deva gozar suas férias, conforme prescreve os incisos I e II do artigo 6º desta resolução. Art. 15. As férias de cônjuges, desde que tenham período aquisitivo devem ocorrer na mesma data, mesmo que sirvam em unidades diferentes. 1º - Também terá o mesmo direito se o cônjuge for servidor civil público da União, Estado ou Município ou ainda servidor das Forças Armadas. 2º - Tal direito será concedido mediante uma simples comunicação oficial do órgão civil ou militar do cônjuge do policial militar, não sendo necessário publicar, somente arquivando a comunicação no dossiê referido pela resolução 008/94/PM-1/EMG-PMMT. Art. 16. É obrigatório o policial militar ao sair de férias deixar o(s) endereço(s) onde poderá ser encontrado. Parágrafo único - Em caso de viagens ao exterior o policial militar no mínimo dois meses antes das férias, obrigatoriamente deverá solicitar autorização ao Comandante-Geral, através dos canais competentes. Art. 17. É proibido desaverbar Férias. Art. 18. O tempo de efetivo serviço dos alunos de órgãos de formação, se perfazer um ou mais período aquisitivo para férias, estas poderão ser averbadas para futura inatividade. Art. 19. Ficam revogadas as disposições em contrário. Quartel em Cuiabá-MT. 14 de março de 1994 DIVAL PINTO MARTINS CORRÊA - CEL PM Comandante-Geral da PMMT