POLÍTICA DE PREVENÇÃO, COMUNICAÇÃO E SANAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES DA POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS, S.A. ( PGA ) 1. Introdução

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VI - Política de Conflitos de Interesses

Transcrição:

POLÍTICA DE PREVENÇÃO, COMUNICAÇÃO E SANAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES DA POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS, S.A. ( PGA ) 1. Introdução A Popular Gestão de Activos, S.A., adiante designada por PGA, é uma sociedade do Grupo Banco Popular Espanhol que tem por objeto a gestão de fundos de investimento mobiliário e imobiliário, adiante designados por OIC, em representação dos seus participantes e no seu interesse exclusivo. No âmbito da sua atividade, a PGA pode deparar-se com situações suscetíveis da ocorrência de diversos conflitos de interesses. Para evitar a sua ocorrência e delinear procedimentos quando eles ocorram, é elaborada a presente Política de Prevenção e Gestão de Conflitos de Interesses. É requerido aos colaborados da PGA um comportamento e atuação que esteja sempre conforme com o princípio da boa-fé e com os mais elevados padrões de diligência, transparência e lealdade, na defesa dos interesses dos seus Clientes. 2. Objeto 2.1. O presente documento contém a Política de Prevenção, Comunicação e Sanação de Conflitos de Interesses da PGA ( Política de Conflitos de Interesses ), a que se refere o Ponto 8 da Política de seleção e avaliação dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização e dos titulares de funções essenciais da PGA, elaborada ao abrigo do artigo 30.º- A/2, aplicável por remissão do artigo 174.º-A do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras ( RGICSF ). 2.2. A presente Política de Conflitos de Interesses visa: (i) Prevenir o risco de sujeição dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais da PGA à influência indevida de outras pessoas ou entidades; (ii)assegurar que a preparação, tomada e execução de decisões pelos Dirigentes da PGA é exclusivamente dirigida à gestão sã e prudente da Sociedade Financeira e não é condicionada por interesses pessoais dos Dirigentes ou de outras entidades com que estejam direta ou indiretamente relacionados. (iii) Identificar as circunstâncias que possam dar lugar a um conflito de interesses que impliquem um risco importante de lesar os interesses de um ou mais Clientes;

Página 2 (iv) Estabelecer as medidas e procedimentos a adotar que permitam gerir os eventuais conflitos de interesses para evitar pôr em causa os interesses dos Clientes; 2.3. Para efeitos da presente política consideram-se conflitos de interesses, as circunstâncias que por ocasião da gestão dos OIC, constituam ou possam dar lugar a um possível prejuízo para um Cliente ou vários Clientes. Os conflitos de interesses podem produzir-se entre: (i) Clientes no âmbito da prestação de serviços da PGA; (ii) Clientes e Entidade que atue em nome e/ou por conta da PGA, nomeadamente entidades subcontratadas; (iii) Clientes e uma Pessoa Relevante; (iv) Clientes e a PGA (devem ser tidos em conta na definição do interesse da PGA, eventuais interesses de entidades do Grupo Banco Popular, que tenham ou possam ter impacto na definição do interesse da PGA); (v) Identificar as circunstâncias que possam dar lugar a um conflito de interesses que impliquem um risco importante de lesar os interesses de um ou mais Clientes; (vi) Estabelecer as medidas e procedimentos a adotar que permitam gerir os eventuais conflitos de interesses para evitar pôr em causa os interesses dos Clientes; 2.4. A presente Política de Conflitos de Interesses aplica-se aos seguintes dirigentes da PGA: 2.4.1. Membros do Conselho de Administração; 2.4.2. Fiscal Único; 2.4.3. Titulares de funções essenciais da Sociedade Financeira. 2.5. Para efeitos do número anterior, entende-se por titular de funções essenciais: 2.5.1. O Head of Compliance da Sociedade Financeira; 2.5.2. Os responsáveis pela função de gestão de risco da Sociedade Financeira; 2.5.3. Os restantes membros designados como titulares de funções essenciais pela Comisión de Nombramientos do Banco Popular Español S.A. ( CNBPE ). 2.6. A CNBPE acompanha a aplicação da presente Política e assegura a sua plena eficácia. 3. Princípios gerais 3.1. Qualquer Negócio Relevante entre a PGA ou entidade por si dominada ( Entidade Dominada ) e uma Parte Relacionada deve ser precedido de (i) comunicação prévia à CNBPE e de (ii) parecer prévio da CNBPE.

Página 3 3.2. Os Negócios Relevantes entre a PGA ou entidade por si dominada ( Entidade Dominada ) e Partes Relacionadas devem ser realizados em condições normais de mercado. 4. Definições Para efeitos da presente Política entende-se por: 4.1. Clientes: São os OIC geridos pela PGA; 4.2. Conflitos de interesse relevantes: são as circunstâncias que por ocasião da prestação de serviços de gestão de fundos de investimento, constituam ou possam dar lugar a um conflito de interesses, com um possível prejuízo para um Cliente ou vários Clientes; 4.3. Dirigentes: entende-se todas as pessoas referidas nos números 2.5 e 2.6; 4.4. Entidade Dominada: Sociedades em relação de domínio ou de grupo com a PGA, nos termos do artigo 21.º do Código dos Valores Mobiliários ( CVM ), bem como qualquer entidade independentemente da forma jurídica que assuma em relação à qual a PGA exerça direta ou indiretamente uma influência dominante; 4.5. Negócio Relevante: Qualquer negócio jurídico, independentemente da forma jurídica assumida, ou ato material que tenha ou possa razoavelmente vir a ter como consequência, direta ou indireta, isoladamente ou em conjunto com outros negócios ou atos materiais que formem uma unidade do ponto de vista temporal ou económico: 4.5.1. A constituição de uma obrigação, atual ou contingente na esfera da PGA ou de Entidade Dominada, de valor superior a 10.000 (dez mil euros); 4.5.2. A extinção de um direito ou interesse juridicamente tutelado, anteriormente existente na esfera da PGA ou de Entidade Dominada, de valor superior a 10.000 (dez mil euros); 4.5.3. A oneração do património da PGA ou de Entidade Dominada, independentemente da forma jurídica assumida e do seu valor; 4.5.4. Em geral, qualquer forma de afetação do património da PGA ou de Entidade Dominada, em valor superior a 10.000 (dez mil euros). 4.6. Operações Pessoais: são as que, não sendo realizadas no âmbito das transações em nome dos OIC, estão sujeitas ao dever de comunicação sobre transações em valores mobiliários, no âmbito do novo RJOIC (Decreto-lei n.º e transposto no Regulamento n.º 5/2013 CMVM), ou seja, envolvendo unidades de participação OIC geridos pela PGA, ações e outros valores mobiliários que confiram o direito a ações, e outras operações realizadas por conta própria, e que possam provocar conflitos de interesses.

Página 4 4.7. Parte Relacionada: Além dos próprios Dirigentes, qualquer pessoa ou entidade, independentemente da forma jurídica que assuma, que tenha uma relação familiar, jurídica ou de negócios com um Dirigente de um dos seguintes tipos: 4.7.1. Cônjuge do Dirigente ou pessoa que com ele viva em união de facto, descendentes e ascendentes em linha reta, colaterais até ao quarto grau, e outros familiares que com o Dirigente coabitem há mais de um ano; 4.7.2. Entidades Dominadas pelos Dirigentes ou por alguma das pessoas enumeradas no Ponto anterior, segundo o sentido atribuído à expressão no Ponto 4.4.; 4.7.3. Entidades em que os Dirigentes assumam funções de administração ou fiscalização, ou em por outro modo participem nas principais decisões de gestão; 4.7.4. Acionistas detentores de participação igual ou superior a 2% na PGA, calculada nos termos do artigo 20.º CVM e entidades por estes dominadas, segundo o sentido atribuído à expressão no Ponto 4.4.; 4.7.5. Terceiros com quem a PGA ou as Entidades por si Dominadas tenham estabelecido relações comerciais relevantes, pela sua duração temporal ou pelos montantes envolvidos. 4.7.6. Pessoas que dirigem ou fiscalizam as atividades da PGA; 4.7.7. Colaboradores da PGA e/ou das entidades subcontratadas pela PGA, que intervenham em tarefas relativas às atividades da PGA; 4.7.8. Pessoas de empresas externas, que prestem serviços à PGA 5. Princípios gerais e identificação das situações nas quais podem potencialmente surgir conflitos de interesses 5.1. Os princípios que norteiam a Política de Prevenção e gestão de Conflitos de Interesses visam promover a transparência nas operações, nas relações entre a Sociedade Gestora e as entidades subcontratadas e as entidades de grupo. 5.2. As situações identificadas pela PGA, nas quais podem potencialmente surgir conflitos de interesses, resultam da gestão dos OIC e das relações entre a PGA e as entidades subcontratadas, bem como entre a PGA e as Parte Relacionada. Tipificam-se, entre outras, as seguintes: (i) Compra e Venda de ativos para os OIC, equidade de tratamento entre os diferentes OIC e prioridade dada a essas operações; (ii) Comissões cobradas e recebidas pelos OIC e escolha entre diferentes OIC e os geridos pela PGA.

Página 5 (iii) A existência de membros da Direção que tenham múltiplas responsabilidades, o que pode originar situações de conflito, já que os interesses das Entidades do Grupo e dos diferentes Clientes podem não ser coincidentes. (iv) A existência de intercâmbio de informação entre as Parte Relacionada, de áreas que participam em atividades que entre si comporta um risco de ocorrência de conflitos de interesses, e a troca de informação possa ir em detrimento de um ou vários Clientes. 6. Medidas de Prevenção e gestão de conflitos de interesse 6.1. As medidas estabelecidas para evitar e gerir os conflitos de interesses detetados, destinam-se a permitir que na prestação de serviços de gestão de OIC, as Parte Relacionada possam atuar com um nível adequado de profissionalismo e independência. Em concreto tais medidas compreendem: (i) Uma articulação independente e autónoma entre as áreas da sua estrutura interna e as várias entidades do Grupo em que se insere; (ii) A utilização dos procedimentos previstos, para controlar o fluxo de informação entre Parte Relacionada; (iii) Que as Partes Relacionadas ficam sujeitas a regras de comunicação relativas a transações que efetuem sobre aquisições/subscrições e vendas/resgates envolvendo unidades de participação em OIC geridos pela PGA, ações e outros valores mobiliários que confiram o direito a ações, quando aplicável; (iv) Que toda a informação relevante seja guardada em conformidade com as normas em vigor, de forma a permitir identificar e gerir possíveis conflitos de interesses. 7. Procedimento 7.1 Caso esteja a ser ponderado, preparado ou negociado um Negócio Relevante entre a PGA ou uma Entidade por si Dominada e uma Parte Relacionada, o Dirigente ou Dirigentes envolvidos devem imediatamente realizar uma Comunicação Prévia de Negócio Relevante. 7.2. A Comunicação Prévia de Negócio Relevante é dirigida à CNBPE e compreende, pelo menos, as principais informações sobre as partes, objeto, prazo, garantias e outros elementos relevantes do Negócio projetado, que permitam avaliar cabalmente os interesses envolvidos e a forma como o mesmo irá afetar o património e o plano de negócios da PGA ou da Entidade por si Dominada. 7.3. A Comunicação Prévia de Negócio Relevante pode ser formulada com urgência, caso em que a CNBPE envidará os melhores esforços para emitir parecer em 5 dias. 7.4. A CNBPE pronuncia-se de forma célere e fundamentada sobre o Negócio Relevante projetado: (a) não suscitando objeções; (b) não suscitando objeções, mas impondo condições; (c) suscitando objeções.

Página 6 7.5. Nos casos previstos em (b) do Ponto anterior, o Dirigente ou Dirigentes envolvidos têm o dever de, após a conclusão do negócio, fazerem prova de que as condições impostas pela CNBPE foram observadas. 7.6. Nos casos previstos em (c) do Ponto 4.4, o Negócio Relevante considera-se rejeitado, não sendo sequer submetido à aprovação dos órgãos competentes. 7.7. No caso previsto no número anterior, os Dirigentes que possam ter conflito de interesses no negócio estão impedidos de participar e de votar nas deliberações do órgão de administração. 7.8. No Relatório Anual de Governo da PGA constará uma lista dos Negócios Relevantes celebrados entre a PGA ou Entidades por si Dominadas e Partes Relacionadas, em relação aos quais tenham sido suscitadas objeções por parte da CNBPE, e bem assim os Negócios Relevantes em relação aos quais tenham sido impostas condições, nos termos em (b) do Ponto 4.4, devendo o órgão de administração identificar as razões e os elementos que permitam concluir que as referidas condições foram verificadas. 7.9. A omissão dos deveres de comunicação prévia de Negócios Relevantes com Partes Relacionadas à CNBPE, assim como a conclusão de negócios em relação aos quais tenham sido suscitadas objeções fora dos casos previstos no Ponto 4.6 é considerada uma violação grave dos deveres legais e contratuais dos Dirigentes. 8. Outros conflitos de interesses 8.1. Os Dirigentes devem informar com a máxima brevidade a CNBPE e o respetivo órgão ou comissão sobre quaisquer factos que, com razoável probabilidade, possam constituir ou dar causa a um conflito entre os seus interesses e o interesse da PGA. 8.2. Os Dirigentes em conflito não podem interferir no processo de decisão sobre o ato em questão, sem prejuízo do dever de prestação de informações e esclarecimentos que o órgão, a comissão ou os respetivos membros lhe solicitarem. 8.3. Os Dirigentes têm deveres de cooperação no cumprimento da presente Política, designadamente na prestação de informação sobre Negócios Relevantes. 8.4. O Departamento de Compliance da PGA deve elaborar e manter atualizada uma lista de possíveis conflitos de interesses e facultar essa lista à CNBPE. 9. Confidencialidade da informação 9.1. A PGA segue o princípio da confidencialidade sobre toda a informação dos seus Clientes, utilizando na sua atividade, uma política restrita de acesso à informação, em função dos perfis de acesso. 9.2. A presente política de acesso à informação, cumpre com toda a legislação em vigor nesta matéria.

Página 7 10. Aprovação, entrada em vigor e alterações 10.1. A presente Política foi aprovada pela Assembleia Geral, entrando em vigor a partir de 1 de abril de 2015, podendo ser alterada por deliberação deste órgão.