MONITORAMENTO AMBIENTAL: A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO TRÓPICO SEMI-ARIDO DO NORDESTE BRASILEIRO

Documentos relacionados
Semi-Árido DEFINIÇÃO DE SENSORIAMENTO REMOTO

DESERTIFICAÇÃO NA REGIÃO DE CABROBÓ-PE: A REALIDADE VISTA DO ESPAÇO

Preparo de Solo em Áreas de Implantação Florestal Ocupadas por Pastagens

Relatórios de Atividades

DESMATAMENTO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA CAATINGA EM 2009

MUDANÇAS DE USO DA TERRA NO NORDESTE E IMPACTOS NO PROCESSO DESERTIFICAÇÃO

CAATINGA: UM BIOMA EXCLUSIVAMENTE BRASILEIRO

EIXO TEMÁTICO: TÉCNICA E MÉTODOS DE CARTOGRAFIA, GEOPROCESSAMENTO E SENSORIAMENTO REMOTO, APLICADAS AO PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAIS

. a d iza r to u a ia p ó C II

RELAÇÃO ENTRE OS FOCOS DE CALOR E O DESMATAMENTO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NA CAATINGA

CARACTERIZAÇÃO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA GI8, PE

Caracterização geral da população e do clima de 3 municípios do semiárdo do nordeste brasileiro para o período

ANÁLISE DE IMAGENS COMO SUBISÍDIO A GESTÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO DA BACIA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM

Solos do Nordeste: características e potencial de uso. Djail Santos CCA-UFPB, Areia

DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO DO ASSENTAMENTO RURAL FLORESTA, ALEGRE, ES: UMA CONTRIBUIÇÃO AO PLANEJAMENTO DO USO DA TERRA

Atividades. As respostas devem estar relacionadas com o material da aula ou da disciplina e apresentar palavras

UTILIZAÇÃO DO SIG PARA ELABORAÇÃO DE MAPAS DA BACIA DO SERIDÓ E DO PERIMETRO IRRIGADO DE SÃO GONÇALO.

ANÁLISE GEOMORFOLÓGICA DO MUNICÍPIO DE JARDIM OLINDA - PR

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

NORDESTE: BREVE HISTÓRICO

Identificação de Áreas Prioritárias para Recuperação Município de Carlinda MT

Perfil das selecionadas

GEOMORFOLOGIA E ADEQUABILIDADE DO USO AGRÍCOLA DAS TERRAS NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ

A regionalização do território brasileiro

Uso da terra na bacia hidrográfica do alto rio Paraguai no Brasil

AS REGIÕES DO BRASIL: REGIÃO NORDESTE

Zoneamento de risco climático

Ferrovia é infra-estrutura que precisa existir e crescer para que outras atividades prosperem.

Brasília, 12 de agosto de 2009

Observação da influência do uso de séries temporais no mapeamento de formações campestres nativas e pastagens cultivadas no Cerrado brasileiro

Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas para o estudo da cobertura vegetal. Iêdo Bezerra Sá

Caracterização de solos afetados por sais em Pernambuco e o uso da fitorremediação como alternativa de manejo

Pressões antrópicas no Baixo Sertão Alagoano, mapeamento das áreas remanescentes de Caatinga no município de Dois Riachos, Alagoas.

Geografia. Clima. Professor Luciano Teixeira.

Mesa Redonda Desafios da captação de água de chuva no Semi-Árido brasileiro

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira.

SALVADOR. realização:

NARRATIVA DO MONITOR DE SECAS DO MÊS DE JUNHO DE 2017

Região Nordestina. Cap. 9

As paisagens e o processo de degradação do semi-árido nordestino

1ª APROXIMAÇÃO DO PLANEJAMENTO E EXPANSÃO DA AGRICULTURA IRRIGADA NO BRASIL

Colégio Santa Dorotéia Disciplina: Geografia / ESTUDOS AUTÔNOMOS Ano: 5º - Ensino Fundamental - Data: 13 / 8 / 2018

A Ferrugem do Eucalyptus na Duratex

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL EM ESCALA PILOTO ATRAVÉS DE ROTA INOVADORA UTILIZANDO IRRADIAÇÃO ULTRASSÔNICA

Metodologia adotada pelas iniciativas de monitoramento do Atlas da Mata Atlântica e do MapBiomas

ZONEAMENTO DE USO E COBERTURA DOS SOLOS DO MUNICÍPIO DE ARARAS, SP. Relatório de Execução

V SIGA Ciência (Simpósio Científico de Gestão Ambiental) V Realizado dias 20 e 21 de agosto de 2016 na ESALQ-USP, Piracicaba-SP.

Lauro Charlet Pereira Francisco Lombardi Neto IAC W. J. Pallone Filho FEAGRI/UNICAMP H. K. Ito - IBGE Jaguariúna, 2006.

POLÍTICA PUBLICA DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO: CONSTRUÇÃO E VIABILIDADE DE CISTERNAS NA REGIÃO DE IRECÊ-BA

Avaliação da aptidão agrícola das terras das áreas desmatadas da Amazônia Legal para Lavouras no nível tecnológico médio (1).


MONITORAMENTO DA COBERTURA FLORESTAL DA AMAZÔNIA POR SATÉLITES AVALIAÇÃO DETER JUNHO DE 2009 INPE COORDENAÇÃO GERAL DE OBSERVAÇÃO DA TERRA

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS VULNERAVEIS A EROSÃO LAMINAR NA BACIA DO RIO VERMELHO

UTILIZAÇÃO DO MODELO SWAT PARA VERIFICAÇÃO DA INFLUENCIA DO DESMATAMENTO NA EVAPOTRANSPIRAÇÃO

Manejo Florestal na Chapada do Araripe: Uma Técnica de Combate à Desertificação

Geografia. Vegetação. Professor Luciano Teixeira.

Análise da Contratação de Serviços de Atendimento ao Cliente de TI no Setor Público Utilizando a IN 02 e a IN 04: O Caso da CHESF

I - METOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO

Conjuntura do Desempenho do Turismo no Nordeste: 2002/14

ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DA TERRA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO MÉDIO-BAIXO CURSO DO RIO ARAGUARI

Dinâmica da paisagem e seus impactos em uma Floresta Urbana no Nordeste do Brasil

Análise Temporal da Degradação Ambiental no Município de Santa Maria da Boa Vista PE a partir de Imagens Orbitais

NARRATIVA DO MONITOR DE SECAS DO MÊS DE MARÇO DE Condições Meteorológicas Observadas no Mês de Março de 2018

REFINO E TRANSPORTE DE HIDROCARBONETOS. José Wellington de Paiva Gerente da Operação de Processamento de Fluidos dezembro/2005

Instituição financeira múltipla, sociedade de economia mista, de capital aberto, com 63 anos de atuação;

Curso de Solos: Amostragem, Classificação e Fertilidade. UFMT Rondonópolis 2013

Espacialização do passivo em APP hídrica dos municípios da caatinga na Bacia do Rio São Francisco

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS EROSIVOS NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DE ÁGUA DE GATO CONCELHO DE SÃO DOMINGOS, CABO VERDE

Cultura e Arte. Atenção aos procedimentos:

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia

CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS DA APA IPANEMA IPATINGA MG.

Plano ABC & Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono

MapBiomas Coleção 2 ( ) Caatinga. Washington Rocha

Manifesto do nutricionista

Geoprocessamento na delimitação de áreas de conflito em áreas de preservação permanente da sub-bacia do Córrego Pinheirinho

Agricultura Brasileira 1 9 / 0 8 /

A PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS E A AMEAÇA DA DESSERTIFICAÇÃO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO

Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite. Silvia Viana

MAPEAMENTO DA VULNERABILIDADE À DESERTIFICAÇÃO DAS TERRAS DA BACIA DO TAPEROÁ-PB

Avaliação de trabalhos

Debora Cristina Cantador Scalioni Jessica Villela Sampaio

Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Política de incentivo ao uso de sistemas sustentáveis de produção

CAEN-UFC RELATÓRIO DE PESQUISA Nº 02

Escolha da área para plantio Talhonamento Construção de aceiros e estradas

Geoprocessamento na delimitação de áreas de conflito em áreas de preservação permanente da sub-bacia do Córrego Pinheirinho

Geografia. Relevo. Professor Thomás Teixeira.

Planejamento de Uso Integrado da Terra Disciplina de Classificação de Solos

CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA MAMONEIRA FERTIRRIGADA EM MOSSORÓ RN

MONITORAMENTO DA COBERTURA FLORESTAL DA AMAZÔNIA BRASILEIRA POR SATÉLITES

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Ocorrência, gênese e classificação

ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA RESERVA INDIGENA DE DOURADOS-MS Jaine Aparecida Balbino Soares ¹; Joelson Gonçalves Pereira²

Mapeamento de Risco de Incêndios na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Rio João Leito-GO

Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a pecuária é ativ considerada a

Atlas didático-pedagógico para educação sócio-ambiental nos municípios da Grande Dourados-MS

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

NARRATIVA DO MONITOR DE SECAS DO MÊS DE JUNHO DE Condições Meteorológicas do Mês de Junho de 2019

Transcrição:

MONITORAMENTO AMBIENTAL: A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO TRÓPICO SEMIARIDO DO NORDESTE BRASILEIRO SÁ I.B. de 1 1. INTRODUÇÃO O Nordeste brasileiro, sobretudo sua porção semiárida, vem sofrendo cada vez mais o impacto das atividades humanas sobre seus recursos naturais. A Embrapa, através de sua unidade de pesquisa localizada em Petrolina, PE., aplicando as mais novas tecnologias, baseadas na utilização conjunta de imagens obtidas por intermedio de satélites artificiais e do conhecimento adquirido sobre o meio ambiente, durante as duas últimas décadas, tem disponibilizado para a comunidade científica e o público em geral, uma série de informações relativas às condições que se encontra o meio ambiente. O conjunto da sociedade nos últimos tempos vem assimilando com mais força que o desenvolvimento econômico necessariamente deve sentar suas bases dentro de um ambiente sustentável e eqüitativo. O mundo em geral tem tido dificuldades em internalizar e manter esta atitude apesar das duras lições sofridas, e nosso ambiente semiárido tampouco tem estado a margem destas experiências. Os estudos desenvolvidos pela Embrapa abrange todo o Nordeste, incluindose a parte norte de Minas Gerais, numa área total de 1.662.947 Km 2. Constituise, também, em análise e integração de informações científicas já existentes, bem como de outras levantadas para este fim. Tem, essencialmente, como meta, caracterizar e espacializar os diversos ambientes em função da diversidade dos recursos naturais e agrossocioeconômicos. Pretendese, com este novo enfoque, orientar melhor as ações de planejamento governamental, que provavelmente resultarão na racionalização das aplicações dos investimentos na conservação e recuperação do meio ambiente. ESTRUTURA PARA INVESTIGAR Em sua sede em Petrolina a Embrapa conta com uma equipe multidisciplinar de cientistas com alto nível de especialização nos temas ambientais e possui um laboratório de Geoprocessamento, onde são realizadas as pesquisas. Este laboratório, que consta basicamente de um conjunto de equipamentos e programas de última geração, propiciam a interpretação das imagens de satélite de forma automatizada, através de programas informáticos, e a geração de uma série de documentos que retratam as atuais condições de nossos recursos naturais. Além do laboratório de Geoprocessamento e de uma biblioteca especializada nas questões de semiárido, esta unidade da Embrapa dispõe de outras 1 Engenheiro Florestal Especialista em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Pesquisador da Embrapa SemiÁrido

instalações de apoio, tais como: Laboratório de ecologia, que compreende o Herbário, Carpoteca (frutos e sementes) e Xiloteca (madeiras) e laboratório de análise de solo, água e planta. GERAÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DE PESQUISA Dentre outros documentos, são gerados mapas que mostram o grau de degradação ambiental para cada um dos estados e enfatizam o nível de severidade com que eles aparecem. Uma das últimas pesquisas realizadas apontam que os Estados do Ceará e da araíba tem as maiores áreas, em termos percentuais, com problemas de degradação no nível severo, seguidos de perto pelos Estados de Pernambuco e Bahia. O nível de degradação ambiental severo aparece principalmente nas áreas dos Estados onde se encontram os solos do tipo Brunonãocálcicos. O nível de degradação ambiental acentuado está mais relacionado às áreas de solos Litólicos, ou seja, solos mais recentes e em fase de desagregação da rocha que lhe deu origem. Os Quadros 1 e 2, apresentados em seguida, resumem a distribuição das áreas degradadas nos estados, os principais tipos de ocupação da terra, o tempo de ocupação e a susceptibilidade aos processos erosivos. Quadro 1. Áreas de degradação ambiental nos estados do nordeste em hectares e percentuais Solos AL BA CE PB PE PI RN SE Severo NC 90.400 3,26 2.031.300 3,63 4.253.000 28,98 2.106.100 37,36 2.629.800 16,58 588.700 2,34 896.200 16,92 271.200 12,29 Acentuado LI 667.300 1,19 885.600 6,03 692.500 12,28 721.100 7,34 54.000 0,21 141.100 2,66 PE TRE CB 163.200 0,29 509.900 3,47 298.500 5,29 154.400 1,57 792.300 3,17 265.800 5,01 Baixo PL 2.060.000 14,03 429.300 8,62 61.100 0,24 602.100 11,35 TOTAL 90.400 3,26 2.861.800 5,11 7.708.500 52,51 3.526.400 63,55 2.505.300 25,49 1.496.100 5,96 1.905.200 35,94 271.200 12,29

Quadro 2. Escala de degradação ambiental e áreas atingidas na região nordeste Níveis de Degradação ambiental Severo Acentuado Baixo Tipos e associações de solos NC LI PE TRE CB PL Relevo Suave ond Ondulado Ondulado, forte ond Montanha Ondulado e Forte Ondulado Plano e Suave ondulado Sensibilidade a erosão Forte Muito forte Tempo de ocupação Longo (algodão) Recente Cult. de Subsist. Longo Cultivo comercial Médio Pastagem E cultivo de subsist Área mais seca do TSA (%) TSA (%) 18,42 12,80 10,23 3,40 NE (%) 7,1 5 1,9 0 10,21 3,40 1,89 7,07 2,35 1,89 Total 20.364.900 ha 65,93 21,95 12,25 A localização geográfica das áreas com problemas ambientais é apresentada em forma esquemática na Figura 1., e os grandes domínios fisionômicos do semiárido na Figura 2.

ÁREAS EM PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO TRÓPICO SEMIÁRIDO BRASILEIRO Fortaleza Escala dos processos de degradação ambiental Severo CE RN Natal Acentuado PI PB J. Pessoa Pouco significante Isento PE Recife AL Limite interestadual Maceió BA SE Fonte:SÁ. I.B.; FOTIUS, G.A; RICHÉ,G.R.

Convenções Legenda Capital Limite interestadual Domínio de vegetação hyperxerófila Domínio de vegetação hypoxerófila Agreste e áreas de transição Ilhas úmidas

As áreas de cada um destes domínios, assim como seus respectivos percentuais estão representados no Quadro 3. Quadro 3. Compartimentação ambiental do trópico semiárido (tsa) Vegetação Hiperxerófil Vegetação Hipoxerófila Ilhas úmidas Agreste área de transição Total Área em Km 2 317.608 a 399.777 83.234 124.424 925.043 % NE 19,09 24,04 5,00 7,48 56,61 % TSA 34,33 43,21 9,00 13,45 É fundamental observar que a degradação ambiental não só se manifesta pela sensibilidade do solo à erosão, mas, sobretudo pelo uso a ele imposto. É importante salientar que as observações de campo e a análise visual de documentos satelitários demonstram nitidamente que as áreas mais devastadas comportam solos de alta fertilidade, que foram e/ou estão sendo intensivamente explorados. Neste contexto estão os Brunonãocálcicos, sobretudo pelo cultivo do algodão, os Podzólicos eutróficos e similares, pelos cultivos de subsistência e comerciais, principalmente a mamona e os Planossolos que por terem textura leve e ocuparem relevos predominantemente plano e suave ondulado, são bastante cultivados, inclusive com uso de tração animal, embora sejam solos de média a baixa fertilidade natural. Como pode ser observado no Quadro 2 e segundo os critérios utilizados, a área do TSA afetada por degradação ambiental a níveis elevados é de mais de 20 milhões de hectares, ou seja cerca de 22% da área do TSA e 12% da área do Nordeste. Porém, o mais preocupante é que esta área crítica alcança quase 66% da região mais seca do TSA. Este estudo foi baseado nos tipos de solos predominantes, que são os Brunonãocálcicos, Litólicos, Podzólicos eutróficos, Terras roxas estruturadas, Cambissolos e Planossolos.