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Conteúdos - Indicadores Demográficos População absoluta - número total de habitantes de um país ou região. Densidade populacional - número de habitantes que vivem por unidade de superfície (hab/km 2 ). 1- Indicadores Demográficos 2- Distribuição da População 3- Evolução da População E s E sperança média de vida - número médio de anos que uma geração tem probabilidades de viver. Natalidade - número total de nascimentos ocorridos durante um ano numa determinada região. Taxa de natalidade - número de nados-vivos ocorridos por mil habitantes, durante um ano. Fecundidade - relaciona o número de nascimentos com o número de procriar. Taxa de fecundidade - número de nados-vivos por mil mulheres em idade fecunda (15-49 anos), durante um ano.

Mortalidade - número total de óbitos ocorridos d u r a nte um ano numa determinada região. Taxa de mortalidade - número de óbitos ocorridos por mil habitantes, durante um ano. Taxa de mortalidade infantil - número de óbitos de crianças com menos de 1 ano de idade por cada mil n a s CN = N - M TCN = TN - TM cimentos vivos, durante um ano. Crescimento natural - diferença entre os valores absolutos de natalidade e mortalidade. Taxa de crescimento natural - diferença entre a taxa de natalidade e taxa de mortalidade.

SSaldo migratório - diferença entre o número de imigrantes e o número de emigrantes. - Distribuição da População Áreas Repulsivas / Vazios Humanos Regiões Polares: Clima - temperaturas muito baixas; Solo praticamente o ano todo coberto de neve - impróprio para a agricultura; Ausência de vias de comunicação; Falta de desenvolvimento. Desertos (quentes): Clima - temperaturas muito altas; Grande ATD (amplitude térmica diurna); Escassez de água; Solo muito arenoso. Florestas densas: Muita humidade e temperaturas muito altas; Condições favoráveis ao desenvolvimento de bactérias transmissoras de doenças; Vegetação muito densa - dificuldade na construção de vias de comunicação, habitações, SM = I - E Existência de animais ferozes; Falta de espaço para praticar a agricultura. Regiões Montanhosas: O grande declive dificulta a construção de vias de comunicação, habitações, Difícil prática de agricultura (necessidade da construção de socalcos); Temperatura baixa ao longo de todo o ano; Ar rarefeito; Grande quantidade de precipitação ao longo do ano. Áreas Atractivas Europa Central e Ocidental:

Clima temperado; Grandes cidades; Grandes vias de comunicação. Ásia Meridional (Índia e China): Clima tropical de monções e clima subtropical húmido; Agricultura intensiva do arroz; Grandes cidades. Golfo da Guiné: Predominância da agricultura de plantação (essencialmente cacau); Subsolo rico em combustíveis fósseis (petróleo e gás natural). África Oriental (Rio Nilo): Passado histórico; Existência do delta; Elevada fertilidade do solo. América Central: Forte crescimento natural; Êxodo rural; Riquezas naturais. Sudeste EUA: Dinamismo económico; Existência de grandes cidades e vias de comunicação; Clima temperado; Fertilidade dos solos. Factores Responsáveis F A C T O R E S N A T U R A I S F A C T O R E S Factores Atractivos Clima temperado e climas tropicais Planícies férteis Abundância de água Áreas de drenagem dos rios Solos férteis Litoral baixo e arenoso Vertentes soalheiras (viradas a sul) Grandes cidades Agricultura intensiva Numerosas vias de comunicação Dinamismo económico (actividades dos sectores secundário e terciário) Passado histórico Factores Repulsivos Climas frios e climas desérticos Áreas montanhosas Escassez de água Grandes florestas das regiões quentes e húmidas Grandes florestas de coníferas das regiões frias Grandes declives de terreno Vertentes umbrias (viradas a norte) Falta de emprego nas regiões rurais Agricultura extensiva Acessos difíceis e escassez de vias de comunicação Áreas economicamente pouco dinâmicas Áreas de elevada emigração, guerras civis,

H U M A N O S

- Evolução da População A população mundial tem ritmos diferentes de crescimento nos: Países Desenvolvidos: a natalidade apresenta-se baixa, a mortalidade baixa, embora em alguns países da Eurpoa de Leste possa apresentar valores um pouco mais elevados, e a esperança média de vida alta. Isto contribui para um crescimento natural baixo o que origina uma população envelhecida. Países em Desenvolvimento: a natalidade apresenta-se elevada, a mortalidade tende a baixar e a esperança média de vida baixa. Isto contribui para um crescimento natural alto o que origina uma população jovem. Nos PD (Países Desenvolvidos) a TN (Taxa de Natalidade) apresenta valores baixos, porque: apareceram os métodos contraceptivos; planeamento familiar gastos/despesas com os filhos; emancipação da mulher (a mulher começou a trabalhar fora de casa); escolaridade obrigatória; casamentos tardios. Nos PED (Países Em de Desenvolvimento) a TN continua elevada, porque: não há conhecimentos dos métodos contraceptivos (analfabetismo); os filhos são uma fonte de rendimento - trabalho infantil; a mulher continua a trabalhar em casa (doméstica); baixa escolaridade; poligamia; os filhos são fonte de prestigio social; casamentos precoces.

Conteúdos - Pirâmides Etárias Uma pirâmide etária é uma representação gráfica da população por classes de idade e sexo. Permite analisar a população segundo: as idades e o sexo; a população jovem ou envelhecida; a existência de classes ocas; a evolução da população da região ou país considerado. A população distingue-se por grupos etários: população jovem (menos de 15 anos); população adulta (entre 16 e 64 anos); população idosa (mais de 65 anos). 1- Pirâmides Etárias 2- Políticas Demográficas 3- Migrações: tipos, causas e consequências Vocabulário: Classe oca - classe etária que possui um valor inferior à classe etária seguinte. Uma pirâmide etária com o topo dilatado e a base estreita é típica dos países desenvolvidos: reduzidas taxas de natalidade e fecundidade; reduzidas taxas de mortalidade e de mortalidade infantil; elevada esperança de vida; não existe renovação de gerações; envelhecimento; população em decréscimo. Uma pirâmide etária com a base muito larga e o topo muito estreito é típica de países em desenvolvimento: altas taxas de natalidade e fecundidade; elevadas taxas de mortalidade e de mortalidade infantil; reduzida esperança de vida; alto índice de renovação de gerações rejuvenescimento; população em expansão e forte crescimento.

Na consequência do envelhecimento da população surgem nos países desenvolvidos problemas: falta de mão-de-obra; aumento das despesas com as reformas; falência da segurança social; diminuição da população ativa; diminuição do dinamismo económico. Na consequência do rejuvenescimento surgem nos países em desenvolvimento os problemas contrários: desemprego; pobreza; fome; excesso de mão-de-obra; crimes; prostituição. - Políticas Demográficas Uma política demográfica é um conjunto de medidas governamentais que visa estabelecer equilíbrio na população de um país. As políticas natalistas são políticas demográficas que visam fomentar os nascimentos, sendo aplicadas nos países onde a renovação de gerações não está a ser alcançada. As políticas natalistas são características dos países desenvolvidos e têm como medidas: aumento dos abonos de família; alargamento do período de licença de maternidade; escolaridade gratuita; cuidados médicos gratuitos à mulher (durante a gravidez) e à criança. As políticas antinatalistas são políticas demográficas que pretendem travar o elevado número de nascimentos, sendo aplicadas nos países

onde as altas taxas de natalidade trazem problemas de equilíbrio entre o número de pessoas e os recursos disponíveis. As políticas antinatalistas são típicas dos países em desenvolvimento e têm como medidas: distribuição gratuita de métodos contraceptivos; proibição do trabalho infantil; planeamento familiar; benefícios às famílias poucas numerosas. - Migrações: tipos, causas e consequências Uma migração é um movimento de pessoas, grupos ou povos de um lugar para o outro. Tipos de Migrações Quanto ao espaço, as migrações podem ser: externas - quando são efectuadas de um país para o outro: - intracontinentais: quando se verificam no mesmo continente; - intercontinentais: quando se verificam entre continentes distintos; - imigrações: entrada da população estrangeira num país; - emigrações: saída de pessoas do seu país de origem para outros países; - movimentos pendulares: movimentos diários que se efectuam entre o local de residência e o local de trabalho. internas - quando são efectuadas de umas regiões para as outras, dentro do mesmo país: - êxodo rural: deslocação definitiva de pessoas do campo para as cidades; - êxodo urbano: deslocação definitiva de pessoas da cidade para o campo; - movimentos pendulares. Quanto à duração, as migrações podem ser:

definitivas - quando os indivíduos decidem ir para um determinado local e se estabelecem definitivamente ou durante muitos anos; temporárias - se a deslocação ocorre apenas por um determinado período de tempo; sazonais - quando ocorrem num determinado período do ano; semanais - quando ocorrem no início e no término da semana; diárias - movimentos pendulares. Quanto à forma, as migrações podem ser: voluntárias - quando é decisão e iniciativa do indivíduo; forçadas - quando o indivíduo é obrigado, por diversos motivos; legais - quando é feita com autorização do país de acolhimento; clandestinas ou ilegais - quando é feita sem autorização do país de acolhimento. Causas das Migrações As causas que levam à deslocação da população podem ser: naturais - pela ocorrência de catástrofes naturais; religiosas - por causa da intolerância religiosa; económicas - procura de maior dinamismo económico e melhor nível de vida; políticas - por causa da imposição de regimes políticos discordantes das convicções individuais; socioculturais - quanto tem uma finalidade cultural ou desejo de mudança de ambiente; étnicas - por causa da intolerância para com as minorias étnicas ou comunidades mais fracas; turísticas ou recreativas - relacionadas com a deslocação nos períodos de férias ou passeios; bélicas - por causa de conflitos armados e guerra civis.

Consequências das Migrações Nos países de partida existem consequências da deslocação de pessoas: a nível demográfico: - diminuição da população absoluta; - diminuição da pressão demográfica; - saldo migratório negativo; - aumento do envelhecimento da população; - aumento da taxa de mortalidade; - diminuição da taxa de natalidade; - diminuição da taxa de crescimento natural; - abandono das áreas rurais. a nível socioeconómico: - redução do desemprego; - diminuição da população activa; - entrada de divisas; - melhoria significativa das condições sociais e materiais das famílias; - diminuição do dinamismo económico; - ligeira melhoria dos salários; - introdução de novas ideias e culturas, técnicas e hábitos; - desequilíbrio social, pela predominância de mulheres e de idosos. Vocabulário: Pressão demográfica - relação entre a população e os recursos de uma área, em particular a respectiva capacidade de produção de alimentos Divisas - dinheiro que entra nos cofres do estado resultante das trocas da moeda estrangeira Nos países de chegada existem consequências da deslocação de pessoas: a nível demográfico: - aumento da população absoluta; - aumento da pressão demográfica; principalmente junto às grandes cidades; - saldo migratório positivo; - rejuvenescimento da população; - diminuição da taxa de mortalidade; - aumento da taxa de natalidade, quando se deslocam os dois elementos do casal; - aumento da taxa de crescimento natural; - crescimento da população urbana. a nível socioeconómico: - fragmentação da classe trabalhadora, com perda de direitos dos imigrantes;

- Espaços Rurais - em certos locais, como as cidades, os imigrantes dão origem a guetos e a bairros de lata com escassez de infra-estruturas; - disponibilidade de mão-de-obra barata; - pressão sobre os níveis salariais e condições de trabalho da população local; - aumento dos encargos da segurança social com os imigrantes; - aumento do enriquecimento e heterogeneidade cultural, com adopção de novos hábitos; - aumento do desenvolvimento regional; - racismo e xenofobia. Os aglomerados populacionais existentes nos espaços rurais podem diferir quanto: ao espaço que ocupam; à percentagem de pessoas dedicadas à agricultura e à pecuária; à forma e disposição das habitações; à utilização que é dada ao terrenos; ao número de habitantes, que pode variar muito. Vocabulário: Conteúdos Gueto - bairro urbano 4- Espaços onde estão Rurais concentradas 5- Espaços minorias Urbanos sociais e/ou 6- A étnicas Relação entre a Cidade Xenofobia e o Campo - medo ou 7- aversão A Urbanização aos estrangeiros 8- As Cidades Vocabulário: Espaço rural - espaço destinado predominantemente às actividades agrícolas e pecuárias, resultante da actividade humana direccionada para o cultivo da terra e transformação do meio natural O povoamento rural pode ser: concentrado - quando as casas se encontram agrupadas em núcleos compactos de população, à volta de um ponto central (fonte de água, igreja, praça, largo, pequeno comércio, ); disperso - quando as casas se encontram espalhadas pelo espaço rural, sendo mais típicas em lugares húmidos, onde predomina a propriedade individual.

Vocabulário: As aldeias podem evoluir até se tornarem cidades, ou estagnar e mesmo desaparecer. A vila pertence já a uma categoria superior, tendo mais infra-estruturas, obras públicas e estradas. Nas áreas mais desenvolvidas, devido ao envelhecimento da população, muitas aldeias são abandonadas. Actualmente, há programas de recuperação e dinamização das aldeias, como forma de preservação de um património cultural inserido no mundo natural. Modo de Vida No mundo rural, o modo de vida caracteriza-se por: calma; ausência de problemas de trânsito; costumes comunitários e de entreajuda; prática de actividades ligadas à terra (agricultura e criação de gado) - sector primário; processo de troca directa de produtos, em alguns casos; preservação de tradições, romarias, festas religiosas e artesanato; vivência em comum em que todos se conhecem. Espaço urbano - área de forte concentração populacional, que funciona como pólo de atracção, devido a serem grandes focos de investimento económicos e de decisão política Núcleo urbano - área de povoamento concentrado - Espaços Urbanos O espaço urbano expandiu-se principalmente a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial. Caracteriza-se pela predominância do sector secundário e terciário. A paisagem urbana é muito peculiar: grande densidade de edifícios e poucos espaços verdes, em relação à paisagem rural. Predominam: prédios colectivos; grandes avenidas, com muito tráfego; centros comerciais;

alguns jardins com mobiliário urbano (bancos, papeleiras, paragens de autocarro e metro, ). Conforme vão crescendo, os espaços urbanos têm tendência a aglutinar parte dos espaços rurais, que cada vez mais se convertem em espaços dependentes. À volta destes espaços crescem as áreas industriais. Modo de Vida O modo de vida urbana caracteriza-se por: ser mais individualista; ser ligado às rotinas e às grandes deslocações diárias (casa - trabalho/ trabalho - casa); um ritmo agitado de vida - stress; mesmo tipo de laser para todos (cinema, passear nas ruas, compras, centros comerciais, ); filas de trânsito, compras apresadas no hipermercado, almoço de comida rápida e cumprimento de horários. Apesar de todo este movimento, a cidade exerce uma grande atracção sobre a população, pois oferece mais empregos, mais áreas de lazer e maior diversidade de bens e serviços. - A Relação entre a Cidade e o Campo Espaço urbano e espaço rural interagem continuamente. O espaço urbano precisa de ser abastecido de tudo aquilo que não pode produzir. Por vezes, os bens e serviços necessários à população citadina vêm de cidades, próximas ou distantes. Noutros casos, estes são oriundos do campo ou de áreas industriais.

Da cidade, partem em direcção ao campo ou a outras cidades produtos industriais, serviços, transportes e mão-de-obra qualificada. Vocabulário: Urbanização - expansão física da cidade Taxa de urbanização (TU) - relação entre a população urbana (PU) e a população total (PT) de uma determinada área - A Urbanização O crescimento urbano das cidades deve-se ao processo de urbanização que se foi desenvolvendo ao longo de séculos. A urbanização de um determinado território é cada vez maior e exerce uma forte influência sobre o espaço circundante. Este controlo exercido pelas cidades provocou outro fenómeno, a rurbanização ou rururbanização. Rurbanização ou rururbanização - processo através do qual as áreas rurais começam a ser afectadas pela expansão urbana Nos países desenvolvidos, três quartos da população total vive em cidades, mas o ritmo de crescimento é lento (de 0,5% a 1%). Nos países em desenvolvimento, o ritmo da taxa de urbanização é maior (média de 3%), estando a diminuir ligeiramente na América Latina e a crescer de forma explosiva na Ásia e na África. Formas de Urbanização

O crescimento das cidades trouxe, como consequência, novas formas de aglomerações urbanas e uma maior ocupação do espaço: metrópole - grande cidade onde se desenvolvem importantes actividades a nível económico, financeiro e cultural, rodeada de uma periferia densamente povoada. Exemplos: quase todas as capitais do Mundo; área metropolitana - quando as metrópoles aumentam para lá dos limites estabelecidos, criando novos núcleos urbanos mais pequenos, à sua volta. Exemplos: Porto, Lisboa, Paris, Madrid, Londres, Barcelona, México; conurbação - às vezes o crescimento das cidades é tão elevado que duas ou mais cidades acabam por se juntar pelos seus subúrbios, formando uma área urbanizada contínua. Exemplos: Amesterdão-Roterdão- Haia, Manchester-Liverpool; megapólis - áreas urbanas onde a extensão territorial ainda é maior, São constituídas por múltiplas áreas metropolitanas e conurbações. Exemplos: Tóquio-Yokoama, Rio de Janeiro-S. Paulo, Boston-Washington. - As Cidades Vocabulário: Funções urbanas - actividades predominantes numa cidade Conceito de Cidade A importância da cidade na actualidade é inquestionável, pois transformaram-se em grandes centros de decisão política, administrativa, comercial, económica e cultural, albergando cerca de 50% da população mundial. O conceito de cidade e as suas características variam conforme o país considerado, mas essencialmente são estes os critérios a que devem obedecer: quantitativo ou estatístico - concentração mínima de habitantes, que muda conforme os países (de 200 a 50 000); qualitativo - elevada densidade populacional, presença de mobiliário urbano, existência de praças, espaços públicos, ruas e quarteirões e alguns espaços verdes;

socioeconómico - sede de uma administração local, actividades económicas do sector terciário e secundário e funções diversificadas. Podemos assim dizer que a cidade é um espaço com elevada densidade populacional, predomínio das actividades económicas do sector terciário, povoamento concentrado, tamanho variável e funções muito diversificadas. Funções Urbanas A cidade engloba um conjunto alargado de actividades e serviços que constituem as funções urbanas. A importância destas funções varia de cidade para cidade, mas há mesmo cidades que nasceram a partir de uma só função. Vocabulário: Planta da cidade - representação em grande escala de uma cidade, cujo traçado descreve a organização espacial e parte da morfologia dessa cidade As funções de uma cidade podem ser: residencial - função de zona habitacional, desde bairros de luxo até aos bairros de lata. Exemplo: Amadora; comercial - importantes centros de negócios, com os seus bancos, escritórios, seguros e comércios. Exemplo: Porto; industrial - a indústria é a principal função, que se implanta em grandes áreas ou em pequenos espaços no interior da cidade. Exemplo: Setúbal; cultural - predomínio de actividades ligadas a universidades e bibliotecas, a monumentos históricos ou religiosos. Exemplos: Coimbra e Fátima; de recreio e turismo - predomínio de diversões, como casinos, festivais e espectáculos, repouso ou turismo. Exemplo: Albufeira; política e administrativa - centros de decisão financeira e política, que podem afectar um país ou mesmo vários. Exemplo: Lisboa; de defesa de uma região - cidade com origem em castelos ou muralhas, construídos para

defesa e dentro dos quais a população residia. Exemplo: Elvas; Morfologia Urbana A morfologia urbana permite conhecer com uma cidade é constituída internamente e como evoluiu. Esta engloba o traçado das ruas, os edifícios, a combinação entre os espaços edificados e os espaços livres e ainda a propriedade. Entre os vários tipos de traçados urbanos destacam-se três: irregular - caracteriza-se pela irregularidade no traçado das ruas, que são estreitas e sinuosas, acabando, muitas vezes, em escadas. São típicas de cidades antigas, em que a ocupação do terreno era feita, geralmente, em sítios acidentados, numa época anterior à existência do automóvel. Exemplo: Jerusalém em Israel; regular: - radioconcêntrico: as ruas organizam-se a partir de um centro e criam-se eixos circulares que permitem a mobilidade. Aparecem nas cidades medievais, em que toda a vida social se organizava do castelo muralhado em direcção às portas da muralha. Com o crescimento da cidade, a muralha deu lugar a vias circulares que envolveram o centro urbano. Exemplo: Roma em Itália; - ortogonal: as ruas cruzam-se em ângulos rectos formando um enorme tabuleiro de xadrez. Resulta de planeamento e são típicas das cidades norte-americanas. No entanto, já apareciam em cidades gregas e romanas e nas cidades medievais. Exemplo: Toronto no Canadá. Vocabulário: CBD - Central Business District (nomeação nos países anglosaxónicos dada ao centro da cidade) Acessibilidade - é dada pela maior ou menor facilidade de alcançar um lugar a partir de outro Raramente podemos encontrar um só tipo de traçado numa cidade, pois a cidade é fruto de uma história e, como tal, reflecte etapas diferentes no seu crescimento.

Estrutura Funcional Urbana Cada cidade tem uma estrutura urbana que é constituída por diferentes áreas funcionais diferenciadas conforme a predominância das funções que aí se desenvolvem: centro, baixa ou CBD - área de maior concentração de actividades administrativas e comerciais e também de maior acessibilidade. Concentra monumentos antigos, civis e religiosos típicos das cidades europeias, ou é caracterizada por um traçado irregular de ruas estreitas, como as medinas das cidades árabes, ou ainda, por ruas com traçado ortogonal e onde predominam os arranha-céus, como nas cidades americanas; área circundante ao centro - espaço onde as vias de comunicação a outras cidades assumem grande importância. Aí predominam as auto-estradas, os itinerários principais e complementares, as estações de camionagem e de caminho-de-ferro, ou ainda áreas de grandes mercados abastecedores e armazéns. É nesta área que, por vezes, se formam os bairros de lata. espaços periféricos - onde se localizam os bairros residenciais de blocos de apartamentos ou de moradias individuais, e ainda, os equipamentos públicos, como hospitais, universidades, parques, ; subúrbios - áreas periféricas que devem o seu crescimento ao elevado preço do solo no interior da cidade e ao desenvolvimento das redes de transporte. Por vezes, invadem terrenos rurais onde continuam a ver-se hortas e quintais; zona industrial - localizada na periferia, devido ao desenvolvimento das vias de comunicação e agravamento da poluição, apesar de ter sido o fenómeno que mais atraiu pessoas para a cidade. Junto aos parques empresariais surgem por vezes bairros residenciais, com comércio e serviços de apoio, dando lugar à suburbanização; Vocabulário: Subúrbio - área periférica de uma cidade

áreas periurbanas - área adjacente a estes espaços e é normalmente caracterizada pela presença de espaços rurais que são sacrificados quando a cidade cresce. A distribuição destas áreas funcionais é condicionada por vários factores, de que se salientam o custo do solo (mais caro no centro e diminuindo gradualmente para a periferia) e a acessibilidade. Problemas das Cidades e as suas Soluções As cidades, enquanto áreas de concentração de pessoas, actividades e transportes, trazem alguns problemas que nem sempre são fáceis de solucionar: necessidades crescentes de bens, infraestruturas e equipamentos - o saneamento básico, o abastecimento alimentar, a àgua e a energia, o transporte de pessoas e bens exigem infra-estruturas que não crescem ao ritmo da urbanização. Estas necessidades têm consequências negativas como trânsito caótico e falta de parques de estacionamento; contrastes sociais - as disparidades económicas e sociais dos citadinos dão lugar à insegurança, à criminalidade e à xenofobia. A pobreza e os sem-abrigo são problemas de todas as cidades; poluição - o ar das cidades é alterado pelos gases das fábricas e dos transportes. As águas utilizadas são descarregadas nos rios e mares. Os lixos urbanos amontoam-se nas ruas. A temperatura aumenta no centro da cidade modificando o clima - clima urbano e smog. A poluição sonora é, por vezes, a causa de algumas doenças do foro psiquiátrico. Vocabulário: Planeamento urbanístico - estudo de uma cidade que estabeleça localizações específicas para as áreas de lazer, residenciais, industriais e outras ETAR - Estações de Tratamento de Águas Residuais A resolução de muitos problemas urbanos é uma tarefa difícil, que obriga a tomar medidas urgentes. Algumas delas poderão ser: planeamento urbanístico; substituição dos bairros de lata por bairros sociais;

diminuição da poluição, através de estações de tratamento de lixo, bem como de ETAR, substituição de lixeiras por aterros sanitários, incineração, compostagem, incentivo ao uso de energias alternativas; incentivo ao desenvolvimento de cidades de média dimensão; criação de mais parques de estacionamento, bem como melhoria dos transportes públicos.