LEI MUNICIPAL N º 479/97 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1997- CRIA O SERVIÇO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA E INSTITUI A TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA NO MUNICÍPIO DE ALEGRIA (RS), NO ÂMBITO SISTEMA DE SAÚDE - SUS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. JOSÉ ÁLVARO JOST, Prefeito Municipal de Alegria, Estado do Rio Grande do Sul, no uso das atribuições legais, FAZ SABER, em cumprimento ao disposto na Lei Orgânica Municipal, que a Câmara Municipal de Vereadores de Alegria aprovou e EU, sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1 º - É criado o serviço de Vigilância Sanitária na Secretaria Municipal de Saúde, no município de Alegria (RS), de acordo com o Sistema Único de Saúde - SUS, que visam eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir sobre os problemas sanitários decorrentes da produção, comercialização e circulação de bens e produtos, objetivando a proteção da saúde da população em geral, abrangendo: A) O controle de produtos e bens de consumo que diretamente se relacionam com saúde, compreendidas todas as etapas e processos da produção do consumo; B) O controle das radiações ionizantes e eletromagnéticas e das substâncias, produtos equipamentos que as produzem; C) O controle da prestação de serviços que diretamente se relacionam com a saúde; D) O controle dos estabelecimentos industriais e comerciais cujos produtos diretamente se relacionam com a saúde; E) O controle da circulação de bens e produtos, serviços temporários e demais formas de comercialização; F) O controle do exercício das profissões, que diretamente se relacionam com a saúde, exclusivamente no que se refere a responsabilidade técnica e ao exercício das profissões; G) O controle de sangue e hemoderivados, órgãos e tecidos, imunobiológicos e de leite humanos, em todas as etapas da Coleta ao consumo; H) O controle e cadastro obrigatório dos proprietários que têm animais no perímetro urbano na cidade de Alegria, cuidado e tratamento do lixo, poluição de rios, vertentes, e enfim o meio ambiente. Art. 3 º - Todo o bem ou produto submetido ao regime de vigilância sanitária, somente poderá ser industrializado, comercializado, transportado, armazenado, exposto à venda ou entregue ao consumo, após o registro no órgão de Vigilância Sanitária competente.
Art. 4 º- Os estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de serviços, que diretamente se vinculam com a saúde, veículo de transporte de bens e produtos, serviços temporários e demais formas de comercialização, somente poderão funcionar, se respeitadas as normas técnicas vigentes após o fornecimento do Alvará de Licença, pela Autoridade Sanitária Competente. Parágrafo 1º - O Alvará de Licença previsto neste artigo deverá ser revalidado anualmente. Parágrafo 2 º - A autorização de funcionamento fornecida pelo órgão Federal ou Estadual competente não incluirá o previsto neste artigo. Parágrafo 3º - Os estabelecimentos industriais de medicamentos, alimentos cosméticos, saneantes domissanitários e correlatos; as creches, os bancos de leite humano e as prestadoras de serviços de saúde, somente poderão funcionar sob responsabilidade técnica profissional devidamente habilitado Art. 5 º - O Serviço de Vigilância Sanitária desenvolverá, em articulação com a Secretaria Estadual de Saúde e Meio Ambiente, Secretaria da Agricultura e Abastecimento, a Vigilância Sanitária sobre os prédios, instalações, equipamentos, produtos naturais ou industrializados, locais e atividades que, direta ou indiretamente, possam produzir casos de agravos à saúde pública ou individual. Art. 6 º - O Serviço de Vigilância Sanitária desenvolverá medidas necessárias à promoção, proteção e recuperação de Saúde Pública, sendo obrigação da pessoa física ou jurídica, pública ou privada, acatar e cumprir estas medidas determinadas pela autoridade sanitária competente. Art. 7 º - Só é permitido o exercício das profissões que se relacionam com a saúde ao profissional habilitado pôr titulo conferido pôr instituição de ensino oficializada na forma da Lei, após sua inscrição no respectivo Conselho Regional, ou Serviço de Vigilância Sanitária. Art. 8 º - A autoridade competente procederá a coleta de amostras para análise e no caso de infração à legislação em vigor, determinará a apreensão de qualquer produto, substância material ou equipamento, inclusive instrumentos de trabalho. Parágrafo 1 - Os bens e produtos destinados ao consumo humano, quando visivelmente alternados ou deteriorados, serão apreendidos e inutilizados sumariamente. Parágrafo 2 - Caberá ao responsável pelos produtos, quando impróprios para consumo, o custeio de todo o processo de inutilização, caso o proprietário não o fizer, a autoridade competente, tomará medidas cabíveis, aplicando as penalidades legais. Parágrafo 3 º - A Autoridade sanitária poderá afastar ou encaminhar para exame, manipuladores de produtos suspeitos ou portadores de doenças transmissíveis.
Art. 9 º - É instituída a TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA de competência da Secretaria Municipal de Saúde, nos termos da Lei Federal n º 8080, de 19 de setembro de 1990. Art. 10º - A Taxa de Fiscalização Sanitária tem como fato gerador as atividades administrativas de execução de serviços de saúde e de controle e Vigilância Sanitária especificadas na TABELA DE INCIDÊNCIA constante no Anexo Único desta Lei. Art. 11º - O Contribuinte de Taxa de Fiscalização Sanitária é a pessoa física ou jurídica a quem o Município presta ou põe à disposição o serviço de saúde pública, que realize atividade sujeita ao controle e fiscalização sanitária ou seja proprietário ou possuidor de bem imóvel ou de equipamentos e instalações sujeitos a controle e fiscalização. Art. 12 º - A Taxa de Fiscalização tem como base de cálculo o Valor da Unidade Fiscal de Referência - UFIR - e deverá ser paga até o dia 31 de março de cada ano, com base na UFIR do mês vigente. Art. 13º - A Alíquota da Taxa é variável em função do ato administrativo e da natureza do fato ou atividade sujeitos ao controle e fiscalização sanitária, conforme expresso na TABELA DE INCIDÊNCIA que constitui anexo desta Lei. Art. 14 º - Após o pagamento da Taxa de Fiscalização Sanitária, será expedido, pelo Serviço de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, o Alvará Sanitário correspondente. Parágrafo Único - O Alvará Sanitário terá prazo de um ano, devendo ser renovado até 31 de março do exercício seguinte. Art. 15 º - A Taxa de Fiscalização Sanitária, será cobrada em função do tipo de estabelecimento, com base na TABELA EM ANEXO. Art. 16 º - Os atos administrativos de controle de vigilância sanitária terão como objetivo de verificação a observância das normas e exigências constantes da Legislação Federal, Estadual e Municipal pertinente. Art. 17 º - Aplicam - se à Taxa de Fiscalização Sanitária, os dispositivos constantes do Código Tributário Municipal, em especial no que se refere ao lançamento, arrecadação, multas, juros e correção monetária, inscrição em dívida ativa e demais aspectos pertinentes. Art. 18 º - A taxa de Fiscalização Sanitária será recolhida pelo contribuinte aos cofres municipais, através de guia especial do Fundo Municipal de Saúde - FMS - fornecida pelo Serviço de Vigilância Sanitária, com base na TABELA ANEXA. Art. 19 º - As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta de dotação orçamentária específica. Art. 20 º - Tudo quanto não estiver contemplado e previsto nesta Lei, será suprido pela Lei n º 6.237/77.
publicação. Art. 21 º - Revogam - se as disposições em contrário. Art. 22º - A presente Lei entrará em vigor na data de sua GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ALEGRIA, AOS 29 DIAS DO MÊS DE DEZEMBRO DO ANO DE 1997.- Registre - se e Publique - se José Álvaro Jost Prefeito Municipal Antonio Domingos Lena Secretário Municipal de Administração ANEXO ÚNICO TABELA DE INCIDÊNCIA E ALÍQUOTAS TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE I- EXAME A REQUERIMENTO DO INTERESSADO: 1 - de aparelhos, utensílios e vasilhames destinados ao preparo; fabrico, conservação ou acondicionamento de alimentos...1,0 2- bacteriológico de água, visando à potabilidade...1,0 3- químico de água, visando à potabilidade...1,0 4- de equipamento de antipoluição...1,0 5- outros, não especificados...1,0 II - VISTORIA TÉCNICO - SANITÁRIA: 1 - a requerimento de terceiros...0,7 2- para encerramento de atividade de estabelecido...1,0 3- de prédios, suas unidades ou dependências utilizadas em atividade de: A) CONSULTÓRIO : médico, odontológico, veterinário, de psicologia e nutrição, CLÍNICA SEM INTERNAMENTO : médica, odontológica, veterinária, de psicologia, de nutrição, de fisioterapia, terapia ocupacional, e de radiologia, gabinete de massagem, serviço de audiometria ; gabinete de pedicuro, laboratório de análises clínicas, laboratório de análises químicas, laboratório de prótese dentária, ambulatório, serviço de fonoaudiologia, banco de sangue e sauna...2,5
B) Farmácia, drogaria, óptica, desinsetizadora, desratizadora, comércio, prótese ortopédica, comércio de correlatos e clínica geriátrica com internação...2,5 C) Distribuidora de produtos farmacêuticos, distribuidora de produtos correlatos, clínica médica com internamento, clínica veterinária com internamento, hospital, hospital veterinário, pronto socorros em geral, laboratório industrial farmacêutico, laboratório industrial de cosméticos, laboratório industrial de saneantes domissanitários e laboratório industrial de correlatos...2,5 III - CONTROLE DE ALIMENTOS A) Ambulantes em geral, veículos de transporte de produtos alimentícios em geral, refeitório e comércio de frutas e hortaliças...2,5 B) Açougue e peixaria, bar, lancheria, restaurantes e similares, comércio de produtos alimentícios em geral, hotel e pensão com refeições e comércio de produtos alimentícios em traileres...1,0 C) Indústria de alimentos em geral, indústria e extração e engarrafamento de água mineral, cozinha industrial e supermercado...1,0 IV - PROTEÇÃO AMBIENTAL EM : A) Indústria metalúrgica, indústria mecânica, indústria de material elétrico e de comunicações, indústria de madeira, indústria mobiliaria, indústria de produtos de matéria plástica, indústria do vestuário, calçados e artefatos de tecidos, indústria editorial e gráfica, indústrias diversas, aviário, sociedade recreativa e ou esportiva com piscina e depósito de produtos químicos...1,0 B) Extração de minerais, indústria de serviços que utilizem galvanoplastia, indústria de papel e papelão, indústria de borracha, indústria de couro e peles similares, indústria química, indústria têxtil, indústria de bebidas e álcool etílico, indústria de fumo, indústria petroquímica e indústria de produtos minerais não metálicos...1,0 V-DOS PRÉDIOS, SUAS UNIDADES OU DEPENDÊNCIAS, COM USOS NÃO ESPECIFICADOS NOS ITENS ANTERIORES. A) Residencial ( por m2 de área construída )...0,005 B) Comercial ( por m2 de área construída )...0,005
C) Industrial ( por m2 de área construída )...0,005 D) De prestação de serviços ( por m2 de área construída )...0,005 E) Outros, inclusive de associações ou entidades de classe, recreativas e ou esportivas sem piscina, de entidades assistências, educacionais, culturais e religiosas, partidos políticos, de repartições públicas de administração direta e indireta e de empresas concessionárias de serviços públicos...1,0 VI - LICENÇA: 1- Para comercializar psicotrópicos e entorpecentes...2,5 2- Para fabricar psicotrópicos e entorpecentes...2,5 3- Para comercializar produtos tóxicos...2,5 VII - MULTAS: 1- Estabelece multas aos estabelecimentos classificados em grau de ALTO, MÉDIO E BAIXO GRAU a) Grau I ALTO RISCO b) Grau II MÉDIO RISCO c) Grau III BAIXO RISCO OBS - As multas variam de 1,0 até 2,0 para todos os graus ( I, II e III). 2- Estabelece multas para moradores, proprietários e outros do perímetro urbano: 3- Criação animais e aves no perímetro urbano 4- Depósito de lixo em locais inadequados 5- Outras atitudes incompatíveis com saúde pública, e apontadas pela Lei 6.437/77 e demais disposições legais vigentes.