PORTUGUÊS - 3 o ANO MÓDULO 06 MODOS DE ORGANIZAÇÃO DA COMPOSIÇÃO TEXTUAL: O PARÁGRAFO DE INTRODUÇÃO
1) Crie um parágrafo de introdução para o tema abaixo: Tema 1 Muito se discute, hoje, sobre qual seria a marca de ser brasileiro. O que definiria o tom de brasilidade que nos faria reconhecernos brasileiros? Leia a coletânea de textos e reflita sobre essa questão numa dissertação em até 30 linhas. Texto I O coração do Brasil Onde é que fica o Brasil, exatamente? Em São Paulo não é, embora os paulistas insistam que sim, e digam que o resto do país é acessório. No Rio de Janeiro certamente não é. Aquela é uma estranha terra provisória que ainda não se convenceu da própria inviabilidade. Um dia, alguém finalmente dirá: Olha, gente, aqui não dá e tentará comandar o êxodo para a planície, mas ninguém o seguirá. Já tentaram e ninguém foi. Dizem que aquela posição do Cristo Redentor, braços abertos sobre a cidade, é de permanente incredulidade: Mas como?! O Rio é uma cidade pouco provável. Se recusa a acreditar que às suas costas há um continente para ser ocupado e fica ali, entre as montanhas e o mar, pagando caro para não sair. Porque o Rio é bonito. As pessoas falam de Israel, que fundou uma civilização no deserto, mas o milagre do Rio é maior: fundou uma civilização na paisagem. Tudo no Rio é luxuriante, o deserto do Rio é a luxúria. Copacabana é uma espécie de Kibutz ao contrário, tentando sobreviver ao excesso de fertilidade. O Rio não tem mais o poder e está rapidamente deixando de ser o centro cultural do país, mas se apega à paisagem e ao jeito carioca de ser que não é mais do que um jeito de se adaptar à paisagem como suas últimas resistências ao continente. O Rio em relação ao Brasil é um pouco como Hong Kong, uma anomalia enquistada na costa da China. Com a diferença de que o Brasil é um país amigo. Dizem que o coração da América fica num pequeno povoado de Indiana. O coração da França? Deve haver em algum café de Provence um funcionário público mal-humorado que pode declarar que la France, c est lui. O coração da Itália; da Argentina, do Nepal e da Austrália são fáceis de descobrir. Mas e o coração do Brasil? Brasília é o cérebro, e às vezes se distrai. De São Paulo para baixo estão os (tosse, tosse) pulmões. O Rio não é o coração. É um delírio, uma ideia errada que o brasileiro faz de si mesmo. O coração do Brasil deve estar no Piauí. O Brasil é um país que a gente não conhece nem gostaria de visitar. Foi isso que eu pensei na quinta-feira passada, tomando o terceiro chope no Álvaro, trazido por um garçom que torcia pelo Fluminense e me servia com fingida má vontade desde que me apresentaram a ele como conselheiro do Internacional, entre risadas gerais. A situação do Brasil é séria, mas nada é muito sério no Álvaro ou no Leblon. O Rio é uma cidade improvável e eu gosto de pensar que o Brasil ainda tem uma chance. Decididamente, o Brasil está em alguma parte, e nos olhando desconfiado. (VERISSIMO, Luis Fernando. A mesa voadora: crônicas de viagem e comida. Globo.)
Texto II Aquarela do Brasil Texto III Brasil, meu Brasil brasileiro O Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor, Terra do Nosso Senhor Brasil, terra boa e gostosa Da morena sestrosa De olhar indiferente Esse coqueiro que dá coco Oi, onde amarro a minha rede Nas noites claras de luar Oi, esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil brasileiro Terra de samba e pandeiro (Ary Barroso) O brasileiro é um pecador incontrolável. Famoso pelo jeitinho com que lida com temas delicados, pelo já crônico desrespeito às instituições e tido como corpo mole, ele comete diariamente pecados que já se tornaram folclore. [...] Uma espécie de síntese de todos os pecados, o jeitinho brasileiro presta-se à interpretação em vários níveis. Apesar de veementemente repudiado pela publicitária Christina Carvalho Pinto, vice- -presidente nacional de criação da Norton Publicidade, encarregada de criar anúncio para o tema, o jeitinho é interpretado de forma mais branda por antropólogos e sociólogos, que, apesar de se dizerem contra essa forma de interferência, não são rígidos ao condená-la. Sou a favor da luta pela cidadania sem jeitinhos, mas em algumas ocasiões esse jeitinho ameniza uma situação difícil, afirma o antropólogo Edward MacRae. Opinião que certamente contraria o que pensa Christina Carvalho Pinto: Por trás do jeitinho está insinuado todo o processo de corrupção que assola o país. (Folha de S. Paulo, 03/07/1988.) Texto IV
2) Crie um parágrafo de introdução para o tema abaixo: Tema 2 (PUC) Do grande avanço tecnológico da década de 90, resultou o mundo da mídia digital, das redes, da realidade virtual. O homem, ao fazer uso cada vez mais frequente do computador nas escolas, nos lares e no trabalho, vem-se adaptando ao novo veículo de comunicação, o que ocasiona o surgimento de outras formas de interação como, por exemplo, os bate-papos através do computador e o correio eletrônico. Reflita sobre o impacto do computador nas formas de comunicação do homem moderno.
3) Crie um parágrafo de introdução para o tema abaixo: Tema 3 (UFSC) Considere o texto e as ilustrações dadas. O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20 a ed. Rio Janeiro: Nova Fronteira, 1993.) (Foto de Pisco Del Gaiso. Folha de S. Paulo. [1992-2001].)
4) Crie um parágrafo de introdução para o tema abaixo: Tema 4 A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativoargumentativo (de até 30 linhas) na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Qual o objetivo da Lei Seca ao volante? De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a utilização de bebidas alcoólicas é responsável por 30% dos acidentes de transito. E metade das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada ao uso do álcool por motoristas. Diante deste cenário preocupante, a Lei 11.705/2008 surgiu com uma enorme missão: alertar a sociedade para os perigos do álcool associado à direção. Para estancar a tendência de crescimento de mortes no trânsito, era necessária uma ação enérgica.e coube ao Governo Federal o primeiro passo, desde a proposta da nova legislação à aquisição de milhares de etilômetros.mas para que todos ganhem, é indispensável a participação de estados, municípios e sociedade em geral. Porque para atingir o bem comum, o desafio deve ser de todos. (Disponível em: www.dprf.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013.) Repulsão magnética a beber e dirigir A lei da física que comprova que dois polos opostos se atraem em um campo magnético é um dos conceitos mais populares desse ramo do conhecimento. Tulipas de chope e bolachas de papelão não servem, em condições normais, como objetos de experimento para confirmar essa proposta. A ideia de uma agência de comunicação em Belo Horizonte foi bem simples. Ímãs foram inseridos em bolachas utilizadas para descansar os copos, de forma imperceptível para o consumidor. Em cada lado, há uma opção para o cliente: dirigir ou chamar um táxi depois de beber. Ao mesmo tempo, tulipas de chope também receberam pequenos pedaços de metal mascarados com uma pequena rodela de papel na base do copo. Durante um fim de semana, todas as bebidas servidas passaram a pregar uma peça no cliente. Ao tentar descansar seu copo com a opção dirigir virada para cima, os ímãs apresentavam a mesma polaridade e, portanto, causando repulsão, fazendo com que o descanso fugisse do copo; se estivesse virada mostrando o lado com o desenho de um táxi, ela rapidamente grudava na base do copo. A ideia surgiu da necessidade de passar a mensagem de uma forma leve e no exato momento do consumo. (Disponível em: www.operacaoleisecarj.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013. Fonte: INEP.)