Tipos de sujeito Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem: - reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere; - indicar quem é esse elemento. Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro. O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como: Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo. Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida. Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo. Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.
O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como: - sujeito determinado implícito na desinência verbal; - sujeito elíptico; - sujeito oculto; Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez. (sujeito = eu implícito na desinência verbal) Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que: - existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas - não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos. Exemplo: Chegaram da festa tarde demais. Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito: - pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente; Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você. - justapondo-se o pronome se índice de indeterminação do sujeito ao verbo na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Precisa-se de balconista. * Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado. Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você. * É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem: Exemplos: Discutiu-se o fato. Discordou-se do fato. Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado. Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como: Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado; Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado. Se Partícula apassivadora Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura: Verbo na terceira pessoa (singular e plural) Pronome se; Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição; É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica). Exemplo: Contou se a história. verbo na 3ª pessoa pronome substantivo sem preposição. Transformação:
Foi contada voz passiva analítica (com o verbo ser) a história. A análise da frase anterior será então a seguinte: Contou se a história. Voz passiva partícula sujeito sintética ou apassivadora determinado pronominal simples Se Índice de indeterminação do sujeito Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura: Verbo na terceira pessoa do singular; Pronome se; Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica. Exemplo: Falou se da história. verbo na 3ª pronome substantivo com pessoa do preposição singular Transformação na voz passiva analítica não é possível. A frase terá então a seguinte análise:? falou se da história sujeito verbo índice de objeto indeterminado na voz indeterminação ativa do sujeito Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere. Exemplo: Choveu durante o dia. O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes: - haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado. Exemplo: Houve poucas reclamações.
- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza. Exemplo: Faz dois anos que te perdi. - ser: na indicação de tempo e distância. Exemplo: É dia. - todos os verbos que indicam fenômenos da natureza; Exemplo: Nevou durante a madrugada. Choveu muito durante o dia. ESQUEMATIZAÇÃO