PROJETO REALIZAÇÃO APOIO Belém do Para - Brasil 2013
SUMÁRIO Sumário 1. JUSTIFICATIVA... 3 2. OBJETIVOS:... 4 3. METODOLOGIA... 5 4. DATAS E LOCAL DE REALIZAÇÃO... 7 5. PÚBLICO PREVISTO... 8 6. REALIZADORES DO SEMINÁRIO... 8 6.1 APOIADORES... 8 2
1. JUSTIFICATIVA A Cultura de Paz foi definida pela Organização das Nações Unidas, em sua resolução 53/243 de 06 de outubro de 1999, como uma série de valores, atitudes e comportamentos que rechaçam a violência e previnem o conflito, tratando de atacar suas causas para solucionar os problemas mediante o diálogo e a negociação entre as pessoas e nações, tendo em conta os direitos humanos. Como salienta este documento, a promoção de uma cultura de paz não é um compromisso a ser assumido apenas pelos Estados membro, mas, sobretudo, pelas pessoas em seu cotidiano, baseado no respeito à vida, na generosidade, no entendimento e na solidariedade. Nesse sentido, tanto a Mediação quanto as Práticas Restaurativas se apresentam como ferramentas de resolução pacífica e positiva de conflitos, técnicas para a promoção do diálogo e estabelecimento de acordos e promoção de uma cultura de paz. A Justiça Restaurativa, por sua vez, encontra-se definida na Declaração de Lima (2009), fruto do I Congresso Mundial de Justiça Juvenil Restaurativa, que a descreve como uma maneira de tratar com (crianças e) adolescentes em conflito com a lei, cuja finalidade é reparar o dano individual, social e nas relações causadas pelo delito cometido. Este objetivo requer um processo de participação conjunta no qual o agressor juvenil, a vítima e, conforme o caso, outros indivíduos e membros da comunidade, participem juntos ativamente para resolver os problemas que se originam do delito. No contexto brasileiro, as Práticas Restaurativas foram incorporadas no ordenamento jurídico, através do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SINASE (Lei Federal 12.594/12), conforme incisos II e III do art. 35 da Lei, que prevê II - excepcionalidade da intervenção judicial e da imposição de medidas, favorecendo-se meios de autocomposição de conflitos; e III - prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que possível, atendam às necessidades das vítimas. O crescimento do movimento restaurativo também já chamou a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU) que, em 2002, através do Conselho Econômico das Nações Unidas, compôs uma declaração com os princípios básicos de Justiça Restaurativa, que recomendou aos Estados partes difundirem os paradigmas da justiça restaurativa e recomendam aos estados Membros buscarem a formulação de estratégias e políticas nacionais objetivando o desenvolvimento da justiça restaurativa e a promoção de uma cultura favorável ao uso da justiça restaurativa pelas autoridades de segurança e das autoridades judiciais e sociais, bem assim em nível das comunidades locais. Por outro lado, a mediação pode ser definida como uma negociação facilitada ou catalisada por um terceiro. Alguns autores preferem definições mais completas sugerindo que a mediação é um processo autocompositivo segundo o qual as partes em disputas o auxiliadas por uma terceira parte neutra ao conflito ou por um painel de pessoas sem interesse na causa, para se chegar a uma composição. Trata-se de um método de resolução de disputas no qual se desenvolve um processo composto por vários atos procedimentais pelos quais os terceiros imparciais facilitam a negociação entre as pessoas em conflito, habilitando-as a melhor compreender suas posiçõeses e a encontrar solucõees que se compatibilizam aos seus interesses e necessidades. 3
Dispondo sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça regulamentou a Resolução nº 125, de 29 de novembro de 2010,que trata sobre a matéria. No âmbito do Estado do Pará, as atividades para implementação da Justiça Juvenil Restaurativa vem sendo conduzidas pelo MOVER - Movimento pela Valorização do Estatuto da Criança e do Adolescente que promove a integração entre os órgãos que compõem o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes SGDCA. Fruto de uma ampla articulação entre o Poder Público e a Sociedade Civil Organizada, a proposta de promover o debate a cerca da Justiça Juvenil Restaurativa, foi incluída no Protocolo de Intenções do MOVER, N. 001/Gab. Gov/2011. Este documento foi assinado no dia 03 de maio de 2011, no HANGAR Centro de Convenções, com a presença do Governador do Estado e demais autoridades representativas de órgãos e entidades que o compõem, a saber: Programa PRO PAZ, Tribunal de Justiça do Estado, Defensoria Pública, Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará - FASEPA, Secretaria de Segurança Pública - SEGUP, Ministério Público do Estado do Pará, Tribunal de Contas do Estado do Pará - TCE, Tribunal de Contas dos Municípios - TCM, Secretaria de Assistência Social - SEAS, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos - SEJUDH, Secretaria de Saúde Pública - SESPA, Secretaria de Educação - SEDUC, Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA, Universidade Federal do Pará - UFPA, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente CEDECA/Emaús e UNICEF. Em 2012, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado do Pará e a ONG Terre des hommes (Tdh, durante o Seminário A Justiça Juvenil Restaurativa e as Práticas Restaurativas no Atendimento ao Adolescente no Pará, no auditório da 2ª Vara Cível da capital com a participação do Dr. Leoberto Narciso Brancher - Juiz da Infância e Juventude de Caxias do Sul/RS e Coordenador do Núcleo de Justiça Restaurativa da Escola da Magistratura do Rio Grande do Sul e da Drª Vera Lúcia Deboni - 3 Juizado da Vara Regional da Infância e Juventude do Rio Grande do Sul - 3 JIJ/RS POA e Coordenadora da Central de Práticas Restaurativas CPR/JIJ/RS. Por meio desses e de outros eventos nacionais, torna-se perceptível o quanto existem experiências, no Brasil, com objetivo de expandir e consolidar uma cultura de paz no país, pelo que surge a necessidade de identificar as boas práticas em andamento, ampliando a divulgação da temática e, ao mesmo tempo, aprofundar seus conceitos, buscando a congruência de ações e a definição de diretrizes nacionais que possam estimular o desenvolvimento de outros projetos e programas. 2. OBJETIVOS: Objetivo Geral: Fortalecer a sinergia das boas práticas em Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos. Objetivos específicos: Sistematizar e publicar as experiências em Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos; Sensibilizar atores estratégicos, do sistema de justiça e de prevenção quanto aos paradigmas da Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos; 4
Sensibilizar a mídia local para a Cultura de Paz e para o paradigma restaurativo de abordagem de adolescentes em situação de conflito com a lei e prevenção à violência. Subsidiar a implementação das práticas restaurativas no atendimento socioeducativo com base na Lei 1.259/2012 Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. 3. METODOLOGIA O encontro utilizará uma metodologia dialógica, na qual todos os envolvidos - organizadores, facilitadores e participantes - sintam-se sujeitos do processo de intercâmbio de experiências. Por tratar de temáticas voltadas a experiências exitosas para a construção de uma cultura de paz, tem em seu escopo uma proposta metodológica fundada em alguns princípios básicos: A participação igualitária; O estabelecimento do diálogo ético entre os expositores; A garantia do direito à participação dos adolescentes e jovens; Trabalho articulado entre os colaboradores do evento, pautado pela cooperação, respeito e homogeneidade de objetivo; Sistematização das reflexões e identificação de lições das experiências como geradores de novos conhecimentos e fortalecimento da aprendizagem. Registros escritos e fotográficos assegurando o respeito de opinião, a veracidade da informação e exposição ética das imagens. As Práticas Metodológicas serão vivenciadas através dos modelos descritos abaixo: Conferências: abrirão o evento apresentando a temática da cultura de paz de forma a dar subsídios prático-teóricos para os demais momentos. Terão duração de 04 horas, sendo facilitada por dois expositores (com 02 horas para cada) e mediada por um moderador que introduzirá o tema e controlará o tempo. Realizadas no auditório, com todo o público do evento. Painéis: colocarão em pauta dimensões específicas do tema a serem abordadas por dois painelistas diferentes, oferecendo, cada um, seu ponto de vista a partir da própria prática. Terão duração de 01h30min, com 30min de exposição para cada painelista e mais 30min de debate com o público. Um moderador irá controlar o tempo e organizar as intervenções do público. Realizados no auditório com todo o público do evento. Relatos de Experiências: difundirão boas práticas em cultura de paz, mediação e práticas restaurativas, de modo a permitir sua reprodução em outros espaços. Para cada tema, serão apresentadas duas experiências de forma dialógica, permitindo a interação com o público. Terão duração de 02 horas, sendo 01 hora para cada relator. Um moderador irá controlar o tempo e organizar as intervenções do público. 80 vagas por sala, cada sala com um tema. 5
Oficinas: oportunizarão, de modo vivencial, o conhecimento das técnicas utilizadas no contexto da Cultura de Paz, as práticas restaurativas e a mediação, de modo a aprofundar os conceitos abordados no encontro e, principalmente, permitir a compreensão do passo a passo da reprodução das boas práticas compartilhadas nos relatos de experiência. Terão duração de 02 horas e serão animadas por um facilitador que também controlará as intervenções, para garantir a participação igualitária. 40 vagas por sala, sendo que um mesmo tema será facilitado, ao mesmo tempo, em duas salas distintas. Sobre o processo de sistematização Os conferencistas, painelistas e facilitadores receberão, com antecedência, carta-convite virtual solicitando o envio prévio do material que será apresentado no dia do Encontro (power point e metodologia da oficina), bem como o mini curriculum segundo o qual deseja ser apresentado. Todas as Conferências, painéis e relatos de experiências serão sistematizadas através de um resumo executivo com foco nas principais reflexões e lições aprendidas construídas durante a exposição. As oficinas serão sistematizadas com base em uma ficha de aplicação da técnica vivenciada. Para isso, em cada atividade (conferência, painel, relato de experiência, oficina) haverá um sistematizador que, em notebook contendo a ficha de sistematização, fará o registro durante a realização da atividade. Todo o material em power point será, posteriormente, divulgado no site do evento. Por sua vez, as fichas de sistematização serão entregues a pessoa de referência da Comissão de sistematização que centralizarão as informações, compilando os resultados com fins de ter um material sistematizado com as experiências e vivências compartilhadas para sua publicação. Comissões Para o bom funcionamento do encontro, serão definidas comissões executivas com as seguintes funções e componentes. As pessoas referência de cada comissão estão marcadas de vermelho na tabela abaixo: 6
Comissão Funções Componentes Organizadora Coordenar as demais comissões, Convidar palestrantes, painelistas, relatores e facilitadores, Divulgar o evento, articulando meios de comunicação, recepcionando e acompanhando a imprensa e fazendo clipping das notícias resultantes. Credenciamento Realizar os serviços de secretaria para credenciamento dos participantes, Dar suporte e encaminhar as demandas imprevistas no evento, Auxiliar na organização das intervenções do público nos diferentes espaços formativos, Organizar e realizar a entrega das revistas Diálogos Restaurativos Metodologia Atuar como moderadores nos diferentes espaços formativos, apresentando o ministrante da respectiva formação e a proposta metodológica para os participantes, Orientar e dar apoio aos conferencistas, painelistas, facilitadores e relatores quanto à metodologia aqui descrita, Sistematização Fazer anotações sintéticas, objetivas e fidedignas, conforme os instrumentais, dos eventos formativos e respectivos debates, Entregar e recolher as fichas de avaliação do Encontro junto aos participantes, Elaborar primeira versão da publicação do evento. PRO PAZ, Terre des hommes Lausanne no Brasil, UNICEF, Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará, Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude-CEIJ, Ministério Público do Estado do Pará, Defensoria Pública do Estado do Pará, Universidade Federal do Pará, Escola de Governo do Pará, Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará, Fundação Papa João XXII Funpapa, Corpo de Bombeiros Militar do Pará, Programa Escola da Vida (CBMPA/PEV). Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará PRO PAZ, Terre des hommes Lausanne no Brasil, Defensoria Pública e Universidade Federal do Pará PRO PAZ, Terre des hommes Lausanne no Brasil, Defensoria Pública e Universidade Federal do Pará 4. DATAS E LOCAL DE REALIZAÇÃO Dias 21e 22 de novembro de 2013, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. 7
5. PÚBLICO PREVISTO 400 participantes, entre representantes do sistema de justiça juvenil, assistência social, educação, segurança pública, universidades, ONGS, igrejas, instituições comunitárias, advogados(as), conselhos de direito, de políticas públicas, Conselhos Tutelares, jornalistas e demais atores envolvidos no sistema de justiça e do sistema de garantia de direitos. 6. REALIZADORES DO SEMINÁRIO Governo do Estado do Pará, PRO PAZ Terre des hommes Lausanne no Brasil; UNICEF 6.1 APOIADORES Tribunal de Justiça do Estado do Pará, Escola Superior da Magistratura do Estado do Pará e Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude-CEIJ Ministério Público do Estado do Pará Defensoria Pública do Estado do Pará Universidade Federal do Pará Escola de Governo do Pará Fundação de Atendimento socioeducativo do Pará Fundação Papa João XXII Funpapa, de Belém do Pará Corpo de Bombeiros Militar do Pará, Programa Escola da Vida (CBMPA/PEV) 8