ATIVIDADE PRÁTICA DE ORIENTAÇÃO COM A BÚSSOLA: Uma forma significativa no Ensino Fundamental

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Transcrição:

ATIVIDADE PRÁTICA DE ORIENTAÇÃO COM A BÚSSOLA: Uma forma significativa no Ensino Fundamental Everton Lüdke 1 Denise Amaral 2 Resumo: Esse trabalho descreve a atividade prática que aborda a orientação por meio de bússola e estrelas realizada durante as aulas de geografia com alunos do 6 ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal de Santa Maria RS. Por meio do tema intitulado Orientação. Para consumação da aula utilizamos materiais potencialmente significativos, de baixo custo como mecanismo de aprendizagem. Esse mecanismo é baseado na teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel. Para elaboração dos conceitos a serem trabalhados em sala de aula analisamos os pré-testes aplicados e observamos que os alunos não possuem conhecimento consistente relativo a este tema. Concluímos que, os alunos demostram muito interesse quando se trata de atividades práticas em sala de aula, além de evidenciarmos a consumação de aprendizagem significativa, quantitativamente, no decorrer das atividades e também na análise dos pós-testes. Palavras-chave: Ensino Fundamental; Aprendizagem Significativa; Bússola; Orientação. Introdução Inicialmente analisamos quais os padrões do Ensino de Astronomia indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN s). Verificamos que os mesmos são apresentados em todo o ensino fundamental, dentro do eixo temático Terra e Universo. No entanto, para desenvolver essa pesquisa analisamos minuciosamente o que os PCN s estipulam para o terceiro ciclo. Os mesmos selecionaram os seguintes conteúdos, citados abaixo: a) observação direta busca e organização de informações sobre a duração do dia em diferentes épocas do ano e sobre os horários de nascimento e ocaso do Sol, da Lua e das estrelas ao longo do tempo, reconhecendo a natureza cíclica desses eventos e associando-os a ciclos dos seres vivos e ao calendário; b) busca e organização de informações sobre cometas, planetas e satélites do sistema Solar e outros corpos celestes para elaborar uma concepção de Universo; c) caracterização da constituição da Terra e das condições existentes para a presença de 1 Doutor; Universidade Federal de Santa Maria; evertonludke@gmal.com: 2 Graduada; Universidade Federal de Santa Maria; deniseamaral89@gmal.com: 1

vida; d) valorização dos conhecimentos de povos antigos para explicar os fenômenos celestes (BRASIL, 1998a, p. 66-67). De acordo, é possível concluir que os alunos de Ensino Fundamental necessitam entender e compreender os fatos de forma abstrata, ou seja, como um processo migratório a partir da compreensão concreta dos fenômenos que os cercam. Para que haja essa aprendizagem sequencial independente dos fenômenos que os cercam, é de suma importância que o professor surpreenda, traga novidades, que varie suas técnicas e métodos de organizar o processo de ensinoaprendizagem. Fundamentado nisso, esse trabalho relata o desenvolvimento de um material didático para o ensino de conceitos básicos de orientação, que auxilie no método do professor que atua na disciplina de geografia no 6 do Ensino Fundamental. Baseando-nos em materiais potencialmente significativos segundo Ausubel, (2003). Desenvolvimento A pesquisa foi realizada no semestre 1 de 2014 no município de Santa Maria, com as turmas 61 (24 alunos) e turma 62 (25 alunos) do 6 ano do Ensino Fundamental, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Farencena, totalizando 49 alunos, de faixa etária entre 10 a 13 anos. Análise dos dados será por meio das abordagens quantitativa e qualitativa, denominada quali-quantitativa. As Pesquisas Quantitativas e Qualitativas oferecem perspectivas diferentes, mas não necessariamente polos opostos. De fato, elementos de ambas as abordagens podem ser usados conjuntamente em estudos mistos, para fornecer mais informações do que poderia se obter utilizando um dos métodos isoladamente (MORESI, 2003 p. 72). Além desta classificação o referente trabalho também se caracteriza como pesquisa ação conforme Thiollent (1996, apud Cardozo, 2001), A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social de base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (p. 14). 2

Sob essa perspectiva preparamos nossa pesquisa em sala de aula, levando em conta o conhecimento existente na cognição do aluno, ou seja, a principal variável a influenciar a aquisição significativa de novos conhecimentos são os conhecimentos prévios. As ideias mais gerais e inclusivas pré-existentes na estrutura cognitiva, que servem de ponto de ancoragem para a conexão de novas informações específicas, Ausubel (apud MOREIRA; MASINI, 2002) denominado por Ausubel (2003) de subsunçor. Para a realização das atividades seguiremos a metodologia da aprendizagem significativa de Ausubel seguindo as fases de Ausubel (2003): Fase I Sugere o uso dos organizadores prévios como estratégia para manipular a estrutura cognitiva, quando o aluno não dispõe ou não são satisfatório os de subsunçores para ancorar as novas aprendizagens; Fase II sugere que o material seja potencialmente significativo e que este manifeste uma disposição de relacionar o novo material, de maneira substantiva e não arbitrária à sua estrutura cognitiva. Assim, relacionar a informação nova com as já existentes em sua estrutura cognitiva; Fase II salienta que mediante a relação entre os conhecimentos novos e os subsunçores existentes na estrutura cognitiva do educando, os saberes serão remodelados ou ressignificados e tornar-se-ão mais importantes, atuando como subsunçores ou conhecimentos prévios, dando significado ao estudo de novos conceitos e a Fase IV surgimento de novos significados. Sendo assim, coletamos os subsunçores por meio de pré-teste (figura 8) e analisamos para a organização conceitual do material que será trabalhado em sala de aula. Em seguida montamos o encontro intitulado como orientação. Utilizamos a ferramenta de resolução de problemas como pós-teste e atividade para tentarmos evidenciar se houve ou não a aprendizagem significativa. Tema 1 Orientação Conteúdo: polos geográficos e polos magnéticos e o uso da bússola. Objetivo: Construir noções de orientação por meio das estrelas e dos pontos cardeais. Compreender o funcionamento de uma bússola. Descrever os polos Norte e Sul magnéticos e geográficos. 3

Atividades em sala de aula: A partir das informações coletadas pelo pré-teste, iniciamos o estudo com o Globo Celeste para os alunos manusearem e conhecerem melhor este material. Ou seja, fazer com que eles identifiquem os Trópicos de Capricórnio e Câncer e a linha do Equador. Pedimos para os alunos a dividirem o hemisfério sul do norte. Além de manusearem a bússola para orientação e identificação dos pontos cardeais. Durante todo este processo de organização prévia sobre os conceitos existentes na cognição do aluno, promovemos continuamente a participação dos alunos. Na sequencia apresentamos e explicamos professor e pesquisador, no quadro negro, o que são polos geográficos e os pontos cardeais: Pontos principais ou pontos de referência do planeta Terra. Através deles é possível localizar qualquer lugar sobre a superfície da Terra, são eles: o Norte e o Sul que apontam na direção dos polos terrestre; Polos terrestres ou polos geográficos ou hemisférios são as extremidades do eixo imaginário em torno da Terra. Ou seja, os que são regiões glaciais, o norte (ártico) e o sul (antártico). O Leste e o Oeste que apontam para o lado do nascer e do por do Sol, cruzando a linha Norte-Sul. Cuidado, o Leste e o Oeste não apontam sempre para o ponto onde o Sol nasce ou se põe e sim para o lado do nascente ou lado do poente. Durante o ano, o Sol nasce em pontos diferentes do lado do nascente e se põe em pontos diferentes do poente. Dependendo da época do ano a diferença, entre o nascente (ponto onde o Sol nasceu) e o Leste verdadeiro, é grande. Orientação pelas estrelas: No hemisfério norte a orientação ocorre por meio da constelação Estrela Polar e no hemisfério sul, pelo Cruzeiro do Sul. De dia, é o sol, ele aparece sempre de um lado da Terra e desaparece do lado oposto. Explicamos também o que são polos magnéticos (não podemos confundir com os polos geográficos): 4

Polos magnéticos são os locais de maior intensidade da força magnética gerada pela Terra na sua crosta. Além de serem importantes para a localização, os polos magnéticos também são importantes porque atraem partículas carregadas vindas do Sol. Esse efeito é responsável pelo fenômeno conhecido como Aurora Boreal. O interior quente do nosso planeta é feito principalmente de ferro derretido misturado a outros materiais. A presença de certos minerais no solo também pode alterar essa indicação. Isso é chamado declinação magnética. "Norte Magnético" nada mais é do que a indicação da bússola que aponta para um Polo Magnético. Esse polo como podemos ver na figura 1 abaixo, é na verdade o Polo Sul geográfico do grande imã chamado Terra. Em seguida explicamos o que são as linhas de campo, como elas se comportam no planeta Terra: As linhas do campo magnético estão mais próximas na região dos polos do que nas demais. As linhas que representam o campo magnético são fechadas, ou seja, não têm começo nem fim. Mas elas saem sempre do Norte magnético (sul geográfico) e entram no Sul magnético (norte geográfico). Para termos de conhecimento os campos magnéticos ocorrem naturalmente no universo e os locais com maiores intensidades de campos magnéticos do universo são as estrelas de nêutrons que são estrelas "mortas. Os locais com maiores intensidades de campos magnéticos do universo são as estrelas de nêutrons que são estrelas "mortas". Mas no interior do planeta Terra elas se movimentam ao contrario saem do sul magnético (norte geográfico) e entram no norte magnético (sul geográfico) conforme mostra na seta desenhada no interior da Terra na figura 2. 5

Figura 1, 2 e 3: polos terrestres, linhas campo da Terra e roteiro de atividades. Mas, para que acorra a aprendizagem significativa, será realizada a atividade prática das linhas de campo. Na realização desta atividade prática utilizaremos os seguintes materiais: um ímã, limalha de ferro; folha de oficio com a Terra desenhada na mesma (figura 6); pedaço de vidro (que tenha as dimensões da folha de oficio) para suporte. Inicialmente iremos colorir o desenho que há na folha. Juntamente entregamos seis bússolas e uma pedra magnetita para os alunos. Para desenvolver a atividade entregamos um roteiro da atividade para cada aluno (figura 3). Depois da observação dos alunos, como atividade extra, pedimos para os alunos desenhar na folha de oficio as linhas de campo como foi observado no final da atividade prática. Figura 4 e 5: Atividade prática. Para finalizarmos as atividades, realizamos a aplicação do pós-teste (figura 7) de verificação de aprendizagem significativa, sem o objetivo de avaliação formal apenas para análise de comparação. 6

Figura 6, 7 e 8: atividades de avaliação. Resultados Fizemos a análise com o auxílio do software SPSS versão 16 (BISQUERRA; SARRIERA; MARTÍNEZ, 2004). Na análise das questões do pré-teste (figura 6), concluímos: na questão 16, referente à orientação pela bússola, 46,9 % dos alunos acertaram; na questão 18 atinente à orientação pelas estrelas, 40,8 % acertaram e na questão 31, alusiva à atividade magnética na Terra, 53% dos alunos acertaram. Logo, concluísse que os alunos não possuem um conhecimento consistente relativo aos conceitos que abrangem orientação, para o desenvolvimento das atividades. A análise dos pós-teste mostrou um aumento significativo sobre o conhecimento dos alunos a respeito das formas de orientação, como pelas estrelas e pela bússola, além de desenvolverem uma concepção coerente referente às linhas de campo do planeta Terra. Pois a média das duas turmas foi de 7, 24 como mostra o gráfico 1. Ressaltamos que também foi observada uma melhora sensível no comportamento dos alunos durante aplicação da prática e ao responderem o segundo questionários se mostraram muito mais interessados e motivados em relação ao dia da aplicação do pré-teste. 7

Gráfico 1: Resultado dos pós-testes. Considerações finais Concluímos que a proposta dessas atividades complementará e inovará o método tradicional, ou seja, auxiliará no método dos professores quando abordam os conceitos de orientação. E que certos assuntos, por mais que necessitem um conhecimento abstrato maior, não limita o aluno ir além do conhecimento esperado para sua idade como, por exemplo, falar em campo magnético e estrelas de nêutrons. Podemos verificar que as atividades lúdicas que envolvam materiais, como limalha de ferro e imã, geram redescobertas que podem dar subsídios para a disciplina geografia. Além de promover mais envolvimento e comprometimento dos sujeitos principais destas ações, os alunos. Mas, principalmente, buscamos desenvolver, viabilizar e prover a apresentação e compreensão dos conhecimentos científicos que possibilitam uma formação crítica e reflexiva para a plena participação do aluno, na sociedade em que vive. Motivações e curiosidades, geradas pelo desenvolvimento de conteúdos de Astronomia, são prazerosas e importantes, quando se trata dos fenômenos da natureza, como orientação pelas estrelas, orientação pela bússola e aurora Boreal. Que auxiliam na compreensão do mundo que os cerca pelo viés da Astronomia. Referências AUSUBEL, D. Aquisição e retenção de conhecimento: Uma perspectiva cognitiva. Trad. Lígia Teopisto. Lisboa: Editora Plátano, 2003. 8

BISQUERRA, R; SARRIERA, J. C.; MARTÍNEZ, F. Introdução estatística: enfoque informático com o pacote estatístico SPSS. Trad. Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2004. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais - terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Brasília: MEC; SEMTEC, p. 138, 1998. CARDOZO, S. A. A Pesquisa-Ação. PUC. Rio de Janeiro. 2001. MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2002. 112 p. MORESI, E. Metodologia da Pesquisa. Universidade católica de Brasília - DF, março de 2003 pag. 108. THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 1996. 9