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Transcrição:

Ministério de Minas e Energia Consultoria Jurídica PORTARIA N o 42, DE 1 o DE MARÇO DE 2007. O MINISTRO DE ESTADO DE MINAS E ENERGIA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, incisos II e IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 20 do Decreto n o 5.163, de 30 de ulho de 2004, resolve: Art. 1 o A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL deverá observar os critérios de reauste tarifário de que trata esta Portaria, para fins de elaboração dos Editais dos Leilões de Energia Proveniente de Novos Empreendimentos e dos respectivos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEARs. Art. 2 o A Receita Fixa - RF, resultante do Leilão e constante do CCEAR, deve remunerar a operação dos empreendimentos termelétricos, excluindo-se os custos variáveis incorridos quando do despacho da termelétrica acima da inflexibilidade, e será decomposta nas seguintes rubricas: I - parcela vinculada ao custo do combustível na geração de energia inflexível - RF Comb ; e II - parcela vinculada aos demais itens - RF Demais. 1 o Caberá à ANEEL, com base nas informações que o empreendedor fornecer para determinação da Garantia Física e na Nota Técnica da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, determinar, para cada empreendimento, o valor correspondente à parcela da Receita Fixa - RF (em R$/ano) vinculada ao custo do combustível na geração de energia inflexível - RF Comb. 2 o A parcela da Receita Fixa vinculada ao consumo de combustível será reaustada anualmente, no mês de novembro, mediante a aplicação da seguinte fórmula geral: RFcomb A 12 ( P. e. Eg ) = 1 = RFcomb0., onde: 12 P 0. Eg = 1 A = o ano do reauste; RFcomb = Receita Fixa vinculada ao custo do combustível na geração inflexível; RFcomb 0 = Receita Fixa inicial vinculada ao custo do combustível na geração inflexível e constante no CCEAR; P = Preço Médio de Referência do Combustível utilizado na geração inflexível no mês, para os 12 meses anteriores à data do reauste, conforme especificado no 4 o deste artigo; e = Taxa de Câmbio Média da venda do dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo Banco Central do Brasil - BACEN, no mês, para os 12 meses anteriores à data do reauste e expressa em R$/US$;

Portaria MME n o 42/2007 - fl. 2 Eg = Energia, associada à geração inflexível, efetivamente gerada pelo empreendimento termelétrico no mês, de acordo com registro do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS; e P 0 = Preço Médio de Referência inicial do combustível, constante do CCEAR, correspondente ao P do mês anterior do requerimento da habilitação técnica, convertido em R$ pela taxa de câmbio média de venda do dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo BACEN, correspondente ao mês anterior do requerimento da habilitação técnica e expressa em R$/US$. 3 o O primeiro reauste ocorrerá entre o mês anterior ao requerimento da habilitação técnica para participação no leilão de energia e o mês de outubro do ano anterior à data de inicio de fornecimento de energia constante do CCEAR, utilizando-se a seguinte fórmula geral: P1. e RFcomb 1 = RFcomb0. P 0 1, onde: RFcomb 1 = Receita Fixa, reaustada para o primeiro ano de operação, vinculada ao custo do combustível na geração de energia inflexível; RFcomb 0 = Receita Fixa inicial vinculada ao custo do combustível na geração de energia inflexível e constante no CCEAR; e 1 = Taxa de Câmbio Média da venda do dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo BACEN, no mês anterior à data do primeiro reauste e expressa em R$/US$. P 1 = Preço Médio de Referência do combustível utilizado na geração de energia inflexível no mês anterior à data do primeiro reauste, conforme especificado no 4 o deste artigo; P 0 = Preço Médio de Referência inicial do combustível, correspondente ao mês anterior do requerimento da habilitação técnica; e e 0 = Taxa de Câmbio Média da venda do dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo BACEN, correspondente ao mês anterior do requerimento da habilitação técnica e expressa em R$/US$. 4 o Os Preços Médios de Referência, mencionados nos 2 o e 3 o, para fins de reauste da RFcomb serão diferenciados por tipo de combustível conforme o seguinte: I - para os empreendimentos de geração termelétrica acionados a gás natural, que não esteam enquadrados no Programa Prioritário de Termeletricidade - PPT, o P será, para cada mês, igual a: ( 0,5F 1 0,25F2 + 0,25F3) +, sendo: F1 = média mensal dos pontos médios diários das cotações superior e inferior do Produto Fuel Oil 3,5% Cargoes FOB Med Basis Italy, publicado no Platts Oilgram Price Report; F2 = média mensal dos pontos médios diários das cotações superior e inferior do Produto designado na referida publicação por Fuel Oil 6 Sulphur 1% 8º API US Gulf Coast Waterborne, publicado no Platts Oilgram Price Report; F3 = média mensal dos pontos médios diários das cotações superior e inferior do Produto designado na referida publicação por Fuel Oil 1% Sulphur Cargoes FOB NWE, publicado no Platts Oilgram Price Report;

Portaria MME n o 42/2007 - fl. 3 II - para os empreendimentos de geração termelétrica acionados a óleo combustível do tipo Alto Teor de Enxofre - ATE, o P será dado pela média mensal dos valores de fechamento, nos dias úteis de cada mês, da cotação do preço do óleo combustível equivalente no mercado internacional - USGulf (No. 6 3.0% USG waterborne Platts Mid); III - para empreendimentos termelétricos acionados a óleo combustível do tipo Baixo Teor de Enxofre - BTE, o P será dado pela média mensal dos valores de fechamento, nos dias úteis de cada mês, da cotação do preço do óleo combustível equivalente no mercado internacional - USGulf (No. 6 1.0% USG waterborne Platts Mid); IV - para empreendimentos termelétricos acionados a óleo diesel, o P será dado pela média mensal dos valores de fechamento, nos dias úteis de cada mês, da cotação do preço do óleo diesel equivalente no mercado internacional - USGulf (No. 2 USG waterbone Platts Mid); V - para os empreendimentos termelétricos acionados a carvão mineral importado, o P será dado pela média mensal dos valores de fechamento, nos dias úteis de cada mês, da cotação de preços do carvão equivalente no mercado internacional - CIF ARA, publicado pela Platts - Coal Trader International; e VI - para os empreendimentos de geração termelétricos que esteam enquadrados no Programa Prioritário de Termeletricidade - PPT, criado pelo Decreto n o 3.371, de 24 de fevereiro de 2000, os preços médios de referência deverão ser reaustados pelos critérios previstos na Portaria Interministerial MME/MF n o 234, de 22 de ulho de 2002. 5 o Para os demais empreendimentos de geração termelétrica, cuas fontes energéticas não foram relacionadas no parágrafo anterior, a Receita Fixa vinculada ao consumo de combustível na geração de energia inflexível será reaustada anualmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 6 o A parcela da Receita Fixa vinculada aos demais itens (RF Demais ) será reaustada, anualmente, no mês de novembro, pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA. Art. 3 o O Custo Variável Unitário - CVU de geração, que engloba todos os custos operacionais do empreendimento, exceto aqueles considerados na formação da Receita Fixa, será decomposto nas seguintes parcelas: I - Custo do Combustível - C comb destinado à geração de energia flexível em R$/MWh; e II - Demais Custos Variáveis - C O&M, incorridos na geração de energia flexível, em R$/MWh. 1 o O Custo do Combustível será obtido pela aplicação da seguinte fórmula geral: C i. P. e comb, M = V V, onde:

Portaria MME n o 42/2007 - fl. 4 M = mês em que ocorrer o despacho de geração da parte flexível da termelétrica; P V = Preço Médio de Referência do Combustível vinculado ao CVU; e V = Taxa de Câmbio Média da venda do dólar dos Estados Unidos da América divulgada pelo BACEN do mês M-1, em R$/US$; e i = Fator de Conversão, informado pelo agente, que constará do CCEAR e permanecerá invariável por toda a vigência do contrato, usado na transformação do preço do combustível em R$/MWh. 2 o Os Preços Médios de Referência - P V para o mês M serão diferenciados por tipo de combustível conforme o seguinte: I - para os empreendimentos de geração termelétrica acionados a gás natural, que não esteam enquadrados no PPT, o P V será dado pela cotação de fechamento, para o mês M, (Final Settlement Price) no antepenúltimo dia útil nos Estados Unidos da América do mês M-1 do contrato futuro de gás natural na NYMEX (Henry Hub Natural Gás Futures Contracts - NG1); II - para os empreendimentos de geração termelétrica acionados a óleo combustível do tipo Alto Teor de Enxofre - ATE, o P V será dado pela média mensal dos valores de fechamento nos dias úteis do mês M-1, na cotação de preços média do preço do óleo combustível equivalente no mercado internacional - USGulf (No. 6 3.0% USG waterborne Platts Mid); III - para empreendimentos termelétricos acionados a óleo combustível do tipo Baixo Teor de Enxofre - BTE, o P V será dado pela média mensal dos valores de fechamento nos dias úteis do mês M-1, na cotação de preços média do preço do óleo combustível equivalente no mercado internacional - USGulf (No. 6 1.0% USG waterborne Platts Mid); IV - para empreendimentos termelétricos acionados a óleo diesel, o P V será dado pela média mensal dos valores de fechamento nos dias úteis do mês M-1, na cotação de preços média do preço do óleo diesel equivalente no mercado internacional - USGulf (No. 2 USG waterbone Platts Mid); e V - para os empreendimentos termelétricos acionados a carvão mineral importado, o P V será dado pela média mensal dos valores de fechamento nos dias úteis do mês M-1, na cotação de preços média do preço do carvão equivalente no mercado internacional CIF ARA, publicado pela Platts - Coal Trader International. 3 o Para os empreendimentos de geração termelétricos que esteam enquadrados no PPT, a parcela dos custos variáveis vinculada ao custo de combustível deverá ser reaustada pelos critérios previstos na Portaria Interministerial MME/MF n o 234, de 22 de ulho de 2002. 4 o Para os demais empreendimentos de geração termelétrica, o Custo do Combustível - C comb será um valor fixo, constante do CCEAR e reaustado anualmente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA. 5 o A parcela do Custo Variável Unitário vinculada aos demais Custos Variáveis - C O&M será reaustada anualmente, no mês de novembro, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.

Portaria MME n o 42/2007 - fl. 5 Art. 4 o Na solicitação de habilitação técnica para participação nos Leilões de Energia Provenientes de Novos Empreendimentos de Geração, os agentes de termelétricas que utilizem combustíveis contemplados nos incisos de I a V do art. 3 o deverão informar: I - o Fator de Conversão - i; e C O&M. II - a parcela do Custo Variável Unitário vinculada aos demais Custos Variáveis - 1 o Os valores do Fator de Conversão i e dos demais custos variáveis C O&M informados pelos agentes para a habilitação técnica: a) vincularão o respectivo agente de geração, conforme disciplina a ser estabelecida pela ANEEL, para o despacho otimizado na operação do Sistema Interligado Nacional pelo ONS, pelo prazo do CCEAR; e b) serão utilizados pela EPE para cálculo do CVU necessário ao cálculo da Garantia Física dos empreendimentos. 2 o Os agentes que á requereram à Empresa de Pesquisa Energética - EPE habilitação técnica de empreendimentos para participar nos Leilões de Compra de Energia, previstos pela Portaria MME n o 305, de 19 de dezembro de 2006, cuos empreendimentos são acionados a gás natural, óleo combustível, óleo diesel ou carvão mineral importado deverão redeclarar à EPE os valores especificados nas alíneas I e II anteriores, até 9 de março de 2007. 3 o A ausência de declaração pelos agentes dos parâmetros definidos no caput implicará na não habilitação técnica pela EPE dos respectivos empreendimentos. Art. 5 o O art. 9 o da Portaria MME n o 328, de 29 de ulho de 2005, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: Art. 9 o... Parágrafo único. A EPE poderá, caso constate valores elevados não ustificados tecnicamente para os custos variáveis unitários de geração, não habilitar o respectivo empreendimento, devendo incluir manifestação expressa no Parecer Técnico de que trata este artigo. (NR) Art. 6 o As definições desta Portaria aplicam-se aos empreendimentos que assinem CCEAR para os Leilões de Compra de Energia de Novos Empreendimentos de Geração, a serem realizados a partir da data de sua publicação. Art. 7 o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8 o Fica revogada a Portaria MME n o 29, de 31 de aneiro de 2007. SILAS RONDEAU CAVALCANTE SILVA Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 2.3.2007.