CURSO DE FORMAÇÃO DE OBREIRO ON LINE AULA 5: O CRISTÃO E O DIVÓRCIO Baseado em Jeremias 9: 24, a Igreja Pentecostal Deus é Amor oferece a você, obreiro, a oportunidade aprofundar seu conhecimento na palavra de Deus através do Curso de Formação de Obreiro On Line. Nesta aula serão tratados todo o assunto referente ao cristão e o divórcio: O que é divórcio. A carta de divórcio. As palavras de Jesus e de Paulo sobre o divórcio. Ao finalizar esta aula, você será capaz de: Compreender e explicar que o divórcio não é da vontade divina. Compreender a doutrina de Cristo sobre o divórcio. Compreender e explicar os efeitos do divórcio nos membros da família. Compreender os motivos que levam o casal ao divórcio. Compreender e explicar a importância do perdão. Organização CBDA
O CRISTÃO E O DIVÓRCIO Há duas decisões de extrema importância que obviamente devem ser consideradas pelo homem: a. Receber a Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e Senhor (Jo 1.11-12; 16-18; 8.24). b. Escolher a quem irá se unir pelos sagrados laços do matrimônio (Gn 2.24), até que a morte os separe. 1. CASAMENTO 1.1. Definição: Aliança, união entre duas pessoas de sexos diferentes, capazes e habilitados, com legitimação religiosa e/ou civil. 1.2. O Primeiro Casal: E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele (Gn 2.18-25). A mulher foi feita por Deus para ser a ajudante do homem; A instituição do casamento teve origem divina; A propagação da raça humana é o seu propósito central; O casal torna-se instrumento do propósito de Deus; Esse primeiro matrimônio tornou-se o ideal monogâmico, permanente como plano do Criador (Mt 19.4-6).
1.3. O Plano de Deus para o Casamento: (Gn 2.24; Mt 19.5; Ef 5.31) Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn 2.24). 1.4. O Casamento é um Compromisso de Aliança: Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mt 19.6). Voto feito a Deus e ao companheiro (amor e fidelidade). 2. DIVÓRCIO: 2.1. Definição: Desunião, separação, dissolução do vínculo matrimonial. 2.2. Divórcio no Antigo Testamento: Quando um homem tomar uma mulher, e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa... (Dt 24.1-4).
Diretrizes breves que regulam a prática do divórcio, prática essa tolerada, mas jamais ordenada ou endossada por Deus (Ml 2.16). O homem tinha o direito de repudiar sua mulher por qualquer motivo, ou seja, podia não achar graça na mulher, e ver nela coisa feia qualquer coisa que não lhe agradasse. 2.2.1. Carta de Divórcio: Documento legal fornecido à mulher repudiada, ficando livre para casar-se de novo. 2.3. Divórcio no Novo Testamento: Eu porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério (Mt 5.32; 19.9). O divórcio só é permitido mediante prostituição ou infidelidade conjugal. Jesus Cristo não aprova o divórcio; O divórcio não faz parte da natureza divina. 2.4. Divórcio nos Evangelhos: (Mt 19.3b-9)
2.4.1. A Pergunta dos Fariseus: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? (Mt. 19.3b). Antes de dar-lhes uma resposta imediata, o mestre enfatizou o propósito da criação dos dois sexos que era a solidariedade, a estabilidade e a união física do homem e da mulher. E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne (Mt 19.5). Nessa união não são dois, mas uma só carne, e concluiu: Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mt 19.6b). Propósito de Deus: Que o homem e a mulher fossem uma só carne. Qualquer ruptura no casamento contraria a vontade de Deus. Insatisfeitos os fariseus fazem uma pergunta suplementar: Então, Por que mandou Moises dar-lhe Carta de Divórcio e repudiá-la? (Mt 19.7). 2.4.2. A Doutrina de Jesus: Moisés permitiu dar Carta de Repúdio às mulheres:
Devido à dureza dos corações dos homens; Proteger as mulheres do abandono pelos maridos de coração duro, o que a exporia à prostituição e à miséria; Com a Carta, as mulheres estariam livres para outra união. Jesus manifestou a sua doutrina de caráter permissivo acrescida de uma exceção: Eu, porém, vós digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério (Mt 19.9). 3. O Divórcio na Visão Paulina: 3.1. Aos Casais Crentes: Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher (I Co 7.10-11). Regra geral: os casais crentes não devem divorciar-se. Não há qualquer justificativa para o casal crente se divorciar, a não ser mediante os motivos permissivos (Mt 19.9 e I Co 7.15).
3.2. Aos Casais Mistos: Mas, aos outros, digo eu não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ele, não o deixe (I Co 7.12,13). Valorizando a família, a Palavra de Deus reconhece a união de um cônjuge, que aceita a Cristo e a esposa (ou esposo) continua na incredulidade ou de um fiel, cujo cônjuge se desvia. Mas se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamounos para a paz (I Co 7:15). O crente não deve tomar a iniciativa do divórcio. 4. Conclusão: O casamento é uma instituição divina que o Senhor usou para ensinar seus filhos sobre seu relacionamento com Ele (Gn 1.27; Mt 19.4); O casamento é ordem clara de Deus e leva sua marca (Mt 19.4-5);
O casamento une duas pessoas em uma só carne, testificando sobre o propósito de permanência que Deus tem para a mais íntima união (Mt 19.6); Jesus aponta para o exemplo do primeiro casal (Mt 19.6); Quando ocorre uma separação, as consequências ruins são inevitáveis (Mt 19.9). Ver item 6. Por isso a Bíblia acautela cada pessoa que tenciona se casar: Não se associem com aqueles que não amam o Senhor... (II Co 6.14). 5. Visão da IPDA sobre o Divórcio: A IPDA não concorda com o divórcio e consequentemente com o segundo casamento, levando-se em consideração o Regulamento Interno itens B-22 e B-25: Regulamento Interno item B: Casamento B-22 A BÍBLIA DIZ EM Ml 2:15B, 16A QUE DEUS ABORRECE O REPÚDIO DIVÓRCIO ; UM MEMBRO DA IPDA QUE ENCONTRA-SE SEPARADO E O SEU EX-CÔNJUGE DESEJA DIVORCIAR-SE, O MEMBRO TERÁ TODA LIBERDADE PARA ASSINAR. O MEMBRO CONTINUARÁ EM COMUNHÃO DESDE
QUE NÃO SE CASE NOVAMENTE. B-25 CASAIS EM QUE UM DOS CÔNJUGES NÃO É CRENTE E SE SEPARA, O CÔNJUGE CRENTE PERMANECERÁ EM COMUNHÃO, NÃO PODENDO SE CASAR NOVAMENTE ENQUANTO O CÔNJUGE FOR VIVO. QUANDO OS DOIS CÔNJUGES SÃO CRENTES E SE SEPARAM, DEVERÃO BUSCAR AJUDA DO PASTOR LOCAL PARA UM ACONSELHAMENTO. Ml 2.16A 6. Motivos e Efeitos do Divórcio: 6.1. Alguns Motivos que Levam ao Divórcio: Infidelidade sexual. Quando acontece o adultério; Abandono; Atitudes imaturas; Sansões sociais; Abuso físico e psicológico; Alcoolismo; Abuso de entorpecente; Instabilidade da meia idade; Pressões da falta de dinheiro;
Tédio; Inflexibilidade e ressentimento. 6.2. Os Efeitos do Divórcio: a) Efeitos emocionais: Ansiedade, culpa, medo, tristeza, depressão (às vezes acompanhada de pensamentos suicidas), ira, amargura e frustração; b) Efeitos comportamentais: O divórcio não afeta apenas os nossos sentimentos, influencia também aquilo que fazemos; comer, pagar contas, resolver problemas diários, cuidar de nossos bens, etc.; c) Efeitos sociais: A família (reações que vão desde o choque, rejeição, medo, apoio e encorajamento), aliados, amigos, advogados e parentes. 6.3. Como Evitar o Divórcio: a) Aconselhamento (Construindo um casamento satisfatório). Bem - aventurados são os casais, que aceitam com humildade os conselhos; b) Auto-análise (Cada um analisando o próprio papel dentro do casamento); c) Reconciliação (Foi constatado que apenas um casal em cada oito procura a reconciliação após pedirem o divórcio); d) Orientação divina (Deus pode reconstituir um casamento rompido). 6.4. Motivações erradas para assumir o casamento: Quando a escolha é feita por causa de dinheiro do futuro cônjuge;
Quando a escolha é feita porque ela é muito sensual; Quando a escolha é feita só para se livrar dos pais que são ruins (casamento não pode ser visto como válvula de escape); Quando a escolha é feita por uma profecia.