Suporte de Servidores Linux Ezequiel Mendes Duque
SAMBA
Acidente?? O projeto nasceu no final de 1991, de forma acidental. O criador foi: Andrew Tridgell, um australiano que na época era estudante do curso de PhD em ciências da computação da Universidade Nacional da Austrália
A ideia! O objetivo desta primeira versão era apenas resolver um problema doméstico: interligar um micro PC rodando o MS-DOS ao servidor rodando o Solaris
Andrew recebeu um e-mail contando que o programa também funcionava em conjunto com o LanManager da Microsoft, permitindo compartilhar arquivos de um servidor Unix com máquinas rodando o MS-DOS. O protocolo obscuro usado pelo Patchworks se revelou uma implementação do protocolo SMB. Nasceu assim, acidentalmente, o um dos aplicativos open-source mais importantes da atualidade.
Pouco depois, em janeiro de 1992, ele disponibilizou o "Server 0.1" no servidor da Universidade, que foi rapidamente seguido por uma versão aprimorada, o "Server 0.5". Este arquivo ainda pode ser encontrado em alguns dos FTPs do http://samba.org, com o nome "server- 0.5".
Esta versão inicial rodava sobre o MS-DOS. Depois de um longo período de hibernação, o software foi portado para o Linux, dando origem à versão seguinte (1.5), que foi lançada apenas em dezembro de 1993 e passou a se chamar "smbserver". O nome continuou sendo usado até abril de 1994, quando foi finalmente adotado o nome definitivo
PORQUE SAMBA? O nome "Samba" surgiu a partir de uma simples busca dentro do dicionário por palavras que possuíssem as letras S, M e B, de "Server Message Blocks", posicionadas nessa ordem. A busca retornou apenas as palavras "salmonberry", "samba", "sawtimber" e "scramble", de forma que a escolha do nome acabou sendo óbvia.
Vantagens Hoje, além de ser quase 100% compatível com os recursos de rede do Windows 98, NT, 2000 e XP, o Samba é reconhecido por ser mais rápido que o próprio Windows na tarefa de servidor de arquivos. Um dos pontos fortes do Samba é que o projeto foi todo desenvolvido sem precisar incorrer em qualquer violação de patentes.
CURIOSIDADE A existência do Samba permitiu que a Microsoft conseguisse colocar PCs rodando Windows em muitos nichos onde só entravam Workstations Unix. Com o Samba, servidores Unix existentes passaram a ser compatíveis com as máquinas Windows. Ou seja: até certo ponto, o desenvolvimento do Samba foi vantajoso até mesmo para a Microsoft!
Quase tudo que você pode fazer usando um servidor Windows, pode ser feito também através do Samba, com uma excelente segurança, confiabilidade e com um desempenho em muitas situações bastante superior ao de um servidor Windows com a mesma configuração
UTILIZAÇÃO O Samba é uma solução bastante completa e flexível para uso em redes locais, pois oferece: um grande volume de opções de configuração é compatível com todas as versões do Windows. Compartilhar arquivos permite também compartilhar impressoras centralizar a autenticação dos usuários, atendendo tanto a clientes Windows, quanto a clientes Linux
Para os clientes Windows, o servidor Samba aparece no ambiente de redes exibindo os compartilhamentos disponíveis, exatamente da mesma forma que um servidor Windows. Os compartilhamentos podem ser acessados da forma tradicional e inclusive mapeados. Além de compartilhar arquivos e impressoras, o servidor Samba pode atuar como um PDC, autenticando os usuários da rede. Existem também diversas opções de segurança, que permitem restringir o acesso aos compartilhamentos.
PDC (Primary Domain Controller)
O Samba é dividido em dois módulos: o servidor Samba propriamente dito o "smbclient", o cliente que permite acessar compartilhamentos em outras máquinas. Os dois são independentes, de forma que você pode instalar apenas o servidor, apenas o cliente ou ambos, de acordo com a função da máquina.
Instalação no DEBIAN Para instalá-lo no Debian ou Ubuntu, por exemplo, você usaria: # apt-get install samba smbclient swat sambadoc
Na tela a seguir a resposta é não. Pois não iremos integrar o samba com o dhcp por enquanto
COMANDO PARA MOSTRAR A VERSÃO DO SAMBA QUE ESTÁ RODANDO: smbd V Para usar o Samba em conjunto com estações rodando o Windows Vista, você deve utilizar o Samba versão 3.0.22, ou superior, que oferece suporte ao protocolo NTLMv2, que é o protocolo de autenticação utilizado por padrão pelo Windows Vista
CADASTRANDO USUÁRIOS Devemos criar os usuário no que terão acesso ao servidor: adduser maria Após a criação do usuário, devemos registrá-lo no SAMBA: smbpasswd a maria
Para desativar temporariamente um usuário, sem removê-lo do sistema (como em situações onde um funcionário sai de férias, ou um aluno é suspenso), você pode usar o parâmetro "-d" (disable) do smbpasswd, como em: # smbpasswd -d maria Para reativar a conta posteriormente, use o parâmetro "-e" (enable), como em: # smbpasswd -e maria
Se, por outro lado, você precisar remover o usuário definitivamente, use o parâmetro "-x" (exclude), seguido pelo comando "deluser", que remove o usuário do sistema, como em: # smbpasswd -x maria # deluser maria
a maior parte da configuração do Samba, incluindo as configurações gerais do servidor, impressoras e todos os compartilhamentos, é feita em um único arquivo de configuração, o /etc/samba/smb.conf
Vamos começar com um exemplo simplista, onde temos um único compartilhamento de teste: [global] netbios name = Sparta workgroup = Grupo [arquivos] path = /mnt/arquivos comment = Teste
Como você pode ver, o arquivo é dividido em seções. A primeira é sempre a seção "[global]", que contém as opções gerais do servidor. Por enquanto, definimos apenas o nome do servidor (netbios name) e o nome do grupo de trabalho (workgroup), que seria o mínimo necessário para colocar o servidor na rede. As demais opções (não especificadas no arquivo) são configuradas usando os valores default. Se você omitir a opção "workgroup", por exemplo, o Samba vai reverter para o grupo "WORKGROUP", que é o padrão.
Abaixo da seção [global], incluímos seções adicionais para cada compartilhamento, que é o caso da seção "[arquivos]" que cria o compartilhamento de teste. O "[arquivos]" indica o nome do compartilhamento, da forma como ele aparecerá na rede. Logo a seguir temos a linha "path", que diz qual pasta do servidor será compartilhada e a linha "comment" (opcional), que permite que você inclua um comentário.
testparm Sempre que alterar manualmente o smb.conf, ou mesmo alterar algumas opções pelo Swat e quiser verificar se as configurações estão corretas, rode o comando testparm. Ele funciona como uma espécie de debug, indicando erros grosseiros no arquivo e informando o papel do servidor na rede
As alterações no arquivo são lidas periodicamente pelo Samba (o default são 3 minutos) e aplicadas automaticamente. Isso permite que as mudanças de configuração sejam aplicadas de forma suave, sem prejudicar o acesso dos usuários, o que é importante em um ambiente de produção. Para fazer com que as alterações entrem em vigor imediatamente, reinicie o serviço do Samba, como em: # /etc/init.d/samba restart ou: # service smb restart