Boletim de Conjuntura Econômica de Goiás N.1/mar. 2010

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A Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE, apresenta dois blocos de atividades relacionadas ao comércio.

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Transcrição:

Boletim de Conjuntura Econômica de Goiás N.1/mar. 2010 1 Na primeira edição do Boletim de Conjuntura Econômica de Goiás serão apresentadas análises de quatro índices que retratam a dinâmica da economia goiana, a saber: Pesquisa Mensal do Comércio PMC, Pesquisa Industrial Mensal Produção Física PIM-PF, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC. Seguem abaixo breves explicações sobre o foco de análise de cada um desses indicadores. Pesquisa Mensal do Comércio PMC A dinâmica da atividade econômica de uma região pode ser aferida de várias maneiras. Poderiam ser levantados, por exemplo, o total de registros de imóveis nos cartórios, o total de emprego e renda gerados, o total de embalagens utilizadas, a produção de bens e serviços, as vendas no comércio, etc. Entretanto, nem todas essas informações estão disponíveis para todas as regiões. Além disso, seja por conta da ausência de registros formais, seja pelo alto custo de sua apuração, muitas delas são muito difíceis de serem apuradas. Nesta perspectiva, por meio da análise da Pesquisa Mensal de Comércio PMC, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, pode-se ter informações sobre as vendas do comércio varejista em todo o País. Com base nesta análise, pode ser levantado o comportamento dos consumidores em determinada região, verificando se há algo que indique que a economia local está ou não aquecida num determinado momento.

Produção Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF) 2 A dinâmica da atividade econômica de uma região pode ser aferida de várias maneiras. Poderia ser levantado, por exemplo, o total de registros de imóveis nos cartórios da região, o total de emprego e renda gerados, o total de embalagens utilizadas, a produção industrial, as vendas no comércio, etc. Entretanto, nem todas essas informações estão disponíveis para todas as regiões. Além disso, seja por conta da ausência de registros formais, seja pelo alto custo de sua apuração, muitas delas são muito difíceis de serem apuradas. Assim, a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE em quatorze regiões brasileiras, dentre as quais o Estado de Goiás, permite que seja retratada a produção industrial realizada por empresas que atuam na própria região pesquisada, sendo um importante indicador da geração de emprego e renda. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA A inflação refere-se ao aumento generalizado dos preços dos bens e serviços de uma determinada região num dado período. Pode ser entendida também como a perda do poder de compra dos agentes econômicos num dado período. Deste modo, quando se tem inflação, uma determinada quantia monetária já não compra a mesma quantidade de bens e serviços que comprava antes. Isso é prejudicial para a sociedade, pois aumenta a concentração de renda, reduz o consumo de bens e serviços, a produção, os investimentos e, conseqüentemente, a geração de emprego e renda na região-alvo da análise. A inflação é apurada por meio do cálculo de índices de preços. Trata-se de uma média da variação dos preços, ponderada pelo peso de cada bem ou serviço no total de gastos dos consumidores da região analisada. No Brasil, os principais índices de cálculo da inflação são o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC (ambos calculados pelo IBGE) e os Índices Gerais de

Preços (IGPs) calculados pela FGV. Os índices têm metodologias diferentes e nem sempre abrangem as mesmas regiões. 3 Para levantar o comportamento dos preço em Goiânia, utilizaremos a análise do IPCA e do INPC, dado que ambos possuem informações para o município. Produção Industrial Mensal Produção Física: Março de 2010 No mês de março desse ano, o setor industrial goiano apresentou queda de 6,8% com relação ao mês passado, na série com ajuste sazonal. É o primeiro mês de 2010 que a produção industrial decresce em Goiás. Dos quatorze locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, apenas dois (Ceará e Goiás) apresentaram queda do indicador e, destes, Goiás foi o que apresentou maior redução, puxada principalmente pela redução da produção de produtos químicos. Na série sem ajuste sazonal a produção industrial de Goiás cresceu 1,04% em março de 2010 em relação a fevereiro do mesmo ano, índice bem abaixo da média nacional, que foi de 18,4%. O resultado do Estado nesta série também foi influenciado negativamente pela produção de produtos químicos, que caiu 24,86% no período analisado. Todos os outros setores da indústria de transformação goiana analisados pelo IBGE apresentaram crescimento: alimentos e bebidas (9,49%), minerais não metálicos (21,38%) e metalurgia básica (1,44%). As indústrias extrativas, por sua vez, também apresentaram resultado positivo, tendo avançado 4,69% em março deste ano. Na relação março/2010 março/2009, Brasil e Goiás apresentaram acréscimos de 19,7% e 23,7%, respectivamente. Nesta comparação, os setores que exerceram maior influência sobre o resultado do Estado foram, respectivamente, o de produtos químicos e o de alimentos e bebidas. Em termos dos produtos que mais impactaram positivamente o índice goiano, dentre os químicos, destacam-se os medicamentos e adubos e, no caso dos alimentos e bebidas, maionese e refrigerantes. No ano, índice de Goiás acumula aumento de 26,7%. Novamente, os setores mais importantes foram os

produtos químicos e alimentos e bebidas. O primeiro foi responsáveis por 17,4% do total e o segundo por 7,7%. 4 Produção Mensal de Comércio PMC: Março de 2010 Em março, as vendas do comércio varejista em Goiás caíram 1,4% frente ao mês anterior na série ajustada sazonalmente. Os resultados do Estado são muito influenciados pelas vendas de Combustíveis e Lubrificantes e, conforme mostram os dados do IPCA, estes têm apresentado fortes quedas de preços no período analisado. Nesta perspetiva, o resultado ficou bem abaixo da média nacional, que apresentou aumento de 1,6% no mesmo período. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento do indicador tanto em Goiás quanto no Brasil. No primeiro o crescimento foi 15,1% e, no segundo, de 15,70%. Nesta comparação, os setores que apresentaram as principais variações foram, respectivamente: Móveis e eletrodomésticos (29,9%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (25,1%), Tecidos, vestuário e calçados (23,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,1%). No acumulado do ano o volume de vendas do comércio varejista em Goiás apresenta aumento de 16,0%. No caso do comércio varejista ampliado (que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), comparando março de 2010 com o mês anterior, percebe-se que houve alta de 25,92% e 31,78% no volume de vendas para Brasil e Goiás, respectivamente, na série sem ajuste sazonal. Em relação ao mesmo período do ano passado, os resultados foram de 22% para o Brasil e 26,02% para Goiás. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA: Abril 2010 Em abril de 2010, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA apresentou variação de 0,09 em Goiás. O resultado do índice goiano ficou abaixo do nacional (0,57%) e foi o menor dentre as 11 regiões pesquisadas

pelo IBGE, sendo influenciado principalmente pelas fortes quedas dos preços da gasolina (-7,72%) e do etanol (-14,37%). No ano, o IPCA acumula aumento de 1,15% em Goiás e de 2,65% no Brasil. 5 Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC: Abril 2010 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC apresentou variação de 0,74% no município de Goiânia em Abril de 2010, ficando ligeiramente acima do índice nacional, que teve avanço de 0,73%. Dentre os grupos analisados, as maiores variações no município ficaram por conta de alimentação e bebidas, com aumento de 2,56%; vestuário, que avançou 1,07% e saúde e cuidados especiais, cujos preços cresceram 0,88%. Os grupos que registraram queda de preços no mês foram o de transportes (-1,3%) e o de habitação (-0,02%). Com o resultado, o índice do município acumula no ano aumento de 2,85%, sendo que o grupo com maior variação foi o de alimentação e bebidas, com 7% de aumento. Nesta comparação, o indicador do município de Goiânia ficou abaixo do nacional, que acumula aumento de 3,05% em 2010.