Boris Atanassov - GreenLight Projects Workshop sobre financiamento climático em Moçambique Maputo, 18 Fevereiro 2014 Hotel Cardoso
1. Introdução ao projeto 2. Metodologia usado no analise 3. Analise do problema 4. Potencial modelos de negocio 5. Impacto positivo 6. Oportunidades de financiamento climático 7. Conclusões
Como e que o sector de produção do carvão vegetal em moçambique pode se desenvolver de modo a beneficiar de financiamento climático, seja através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) ou através do quadro da Ação de Mitigação Nacionalmente Apropriada (NAMA) Estudo exploratório sobre o sector atual do carvão vegetal e identificação das oportunidades para um desenvolvimento sustentável neste sector Sustentabilidade Económica Sustentabilidade social Sustentabilidade ecológica Identificar os obstáculos que impendem um desenvolvimento sustentável e identificar ações para transpor estes obstáculos
Entrevista com vários atores envolvidos na área de carvão vegetal Governo (ME, MINAG, MICOA, FUNAE) Organizações de apoio para desenvolvimento (GiZ, SNV, ASDI, Solidaridad) Setor privado (Everest Energy, Moz Carbon, Green Coal) Instituições Académicas (UEM) Visita de campo nas zonas de produção de carvão e encontros com produtores Mabalane Combomune Analise de literatura, politicas e estratégias sobre o sector de biomassa energética e recursos florestais.
Acampamento de carvoeiros Espécie de arvore Mopani Sacos de carvão para venda
O consumo total de biomassa por famílias e no sector comercial e estimado em 14 milhões de toneladas (WISDOM 2008) Em Maputo e Matola 87% da população usa carvão na cozinha (70 % usa como fonte primaria) Em media cada agregado consome 2.6 kg s de carvão por dia Estima-se que 2.5 milhões de toneladas de biomassa são necessária para esta demanda Nas zonas de produção Carvão e produzido na sua grande parte das florestas nativas, pelas comunidades rurais ou carvoeiros profissionais Eficiência dos fornos tradicionais atualmente muito baixa (14%) 7 a 10 kg de madeira na produção de 1 kg de carvão Só para fornecimento de carvão a Maputo/Matola, estima-se que 142 000 Há de floresta e devastada cada ano
Ano 2000 Ano 2010
(Preço (Meticais) Preço medio do carvão (2007-2013) Ano
1. Projetos pelas associações de produtores de carvão 2. Plantações de florestas pertencentes a empresas ou ao governo 3. Provedor de tecnologia para fornos eficientes aos carvoeiros profissionais 4. Briquetagem de rezidos sólidos
As associações de produtores de carvão nas comunidades podem gerir próprios projetos de gestão florestal (replantação) e produção mais eficiente de carvão (fornos melhorados) Varias condições devem existir 1. As associações devem ser bem organizadas e reguladas órgão de gestão interna 2. Cada membro individual devia ter direitos de uso legais e herdáveis de acordo com o DUAT ou licença de exploração 3. A associação deve gerir a alocação de blocos de exploração e implementar uma gestão para garantir exploração sustentável (corte permitido, replantação) 4. O tamanho dos blocos devem ser atribuídos conforme a capacidade/necessidade de produção de cada membro. As áreas devem ser sujeitas a taxas (conforme ao tamanho) 5. Os fornos melhorados não deviam ser uma operação comunal, mas sim a responsabilidade de membros individuais com um forno fixo por bloco de exploração.
O pais já tem experiencia com plantações florestais de escala grande. Mais só na área de polpa e madeira. Estas plantações tem 100 000+ há Todas plantações florestais neste momento usam espécies exóticas como pinho ou eucalipto. Similarmente podem se criar plantações florestais para produção de carvão Desenvolver licenças especificas para este sector Necessidade de DUAT a áreas extensas (+10 000 há para ser economicamente viável) Incentivar o uso de espécies nativas (acácias e mopani) Consultar e colaborar com comunidades locais Uso de fornos ultra-eficientes Oportunidade de trabalhar junto com uma rede de pequenos produtores Riscos: Pastagem de animais, queimadas descontroladas, roubo de arvores
Neste momento, a grande parte da produção de carvão e feita com fornos tradicionais com baixa eficiência (7-10 kg de madeira para 1 kg de carvão). O processo pode durar 2 semanas de tempo A torrificação e uma tecnologia eficiente de carbonização. Estes fornos tem capacidade de produzir carvão em algumas horas com eficiência ate 2 kg de madeira para 1 kg de carvão (5 vezes menos madeira para o mesmo carvão). Oportunidade comercial para uma empresa se integrar na cadeia de valor do carvão como provedor de tecnologia eficiente Pode se montar uma instalação grande central aonde os produtores utilizam a maquina a base de um pagamento Podem se introduzir pequenas unidades de torrificação moveis que são contratadas ou compradas pelos produtores nos seus blocos de exploração Outra opção e a empresa comprar a matéria-prima aos produtores e vender a retalho o produto torrificado nas zonas urbanas.
Uso de resíduos agrícolas, resíduos florestais ou ate resíduos sólidos municipais no fabrico de briquetes para cozinha Atualmente a pratica de produzir carvão deixa uma elevada quantidade de pequenos pedaços de carvão nos fornos. Estes não tem valor comercial por não serrem desejáveis por os clientes. Estes pedaços podem ser colhidos e transformados em briquetes.
Se cada produtor e permitido produzir 70 toneladas de carvão por ano, e cada associação de produtores tem 1000 membros, isso significa um emissão de CO2 igual a proximamente 9.600t por região de produção. Considerado o rácio da produção de carvão 7:1, e necessário usar 2 milhões de toneladas de madeira para produzir carvão para consumo em Maputo e Matola. Um melhoramento de eficiência nos fornos de 20% pode reduzir o uso de madeira ate 4 vezes para 0.4 milhões de toneladas por ano. No fim, Redução de emissões de gases de efeito estufa Redução do nível de desflorestamento na região Redução no tempo necessário para produzir o carvão (de semanas para algumas horas) Permite que recursos florestais existem para futuras gerações Venda de um produto ambientalmente sustentável Se o projeto estabelece plantações florestais, o carvão acaba sendo uma energia renovável
Financiamento climático a partir do Mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) 1. AMS-III.BG: Redução de emissões a base de produção sustentável de carvão e o seu consumo 2. MMS-III.K: Redução de emissão de Metano na produção de carvão 3. ACM 0021: Redução de emissões resultantes da produção do carvão vegetal através de melhoramento do design dos fornos Financiamento através de Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas (NAMA) Apoio financeiro e tecnológico da comunidade internacional que pode ser usado pelo governo na implementação de projetos que reduzem emissões de GEE Mais flexibilidade na utilização deste financiamento Outros tipos de financiamentos climáticos: Redução de Emissões resultantes do Desflorestamento e Degradação Florestal (REDD) Créditos de carbono voluntários
E evidente que Moçambique esta atualmente enfrentando um problema ambiental no setor de carvão vegetal, Sem medidas de sustentabilidade, os recursos florestais vão desaparecer cada vez mais. Impacto económico para as comunidades dependentes de recurso florestais Subida no preço de carvão para consumidores nos centros urbanos Varias oportunidades de negocio existem que recompensam a sustentabilidade. Os projetos em si são economicamente viáveis. O financiamento climático pode servir como uma ajuda adicional nas atividades E importante desenhar projetos que são específicos ao contexto moçambicano. O sector de carvão e multi-deciplinar, e conta com o apoio e participação de vários atores e instituições
Gará de Mercadoria Mavalane