PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE GERADOR SINCRONO

Documentos relacionados
MÁQUINAS ELÉTRICAS. MÁQUINAS ELÉTRICAS Motores Síncronos Professor: Carlos Alberto Ottoboni Pinho MÁQUINAS ELÉTRICAS

MÁQUINA DE INDUÇÃO FUNDAMENTOS DE MÁQUINAS DE CORRENTE ALTERNADA

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA GERADOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1

O campo girante no entreferro e o rotor giram na mesma velocidade (síncrona); Usado em situações que demandem velocidade constante com carga variável;

Máquinas elétricas. Máquinas Síncronas

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 20

MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS. Fonte: logismarket.ind.br

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1

AULAS UNIDADE 1 MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS (MAE) Prof. Ademir Nied

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

Partes de uma máquina síncrona

Máquinas CA são ditas: 1. Síncronas: quando a velocidade do eixo estiver em sincronismo com a freqüência da tensão elétrica de alimentação;

Máquina de Indução - Lista Comentada

Máquinas Elétricas. Máquinas CA Parte I

ELETRICIDADE E ELETRÔNICA EMBARCADA

Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1. Capítulo 2 Transformadores 65. Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152

Máquinas Elétricas. Máquinas Síncronas Parte I. Geradores

Máquinas Elétricas. Máquinas CA Parte I

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 3

PEA 2404 MÁQUINAS ELÉTRICAS E ACIONAMENTOS

Determinação da Reatância Síncrona Campos Girantes Máquina Síncrona ligada ao Sistema de Potência Gerador e Motor Síncrono

1- INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS ELÉTRICAS As máquinas elétricas podem ser classificadas em dois grupos:

Lista de Exercícios 2 (Fonte: Fitzgerald, 6ª. Edição)

Máquinas Elétricas I PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Geração de Energia Controle de Velocidade de Usinas Hidrelétricas

Princípios de máquinas elétricas força induzida Um campo magnético induz uma força em um fio que esteja conduzindo corrente dentro do campo

PEA MÁQUINAS ELÉTRICAS I 91 PARTE 2 MÁQUINAS SÍNCRONAS

Universidade Paulista Unip

ACIONAMENTO DE MÁQUINAS

Introdução às máquinas CA

O MOTOR DE INDUÇÃO - 1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO UNEMAT FACET FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA ELÉTRICA TRABALHO DE

Sistemas de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica.

Mecânica de Locomotivas II. Aula 9 Motores Elétricos de Tração

Instalações Elétricas Prediais A ENG04482

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Corrente Contínua

MÁQUINA SÍNCRONA FUNDAMENTOS DE MÁQUINAS SÍNCRONAS

MÁQUINAS E ACIONAMENTOS ELÉTRICOS. Prof. Hélio Henrique Cunha Pinheiro Curso: Eletrotécnica (integrado) Série: 4º ano C.H.: 160 aulas (4 por semana)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CIRCUITO EQUIVALENTE MAQUINA

Conversão de Energia II

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima:

lectra Material Didático COMANDOS ELÉTRICOS Centro de Formação Profissional

Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia B

Em um gerador síncrono, uma corrente contínua é aplicada ao enrolamento do rotor, o qual produz um campo magnético;

Máquinas Elétricas. Máquinas Indução Parte I. Motores

Conversão de Energia II

Conversão de Energia II

CONTROLE TRADICIONAL

EXP 05 Motores Trifásicos de Indução - MTI

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS

Acionamento de motores de indução

Motores de Alto Rendimento. - Utilizam chapas magnéticas de aço silício que reduzem as correntes de magnetização;

Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente

A) 15,9 A; B) 25,8 A; C) 27,9 A; D) 30,2 A; E) 35,6 A.

PEA MÁQUINAS ELÉTRICAS I 86 PARTE 2 MÁQUINAS SÍNCRONAS

ACIONAMENTO DE MÁQUINAS

CAPÍTULO 1 CONTROLE DE MÁQUINAS ELÉTRICAS (CME) Prof. Ademir Nied

Felipe Scrideli Stefanoni Lucas Ronco Murilo Atique Claudio Otávio Henrique Gotardo Piton

Capitulo 7 Geradores Elétricos CA e CC

MOTORES DE INDUÇÃO. Estator: Campo Tres fases P polos (4-8) Distribução senoidal do fluxo. Rotor: Armadura Cilindro de ferro com conductores: Gaiola

Motores de Indução 2 Adrielle de Carvalho Santana

Máquinas de Corrente Alternada (ENE052)

Circuitos trifásicos

Conversão de Energia II

campo em 2 A e a velocidade em 1500 rpm. Nesta condição qual o valor do torque

SISTEMAS ELÉTRICOS. CURTO CIRCUITO Aula 1 - Introdução Prof. Jáder de Alencar Vasconcelos

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO (continuação)

Conversão de Energia II

Aplicações de conversores

PEA3399 Conversão de Energia

16 x PROFESSOR DOCENTE I - ELETRICIDADE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PÓS-GRADUAÇÃO PRESENCIAL MARINGÁ

Apostila 8. Máquina de Corrente Contínua

LABORATÓRIO INTEGRADO II

Prática de Acionamentos e Comandos Elétricos I

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7

CONSTRUÇÃO E FUNCIONAMENTO

Questionário Escolhas Múltiplas CORRECÇÃO

ACCIONAMENTOS E VEÍCULOS ELÉCTRICOS

26/11/ Agosto/2012

Ensaio 6: Característica de Tensão-Carga de Geradores CC: Excitação Independente, Shunt Auto- Excitado e Série

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

Motores de Relutância Chaveados

Abril - Garanhuns, PE

Principais Tipos de Máquinas Elétricas

Motores Elétricos. Conteúdo. 1. Motor Síncrono 2. Motor Assíncrono 3. Motor CC

LISTA DE EXERCÍCIOS 1 (L1)

TRANSFORMADORES. Fonte: itu.olx.com.br

MOTOR A RELUTÂNCIA CHAVEADO

Eng. Everton Moraes. Método LIDE - Máquinas Elétricas

MOTOR DE PASSO STEPPING MOTOR

AULA 4 PROTEÇÃO DE GERADORES RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO 1

2 MOTORES TRIFÁSICOS DE CORRENTE ALTERNADA

Geratronic Ind. e Com.

Motores Síncronos de Ímãs Permanentes

Sumário. CAPÍTULO 1 A Natureza da Eletricidade 13. CAPÍTULO 2 Padronizações e Convenções em Eletricidade 27. CAPÍTULO 3 Lei de Ohm e Potência 51

APÊNDICE C. Ensaio da Performance do Protótipo. MATRBGC-HGW560-75kW

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE OPERAÇÃO DE UM MOTOR

SEL LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS. Professores: Luís Fernando Costa Alberto, José Carlos de Melo Vieira Júnior, Elmer Pablo Tito Cari

Transcrição:

1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE GERADOR SINCRONO UNEMAT Campus de Sinop 2016

2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Trabalho entregue ao Professor Emerson Ricardo de Moraes de máquinas elétricas. A do curso de Engenharia Elétrica, como parte das exigências para avaliação da disciplina. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE GERADOR SINCRONO Bruno do Nascimento Edwin Kevin Carvalo Paula Aline Tedesco Wendell Murillo Soares SINOP-MT

3 Sumário 1. Introdução...4 2. Desenvolvimento...4 2.1. Os tipos de geradores síncronos...4 2.2. Partes principais de um gerador:...5 3. Principio de Funcionamento...6 4. Referencias bibliográficas...9

4 1. Introdução Um gerador síncrono é um tipo de maquina elétrica rotativa capaz de transformar energia mecânica (em forma de rotação) em energia elétrica. O principio de funcionamento consiste em uma excitação de fluxo no rotor. Diz-se síncrono, devido à igualdade entre a freqüência elétrica com a freqüência angular, ou seja, o gerador gira na velocidade do campo magnético, porque esta igualdade de freqüência é denominada sincronismo. Assim como as máquinas de corrente contínua e as máquinas de indução (assíncronas), as máquinas síncronas podem ser utilizadas tanto como motores como geradores. Devido a razões construtivas e ao seu custo maior em relação às máquinas de indução, elas são, entretanto mais utilizadas como geradores. Máquinas síncronas a imãs permanentes vêm tendo uma utilização cada vez maior em baixas e médias potências especialmente quando se necessitam de velocidade variável, alto rendimento e respostas dinâmicas rápidas. Praticamente toda a energia elétrica disponível é produzida por geradores síncronos em centrais elétricas; eles convertem assim energia mecânica em elétrica. Os geradores síncronos funcionam a base de principio de que um condutor é submetido a um campo magnético variável, gerando uma tensão elétrica induzida cuja polaridade depende do sentido do campo e seu valor de fluxo que atravessa. 2. Desenvolvimento 2.1. Os tipos de geradores síncronos A principal diferença entre os tipos de geradores é a sua forma de alimentação continua para fluir na excitação do motor. Excitação independente: Alimenta o rotor através de anéis rotativos e escovas.

5 Excitação principal e excitação piloto: A máquina principal continuamente tem como um enrolamento do campo outra maquina de excitação independente acionada por ele mesmo. Eletrônica de potencia: Desde a saída trifásica do gerador, retifica-se um sinal mediante a um retificador controlado, e desde o mesmo alimenta-se diretamente em continua ao rotor mediante de um jogo de contatores (anéis e escovas). O arranque se efetua utilizando uma fonte auxiliar (bateria) ate conseguir arrancar. Sem escovas de diodos giratórias: A fonte é continua em um retificador localizado dentro do motor que é alimentado em CA por um gerador em um mesmo eixo, e o seu enrolamento de campo é excitado desde um retificador controlado que retifica o sinal gerado por umas imas permanentes em seu rotor. Excitação estática: O enrolamento do campo do rotor é alimentado desde um transformador e retificador que tomam a tensão e corrente de saída do estator. O transformador tem dois enrolamentos primários (tensão e intensidade) que se conectam em paralelo e em serie da saída do estator. O transformador diminui e retifica a tensão de saída, esta se aplica ao rotor por meio das escovas e anéis deslizantes. Este é um sistema de autoregulação intrínseca, já que ao aumentar o consumo sobre o gerador tem o enrolamento em serie aumentando o fluxo do transformador, portanto, aumenta a excitação do gerador. 2.2. Partes principais de um gerador: Estator: parte fixa do gerador, também chamado de circuito de armadura, esta composta por uma carcaça metálica e um enrolamento no qual se induzira uma tensão que medira o terminal ou terminais. Os enrolamentos do estator de um gerador CA esta conectado geralmente em conexão estrela. Rotor: também chamado de circuito de campo, e a parte móvel do gerador, quer dizer, La que estará girando a velocidade constante, esta composto por uma carcaça metálica e um enrolamento, no qual se alimentara com cc para criar um campo magnético giratório. Ventilador: é o responsável de refrigerar o gerador de tal maneira que evite o superaquecer, esta acoplada no eixo de rotação.

6 Carcaça: É o invólucro do gerador, sua função principal é evitar o contato com os circuitos internos (proteção), assim como manter fixo o gerador. Eixo: fabricado, comumente, em aço forjado com carbono, de uma só peça tratada termicamente para alcançar uma estrutura homogênea livre de tensão. Sistema de excitação: um sistema de excitação ou um sistema de controle de excitação é uma combinação de aparatos desenhados para fornecimento e controlar a corrente de campo do gerador por meio de reguladores automáticos. 3. Principio de Funcionamento O princípio de funcionamento de um gerador é muito semelhante ao de uma máquina de corrente contínua sempre que houver um movimento relativo entre um condutor e um campo magnético constante no entreferro (Br) haverá uma tensão induzida no condutor. No caso da máquina síncrona os condutores são fixos na armadura e o campo magnético é forçado pela máquina primária a se mover. Por sua vez, a máquina primária é acoplada mecanicamente ao rotor onde estão alojados os pólos e exerce sobre eles uma força fazendoos girar(lei de Faraday). O movimento relativo entre o campo e o condutor faz com que surja uma tensão nos terminais do gerador. Ao ser ligado a uma carga a tensão induzida faz com que circule corrente pelo gerador e pela carga. A frequência elétrica da tensão induzida está sincronizada com a velocidade mecânica. Velocidade síncrona: Velocidade do campo girante em uma máquina multi-pólos: Campo girante é uma onda de f.m.m. que se desloca ao longo do entreferro com velocidade síncrona 120f/P formando P pólos girantes ao longo do entreferro Considerando a frequência de alimentação de 60 Hz pode-se montar a seguinte tabela:

7 A potência mecânica transferida pela máquina primária é assim convertida em energia elétrica (descontadas as perdas). Onde: P max = potência máxima possível; V = tensão de entrada; E A = tensão interna gerada; X S = reatância síncrona da máquina. O enrolamento de campo (alojado nos pólos) é alimentado por uma fonte de corrente contínua por meio de anéis deslizantes. Os enrolamentos da armadura são posicionados com diferença angular de 120º, de forma que a tensão induzida nos três enrolamentos serão defasadas de 120º, pode ser conectado em Y ou em.o enrolamento de campo (do rotor) é alimentado em CC. Existem sistemas em que não existem anéis e escovas, sendo que a tensão contínua necessária ao enrolamento de campo é fornecida por meio de um sistema de excitação estático (brushless), formado por uma ou mais excitatrizes montadas no eixo e por dispositivos. O gerador síncrono produz uma tensão do tipo alternada senoidal, podendo ser monofásica ou trifásica. Numa máquina existem não apenas um condutor sendo movimentado no campo magnético, mas uma série de condutores ligados em série, fazendo com que a potência convertida seja maior que no caso de apenas um condutor. Com este arranjo a potência da máquina é maior, aumentando o grau de aproveitamento dos materiais. A interação entre o campo magnético do estator (Bs) e do rotor (Br) produzirá um conjugado mecânico que tentará alinhar os dois campos. Este conjugado mecânico fará com que o rotor gire na mesma velocidade do campo girante (Bs) mas com um atraso angular, o

8 aumento da carga mecânica é refletido através de um aumento do ângulo entre os campos do estator e do rotor. Para que o gerador síncrono possa ser conectado a rede, ambos os sistemas devem ter: A mesma magnitude de tensão RMS (eficaz); A mesma frequência; A mesma sequência de fases; A mesma fase. O fator de potência dos geradores síncronos pode ser facilmente controlado devido ao fato de possuírem uma fonte separada de excitação, e desta forma, podem tanto aumentar a potência sem geração de potência reativa (gerador com fator de potência unitário), ou também gerar potência reativa necessária (gerador com fator de potência 0.8). Desta forma, o gerador síncrono, dependendo da aplicação, pode fornecer a potência útil de acionamento necessária com redução benéfica da potência total do sistema.

9 4. Referencias bibliográficas MOTORES SINCRONOS,(2016-NOVEMBRO),DISPONIVEL: http://www.estgv.ipv.pt/paginaspessoais/eduardop/mqe/motores%20s%c3%adncronos.pdf MOTORES SINCRONOS WEG,(2016-NOVEMBRO),DISPONIVEL: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/weg-motores-sincronos-artigo-tecnico-portuguesbr.pdf INTRODUÇÃO A MAQUINA SINCRONA,(2016-NOVEMBRO),DISPONIVEL: http://www.cpdee.ufmg.br/~gbarbosa/disciplina%20de%20m%e1quinas%20el%e9tricas/di sciplina%20de%20m%c3%a1quinas%20el%c3%a9tricas/apost02.pdf