PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO



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Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO EDITAL 010/2010 - PROJETO BRA/06/032 CÓDIGO: MUDANÇAS CLIMÁTICAS -MT O Projeto BRA/06/032 comunica que estará procedendo a contratação de consultoria individual, pessoa física, na modalidade produto, para prestar apoio técnico para subsidiar a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República na identificação dos possíveis impactos de mudanças climáticas para comunidades da Amazônia, incluindo a percepção das populações locais e dos formuladores de políticas públicas (policy makers) quanto ao problema, por meio do estudo de caso de áreas específicas e com foco na análise de vulnerabilidade e de capacidade adaptativa. Os interessados deverão enviar curriculum detalhado, no formato Word, para o e-mail: sae.selecao@planalto.gov.br, até o dia 23/04/2010, às 17h, com o código MUDANÇAS CLIMÁTICAS -MT no título da mensagem. A não-inclusão deste código eliminará automaticamente o candidato da seleção. Esta seleção será efetuada mediante processo seletivo simplificado, com base no decreto nº 5.151/2004 e terá validade de um ano. A execução dos trabalhos previstos não implica em qualquer relação de emprego ou vínculo trabalhista, sendo, portanto, regido sem subordinação jurídica conforme prevê o 9º do Artigo 4º do decreto nº 5.151/2004. OBS: Nos termos do Artigo 7º, do Decreto nº 5.151/2004 É vetada a contratação, a qualquer título, de servidores ativos da Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, direta ou indireta, bem como empregados de suas subsidiárias ou controladas, no âmbito dos Projetos de cooperação técnica internacional. 1

TERMO DE REFERÊNCIA MUDANÇAS CLIMÁTICAS, VULNERABILIDADE E CAPACIDADE ADAPTATIVA DE TERRITÓRIOS DA AMAZÔNIA MATO GROSSO 1. Função no Projeto Técnico especialista. 2. Nosso Número 3. Antecedentes O projeto BRASIL 3 TEMPOS BRA/06/032, executado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), tem como objetivo desenvolver estratégias e ações nacionais que permitam ao governo brasileiro articular-se com os diferentes setores da sociedade civil com vistas à implementação de políticas públicas de longo prazo que promovam o crescimento econômico do país acompanhado de inclusão social. Essas ações serão realizadas por meio de estudos, produtos e eventos sobre temas de grande importância para o planejamento estratégico do país. Dentre as linhas previstas, está a Estratégia de longo prazo para o desenvolvimento territorial do país formulada, com ênfase na região amazônica (produto 1.5), de responsabilidade da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS). O atual contexto das mudanças climáticas põe em evidência a elevada vulnerabilidade das comunidades pobres da região amazônica e o desafio de se desenvolver instrumentos que promovam o uso eficiente e sustentável dos recursos naturais, com manutenção do equilíbrio ambiental e que movimente a economia no médio e longo prazo. As projeções de pesquisadores e especialistas, em especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), demonstram o provável aumento da intensidade e da frequência dos fenômenos climáticos extremos, inclusive nos cenários mais otimistas. O efeito climático pode ser observado no aumento de vulnerabilidade de sistemas biofísicos e sócio-econômicos, com impactos negativos na biodiversidade, na pesca e em outras atividades extrativas, e na produtividade agrícola. A estratégia para o crescimento econômico e social das comunidades expostas às conseqüências de tais transformações deve passar, necessariamente, pela adaptação aos impactos das mudanças climáticas com ganhos sociais, aumento da resiliência e construção de um processo permanente de inovação tecnológica. Em outras palavras, a estratégia de desenvolvimento para a Amazônia deve considerar o impacto de mudanças climáticas nas comunidades como variável exógena crucial da construção prática da sustentabilidade, no presente e no futuro. Estudos sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil para diversos setores da economia e do meio ambiente ainda encontram-se em fases iniciais de consolidação. A literatura existente aponta que o equilíbrio dinâmico da atmosfera amazônica está sujeito a vetores de transformação que geram variações climáticas, que podem ser estudadas sob três aspectos distintos: 1) Variações climáticas geradas por variações climáticas globais, decorrentes de causas naturais; 2) Mudanças climáticas de origem antrópicas, decorrentes de alterações do uso da terra dentro da própria região 2

amazônica e; 3) Variações climáticas decorrentes das mudanças climáticas globais provocadas por ações antrópicas. Os resultados podem incluir calor, excesso ou falta de chuva e de água superficial: chuvas torrenciais enchentes, estiagens, secas, alterações na sazonalidade e outros resultados. Tais variações têm implicações que afetam o uso e ocupação do solo, mudanças no ciclo hidrológico e, conseqüentemente, na ciclagem de nutrientes e fertilidade do solo. Ameaçam ainda a extinção em massa de espécies da biodiversidade, em especial aquelas sensíveis a mínimas variações de temperatura. Tais efeitos em sistemas sociais caracterizados por baixa resiliência econômica (por exemplo, baixa poupança e pouco acesso a crédito para resistir a perdas de safra) acabam por induzir mudanças em padrões de migração e em outras variáveis demográficas. Na área produtiva, os impactos das mudanças climáticas tendem a elevar os custos da produção e o risco de perda de safras, bem como a causar prejuízos nas atividades consolidadas, principalmente na pequena produção rural. Frente às vulnerabilidades e ameaças provocadas pelas mudanças climáticas, é necessário desenvolver novas alternativas de desenvolvimento territorial, traduzidas em mais e diferentes oportunidades de geração de renda e em melhoria da qualidade vida, aumentando a resiliência e a capacidade de adaptação de sistemas sócio-produtivos. O exposto justifica a importância de estudar e propor estratégias inovadoras, diferenciadas e específicas às realidades particulares dos territórios produtivos, em especial no que se refere à redução das vulnerabilidades às mudanças climáticas e capacidade de adaptação dos mesmos. A hipótese que fundamenta a importância desse estudo se resume na seguinte afirmação: assim como as mudanças climáticas trazem riscos iminentes às populações humanas, biodiversidade e integridade de ecossistemas e biomas, elas também trazem oportunidades para adequação e adaptação de atividades produtivas e, conseqüentemente, formas mais sustentáveis de desenvolvimento econômico e social. 4. Número do resultado no PRODOC A contratação desse estudo será realizada com base no produto 1.5, Estratégia de longo prazo para o desenvolvimento territorial do país formulada com ênfase na região amazônica, de responsabilidade da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS). 5. Objetivos da consultoria Contratação de consultoria especializada, pessoa física na modalidade produto, para elaborar estudo técnico que subsidie a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) no desenvolvimento de políticas públicas dirigidas ao crescimento econômico e social sustentável da Amazônia Legal brasileira, no contexto da adaptação às mudanças do clima. O estudo terá como objetivo geral a identificação dos possíveis impactos de mudanças climáticas para comunidades da Amazônia, incluindo a percepção das populações locais e dos formuladores de políticas públicas (policy makers) quanto ao problema, por meio do estudo de caso de áreas específicas e com foco na análise de vulnerabilidade e de capacidade adaptativa. O consultor será responsável por compreender a percepção (pelas populações locais e pelos formuladores de políticas públicas) da susceptibilidade ambiental e social ante os impactos das mudanças climáticas; identificar as necessidades de geração de renda e de aumento da produtividade das comunidades vulneráveis; analisar produção científica relativa às previsões de impacto de mudanças climáticas na região em estudo; e realizar estudo a partir da coleta de dados socioeconômicos e ambientais das localidades selecionadas. Além disso, o estudo deverá ser capaz 3

de fornecer subsídios para a apresentação de propostas de medidas mitigadoras dos impactos das mudanças climáticas e dos originados pelo uso e ocupação do solo. As atividades realizadas pelo consultor devem cumprir os seguintes objetivos específicos: Identificar a percepção das populações locais e dos formuladores de políticas públicas quanto aos impactos das mudanças climáticas em territórios da Amazônia e suas implicações sobre as atividades produtivas consolidadas ou em processo de consolidação; Identificar vulnerabilidades socioeconômicas e ambientais nas localidades selecionadas e suas implicações sobre as atividades produtivas (pequenos e grandes produtores rurais; populações tradicionais da região); Analisar a capacidade de adaptação dos sistemas produtivos e grupos sociais mais frágeis socialmente, frente aos impactos ambientais e sociais originados das possíveis alterações climáticas no território selecionado; Analisar como os programas governamentais existentes ajudam na diminuição e/ou no aumento da vulnerabilidade da região às possíveis alterações climáticas; Propor medidas de mitigação dos impactos das mudanças climáticas. A presente consultoria será desenvolvida no estado do Mato Grosso: a área selecionada compreende a porção nordeste, no trecho que se estende entre os municípios de Vila Rica (divisa com o Pará, a 1.125 km de Cuiabá) e Luciara (divisa com o estado do Tocantins no extremo leste, a 1.038 km de Cuiabá), englobando os municípios de Confresa (ponto focal do estudo), Santa Terezinha e Porto Alegre do Norte (713 km de Cuiabá). O foco de análise nessa área (microrregião do nordeste do Mato Grosso, em específico Confresa, Vila Rica e Luciara) deve-se ao fato da mesma ter tido um aumento expressivo na quantidade de assentamentos de reforma agrária e ter acumulado uma série de problemas fundiários. Portanto, essa região que é considerada de floresta de transição, entre floresta ombrófila e cerrado localizada entre as bacias do Xingu e do Araguaia, tem uma diversidade de atores e atividades produtivas, desde grandes produtores de bovinos a diversas categorias de agricultores familiares, extrativistas e pescadores. Além disso, essa região engloba municípios com elevada taxa de urbanização, como por exemplo, Luciara (80% a 98,52%) e municípios com uma taxa de urbanização relativamente baixa, como é o caso de Confresa (21% a 40%). Cabe ressaltar que três dos municípios envolvidos no estudo estão no ranking dos mais pobres do estado do Mato Grosso (Confresa, Porto Alegre do Norte e Luciara) (SEPLAN, 2008) e que há indícios de estiagens mais longas que o usual nos meses de seca, nos últimos anos, o que estaria motivando um processo de êxodo rural para os núcleos urbanos (i.e Confresa). O estudo prevê três visitas de campo para observação, coleta de informações e entrevistas estruturadas e semi-estruturadas aos produtores e atores territoriais. 6. Descrição das atividades 6.1. Elaboração de projeto executivo: 6.1.1. Reunião inicial de trabalho com a equipe da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS) para organização e discussão da metodologia de trabalho, que inclui a definição dos instrumentos de pesquisa, a definição dos indicadores de análise e demais instrumentos de pesquisa. 6.1.2. Elaboração de projeto executivo com base nas discussões iniciais com a SSDS. 6.1.3. Entrega do produto 1 da consultoria. 4

6.2. Levantamento preliminar de dados primários e secundários do território a ser estudado: 6.2.1. Levantamento da produção técnica-científica e literatura pertinente ao objeto da pesquisa e coleta de dados estatísticos, socioeconômicos e ambientais iniciais (marco zero da pesquisa) nas áreas selecionadas para os estudos. 6.2.2. Levantamento de políticas públicas, programas e projetos em andamento na região a ser pesquisada, voltados para a promoção do desenvolvimento regional/territorial, desenvolvimento sustentável, estímulo à produção, minimização das causas ou impactos das mudanças climáticas, dentre outros pertinentes ao tema da pesquisa. 6.2.3. Primeira visita de campo para reconhecimento da área selecionada para análise. 6.2.4. Sistematização das informações preliminares. 6.3. Detalhamento e teste da metodologia de pesquisa e coleta de dados: 6.3.1. Detalhamento da metodologia de pesquisa a ser utilizada no levantamento e coleta de dados primários no território produtivo selecionado. 6.3.2. Aplicação de métodos e técnicas de pesquisa selecionados. 6.3.3. Teste dos métodos e técnicas de pesquisa a serem utilizados. 6.3.4. Segunda visita de campo para nova coleta de dados e informações. 6.3.5. Análise comparativa dos dados e informações coletados. 6.3.6. Entrega do produto 2 da consultoria. 6.3.7. Apresentação, em reunião com equipe técnica da SSDS, do levantamento realizado. 6.4. Análise dos dados e informações coletados, proposições de medidas mitigadoras e disseminação dos resultados: 6.4.1. Terceira visita de campo para coleta de dados e informações. 6.4.2. Análise comparativa dos dados e informações coletados. 6.4.3. Proposição de medidas mitigadoras dos impactos das mudanças climáticas e dos originados pelo uso e ocupação do solo, voltadas à adaptabilidade e convivência dos grupos produtivos aos novos cenários e à recuperação ambiental. 6.4.4. Disseminação dos resultados da pesquisa, com foco nas proposições, em especial para os grupos produtivos. 6.4.5. Entrega do produto 3 da consultoria. 6.4.6. Apresentação, em reunião com equipe técnica da SSDS, do estudo final. 7. Produtos Esperados 5

7.1. Projeto executivo. Elaboração de projeto executivo com o detalhamento metodológico, que inclui definição dos instrumentos de pesquisa e a definição dos indicadores de análise. O documento deverá contemplar, de forma clara e completa, as informações técnicas necessárias para execução do estudo em questão. 7.2. Levantamento de dados primários e secundários do território a ser estudado. O consultor deverá apresentar segundo produto contemplando a sistematização das informações recolhidas e produzidas e que servirão de base para análise final. O produto deve incluir o levantamento da literatura pertinente ao objeto da pesquisa e a coleta de dados estatísticos, socioeconômicos e ambientais iniciais (marco zero da pesquisa) na área selecionada para o estudo. O levantamento também deverá considerar políticas públicas, programas e projetos em andamento na região pesquisada voltados para a promoção do desenvolvimento regional/territorial, desenvolvimento sustentável, estímulo à produção, minimização das causas ou impactos das mudanças climáticas, dentre outros pertinentes a temática da pesquisa. A metodologia de trabalho prevê, inicialmente, duas visitas de campo nesta etapa: Visita de campo 1 - reconhecimento da área selecionada, Teste dos métodos e técnicas selecionados, Visita de campo 2 - coleta de dados e informações. Após o reconhecimento da área selecionada e detalhamento dos instrumentos de pesquisa a serem utilizados, o consultor dará início à coleta de dados e informações. Os dados secundários para as análises serão coletados em diversas instituições, governamentais ou não, como INPE, MI, MDA, IBGE, IPEA, SEBRAE, MAPA, MMA, bem como em órgãos estaduais. Os dados primários serão coletados nos territórios produtivos selecionados com base nos indicadores e instrumentos de pesquisa definidos. Está prevista reunião técnica com equipe da SSDS para apresentação do levantamento realizado. 7.3. Versão final do estudo com análise dos dados e informações coletados e com proposição de medidas mitigadoras dos impactos das mudanças climáticas no território selecionado: Nesta etapa, deverá ser feita a última visita de campo para coleta de dados e informações. A partir das observações de campo e entrevistas estruturadas e semi-estruturadas aos produtores e atores territoriais, será realizada a análise comparativa e elaborado o produto 3. O documento deverá conter os resultados e a proposição de medidas mitigadoras dos impactos das mudanças climáticas e dos originados pelo uso e ocupação do solo, voltadas à adaptabilidade e convivência dos grupos produtivos aos novos cenários e à recuperação ambiental. O consultor deverá apresentar a versão final do estudo para a equipe técnica da SSDS. Considerarse-ão, em decisão conjunta com a SAE, formas de disseminação dos resultados da pesquisa, com foco nas proposições, em especial para os grupos produtivos. 8. Formato dos produtos 6

O material deverá ser disponibilizado para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE/PR) em duas vias impressas e em meio digital nos formatos:.doc,.pdf,.xls e.jpeg. e apresentar conteúdo e linguagem compatíveis com sua destinação, em Língua Portuguesa, devidamente digitado e formatado, contendo a relação de obras consultadas de acordo com as recomendações normativas da ABNT. Quadros e tabelas deverão conter a fonte dos dados apresentados. Em todas as páginas deverá constar a rubrica do responsável pelo produto. A formatação deverá seguir as seguintes recomendações: fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1½, margens superior e esquerda de 2½ cm e margens direita e inferior de 2 cm. 9. Qualificações O consultor deverá apresentar as seguintes qualificações classificatórias e pontuáveis: Experiência prévia com pesquisa aplicada em desenvolvimento sustentável; Experiência prévia com pesquisa aplicada em mudanças climáticas; Experiência prévia de trabalho de campo na região amazônica; Ensino Superior Completo em Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Ciências Biológicas (Ecologia e Meio Ambiente), Multidisciplinar (Meio Ambiente e Agrárias, Sociais e Humanidades) ou áreas pertinentes à temática deste projeto. Serão considerados como diferenciais pontuáveis na seleção dos candidatos: Experiência prévia com formulação, avaliação e monitoramento de políticas públicas; Experiência prévia com o desenvolvimento de políticas de planejamento e ordenamento territorial. Pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Ciências Biológicas (Ecologia e Meio Ambiente), Multidisciplinar (Meio Ambiente e Agrárias, Sociais e Humanidades) ou áreas pertinentes à temática deste projeto. 10. Insumos Despesas com deslocamento (passagens aéreas e diárias) para execução das atividades serão custeadas pelo Projeto, conforme necessidade, desde que devidamente aprovadas pelo Diretor Nacional do Projeto. Outros tipos de deslocamentos (terrestres ou fluviais) deverão ser previamente comunicados e igualmente autorizados. Neste caso, as despesas serão reembolsadas após a entrega de recibos comprobatórios. 11. Supervisor A supervisão do Contratado será feita pelo Diretor de Amazônia da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável (SSDS). 12. Local de trabalho 7

O consultor poderá ter sede em qualquer estado da Federação, desde que possa se deslocar quando necessário para realização do presente estudo e quando for solicitado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, para reuniões de monitoramento. 13. Data de Início Previsão: abril de 2010. 14. Data de Término Previsão: setembro de 2010. 15. Produtos Honorários Os pagamentos serão feitos mediante a entrega e aprovação dos produtos, atestada pela direção do Projeto. Os pagamentos recebidos pelos consultores são passíveis de tributação, de acordo com a legislação brasileira vigente. É responsabilidade do Contratado fazer os devidos recolhimentos. À Contratante, reserva-se o direito de recusar o pagamento se, no momento de atestar o produto, os serviços prestados estiverem em desacordo com as especificações apresentadas e aceitas. Este contrato terá vigência prevista de 5 (cinco) meses com possibilidade de prorrogação, sem ônus para o governo, desde que mediante justificativa consubstanciada em relatório, devidamente aprovado pelo Diretor do Projeto. A remuneração prevista será efetuada em 3 (três) parcelas conforme calendário descrito a seguir: Produtos Esperados Cronograma de entrega dos produtos (a partir do início do contrato) Remuneração 1. Projeto executivo para estudo da área selecionada no estado do MT. 2. Levantamento preliminar de dados primários e secundários do território a ser estudado no estado do MT. 3. Versão final do estudo com análise dos dados e informações coletados e com proposição de medidas mitigadoras dos impactos das mudanças climáticas no território. 30 dias 20% 90 dias 40% 150 dias 40% 8

Total 150 dias 100% 16. Valor total dos serviços 17. Número de parcelas Três parcelas. 18. Linha Orçamentária 017.01 9