Perfil nutricional e bioquímico de idosos atendidos por um programa da terceira idade em Minas Gerais

Documentos relacionados
RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFÊRENCIA DE PESCOÇO E OUTRAS MEDIDAS INDICADORAS DE ADIPOSIDADE CORPORAL EM MULHERES COM SOBREPESO E OBESIDADE.

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

EXCESSO DE PESO, OBESIDADE ABDOMINAL E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM UNIVERSITÁRIOS

RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE MUSCULATURA E DE ADIPOSIDADE COM MASSA CORPORAL E RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

ESTADO NUTRICIONAL E RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM IDOSOS

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS COLABORADORES E PROFESSORES DA FACISA/UNIVIÇOSA 1

PERFIL CLÍNICO, ANTROPOMÉTRICO E AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ-RN

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

RELAÇÃO ENTRE O NOVO ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL COM O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS. Ivair Danziger Araújo

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL EM ESCOLARES

SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE - nº 04 - ano 2016 ISSN:

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

FIEP BULLETIN - Volume 82 - Special Edition - ARTICLE I (

PERFIL NUTRICIONAL DAS CRIANÇAS QUE FREQUENTAM OS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE JANDAIA DO SUL PR

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO

Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR

O CLIMATÉRIO, O ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPÍDICO NAS DIFERENTES FAIXAS DE IDADE 1

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL (RCQ ) E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) EM ESTUDANTES

ALTERAÇÕES DA GLICEMIA DE JEJUM EM NUTRICIONISTAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DA UNIFRA 1

SUSANA AMÉRICA FERREIRA

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE COLABORADORES DE UMA PANIFICADORA

ESTADO NUTRICIONAL DE COLABORADORES DE REDE HOTELEIRA

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO RISCO CARDIOVASCULAR DA CORPORAÇÃO DE BOMBEIROS DE MARINGÁ/PR

ESTADO NUTRICIONAL DE MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 2017 E NUTRITIONAL STATUS OF WOMAN IN THE CLIMATERIC PERIOD 2017 E 2018

PREVALÊNCIA DA SINDROME METABÓLICA Comparação entre os Critérios ATPIII e IDF numa População Feminina com Obesidade Severa

Perfil clínico-nutricional e consumo alimentar de idosos do Programa Terceira Idade, Ouro Preto-MG

GISELE QUEIROZ CARVALHO

Aline de Oliveira Rezende 1, Lucas Weba Soares 2, Matheus Silva Alves 3, Adrielle Zagmignan 4, Eduardo Martins de Sousa 5

TÍTULO: HIPERTRIGLICERIDEMIA PÓS-PRANDIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E O RISCO CARDIOVASCULAR

EFEITOS DE DOIS PROTOCOLOS DE TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O PESO CORPORAL E A COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES OBESAS

Prevalência de excesso de peso em funcionários de uma instituição privada de ensino

Avaliação nutricional e percepção corporal em adolescentes de uma escola pública do município de Barbacena, Minas Gerais

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS

CCARACTERIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE

PERFIL NUTRICIONAL DE HIPERTENSOS ATENDIDOS NO POSTO DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO BAIRRO CRISTAL/HARMONIA-RS

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO

AVALIAÇÃO DE DISLIPIDEMIA EM ADULTOS DE UMA COMUNIDADE SITUADA NA PERIFERIA DE CAMPINA GRANDE-PB.

FERNANDA DE CARVALHO VIDIGAL

IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM EVENTO DE QUALIDADE DE VIDA

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HUPAA/UFAL)

Caracterização do Perfil Nutricional, Associados com Dislipidemias em Adolescentes Atendidos no Programa de Atenção à Saúde do Adolescente (PROASA)

AVALIAÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA EM POLICIAIS MILITARES DE CAMPINA GRANDE-PB

Associação entre variáveis antropométricas, perfil glicêmico e lipídico em mulheres idosas

ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO NO PIQUE DA PUCC

A ANÁLISE DOS OBJETIVOS E A RELAÇÃO CINTURA QUADRIL EM PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia ISSN: Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

INFLUÊNCIA DE ATIVIDADE RECREATIVA EM IDOSAS FREQUENTADORAS DE UM GRUPO DE ATIVIDADE FÍSICA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE PONTA GROSSA

PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÃO DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS EM ESCOLARES

PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS QUE PARTICIPAM DE ATIVIDADES SOCIOCULTURAIS DA CIDADE DE SABÁUDIA - PR

DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES RESUMO

ÍNDICE GERAL ÍNDICE GERAL ÍNDICE DE TABELAS ÍNDICE DE FIGURAS LISTA DE ABREVIATURAS RESUMO ABSTRACT VII IX X XI XII

DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO

Avaliação Nutricional

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE NA CIDADE DE FORTALEZA UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Palavras-Chave: Obesidade; Educação Nutricional; Avaliação Nutricional

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DAS ESCOLAS DE CANÁPOLIS/MG E CAMPO ALEGRE DE GOIÁS/GO

INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E O RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM UM GRUPO DE IDOSOS PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento ISSN versão eletrônica

RELAÇÃO CINTURA QUADRIL E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS RESIDENTES EM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GERONTOLOGIA BIOMÉDICA

Apostila de Avaliação Nutricional NUT/UFS 2010 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADULTOS

Fhiama Karoline Santos Oliveira (1); (1); Sônia Cristina Pereira de Oliveira Ramalho Diniz

ESTADO NUTRICIONAL, CONSUMO DE ÁCIDOS GRAXOS E SUA RELAÇÃO COM O PERFIL LIPÍDICO DE PACIENTES AMBULATORIAIS

INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA D E RISCO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS

CORREÇÃO DAS MEDIDAS DE QUADRIL: ESTUDO DE

UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO MILENA CAROLINA SILVA CASTRO OLIVEIRA

COMPOSIÇÃO CORPORAL: análise e comparação entre alunos do ensino fundamental do município de Muzambinho e Guaxupé

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO CINTURA/ESTATURA DE IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DA CIDADE DE JOÃO PESSOA

ASSOCIAÇÃO ENTRE CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM MULHERES COM SEGMENTO NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE BEBEDOURO/SP

TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM UM GRUPO DE IDOSOS DE UM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE

RELAÇÃO ENTRE DIFERENTES PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS

PERFIL CLÍNICO E BIOQUÍMICO DOS HIPERTENSOS DE MACEIÓ (AL) de Nutrição em Cardiologia (Ufal/Fanut/NUTRICARDIO )

ACONSELHAMENTO SOBRE MODOS SAUDÁVEIS DE VIDA: PRÁTICA E ADESÃO EM USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

Dislipidemia é a alteração da concentração de lipoproteínas e/ou lipídios

3. Material e Métodos

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FARMÁCIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

RESUMO OBESIDADE E ASMA: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA ASSOCIAÇÃO FREQUENTE. INTRODUÇÃO: A asma e a obesidade são doenças crônicas com

ANA CAROLINA JUNQUEIRA VASQUES INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS, DE COMPOSIÇÃO CORPORAL E BIOQÚIMICOS PARA PREDIÇÃO DO ÍNDICE HOMA-IR EM HOMENS ADULTOS

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM MULHERES IDOSAS RESIDENTES EM INSTITUIÇÃO ASILAR

IMPLICAÇÕES DA CLASSE DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E OBESIDADE ABDOMINAL NO RISCO E GRAVIDADE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA EM PARTICIPANTES VINCULADOS AO EVENTO NH NO SEU BAIRRO DURANTE O ANO DE 2011

RELATO DE EXPERIÊNCIA: FEIRAS DE SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA VIGILÂNCIA E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS EM GOVERNADOR VALADARES - MG.

IMPACTO DO IMC SOBRE O DESEMPENHO MOTOR EM ATIVIDADES COM PREDOMINÂNCIA AERÓBIA DE MULHERES ACIMA DE 40 ANOS

ÍNDICE. CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO Introdução Pertinência do trabalho Objectivos e Hipóteses de Estudo...

ESTUDO DO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS DO MUNICÍPIO DE MIRANDOPOLIS/SP

A percepção da autoimagem corporal entre universitários

students of nutrition, nursing, physical therapy

AUTOR(ES): LUIS FERNANDO ROCHA, ACKTISON WENZEL SOTANA, ANDRÉ LUIS GOMES, CAIO CÉSAR OLIVEIRA DE SOUZA, CLEBER CARLOS SILVA

CONSUMO DE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS E COM ALTO TEOR DE LIPIDEOS POR ESTUDANTES DE NIVEL SUPERIOR

Risco cardiovascular e os índices glicêmicos de idosos atendidos em uma clínica de saúde universitária na cidade de São Paulo

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS IDOSOS ASSISTIDOS EM TERESINA PI ASSESSMENT OF NUTRITIONAL STATUS OF ELDERLY PEOPLE ATTENDED IN TERESINA -PI

Prevalência de fatores associados à síndrome metabólica em uma população diabética

Transcrição:

Helena Dória Ribeiro de Andrade Previato 1 Franciele Pedroso Poiate 1 Laís Silva Andrade 1 Margarete Nimer 1 Nutritional and biochemical profile of elderly people assisted by a third age program in Minas Gerais Perfil nutricional e bioquímico de idosos atendidos por um programa da terceira idade em Minas Gerais ABSTRACT Introduction: The aging population has increased significantly in recent decades. This highlights the need for studies on elderly nutrition since this group requires specialized nutrition assistance aimed at prevention and control of chronic diseases and nutritional disorders. Objective: Evaluate the nutritional and biochemical profile of the elderly participants in the Elderly Program: Vitality and Citizenship in Ouro Preto, Minas Gerais. Methods: Cross-sectional study with 69 elderly aged 60-83 years. The anthropometric and biochemistry analysis were made using weight, height, waist circumference, body mass index, fasting glucose and lipid profile. Kolmogorov-Smirnov test was used to verify the normality of the data. Differences between variables were compared using Student t-test and Mann-Whitney-U test and Pearson/ Spearman correlation was used to assess the association between variables. Results: The elderly group consisted of 76.8% female and 23.2% male. It was observed high prevalence of overweight (69.8%) and large waist circumference (83%) among women, while in males, 56.3% were eutrophic and 62.5% had normal values of waist circumference. The elderly of both sexes showed adequate levels of blood glucose (92mg/dL), triglycerides (110mg/dL), cholesterol (204.65mg/ dl), LDL-cholesterol (117.18mg/dL) and HDL-cholesterol (66.43mg/dL). There was a positive association between body mass index and waist circumference for females (r = 0.900) and males (r = 0.936). Conclusion: The sample showed no significant biochemical changes, however, most of the women had overweight and abdominal adiposity, which requires the adoption of measures to prevent disease associated with obesity in this group. Keywords Elderly; Nutritional status; Anthropometry. RESUMO Introdução: O envelhecimento populacional vem aumentando de maneira significativa nas últimas décadas. Isso ressalta a necessidade de estudos sobre nutrição do idoso, visto que esse grupo requer assistência nutricional especializada destinada a prevenção e controle de doenças crônicas e distúrbios nutricionais. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional e bioquímico dos idosos participantes do Programa Terceira Idade: Vitalidade e Cidadania, Ouro Preto, Minas Gerais.Métodos: Estudo transversal com 69 idosos de 60 a 83 anos. Foi realizada a avaliação antropométrica e bioquímica, utilizando-se peso, altura, circunferência da cintura, índice de massa corporal, glicemia de jejum e perfil lipídico. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados, t-student e U-Mann-Whitney para comparar diferenças entre as variáveis e a correlação de Pearson/Spearman para avaliar a associação entre as variáveis. Resultados: Dos idosos avaliados, 76,8% eram do sexo feminino e 23,2%, do sexo masculino. Verificou-se alta prevalência de excesso de peso (69,8%) e circunferência da cintura elevada (83%) entre as mulheres, enquanto, no grupo dos homens, 56,3% apresentaram eutrofia e 62,5%, valores normais de circunferência da cintura. Os idosos apresentaram níveis adequados de glicemia (92mg/dL), triacilgliceróis (110mg/dL), colesterol (204,65mg/dL), LDLcolesterol (117,18mg/dL) e HDL-colesterol (66,43mg/dL). Houve associação positiva entre índice de massa corporal e circunferência da cintura para o sexo feminino (r=0,900) e masculino (r=0,936). Conclusão: A amostra estudada não apresentou alterações bioquímicas significativas, todavia, a maioria das idosas apresentou excesso de peso e de adiposidade abdominal, o que requer a adoção de medidas de prevenção de doenças associadas à obesidade nesse grupo. Palavras-chave Idoso; Estado nutricional; Antropometria. 1 Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. 34 Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 16(1): 34-40, jan-mar, 2014

Introdução O envelhecimento populacional vem aumentando de maneira significativa tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos 1. No Brasil, o número de idosos passou de 3 milhões na década de 1960 para 20 milhões em 2008, ou seja, houve um aumento de 700% em menos de cinquenta anos 2. As projeções para 2025 mostram que o número de idosos brasileiros será superior a 30 milhões de pessoas 3. Nas últimas décadas, o aumento da expectativa de vida e do número de idosos têm representado novos desafios nas áreas de pesquisa em nutrição e alimentação 4. Nesse contexto, destacam-se como principais funções do profissional da nutrição a realização do diagnóstico de indivíduos em risco nutricional, bem como a elaboração de planos alimentares destinados a prevenção e controle de doenças crônicas e distúrbios nutricionais 5. A antropometria tem se mostrado um importante método de avaliação nutricional em idosos 6. Medidas simples como peso, estatura e circunferência da cintura vêm sendo muito utilizadas na determinação do estado nutricional do idoso devido a algumas vantagens como baixo custo e fácil execução 7. Todavia, as variáveis antropométricas sofrem modificações em consequência das alterações corporais decorrentes do envelhecimento como diminuição da massa magra e aumento de adiposidade corporal 6. O conhecimento dessas mudanças é essencial para o diagnóstico adequado do estado nutricional dos idosos, com a finalidade de propor intervenções nutricionais que melhorem a qualidade de vida desse grupo. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil nutricional antropométrico e bioquímico dos idosos integrantes do Programa Terceira Idade: Vitalidade e Cidadania, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Minas Gerais. Métodos O estudo transversal foi realizado em 2011 com idosos de ambos os sexos, participantes do projeto de extensão da UFOP Programa Terceira Idade: Vitalidade e Cidadania, em Ouro Preto, Minas Gerais. Foram usados como critérios de inclusão: idade igual ou superior a 60 anos e interesse em participar da pesquisa. Assim, dos 90 integrantes do Programa, 69 idosos participaram do presente estudo, sendo 53 do sexo feminino e 16 do sexo masculino. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto (número do protocolo 0003.0.238.000-5) e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Inicialmente, realizou-se uma entrevista para identificar os idosos e depois foi feita a avaliação nutricional antropométrica e bioquímica dos participantes da pesquisa. Foram aferidas as medidas antropométricas peso (kg), altura (m) e circunferência da cintura (CC) (cm), e foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) para a classificação do estado nutricional. Para determinação do peso corporal, os idosos posicionaram-se com roupas leves e descalços no centro da balança digital TANITA (com capacidade para 150kg e precisão de 100g). A estatura foi medida com o estadiômetro Alturexata (com extensão máxima de 2m, dividido em cm e subdividido em mm). O IMC foi calculado pela fórmula: IMC = peso (kg) / estatura 2 (m 2 ) e o estado nutricional foi classificado segundo os pontos de corte propostos por Lipschitz 8. A CC foi medida com fita métrica flexível na menor circunferência abaixo das costelas e acima da cicatriz umbilical, sendo a classificação feita conforme os valores preconizados pela World Health Organization (WHO) 9. A avaliação bioquímica (glicose, triacilgliceróis, colesterol total e frações) foi feita no Laboratório Piloto de Análises Clínicas (LAPAC) Escola de Farmácia da UFOP). Os valores de referência usados para classificação da glicose plasmática foram baseados nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 10, enquanto a classificação de triacilgliceróis, colesterol total, LDL-colesterol e HDL-colesterol foi realizada de acordo com os valores de referência lipídica estabelecidos pela IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 11 e V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 12. Para verificar a normalidade dos dados obtidos neste estudo, foi utilizado o teste Kolmogorov-Smirnov. Posteriormente, realizou-se a análise descritiva dos dados antropométricos e bioquímicos apresentados em média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil. Foram usados os testes t-student e U-Mann-Whitney para comparar as variáveis entre os sexos, e o coeficiente de Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 16(1): 34-40, jan-mar, 2014 35

correlação de Pearson/Spearman para avaliar a associação entre os dados antropométricos e bioquímicos. As análises estatísticas foram feitas com o software Predictive Analytics Software (PASW) Statistics versão 17.0 e foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados Dos 69 idosos que participaram do estudo, 76,8% (n=53) eram do sexo feminino e 23,2% (n=16), do sexo masculino. A faixa etária dos idosos variou de 60 a 83 anos. Na Tabela 1 são observados excesso de peso (28,68±4,60kg/m 2 ) em relação ao IMC e alto risco para circunferência da cintura (93,15±12,10cm). A glicemia de jejum (92mg/dL) estava dentro da faixa de normalidade segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 10. Os triacilgliceróis (110mg/dL) apresentaram valores ótimos, o colesterol total (204,6±31,1mg/dL) foi classificado como limítrofe, o LDL-colesterol (117,18±32,09 mg/dl) manteve-se desejável e o HDL-colesterol (66,4±14,4mg/dL) estava adequado de acordo com a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 11 e a V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 12. Na comparação entre os sexos não houve diferença estatisticamente significativa nas medidas antropométricas e nos parâmetros bioquímicos avaliados (p>0,05). Os resultados apresentados na Tabela 2 demonstraram maior prevalência de idosos na faixa etária de 60 a 70 anos (72,5%) com excesso de peso (62,3%) e com valores elevados de circunferência da cintura (72,4%). Na comparação entre os sexos, 69,8% das mulheres foram classificadas com excesso de peso e 83% tiveram circunferência da cintura elevada, enquanto 56,3% dos homens apresentaram eutrofia e 62,5% tiveram valores normais da medida de adiposidade central. A Tabela 3 mostra maior prevalência de idosos de ambos os sexos com glicemia de jejum normal, com níveis ótimos de triglicerídeos e níveis adequados de HDLcolesterol. Na análise do colesterol total, a maioria das mulheres apresentou níveis ótimos, enquanto a maior parte dos homens foi classificada com níveis limítrofes de colesterol. Em relação ao LDL-colesterol, as mulheres tiveram maior prevalência de níveis desejáveis a li- Tabela 1 Dados antropométricos e bioquímicos da amostra de idosos, Programa Terceira Idade: Vitalidade e Cidadania. Ouro Preto, Minas Gerais, 2011 Variáveis Total Sexo Masculino Sexo Feminino Média ± DP ou Mediana (IQ) Média ± DP ou Mediana (IQ) Média ± DP ou Mediana (IQ) p-valor Idade (anos) 67,91±5,34 68,69±4,25 67,68±5,65 0,512* IMC (kg/m 2 ) 28,68±4,60 27,18±3,48 29,13±4,83 0,083* CC (cm) 93,15±12,10 96±10,12 92,29±12,59 0,236* Glicemia (mg/dl) 92 (83-107) 91,05(89,50-128,25) 94 (81-105) 0,247** Triacilgliceróis (mg/dl) 110(85,50-146,50) 110 (89-203) 111(80,75-140,25) 0,476** Colesterol (mg/dl) 204,65±31,12 220,29±26,74 206,01±32,52 0,514* LDL-colesterol (mg/dl) 117,18±32,09 116,84±25,72 117,28±33,85 0,961* HDL-colesterol (mg/dl) 66,43±14,36 60,19±15,16 68,38±13,71 0,086* DP: desvio padrão; IQ: intervalo interquartil; IMC: Índice de Massa Corporal; CC: circunferência da cintura; LDL-colesterol: lipoproteína de baixa densidade ; HDL-colesterol: lipoproteína de alta densidade; *Teste t-student; **Teste U-Mann-Whitney 36 Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 16(1): 34-40, jan-mar, 2014

Tabela 2 Distribuição da faixa etária e das variáveis antropométricas para a população total e ambos os sexos, Programa Terceira Idade: Vitalidade e Cidadania. Ouro Preto, Minas Gerais, 2011 Variável Faixa Etária Total Sexo Masculino Sexo Feminino N % N % N % 60 a 70 anos 50 72,5 10 62,5 39 73,6 71 a 80 anos 17 24,6 6 37,5 12 22,6 > 80 anos 2 2,9 0 0,0 2 3,8 IMC (kg/m 2 )* Baixo Peso < 22 4 5,8 1 6,3 3 5,7 Eutrofia 22 a 27 22 31,9 9 56,3 13 24,5 Excesso de peso > 27 43 62,3 6 37,5 37 69,8 Circunferência da Cintura (cm)** Sem risco < 94(H); < 80 (M) 19 27,5 10 62,5 9 17,0 Risco elevado 94 a 101,9 (H); 80 a 87,9 (M) 15 21,7 2 12,5 13 17,0 Risco muito elevado 102(H); 88 (M) 35 50,7 4 25,0 31 66,0 IMC: Índice de Massa Corporal; H: homem; M: mulher. *Lipschitz 8. **World Health Organization 9. mítrofes, enquanto a maioria dos homens tiveram níveis desejáveis desse marcador bioquímico. Na análise de correlação entre medidas antropométricas, os resultados evidenciaram associação positiva muito forte entre o IMC e a CC para o sexo feminino (r = 0,900; p<0,001) e masculino (r = 0,936; p<0,001). Para as outras variáveis antropométricas e bioquímicas não foram encontradas correlações com valor de p estatisticamente significativo. DISCUSSÃO No presente estudo foram observadas prevalências aumentadas de IMC e de CC para o sexo feminino, enquanto, para a maioria dos indivíduos do sexo masculino, tais indicadores antropométricos mantiveram-se normais. Foram encontrados resultados semelhantes em estudo realizado com 699 idosos no Rio de Janeiro que mostrou alta prevalência de excesso de peso e aumento da centralização de gordura no sexo feminino 13. Ao analisar a distribuição de gordura em mulheres de diferentes faixas etárias, pesquisadores demonstraram que o envelhecimento leva ao aumento da gordura abdominal 14. O acúmulo de gordura na região abdominal é um importante fator de risco para diversas doenças, como as cardiovasculares 15. Assim, a avaliação da CC complementa a medida do IMC, uma vez que o IMC elevado pode ou não ser sinônimo de alguma doença crônica. Já a CC está diretamente relacionada à maior chance de doenças crônicas não transmissíveis 1. Estudo feito com 7.233 indivíduos mexicanos com idade maior ou igual a 60 anos demonstrou associação significativa do aumento de diabetes e de hipertensão tanto com o aumento do IMC como da CC 16. Em relação aos parâmetros bioquímicos, verificou-se maior prevalência de idosos, de ambos os sexos, com perfil lipídico adequado e glicemia de jejum dentro da faixa de normalidade. Resultados semelhantes aos deste estudo foram encontrados por Rocha et al. 15 que, ao analisarem 321 idosos brasileiros, observaram valores antropométricos elevados sem alterações nas concentrações de glicemia de jejum, triacilgliceróis, colesterol total, LDL-colesterol e HDL-colesterol. A concentração de lipídeos séricos, assim como a obesidade abdominal, é considerada importante fator de risco para doenças cardiovasculares, e a mortalidade decorrente de tais doenças em idosos está relacionada com a elevação de triacilgliceróis e a redução de HDL-colesterol 15. Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 16(1): 34-40, jan-mar, 2014 37

Estudos que avaliam a relação entre marcadores bioquímicos e medidas antropométricas sugerem associações positivas entre triacilgliceróis e IMC, bem como associações negativas entre HDL-colesterol e variáveis antropométricas indicadoras de gordura central como a CC 17. Em estudo realizado por Filho et al. 1 com 102 idosas brasileiras foram encontradas associações positivas entre o IMC e glicemia de jejum e entre a CC e glicemia de jejum. Pesquisadores sugerem que, entre as medidas antropométricas IMC, relação cintura quadril e circunferência abdominal, esse último seria um indicador de risco metabólico mais confiável para a população idosa 18,1. Contudo, no estudo atual não foram encontradas associações entre os parâmetros bioquímicos e os indicadores antropométricos. Por outro lado, foram encontradas associações entre IMC e CC para ambos os sexos. Resultados semelhantes foram corroborados em estudo realizado com 318 idosos que mostrou forte correlação positiva entre IMC e CC no sexo masculino (r = 0,89; p <0,001) e no sexo feminino (r = 0,86; p<0,001) 19. É importante destacar que os participantes da pesquisa receberam periodicamente orientações nutricionais, além de praticarem atividade física com regularidade, o que pode ter contribuído para a adequação dos parâmetros bioquímicos e do estado nutricional, principalmente nos indivíduos do sexo masculino. Visto que a frequência de diabetes e hipertensão é maior em idosos que apresentam CC aumentada 20,21, medidas de intervenção devem ser continuadas para a prevenção de doenças crônicas associadas à obesidade, principalmente no grupo das idosas. Tabela 3 Distribuição dos parâmetros bioquímicos segundo a população total e o sexo, Programa Terceira Idade: Vitalidade e Cidadania. Ouro Preto, Minas Gerais, 2011 Variáveis Total Sexo Masculino Sexo Feminino N % N % N % Glicemia de Jejum (mg/dl)* Normal < 100 40 67,8 9 64,3 31 68,9 Intolerância 100 a 125,9 11 18,6 2 14,3 9 20,0 Diabetes 126 8 13,6 3 21,4 5 11,1 Triacilgliceróis (mg/dl)** Ótimo < 150 44 63,8 9 69,2 34 77,3 Limítrofe 150 a 200,9 9 13 1 7,7 9 20,5 Alto 201 a 499,9 4 5,8 3 23,1 1 2,3 Muito alto 500 0 0 0 0 0 0 Colesterol total (mg/dl)** Ótimo 200 25 42,4 5 35,7 20 44,4 Limítrofe 200 a 239 25 42,4 9 64,3 16 35,6 Alto 240 9 15,3 0 0 9 20 LDL-Colesterol (mg/dl)** Ótimo < 100 17 29,8 2 16,7 15 33,3 Desejável 100 a 129 20 35,1 7 58,3 13 28,9 Limítrofe 130 a 159,9 15 26,3 3 25 12 26,7 Alto 160 a 189,9 4 7 0 0 4 8,9 Muito alto 190 1 1,8 0 0 1 2,2 HDL-Colesterol (mg/dl)** Baixo < 40 (H); <50 (M) 7 11,86 1 7,1 6 13,4 Adequado 40(H); 50 (M) 52 88,14 13 92,9 39 86,6 H: homens; M: mulheres. *Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 10. **IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 11 e V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 12. 38 Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 16(1): 34-40, jan-mar, 2014

ConclusÃO Com o aumento do envelhecimento populacional, a assistência à saúde tem sido direcionada para o controle e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes e hipertensão. Assim, verifica-se com a realização desta pesquisa que o conhecimento do estado nutricional de idosos pelo método antropométrico e bioquímico é importante para viabilizar e reforçar a continuidade de intervenções na prevenção de doenças crônicas e, dessa maneira, contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população geriátrica a partir de orientações nutricionais específicas e eficazes. Referências 1. Filho ADR, Coelho CF, Voltarelli FA, Junior JF, Ravagnani FCP, Fett WCR, et al. Associação entre variáveis antropométricas, perfil glicêmico e lipídico em mulheres idosas. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2011; 14(4):675-86. 2. Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev Saúde Pública. 2009; 43(3):548-54. 3. Guerra ACLC, Caldas CP. Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento: a percepção do sujeito idoso. Ciênc Saúde Colet. 2010; 15(6):2931-40. 4. Guimarães ECM, Santos LS, Jesus BM, Pastana NA, Saron MLG. Perfil nutricional de idosas frequentadoras da Faculdade da Terceira Idade. Cadernos UniFOA. 2009; 10:67-72. 5. Alves LC, Leimann BCQ, Vasconcelos MEL, Carvalho MS, Vasconcelos AGG, Fonseca TCO, et al. A influência das doenças crônicas na capacidade funcional dos idosos do Município de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública. 2007; 23(8):1924-30. 6. Bueno JM, Martino HSD, Fernandes MFS, Costa LS, Silva RR. Avaliação nutricional e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos pertencentes a um programa assistencial. Ciênc Saúde Colet. 2008; 13(4):1237-46. 7. Campos MTFS, Monteiro JBR, Ornelas APRC. Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Rev Nutr. 2000; 13(3):157-65. 8. Lipschtz DA. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care. 1994; 21(1):55-67. 9. World Health Organizatio. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: World Health Organization; 1998. 10. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 3 ed. Itapevi: A. Araújo Silva Farmacêutica; 2009. 11. Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenção da aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2007; 88(Supl I):2-19. 12. Xavier HT, Izar MC, Faria Neto JR, Assad MH, Rocha VZ, Sposito AC, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4 Supl.1):1-22. 13. Santos DM, Sichieri R. Índice de massa corporal e indicadores antropométricos de adiposidade em idosos. Rev Saúde Pública. 2005; 39(2):163-8. 14. Zamboni M, Armellini F, Harris T, Turcato E, Micciolo R, Bergamo-Andreis A, et al. Effects of age on body fat distribution and cardiovascular risk factors in women. Am J Clin Nutr. 1997; 66(1):111-5. 15. Rocha FL, Menezes TN, Melo RLP, Pedraza DF. Correlação entre indicadores de obesidade abdominal e lipídeos séricos em idosos. Rev Assoc Med Bras. 2013; 59(1):48-55. 16. Sanchez-Viveros S, Barquera S, Medina-Solis CE, Velázquez-Alva MC, Valdez R. Association between diabetes mellitus and hypertension with anthropometric indicators in older adults: results of the mexican health survey. J Nutr Health Aging. 2008; 12(5):327-33. 17. Alhamdan AA. Body mass index, waist, waist to hip ratio and lipid profile in elderly subjects living in a nursing home. J Med Sci. 2008; 8(2):177-81. 18. Zahorska-Markiewicz B. Metabolic effects associated with adipose tissue distribution. Adv Med Sc. 2006; 51(1):111-4. Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 16(1): 34-40, jan-mar, 2014 39

19. Sampaio RL, Figueiredo VC. Correlação entre índice de massa corporal e os indicadores antropométricos de distribuição de gordura corporal em adultos e idosos. Rev Nutr. 2005; 18(1):53-61. 20. Cabrera MAS, Jacob Filho W. Obesidade em idosos: prevalência, distribuição e associação com hábitos e co-morbidades. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2001; 45(5):494-501. 21. Tinoco ALA, Brito LA, Sant anna MSM, Abreu WC, Mello AC, Silva MMS, et al. Sobrepeso e obesidade medidos pelo índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e relação cintura/quadril (RCQ), de idosos de um município da Zona da Mata Mineira. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2006; 9(2):63-73. Correspondência para/reprint request to: Margarete Nimer Departamento de Nutrição Clínica e Social, Escola de Nutrição Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil Campus Universitário, Morro do Cruzeiro, s/nº. Ouro Preto, MG. Brasil Cep.: 35.400-000 Tel/Fax.: +55 31 35591838 / +55 31 3559 1828 E-mail: mag_nimer@hotmail.com Fonte de financiamento da pesquisa: Bolsa concedida pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto (PROEX-UFOP) Recebido em: 18-12-2012 Aceito em: 27-6-2013 40 Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 16(1): 34-40, jan-mar, 2014