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Transcrição:

Diversidade e flutuação populacional de scolytidae (coleoptera) em plantio de urograndis e de urocam, no município de Cuiabá, estado de Mato Grosso Diversity and population fluctuation of scolytidae (coleoptera) in plantation of urograndis and urocam, in the city of Cuiabá, state of Mato Grosso, Brazil Alberto Dorval 1 Otávio Peres Filho 1 José Renato Maurício Da Rocha 2 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais, da Faculdade de Engenharia Florestal/ Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT,CEP 78060-900. E-mail: a.dorval@hotmail.com; peres@ufmt.br 2 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais, da Faculdade de Engenharia Florestal/Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT,CEP 78060-900. E-mail: jrm_rocha@hotmail.com

RESUMO Este trabalho foi desenvolvido de abril de 2008 a março de 2009, com a finalidade de identificar as espécies de Scolytidae que ocorrem associadas aos talhões dos híbridos urograndis e urocam de eucalipto. Foi amostrado um talhão de cada híbrido, sendo utilizadas seis armadilhas etanólicas por talhão, iscadas com álcool combustível hidratado. As coletas foram quinzenais e os exemplares coletados foram levados ao Laboratório de Proteção Florestal, da Faculdade de Engenharia Florestal/ UFMT. Foram realizados estudos qualitativos, quantitativos e de flutuação populacional em ambos os ambientes amostrados. Em urograndis foi coletada 23 espécies e 810 indivíduos e em urocam 17 espécies e 983 indivíduos. Hypothenemus eruditus, Xyleborus affinis e Xyleborus ferrugineus foram quantitativamente, as mais representativas em urograndis, enquanto em urocam, Premnobius cavipennis e Xyleborus affinis foram as espécies mais expressivas. As espécies Xyleborus affinis e Hypothenemus eruditus ocorreram com picos populacionais nos meses de seca, enquanto Xyleborus ferrugineus apresentou pico populacional no mês de chuva. PALAVRAS-CHAVE coleobrocas híbrido de eucalipto besouros-de-ambrósia ABSTRACT This work was developed from April of 2008 to March of 2009, with the purpose to identify the species of Scolytidae that occur associates in plantation of the Eucalyptus hybrids urograndis and urocam. It was studied the stand of each hybrid, being used six ethanolical traps with the attractant combustible alcohol hidratado by stand. The captures had been biweekly and the individuals had been taken for the Laboratory of Forest Protection, of the College of Forestryl Engineering / Federal University of Mato Grosso. Qualitative and quantitative studies had been carried in both the sampled environments. It was collected 23 species and 810 individuals in urograndis hybrid and 17 species and 983 individuals in urocam hybrid. Hypothenemus eruditus, Xyleborus affinis and Xyleborus ferrugineus was the species quantitatively the most representative in urograndis, and in urocam, Premnobius cavipennis and Xyleborus affinis was the most expressive species. The species Xyleborus affinis and Hypothenemus eruditus occurred with populations peaks in the drought months, and Xyleborus ferrugineus occurred populations peaks in the rain month. KEY-WORDS woodborers eucalypt hybrid ambrosia beetles 112 Multitemas, Campo Grande-MS, n.39, p.111-123, jul. 2011.

INTRODUÇÃO Os clones de eucaliptos plantados em várias regiões do estado de Mato Grosso não estão adaptados às condições climáticas e edificas da região, pois foram desenvolvidos para condições ambientais das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Além da incompatibilidade entre procedência e o destino dos híbridos plantados, diversas espécies de insetos que ocorrem associados aos plantios de Eucalyptus spp. apresentam potencial para tornarem-se pragas nesses plantios de híbridos de eucaliptos na região Centro-Oeste, principalmente, no estado de Mato Grosso, onde o híbrido urograndis (Eucalytpus urophylla x Eucalyptus grandis) é um dos mais utilizado pelas empresas reflorestadoras no Estado em plantios destinados à produção de lenha. A entomofauna que ocorre associada aos plantios de Eucalyptus spp. no Brasil é muito rica e diversificada (ZANUNCIO et al., 2005). Dentre as diferentes ordens de insetos coletadas neste ambiente, os coleópteros ocupam um lugar de destaque, sendo considerado o terceiro grupo de insetos mais importantes para a silvicultura brasileira, principalmente as espécies das famílias Buprestidae, Cerambycidae, Chrysomelidae, Curculionidae, Platypodidae, Scolytidae e Scarabaeidae (PEDROSA MACEDO, 1993; ZANUNCIO et al., 1993; BERTI FILHO, 1979; 1981). Dentre estas famílias, destaca-se Scolytidae, que compreende várias espécies que atacam madeiras recém cortadas e estocadas a beira dos talhões e nos pátios de armazenagem aguardando seu beneficiamento e causando danos consideráveis, devido ao hábito de escavar galerias para cultivar seu fungo simbionte, o que causa o manchamento da madeira, contribuindo para o depreciamento de seu valor comercial (DORVAL, 2002). Rocha (1993) estudando qualidade de sítio em plantios de E. grandis, observou que dentre as 43 espécies de escolitídeos coletados, P. cavipennis foi quantitativamente a mais representativa, com 97,96% do total de espécimens coletados no período. Dorval et. al. (2004) registraram pela primeira vez, no município de Cuiabá/MT, os ataques de Hypothenemus eruditus, X. affinis, X. ferrugineus e de Chryptocarenus heveae em madeiras com casca estocadas por um período de 30 a 180 dias de Eucalyptus camaldulensis, Eucalyptus citriodora, Eucalyptus urophylla e de Eucalyptus pellita e concluíram que as madeiras de E. camaldulensis, indepedente do período de estocagem, é a mais DORVAL, A.; PERES FILHO, O.; ROCHA, J.R.M. Diversidade e flutuação populacional... 113

resistente e menos preferida. Zanuncio et al. (2005) constataram em madeiras do híbrido Eucalytpus urophylla x Eucalyptus grandis a ocorrência de Premnobius cavipennis, Premnobius ambitiosus e Dryocoetoides cristatus (Scolytidae) causando danos pela abertura de galerias e manchamento da madeira devido à atividade do fungo simbionte. Devido à escasses de informações, este trabalho tem por objetivo contribuir para o conhecimento das espécies de Scolytidae que ocorrem associados aos plantios de urograndis e urocam, no município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado de Abril de 2008 a Março de 2009 na fazenda Mutuca, localizada no município de Cuiabá-MT. Sua posição geográfica é de latitude Sul 15 18 29 e 55 58 31 de longitude Oeste, em uma altitude de 800 metros, sendo o clima do tipo Aw Köppen. A temperatura média anual de 26 C e a precipitação pluviométrica média anual de 1400mm. O solo da região é do tipo areia quartzosa álica, pouco resistentes ao intemperismo e de baixa fertilidade. A composição da vegetação natural da região é do tipo cerrado ralo, campos, matas ripárias e cerradões (CONCEIÇÃO, 1997). O experimento foi instalado em dois talhões de eucaliptos, sendo amostrado um talhão de 3,83ha do híbrido urograndis (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) e um talhão com 23,4 ha do híbrido urocam (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) tendo ambos 3,5 anos de idade. Neste levantamento foram utilizadas seis armadilhas etanólicas por ambiente, modelo escolitídeo/curitiba modificada, dispostas em duas linhas contendo três armadilhas por linha e a uma distância de 30m entre armadilhas e linhas e a 50 metros das margens externas dos talhões, para evitar o efeito de borda. As armadilhas foram instaladas a 1,5m da superfície do solo em relação à borda do funil coletor. Após cada coleta, as armadilhas foram abastecidas com etanol combustível 93% como atrativo e com etanol 70% no frasco coletor. As coletas ocorreram quinzenalmente e os espécimens coletados foram acondicionados em recipientes apropriados, identificados com o número da armadilha e data de coleta. Posteriormente, foram transportados para o Laboratório de Proteção Florestal da Universidade 114 Multitemas, Campo Grande-MS, n.39, p.111-123, jul. 2011.

Federal de Mato Grosso, onde os exemplares foram triados, secos em estufa a 60ºC por 72 horas, codificados e armazenados. Os espécimens coletados foram identificados taxonomicamente por comparação com o material entomológico depositado na coleção do Laboratório de Proteção Florestal, da Faculdade de Engenharia Florestal, da Universidade Federal de Mato Grosso. Também foram enviados exemplares de Scolytidae para o Prof. Dr. Eli Nunes Marques (UFPR) para identificação das espécies. A análise qualitativa e quantitativa foi feita mediante contagem direta dos indivíduos e nos estudos de flutuação populacional considerou-se somente as espécies com frequências de ocorrências superiores a 10% dentro de cada ambiente analisado. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado e os valores originais das coletas foram transformados pela equação log (x+1). RESULTADOS E DISCUSSÃO ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA Nos ambientes estudados foram coletados 14 gêneros e 30 espécies, sendo em urograndis coletada uma maior quantidade de espécies e no talhão de urocam uma maior quantidade de indivíduos (Tabela 1). Dorval et al. (2004) coletaram em talhões de E. urophylla e E. camaldulensis, no município de Cuiabá/MT, 33 espécies e 6.537 indivíduos e 19 espécies e 3.575 indivíduos, respectivamente da família Scolytidae. Tabela 1 Quantidade de gênero, espécie e número de indivíduos coletados com armadilhas etanólicas em talhões de urograndis (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) e de urocam (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis), município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. Abril/2008 a Março/2009. Ambientes Gênero Espécie Indivíduos urograndis 8 23 810 urocam 6 17 983 Total 14 30 1.793 DORVAL, A.; PERES FILHO, O.; ROCHA, J.R.M. Diversidade e flutuação populacional... 115

A tribo Chryphalini, cujas espécies caracterizam-se pelo hábito alimentar voltado para mielofagia, ocorreu com dois gêneros, sete espécies e 190 indivíduos coletados em urograndis e com sete espécies e 315 indivíduos no talhão de urocam, enquanto Xyleborini, ocorreu com 11 espécies e 609 indivíduos coletados em urograndis e com oito espécies e 840 indivíduos coletados em talhão de urocam (Tabela 2). Cryptocarenus ocorreu com quatro espécies e 96 indivíduos e Hypothenemus com três espécies e 94 indivíduos coletados. As espécies destes gêneros apresentam hábitos alimentares diversificados, podendo encontrar espécies fleófagas, xilomicetófagas e mielófagas (WOOD, 1982). Flechtmann e Otati (1996) coletaram em vegetação de cerrado uma maior quantidade de espécies da tribo Chryphalini, cujo hábito alimentar é broquear a medula de galhos e ramos de diferentes espécies florestais. Comprovando a diversidade de hábitos alimentares das espécies deste gênero, Dall Oglio e Peres Filho (1997) observaram no município de Itiquira/MT, o ataque de H. eruditus e de H. obscurus em sementes de H. brasiliensis, enquanto Dorval et al. (2004) coletaram em talhões de quatro espécies de Eucalyptus, 11.211 (58,53%) indivíduos de Cryptocarenus, 4.474 de Hypothenemus e 3.114 (16,26%) de Xyleborus e concluíram que a maior quantidade de indivíduos das espécies de Cryptocarenus deu-se em função do longo período de estiagem na região, quando ocorre um aumento na quantidade de galhos e ramos dentro das áreas reflorestadas, que se contituem em hospedeiros para manutenção e proliferação de espécies mielófagas adaptadas em colonizar ramos e pequenos galhos. As espécies de Xyleborini são conhecidas como besouro de ambrosia, devido à simbiose com fungo que cultivam dentro das galerias no hospedeiro colonizado, sendo consideradas pragas secundárias na região neotropical, porém, podem causar danos consideráveis em madeiras recém cortadas ou armazenadas em pátio de serrarias. Nos talhões de urograndis e de urocam, as espécies do gênero Xyleborus foram responsáveis por 50,86% e 64,09%, respectivamente, dos indivíduos coletados (Tabela 1). A ocorrência de espécies xilomicetófagas, da tribo Xileborini em plantios de Hevea brasiliensis, no município de Itiquira/MT, foi observada por Dall Oglio e Peres Filho (1997). As espécies de Xyleborus apresentam uma maior especificidade na seleção 116 Multitemas, Campo Grande-MS, n.39, p.111-123, jul. 2011.

dos hospedeiros e sua colonização depende do estado fisiológico das árvores, idade, espécie florestal, diâmetro de troncos e galhos, tipo e espessura de casca podem afetar drasticamente a densidade populacional de diferentes espécies deste gênero de Scolytidae. Tabela 2 - Gêneros, quantidade de espécies (E) e de indivíduos (I) coletados com armadilhas etanólicas em talhões de urograndis (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) e de urocam (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis), município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. Abril/2008 a Março/2009. Ambientes Gênero urograndis urocam E % I % E % I % Coccotrypes 2 9,09 6 0,74 2 11,76 28 2,85 Corthylus 1 4,55 1 0,12 - - Cryptocarenus 4 18,18 96 11,85 4 23,53 115 11,70 Hypothenemus 3 13,64 94 11,60 3 17,65 200 20,35 Premnobius 1 4,55 180 22,22 1 5,88 7 0,71 Sampsonius 1 4,55 17 2,10 1 5,88 3 0,31 Xyleborus 9 40,91 412 50,86 6 35,29 630 64,09 Tricolus 1 4,55 4 0,49 - - Total 22 100 810 100 17 100 983 100 As espécies Corthylus convexicauda, Xyleborus hagedorni, Xyleborus neivai, Xyleborus squamulatus e Tricolus sp.ocorreram somente no talhão de urograndis (Tabela 3). Xyleborus ferrugineus e Xyleborus affinis foram as espécies com as maiores quantidades de indivíduos coletados em ambos os ambientes amostrados, enquanto as espécies P. cavipennis e Hypothenemus eruditus apresentaram as maiores frequências de indivíduos coletados em urograndis e urocam, respectivamente (Tabela 3) Dorval et. al. (2004) observaram no município de Cuiabá/MT, as ocorrências de C. diadematus, C. heveae, C. seriatus, H. eruditus, H. obscurus, S. dampfi, X. ferrugineus, X. retusus DORVAL, A.; PERES FILHO, O.; ROCHA, J.R.M. Diversidade e flutuação populacional... 117

e X spinosulus com elevada densidades populacionais em E. urophylla sendo C. diadematus, C. heveae, C. seriatus, H. eruditus, H. obscurus e X spinosulus as espécies mais importantes em quantidade de indivíduos coletados. Tabela 3 - Espécies e quantidade de indivíduos coletados com armadilhas etanólicas em talhões de urograndis (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) e de urocam (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis), município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. Abril/2008 a Março/2009. Ambientes Espécies urograndis urocam Indivíduos % Indivíduos % Coccotrypes palmarum 3 0,37 27 2,75 Coccotrypes sp. 3 0,37 1 0,10 Corthylus convexicauda 1 0,12 - - Cryptocarenus diadematus 38 4,69 27 2,75 Cryptocarenus heveae 26 3,21 39 3,97 Cryptocarenus seriatus 24 2,96 45 4,58 Cryptocarenus sp. 8 0,99 4 0,41 Hypothenemus bolivianus 3 0,37 8 0,81 Hypothenemus eruditus 50 6,17 123 12,51 Hypothenemus obscurus 41 5,06 69 7,02 Premnobius cavipennis 180 22,22 7 0,71 Sampsonius dampfi 17 2,10 3 0,31 Xyleborus affinis 194 23,95 184 18,72 Xyleborus compactus 2 0,25 2 0,20 Xyleborus ferrugineus 99 12,22 313 31,84 Xyleborus hagedorni 1 0,12 - - Xyleborus neivai 1 0,12 - - Xyleborus retusus 38 4,69 45 4,58 Xyleborus spinosulus 5 0,62 8 0,81 Xyleborus spinulosus 70 8,64 78 7,93 Xyleborus squamulatus 2 0,25 - - Tricolus sp. 4 0,49 - - Total 810 100 983 100 Corroborando estas informações Müller e Andreiv (2004) observaram em plantios de E. grandis, no município de Ilhota/SC, a ocorrência de 21 espécies de Scolytidae, sendo X. affinis, H. eruditus e X. gracillis as mais coletadas e constantes. A ocorrência de P. cavipennis com densidades populacionais expressiva em áreas reflorestadas com Eucalyptus spp. tem tornado-se bastante comum, pois a espécie é considerada uma importante praga florestal. Os resultados obtidos 118 Multitemas, Campo Grande-MS, n.39, p.111-123, jul. 2011.

por Santos et al. (2003) em plantio de E. urophylla, no município de Niquelândia-GO, confirmam a importância desta espécie, pois P. cavipennis foi responsável por 50,29% dos indivíduos coletados. Peres Filho et al. (2006) coletaram em pátio de serraria, no município de Sinop- MT, uma grande quantidade de indivíduos de X. affinis, H. eruditus e Xyleborus sp., espécies consideradas bastante destrutivas à madeira de diferentes espécies florestais. ESTUDO DA FLUTUAÇÃO POPULACIONAL No talhão de urograndis todas as espécies estudadas ocorreram com picos populacionais nos meses de seca na região, que compreende o período de maio a outubro. A espécie P. cavipennis ocorreu com aumento nas quantidades de indivíduos em abril e junho e com picos populacionais em julho e setembro (Figura 1). Peres Filho et. al. (2007) obtiveram resultados semelhantes para P. cavipennis, em plantio de E. camaldulensis, no município de Campo Verde/MT, onde esta espécies ocorreu com picos populacionais em maio e julho, considerados meses de seca nesta região. Os picos populacionais de P. cavipenni em julho em plantios de E. camaldulensis, no município de Rondonópolis/MT, observados por Peres Filho et al. (2005), reforçam a possibilidade da ocorrência de surtos populacionais desta espécie em talhões de eucaliptos em diferentes locais no estado de Mato Grosso, pois nestes meses, geralmente ocorre um déficit hídrico, devido ao longo período de estiagem, causando estresse e debilitando as defesas físicas e químicas das árvores, tornan do-as susceptíveis à colonização desta espécie de coleobroca. Além disso, neste período, pode ocorrer uma maior quantidade de árvores mortas, independente de sua idade, e este material lenhoso, se não for removido, pode servir de hospedeiro para a colonização e manutenção de populações de diferentes espécies de coleobrocas no local. As espécies X. affinis e X. ferrugineus ocorreram com um picos populacionais em setembro, mês de seca na região (Figura 1). Dall Oglio e Peres Filho (1997) observaram em plantios de Hevea brasiliensis, no município de Itiquira/MT, picos populacionais de X. ferrugineus nos meses de maio e setembro, enquanto Dorval (2002) observou em talhão DORVAL, A.; PERES FILHO, O.; ROCHA, J.R.M. Diversidade e flutuação populacional... 119

de E. pellita, no município de Cuiabá/MT, picos populacionais desta espécie em julho e novembro. Número de Indivíduos 60 50 40 30 20 10 0 P. cavipennis X. affinis X. ferrugineus A M J J A S O N D J F M Meses Figura 1 - Flutuação populacional de Scolytidae talhão de urograndis (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) no município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. Abril/2008 a Março/2009. No talhão de urocam observou-se um pico populacional de H. eruditus no mês de agosto (Figura 2). Resultado semelhante foi obtido por Dias (1996) que constatou no município de Guairá, no Paraguai, picos populacionais desta espécie em talhões de E. citriodora com dois anos de idade nos meses de março e agosto, e em talhão com 30 anos de idade no mês de outubro, mostrando que plantios de idades diferentes podem produzir comportamentos diferentes nas populações de uma mesma espécie de coleóptero. A espécie X. affinis ocorreu com picos populacionais em agosto e fevereiro (Figura 2). Estes resultados diferem dos obtidos por Dall Oglio e Peres Filho (1997) em plantios de H. brasiliensis, no município de Itiquira/MT, onde essa espécie, quantitativamente, de janeiro a maio foi mais representativa e por Peres Filho et. al. (2007) em plantios de E. camaldulensis, no município de Campo Verde/MT, onde X. affinis 120 Multitemas, Campo Grande-MS, n.39, p.111-123, jul. 2011.

ocorreu com maiores quantidades de indivíduos coletados em agosto, novembro, fevereiro, abril e baixas densidades populacionais nos demais meses. No talhão de urocam, X. ferrugineus ocorreu com pico populacional em janeiro e nos demais meses com baixas densidade populacionais (Figura 2). Diaz (1996) observou em talhões de E. citriodora, no município de Guairá, no Paraguai, picos populacionais de X. ferrugineus em janeiro e março, meses de chuva e um pico em maio, considerado início do período de seca na região. 140 120 H. eruditus X. affinis X. ferrugineus 100 Número de Indivíduos 80 60 40 20 0 A M J J A S O N D J F M Meses Figura 2 Flutuação populacional de Scolytidae talhão de urocam (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) no município de Cuiabá, estado de Mato Grosso. Abril/2008 a Março/2009. CONCLUSÕES Nas condições em que foi desenvolvido este trabalho pode-se concluir: O talhão de urograndis foi o mais diversificado em espécies e o de urocam mais representativo em quantidade de indivíduos coletados; DORVAL, A.; PERES FILHO, O.; ROCHA, J.R.M. Diversidade e flutuação populacional... 121

As espécies Hypothenemus eruditus, Premnobius cavipennis, Xyleborus affinis e Xyleborus ferrugineus foram as mais importantes nos dois ambientes amostrados; Ambos ambientes ofereceram condições semelhantes para a ocorrência de populações com distribuições homogêneas de espécies de Scolytidae; Nos meses de seca ocorreu uma maior quantidade de picos populacionais de espécies de Scolytidae em ambos os talhões amostrados. REFERÊNCIAS BERTI FILHO, E. Coleópteros de importância florestal: 1- Scolytidae. IPEF, Piracicaba, v. 19, p. 39-43, 1979.. Insetos associados às plantações do gênero Eucalyptus nos estados da Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. 1981. 176p. Tese (Livre Docência) - ESALQ/USP, Piracicaba, 1981. CONCEIÇÃO, P. N. (Coord.). Manejo de bacia hidrogáfica do rio Coxipó-Açú para concervação de seus recursos hídricos. Brasília: ABEAS/ MMA/ SRH/ UFMT, 1997. 127p. DALL OGLIO, O. T.; PERES FILHO. O. Levantamento e flutuação de populacional de coleobrocas em plantios homogêneos de seringueira em Itiquira-MT. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 51, n. 2, p. 49-58, 1997. DIAZ, E. A. B. Análise faunística de Scolytidae, Platypodidae e Bostrichidae (Coleoptera) em comunidades florestais no Departamento de Guairá, Paraguai. 1996. 53p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - UFPR, Curitiba. DORVAL, A. Levantamento populacional de coleópteros com armadilhas etanólicas em plantios de eucaliptos e em uma área com vegetação de cerrado no município de Cuiabá, Estado de Mato Grosso. 2002. 143p. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2002. DORVAL, A.; PERES FILHO, O.; MARQUES E. N. Levantamento de Scolytidae (Coleóptera) em plantações de Eucalyptus spp. em Cuiabá, estado de Mato Grosso. Ciência Florestal. Santa Maria, v. 14, n. 1, p. 47-58, 2004. FLECHTMANN, C. A. H.; OTTATI, A. L. T. Scolytidae em área de mata nativa em Selvíria, MS, Brasil. An. Soc. Entomol. Brasil, Londrina, v. 25, n. 2, p. 365-68, 1996. 122 Multitemas, Campo Grande-MS, n.39, p.111-123, jul. 2011.

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