RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 82/2007 Dispõe sobre o afastamento de magistrados para participar de cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos.



Documentos relacionados
RESOLUÇÃO Nº 248/2009

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N , DE 23 DE AGOSTO DE 2011

RESOLUÇÃO Nº 114, DE 17 DE ABRIL DE 2013

RESOLUÇÃO Nº 3.736, DE 15 DE SETEMBRO DE 2011

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR

RESOLUÇÃO N 26/95 - CUn

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Superior Tribunal de Justiça

Ao Colendo Plenário. A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Canoas apresenta o seguinte projeto de resolução:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Fundação Instituída nos termos da Lei de 21/10/1966 São Luís Maranhão

DOE Seção I quinta-feira, 19 de março de 2015, páginas 29/30.

RESOLUÇÃO Nº 31/2012

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS CONSELHO SUPERIOR

APROVAR as normas para concessão de afastamento para pós-graduação aos servidores do IF-SC. CAPÍTULO I DOS TIPOS DE PÓS-GRADUAÇÃO

RESOLUÇÃO CA Nº 0086/2009. CONSIDERANDO a implantação do Plano de Capacitação dos Agentes Universitários;

CONGREGAÇÃO DO ICET RESOLUÇÃO Nº05 DE 10 DE SETEMBRO DE 2014.

ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Regulamento dos Cursos da Diretoria de Educação Continuada

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS - UNEAL

REGULAMENTO PROGRAMA DE MONITORIA

RESOLUÇÃO Nº 263. Pôr em vigência, a partir da presente data, o REGIMENTO. DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU, que

Norma para capacitação de docentes para aperfeiçoamento, especialização, mestrado, doutorado ou pósdoutorado

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO TRIBUNAL PLENO

REGULAMENTO PARA ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CURSO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA

Decreto Nº de 21/09/2009

RESOLUÇÃO N o 38 de 30/12/ CAS

REGULAMENTO DA MONOGRAFIA. Capítulo I Da Origem e Finalidade

EDITAL Nº 292/IFC/REITORIA/2015

FACULDADE DE CAMPINA GRANDE DO SUL Credenciada pela Portaria MEC nº 381/2001, de 05/03/2001 D.O.U. 06/03/2001

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

Faculdade de Lucas do Rio Verde Credenciada pela Portaria Ministerial nº de 07/12/01 D.O.U. de 10/12/01.

Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Criada pela Lei No de 24 de abril de 2002 Pró-Reitoria de Administração

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 50, DE 24 DE MAIO DE 2007

RESOLUÇÃO nº 177, de 11 de setembro de R E S O L V E:

FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

RESOLUÇÃO SMF Nº 2712 DE 13 DE MARÇO DE 2012.

Prefeitura Municipal de Porto Alegre

POLÍTICA INSTITUCIONAL DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DA UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS

RESOLUÇÃO - CEPEC Nº 1286

RESOLUÇÃO Nº 07/11 CONSUNI

Dispõe sobre Certificação do Atuário Responsável Técnico e do Atuário Independente e sobre Eventos de Educação Continuada.

Regulamento da Pós-Graduação Lato Sensu

Colegiado do Curso de Graduação em Administração

REGULAMENTO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Regulamento para as Atividades Acadêmicas Científico- Culturais para os Cursos de Licenciatura e Bacharelado* CAPITULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

DOS CURSOS E SEUS OBJETIVOS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

O Presidente da Câmara Superior de Pós-Graduação da Universidade Federal de Campina Grande, no uso de suas atribuições,

Minuta do Regimento Geral de Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Federal de São Carlos

RESOLUÇÃO FADISA Nº. 005/2006 CONSELHO SUPERIOR DA FACULDADE DE DIREITO SANTO AGOSTINHO FADISA

O CONSELHO UNIVERSITÁRIO - CONSU DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, RESOLVE:

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E

ATUALIZAÇÃO - REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES OBRIGATÓRIAS CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

Ementa : Estabelece normas para o funcionamento de cursos de Pós-Graduação lato sensu na Universidade de Pernambuco

TURMAS ESPECIAIS (DEPENDÊNCIAS/ADAPTAÇÕES)

MINISTÉRIO DA DEFESA GABINETE DO MINISTRO PORTARIA NORMATIVA Nº 1.247/MD, DE 2 DE SETEMBRO DE 2008

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02/2010/CPG

RESOLUÇÃO Nº 01/2014-PPGG/M.C.Rondon CAPÍTULO I DA COMISSÃO DE BOLSAS. Art. 1º A Comissão de Bolsas é composta pelo:

2º O envio de alunos da Universidade do Estado do

REGULAMENTO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA PARA AS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

ATO NORMATIVO Nº 021/2014

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES PARA OS CURSOS DE LICENCIATURAS DA FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - FFP

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC OU ATIVIDADE EQUIVALENTE DO CURSO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO NA ÁREA DA ADMINISTRAÇÃO

EDITAL Nº 01/2009-DPPG

PODER JUDICIÁRIO. PORTARIA Nº CF-POR-2012/00116 de 11 de maio de 2012

RESOLUÇÃO Nº 396, DE 02 DE OUTUBRO DE 2014.

FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA

PORTARIA Nº 431, DE 08 DE ABRIL DE 2013.

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

PORTARIA TRT 18ª GP/DG/SCJ Nº 001/2013 O DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA DÉCIMA OITAVA REGIÃO, no uso de suas

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA COE COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIOS

DECRETO Nº , DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de

Regulamento do Núcleo de Atividades Complementares NAC (Resolução CNE/CES nº 9/2004)

RESOLUÇÃO Nº 40/2012, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2012

PODER JUDICIÁRIO ESTADO DE PERNAMBUCO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete da Presidência INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 21, DE 24 DE SETEMBRO DE 2010

Considerando que as Faculdades Integradas Sévigné estão em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e;

RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 74/2007 Aprova o Estatuto da Escola de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura da 18ª Região da Justiça do Trabalho

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RESOLUÇÃO N 11/CUn/97, de 29 de julho de 1997.

PROVIMENTO Nº 29/2007

RESOLUÇÃO Nº 439, DE 21 DE SETEMBRO DE 2010

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUIVOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA REGULAMENTO DE MONITORIA DO CURSO DE PEDAGOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N. 6/2013/CM

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO REGIMENTO INTERNO

MINUTA DE RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO Nº./2014/CONSELHO UNIVERSITÁRIO

RESOLUÇÃO PRÓ-REITORIA EPE Nº 04 DE 09 DE OUTUBRO DE 2014

RESOLUÇÃO Nº CONSU 13 DE JUNHO DE 2007

RESOLUÇÃO CONCEA NORMATIVA Nº 21, DE 20 DE MARÇO DE 2015

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL GOIANO ASSESSORIA INTERNACIONAL

Transcrição:

RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 82/2007 Dispõe sobre o afastamento de magistrados para participar de cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos. CERTIFICO E DOU FÉ que o Pleno do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, sob a Presidência do Excelentíssimo Desembargador ELVECIO MOURA DOS SANTOS, Presidente do Tribunal, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores GENTIL PIO DE OLIVEIRA (Vice-Presidente), IALBA-LUZA GUIMARÃES DE MELLO, SAULO EMÍDIO DOS SANTOS, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUERQUE e MÁRIO SÉRGIO BOTTAZZO, presente também o Excelentíssimo Procurador do Trabalho Dr. ALPINIANO DO PRADO LOPES, tendo em vista o que consta do Processo Administrativo 00752/2007 - MA 22/2007 e, Considerando a necessidade de regulamentar o afastamento de magistrados para participar de cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos, previsto no art. 73, inciso I, da Lei Complementar nº 35, de 14 de março de 1979 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional - LOMAN); Considerando o teor da decisão proferida pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho no processo CSJT-332/2006-000-00-90.7, RESOLVEU: Art. 1º O afastamento de magistrado vitalício, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens, para participar de cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos jurídicos, tal como previsto no art. 73, inciso I, da Lei Complementar nº 35/79, reger-se-á pelas disposições desta Resolução Administrativa. 1º Para fazer jus ao afastamento de que trata o caput deste artigo, o magistrado deverá contar tempo de efetivo exercício na 18ª Região da Justiça do Trabalho não inferior a cinco anos. 2º No caso de eventos que não acarretem afastamento superior a dez dias, realizados no território nacional, com a indicação pelo Tribunal, o magistrado poderá ter custeado o valor da inscrição ou do curso ou seminário, bem como receber passagens e diárias, nos termos desta Resolução, desde que haja disponibilidade orçamentária. Art. 2º O afastamento para participar de cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos jurídicos será requerido por escrito, em petição dirigida à Presidência do Tribunal, contendo, no mínimo, as seguintes informações: I - nome da instituição, cidade e país em que será realizado o curso ou seminário; II - nome completo do curso ou seminário, tempo de duração e período de sua realização, especificando a data de início, carga horária semanal e carga horária total; III - temário do seminário ou relação completa das disciplinas que serão ministradas no curso, com resumo do objetivo a ser alcançado, bem como a relação dos seus respectivos professores ou palestrantes; IV - eventual período de férias ou recesso do curso.

1º O magistrado instruirá seu requerimento com todos os documentos necessários à compreensão do pedido, sob pena de indeferimento. 2º O pedido para participar de cursos ou seminários de curta duração, assim considerados aqueles realizados em até dez dias, deverá ser formulado com antecedência de trinta dias de seu início. 3º O requerimento para participar de curso com duração superior a dez dias deverá ser feito com antecedência de noventa dias de seu início. 4º Excepcionalmente, observados os critérios de conveniência e oportunidade, poderá a Administração deferir requerimento de participação apresentado em prazo inferior aos previstos nos 2º e 3º deste artigo. 5º No caso de seminário ou congresso, o requerente deverá informar a condição em que se dará a sua participação (expositor, debatedor ou congressista). 6º O magistrado firmará termo de responsabilidade, no qual se comprometerá a elaborar relatório sucinto, em caso de seminário, ou relatório semestral detalhado, acompanhado de declaração de freqüência, em caso de curso. Art. 3º O magistrado apresentará, ao final do seminário ou curso, cópia do certificado de participação ou diploma de conclusão. Parágrafo único. Tratando-se de curso, deverá ser apresentado um original da monografia, dissertação ou tese, conforme o caso; após apreciado pelo Tribunal Pleno, o trabalho ficará arquivado na Biblioteca, para consulta dos interessados, podendo ser publicado na Revista do Tribunal. Art. 4º Durante o período de afastamento, será exigido do magistrado dedicação integral e exclusiva ao curso para o qual foi liberado, não lhe sendo permitido exercer nenhuma atividade desvinculada do respectivo programa de aperfeiçoamento ou pós-graduação. Art. 5º Recebido o pedido de afastamento, o Presidente determinará, por despacho, a sua remessa ao Setor de Magistrados, para autuação, acompanhamento e controle. Art. 6º Compete ao Setor de Magistrados: I - manter atualizado e disponível o cadastro de magistrados afastados; II - registrar os pedidos de afastamento; III - certificar nos autos o número de magistrados afastados até aquela data; IV - certificar nos autos acerca do cumprimento dos requisitos elencados no art. 2º e seus parágrafos desta Resolução Administrativa; V - certificar nos autos o histórico funcional do magistrado, tempo de efetivo serviço prestado na 18ª Região da Justiça do Trabalho, sua produtividade e se ele está em dia com a entrega da prestação jurisdicional, tendo como base relatórios expedidos pela Secretaria da Corregedoria Regional;

VI - informar, fundamentadamente, se o afastamento poderá ou não acarretar prejuízos à normalidade da prestação jurisdicional; VII - informar se o requerente já foi beneficiado com afastamento para participar de cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos jurídicos e, em caso afirmativo, o período; VIII - acrescentar outras informações que entender necessárias à concessão do afastamento; IX - fazer o acompanhamento e o controle das exigências constantes do art. 2º, 6º, e do art. 3º e seu parágrafo único desta Resolução. Parágrafo único. Cumpridas as suas atribuições, o Setor de Magistrados encaminhará o processo à Escola de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura da 18ª Região da Justiça do Trabalho - EMAT-18. Art. 7º Cabe à EMAT-18: I - manifestar-se sobre o conteúdo programático do curso objeto do afastamento pleiteado, dizendo se há pertinência com as áreas de interesse do Tribunal; II - manifestar-se sobre o estabelecimento de ensino que irá ministrar o curso pleiteado, principalmente se se trata de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação. No caso de curso feito no exterior, deverá manifestar-se, ainda, sobre a validação do diploma estrangeiro; III - receber e controlar os relatórios semestrais, bem como a freqüência relativa ao curso; IV - receber e controlar a cópia do certificado ou diploma, bem como o original da monografia, dissertação ou tese, conforme o caso, para as providências previstas no parágrafo único do art. 3º desta Resolução. Parágrafo único. Após as manifestações descritas nos incisos I e II deste artigo, a EMAT-18 encaminhará o processo à Secretaria da Corregedoria Regional. Art. 8º A Secretaria da Corregedoria Regional certificará nos autos o seguinte: I - existência, ou não, de sentenças pendentes, inclusive de embargos de declaração; II - aprazamento da pauta (unas, iniciais, instruções e julgamentos); III - eventuais procedimentos disciplinares em relação ao magistrado requerente (reclamações correicionais, pedidos de providências e outros). 1º A Secretaria da Corregedoria Regional anexará aos autos cópia dos relatórios de produção mensal do magistrado requerente relativos aos últimos doze meses. 2º Após a manifestação da Secretaria da Corregedoria Regional, o processo será encaminhado à Presidência, para decisão ou inclusão em pauta, conforme o caso. 3º Cabe ao Presidente apreciar os pedidos de participação em seminários de curta duração que não acarretem afastamento, ou

cuja duração não seja por prazo superior a dez dias, caso em que poderá ser dispensada a manifestação da EMAT-18. 4º Compete ao Tribunal Pleno deliberar sobre os demais casos de afastamento. Art. 9º O número máximo de magistrados afastados para participar de cursos de longa duração não poderá ser superior a 2% (dois por cento) do total de magistrados em efetivo exercício de suas funções, compreendidas a primeira e a segunda instâncias. 1º No cálculo do percentual de que trata o caput deste artigo, o resultado será arredondado para mais, em caso de fração superior a 0,5% (cinco décimos por cento). 2º Se o número de vagas for inferior à quantidade de pedidos de afastamento, terá preferência o magistrado que atender sucessiva e preferencialmente aos seguintes requisitos: a) nunca ter gozado licença da mesma natureza; b) maior tempo de efetivo exercício na 18ª Região da Justiça do Trabalho; c) maior antigüidade na carreira; d) maior idade. 3º Os pedidos que implicarem em mais de 2% (dois por cento) de afastamento serão tidos como prejudicados. Art. 10. Não será concedido afastamento para a participação em cursos e seminários estranhos às áreas de interesse do Tribunal, assim entendidas aquelas inerentes ao cumprimento da sua missão institucional, relacionadas à entrega da prestação jurisdicional. Art. 11. O Tribunal apreciará o pedido de afastamento levando em consideração os seguintes aspectos: I - observância do disposto nos arts. 8º e 9º e seus respectivos parágrafos, desta Resolução Administrativa, em relação ao requerente; II - pertinência do seminário ou curso pretendido com a área de interesse do Tribunal, observado o disposto no art. 10 desta Resolução; III - oportunidade e conveniência da Administração, principalmente quanto à verificação de existência de magistrados em efetivo exercício em quantidade suficiente para o regular desempenho da atividade jurisdicional; IV - situação do requerente quanto à regularidade na entrega da prestação jurisdicional, conforme demonstrar relatório específico, elaborado pela Secretaria da Corregedoria Regional. Parágrafo único. Não será examinado pedido de afastamento formulado por magistrado que esteja respondendo a processo disciplinar ou tenha sofrido sanção disciplinar nos últimos doze meses. Art. 12. O preenchimento dos requisitos desta Resolução não gera direito ao afastamento, ficando o deferimento do pedido condicionado à conveniência administrativa, a juízo da autoridade ou órgão competente para a decisão.

Art. 13. Em cada semestre de afastamento concedido a magistrado para participar de curso, independentemente da existência ou da duração das férias escolares, consideram-se incluídas as férias previstas no art. 66 da LC nº 35/79 (LOMAN), cabendo ao Tribunal tomar as providências quanto aos respectivos efeitos financeiros, mediante requerimento do interessado. Art. 14. Em nenhuma hipótese será concedido afastamento com duração superior a dois anos, ainda que o pedido de renovação do afastamento tenha como fundamento a necessidade de término do curso. 1º Poderá ser prorrogado o período de afastamento mediante requerimento fundamentado do magistrado interessado, no qual sejam demonstrados e provados os motivos relevantes que justifiquem o pleito e desde que a soma dos períodos não exceda a dois anos. 2º Poderá ser concedido afastamento, de até noventa dias, nos termos desta Resolução, mediante deliberação do Tribunal Pleno, para elaboração e defesa de dissertação ou tese, a magistrado que tenha feito curso sem se afastar da atividade jurisdicional. Art. 15. Não será concedido afastamento para participação em curso ou seminário cujo conteúdo programático for ministrado somente nos finais de semana. Art. 16. O magistrado que tiver deferido o seu pedido para participar de curso ou seminário, poderá afastar-se de suas atividades com a seguinte antecedência do início das aulas: a) cinco dias, no caso de curso a ser realizado no exterior; b) dois dias, no caso de curso realizado no território nacional com duração igual ou superior a noventa dias. Art. 17. O magistrado deverá apresentar-se ao Tribunal no prazo de cinco dias do término de curso realizado no exterior, e de 24 horas, quando realizado em território nacional. Art. 18. O eventual comparecimento do magistrado para julgar processos a ele vinculados ou para participar de sessões do Tribunal, durante o período de afastamento, não lhe dará direito a nenhuma compensação, nem influirá no cômputo do prazo concedido para a participação em curso ou seminário. Art. 19. A critério do Tribunal, o afastamento do magistrado poderá ser autorizado, sem prejuízo dos vencimentos e vantagens, somente nos dias de efetivo comparecimento ao curso ou seminário. Art. 20. O afastamento do magistrado, para os fins previstos nesta Resolução, implicará o compromisso de permanecer no exercício da atividade judicante junto ao Tribunal concedente, após a conclusão do curso ou seminário, por um período igual, no mínimo, ao do afastamento, independentemente da assinatura de qualquer termo. Parágrafo único. Ao magistrado beneficiado pelo afastamento não será deferido pedido de exoneração antes de decorrido o período de vinculação compromissada a que se refere o caput deste artigo, salvo se for ressarcido ao Tribunal o valor dos

vencimentos e vantagens do cargo pagos durante o afastamento. Art. 21. O afastamento concedido pode ser revogado, a qualquer tempo, tendo em vista a conveniência da Administração ou por motivo de força maior, reconhecidos pelo Tribunal. Art. 22. Os casos omissos ou especiais serão objeto de deliberação do Tribunal Pleno. Art. 23. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Sala de Sessões, aos 11 dias do mês de dezembro de 2007. ORIGINAL ASSINADO Goiamy Póvoa Secretário do Tribunal Pleno