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Transcrição:

Trema O trema foi suprimido, exceto nas palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Exemplos: hübneriano (de Hübner), mülleriano (de Müller), etc

Hífen COMPOSIÇÃO Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido : ano-luz, arco-íris, decreto-lei, médicocirurgião, tenente-coronel, tio-avô, amor-perfeito, guarda-noturno etc.

Casos Curiosos (substantivos): fora da lei, pé de moleque, disse me disse, mão de obra, bumba meu boi, deus nos acuda, águade-colônia, etc.

Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc. VOLP para-lama; para-brisa; para-raios; parachoque; paraquedas. OBS.: Com exceção de paraquedas, percebe-se que as palavras elencadas acima somente sofreram mudanças no que diz respeito ao acento diferencial do pára, o primeiro termo das composições.

Usa-se o hífen em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento. Exemplos: abóbora-menina, couve-flor, ervadoce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-mequer (também conhecida como margarida ou malmequer); andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobrad agua, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (pássaro).

Os topônimos compostos são escritos com os elementos separados, sem hífen. Exemplos: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc. Exceção: Guiné-Bissau, forma consagrada pelo uso.

A grafia dos gentílicos (ou adjetivos pátrios) continua inalterada: matogrossense, cruz-altense, sul-riograndense; norte-americano, norteafricano, sul-americano, norte-coreano.

DERIVAÇÃO Usa-se o hífen Nas formações com aero-, agro-, ante-, anti-, arqui-, auto-, bio-, circum-, co-, contra-, eletro-, entre-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-, intra-, macro-, maxi-, micro-, mini, multi-, neo-, pan-, pluri-, pós-, pré-, pró-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, sobre-, sub-, super-, supra-, tele-, ultra-, etc.

a) se o segundo elemento começa por h. Exemplos: anti-higiênico, extrahumano, pré-história, coherdeiro (AOLP Base XVI) etc. OBSERVAÇÃO: coerdeiro (VOLP)

b) se o primeiro elemento termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: anti-ibérico, contraalmirante, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semiinterno, etc.

Exceção: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o. Exemplos: cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, coordenar, etc.

c) nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n (além de h, como já visto). Exemplos: circum-escolar, circummurado, circum-navegação; panafricano, pan-mágico, pannegritude.

d) nas formações com os prefixos hiper-, inter e super-, quando o segundo elemento começa por r. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

e) depois dos prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto- (posição inferior), vice- e vizo-. Exemplos: ex-almirante, sotapiloto, soto-mestre, vicepresidente, vizo-rei.

f) nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-, sempre tônicos e acentuados, quando o segundo elemento tem vida própria. Exemplos: pós-graduação, préescolar, pró-africano, pré-sal.

Não se usa hífen a) nas formas átonas (pós-, pré- e pró-). Exemplos: pospor, prever, promover. b) nas formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial. Exemplos: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.

c) nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, sendo que essas consoantes são duplicadas. Exemplos: antirreligioso, contrarregra, cosseno, etc.

d) nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal, se o segundo elemento começa por vogal diferente. Exemplos: antiaéreo, coeducação, coedição, coautoria, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual, etc.

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa. 5.ed. disponível no site http://www.academia.org.br BECHARA, Evanildo. Minidicionário da Língua Portuguesa Evanildo Bechara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3.ed. ver. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. PROENÇA FILHO, Domício. Guia prático da ortografia da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Record, 2009.